A indústria do Rio Grande do Norte teve um aumento na sua atividade. Mas o quadro ainda é de oscilação, a exemplo da tendência nacional. Essas são algumas das constatações que podem ser feitas a partir dos dados da mais recente Sondagem Industrial, elaborada pela FIERN e CNI. O indicador de evolução da produção industrial cresceu 21,04% em maio, passando de 44,2 para 53,5 pontos, o que indica expansão da atividade. O nível médio de utilização da capacidade instalada (UCI) passou de 70% para 73%, de abril para maio. Mesmo assim, houve queda pelo quinto mês consecutivo no emprego industrial. A maioria dos executivos ouvidos na pesquisa apontou também acúmulo de estoques de produtos finais, embora as pequenas empresas tenham acusado estoques em baixa.
“A Sondagem revela que a trajetória da produção industrial potiguar tem sido oscilante desde o início do ano, acompanhando a tendência nacional, que vem intercalando aumentos de produção seguidos de declínio. Esse comportamento reflete o cenário de incertezas com que o setor produtivo se depara”, destaca a análise elaborada pela Unidade de Economia e Estatística da FIERN.
O indicador de evolução do número de empregados aumentou 5,08%, passando de 45,3 para 47,6 pontos, mas permanece abaixo de 50 pontos mostrando queda do emprego industrial em relação ao mês anterior. Esta tendência é reforçada pelos resultados do Caged do Ministério do Trabalho, que mostrou recuo de 1,41% no número de trabalhadores com carteira assinada nas indústrias extrativas e de transformação do Rio Grande do Norte.
Ao mesmo tempo, o nível médio de utilização da capacidade instalada (UCI) da indústria, em maio, ficou em 73%, três pontos percentuais acima do índice de abril (70%), mas dois pontos percentuais abaixo do valor observado em maio de 2011, quando o indicador alcançou 75%.
As expectativas para os próximos seis meses mostram otimismo do empresário quanto à demanda, ao número de empregados, às compras de matérias-primas e à quantidade exportada, embora três dos indicadores analisados tenham caído em relação ao levantamento de maio.
O indicador de expectativa quanto à evolução demanda aumentou 2,30%, passando de 60,9 para 62,3 pontos, revelando que os industriais potiguares esperam aumento da demanda nos próximos seis meses. Essa perspectiva otimista é compartilhada tanto pelas pequenas como pelas médias e grandes empresas, cujos indicadores alcançaram 63,1 e 62,0 pontos, respectivamente.
No que diz respeito à quantidade exportada, o indicador caiu 6,68%, passando de 56,9 para 53,1 pontos, mas permanece acima de 50, mostrando que os empresários potiguares estimam aumento da exportação de seus produtos nos próximos seis meses. Os resultados são diferenciados, segundo o porte da empresa. As médias e grandes empresas preveem estabilidade das vendas externa (indicador de 50,0 pontos), enquanto as pequenas indústrias esperam aumento, conforme indicador de 62,5 pontos.
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