Cerca de 15 mil pessoas, de acordo com a Polícia Militar, participaram do réveillon desse ano na praia de Ponta Negra, zona Sul de Natal. A festa começou por volta das 20h com a apresentação da banda Uskaravelho e se estendeu ao longo de toda madrugada. As boas-vindas ao ano novo na praia mais famosa da capital do Rio Grande do Norte foram marcadas pela animação do público e queima de fogos de artifício. Natalenses e turistas também reclamaram da falta de estrutura e segurança no evento. Lixo e desorganização ofuscaram um pouco o brilho da festa.
Cerca de 15 mil pessoas, de acordo com a Polícia Militar, participaram do réveillon desse ano na praia de Ponta Negra, zona Sul de Natal. A festa começou por volta das 20h com a apresentação da banda Uskaravelho e se estendeu ao longo de toda madrugada. As boas-vindas ao ano novo na praia mais famosa da capital do Rio Grande do Norte foram marcadas pela animação do público e queima de fogos de artifício. Natalenses e turistas também reclamaram da falta de estrutura e segurança no evento. Lixo e desorganização ofuscaram um pouco o brilho da festa.
Com a interdição da avenida Erivan França, onde foi montado um palco para as apresentações artísticas, o trânsito ficou complicado na avenida Engenheiro Roberto Freire e rua Manoel Sátiro. Apenas dois policiais da Comando de Policiamento Rodoviário do Estado (CPRE) tentavam desatar o nó que se criou naquele local. Apesar da Prefeitura do Natal ter anunciado a pareceria de órgãos como Corpo de Bombeiros, Urbana, secretaria municipal de Mobilidade Urbana (Semob) , Guarda Municipal e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), a reportagem da TRIBUNA DO NORTE registrou apenas a presença de poucos policias militares na praia. Não havia nenhuma ambulância ou posto médico no local.
Mas para quem saiu cedo de casa, o trânsito, ou até mesmo a falta de estrutura, não foi problema. Era o caso do engenheiro José Luiz Ribeiro que reuniu família e alguns amigos para aguardar a chegada de 2012 sentindo a areia da praia nos pés. O empecilho, no caso dele, foi achar uma mesa adequada. Pois, com a maré alta, a faixa de areia ficou estreita. “É a quinta vez que passamos o réveillon aqui. Para mim é sempre bom esperar o ano vindouro à beira do mar com a família e os amigos”, disse. Para garantir a animação, levaram bebidas e uma ceia farta.
A festa também foi boa para os ambulantes. No calçadão da praia, Edmilson Ramos vendia caipiroscas, caipirinha e outras bebidas. “É a quarta vez que venho vender aqui, durante réveillon. Acho que esse ano vou faturar bem. O pessoal está animado”, disse. Com a mesma expectativa e animação estava o também ambulante Tiago Silva. O jovem vendia chapéus e outros adereços coloridos e iluminados. “Estou prevendo um faturamento de uns 700 conto. Vim de Parnamirim para vender aqui e vou fazer isso todo ano”, afirmou.
A queima de fogos de artifício, iniciada pontualmente a zero hora do deste domingo (1º de janeiro) encantou a multidão que ocupava calçadão e areia da praia. Durante 14 minutos, o céu foi iluminado com diversas cores. “Vim somente para ver os fogos. Acho muito lindo e sempre me emociono. Esse ano não poderia faltar”, disse a comerciante Eva Pereira.
Mas o réveillon em Ponta Negra também gerou críticas. Em uma parte do calçadão, havia muita sujeira. Os sacos de lixo tomavam conta de parte da via e disputavam espaço com os transeuntes. “Isso é muito feio. Não deveria acontecer uma coisa dessas logo aqui em Ponta Negra”, disse o ambulante Gustavo Oliveira. Apesar do trânsito na avenida ter sido bloqueado Erivan França desde às primeiras horas da noite do sábado (31), no momento em que as bandas se apresentavam, por volta das 21h, muitos carros e motos trafegavam no local, no meio da multidão. Não havia agentes da Semob ou policiais da CPRE para controlar a situação. A reportagem também não registrou a presença de nenhum bombeiro. Um policial militar, que pediu para não ser identificado, revelou que o efetivo era insuficiente. “A gente está aqui com poucos homens. Não tem o suficiente”, disse. Felizmente, não foram registrados casos de violência ou acidentes.
No palco, ainda se apresentaram as seguintes atrações: Pedro Lucas e Banda, Kiko Chagas e Rildo.
Contrastes na festa
Enquanto a maioria das pessoas se divertia e outros tantos trabalhavam vendendo bebidas, comidas ou adereços, a aposentada Joana Batista, 77 anos, catava latas de alumínios no meio do lixo. A senhora que mora na Vila de Ponta Negra disse que recebe o dinheiro da aposentadoria, mas o valor é insuficiente para sustentar um filho e dois netos que moram com ela. “Aí, quando a coisa aperta mesmo, venho catar lata aqui na praia. Um dia como esse é bom, consigo muita lata”, disse.
Era por volta das 21h45 quando a equipe de reportagem encontrou Joana Batista mexendo em uma lata de lixo. Ela disse que chegou ao local às 19h e só iria embora depois da queima de fogos. Por causa da idade, usava uma espécie de bengala com um gancho preso em uma das extremidades. “É que eu não posso me abaixar para mexer nos sacos, né? Então, com esse ferro, consigo pegar as latas”, explicou. Em 2012, a aposentada espera somente uma coisa: “Que Deus me dê muita saúde”, revelou.
Trânsito na volta para casa
Se para chegar à Ponta Negra o trânsito não ajudou, a volta para casa, nas primeiras horas de 2012, foi ainda pior. A quantidade de veículos na avenida Engenheiro Roberto Freire impressionava e foi preciso paciência para enfrentar o engarrafamento.
Na Rota do Sol, o trânsito estava mais tranquilo para quem se deslocava no sentido Pirangi. Na praia mais badalada no litoral Sul, milhares de pessoas foram conferir os shows promovidos pela Prefeitura de Parnamirim à beira do mar. Da mesma forma que ocorreu em Ponta Negra, lá, o retorno para casa estava complicado. Na avenida Deputado Márcio Marinho havia vários pontos de lentidão. A volta para quem estava de ônibus não foi confortável. Poucas linhas, veículos bastante lotados e muita reclamação nas paradas de ônibus./
Fonte: Tribuna do Norte
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