Política

Rogério Marinho vira articulador informal e até conselheiro de Bolsonaro na crise do novo coronavírus

Foto: Marcos Corrêa/PR – Brasília

Considerado um político habilidoso e interlocutor do setor produtivo no Executivo, o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho (PSDBRN), vem exercendo nos bastidores um papel de articulador “informal” e por vezes conselheiro do presidente Jair Bolsonaro durante a crise do novo coronavírus.

Em teoria, essa atuação extrapola os limites da sua pasta. Mas ela está alinhada com a cúpula do Palácio do Planalto, de quem o ministro recebeu “carta branca” para agir junto ao Congresso e também a empresários e lideranças do setor privado.

Em dois meses à frente do ministério, Marinho tem auxiliado em votações de interesse do Executivo, como a proposta de emenda à Constituição do Orçamento de guerra, que permite ao governo gastar fora das amarras fiscais em tempos de calamidade pública e dá ao Banco Central poderes de comprar títulos e carteiras de crédito.

Com feitos no currículo como as negociações para a aprovação das reformas trabalhista e da Previdência no Congresso, onde exerceu três mandatos de deputado federal – tentou um quarto, mas não foi reeleito em 2018 -, Marinho tem ligado para deputados para articular a aprovação de medidas provisórias que mal começaram a tramitar no Legislativo, como a que suspende contratos de trabalho e reduz jornada de trabalho, segundo um deputado do Centrão.

“Marinho é polivalente e já se mostra, dentro do governo, como peça política que pode ser usada em qualquer posição, com grande capacidade de concretizar e construir consenso. Basta ver as reformas que ele ajudou a aprovar”, diz o deputado Alceu Moreira (MDB-RS), líder da bancada ruralista.

Nas últimas semanas, Marinho tem sido frequentador assíduo do Planalto, sendo convocado para diversas agendas somente com Bolsonaro, ou com seus ministros mais próximos, quando avançaram os casos de covid-19 no Brasil, revela um interlocutor. Integrante do gabinete de crise do governo que elabora medidas contra o coronavírus, ele tem se mostrado preocupado com a gravidade da crise, em contraste com o chefe do Poder Executivo, e oferecido ajudas que nem sempre dependem do seu ministério. Sua pasta anunciou uma linha de crédito de R$ 6 bilhões com recursos dos fundos constitucionais para capital de giro para pequenos empresários e também informais das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

“Pragmático”, como o descreveu um ministro ao Valor, Marinho tem demonstrado entrosamento em especial com Walter Braga Netto (Casa Civil) e Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) – este o articulador político formal do Executivo -, com quem integra um grupo de ministros da chamada ala “moderada” do governo, que em muitos casos tem atuado para recomendar a Bolsonaro uma retórica menos radical. Por outro lado, o pragmatismo de Marinho desagrada a ala ideológica do governo, conta uma fonte.

Marinho chegou a ser cotado para assumir a Casa Civil, com a saída de Onyx Lorenzoni, que protagonizava disputas internas com Ramos em torno da articulação política, lembra um assessor presidencial. Marinho deixou a Secretaria de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia para ser ministro, com apoio irrestrito de Guedes. “A estratégia do presidente e do Palácio foi prestigiar o Marinho sem dividir a articulação. Ele complementa o contato com o Congresso”, diz uma fonte palaciana.

Avesso aos holofotes, Marinho tem uma agenda intensa em seu ministério e recebe grande volume de demandas de prefeitos e governadores, pois tem sob seu guarda-chuva o programa habitacional Minha Casa, Minha Vida e a estrutura que herdou do extinto Ministério das Cidades. Recentemente, ele afirmou a um interlocutor que a articulação política é “tarefa do Ramos, mas ajudo sempre que necessário articulando com o ministério”.

Procurado, ele não quis se pronunciar. Ultimamente, Marinho até faz as vezes de “conselheiro” do presidente, sendo voz importante na tentativa de dosar o tom dos discursos de Bolsonaro nos últimos pronunciamentos em cadeia nacional. Foi o ministro do Desenvolvimento Regional quem também intermediou um encontro do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), com Bolsonaro.

A reunião ocorreu num sábado, há duas semanas. Marinho também tem atuado em alguns casos como interlocutor do setor produtivo, intermediando reuniões de empresários e dirigentes do setor privado com autoridades do governo, incluindo o próprio presidente. Ele promoveu, por exemplo, um encontro, em 16 de março, de Paulo Solmucci, presidente da Abrasel – entidade nacional que reúne bares e restaurantes -, com Bolsonaro. Num gesto incomum, Bolsonaro foi no mesmo dia ao Ministério da Economia para levar as demandas do empresário ao ministro Paulo Guedes. A investida, conta Solmucci, resultou na MP da suspensão dos contratos de trabalho e de jornadas de trabalho.

“O mais positivo é que naquela ocasião, ninguém no governo trabalhava com cenário de quarentena e alertamos o governo de que a situação era bem mais grave e estávamos preocupados em pagar os salários dos nossos funcionários”, a!rmou Solmucci. “A classe empresarial encontra no Rogério uma pessoa muito atenta às necessidades da crise e que tem sido com toda certeza um articulador político para o governo.”

Seu trânsito no setor privado vem desde a época em que era congressista, quando construiu uma boa relação com diversos setores da economia, passando pela indústria, agricultura, por comércio e serviços, além do setor financeiro. Uma fonte do mercado !nanceiro diz que era comum algum executivo dos grandes bancos brasileiros recorrer a Marinho quando não conseguia ser atendido por Paulo Guedes na época da votação da reforma previdenciária.

Valor Econômico

 

Opinião dos leitores

  1. 2023 a 2026 com Rogério Governador e Bolsonaro Presidente o RN sairia da lama para potência do NE.

  2. Será que, assim como o Flávio Bolsonaro, consegue agora paralisar também os processos judiciais que responde? Acabou a mamata, eles diziam… De quebra, o fanatismo já supera o do lulopetismo!

    1. Kkkkkkk ESSA DUPLA TA CERTINHA….SO VAI SAIR BOSTA……EITA QUE O VASO E PEQUENO

  3. Agora deu certo, a praga do Rogério Marinho, dando conselhos a Berta a ferra do Bolsonaro, e o fim dos tempos.

  4. Não devemos esquecer que também faz parte do PSDB de Rogério Marinho, o Antônio Carlos Magalhães Neto da velha oligarquia do coronelismo baiano. A velha política está voltando muito fortalecida.
    FHC está comemorando e vislumbrando a volta do seu partido ao poder.

  5. O que mais gosto em Rogério Marinho é que ele é do PSDB de Fernando Henrique, Aécio Neves, Artur Virgílio, José Serra, Tasso Jereissati, Geraldo Alckmin,…..Aqui no RN tem Ezequiel, Álvaro Dias, Márcia Maia, Tomba, Zé Dias, Gustavo Carvalho, Geraldo Melo, Larissa Rosado, Gustavo Fernandes, Raimundo Fernandes,…..Todos velhos e experientes caciques da velha política. Por isso que eu gosto de Rogério Marinho e do PSDB. Todos aliados de Fátima Bezerra e boa relação com a esquerda.

  6. É isso aí meu conterrâneo, competência vc tem, ja mostrou que faz.
    Agora!!
    Não invente de mijar fora do pinico não homi de Deus, igual fez o teu colega.
    Tá atravessado, é questão de tempo a queda, o cara é politiqueiro, não se deu conta do tamanho do ministério que tem nas mãos.
    Se avechou.
    Vai cair pra largar de ser burro.
    Vamos que vamos.
    BRASIL ACIMA DE TUDO.
    DEUS ACIMA DE TODOS.
    Esse é o lema.
    Ponto final.

  7. Pode até se destacar como ministro, agora ser governador … Sei não!!!!
    É arrogante e prepotente demais, só se mudar. Quem fez ele de federal e está onde chegou, foi a velha guerreira Wilma de Faria, é ele lhe virou as costas.

  8. A esta altura do campeonato, até Fatão GD deve ter alguma relação secreta com Rogério Marinho.

  9. Rogério Marinho , você pode até não achar simpático , mas é um cara muito inteligente . Consegue ser um grande articulador , se colocar no lugar certo na hora certa . Não boto a mão no fogo , mas temos que reconhecer sua competência. Vai ganhar espaço e será o futuro governador do RN .

    1. Foi muito competente na hora de tirar vários direitos dos trabalhadores na reforma trabalhista. Deve ser adorado pelos empresários, haja vista que sacrificou seu mandato de deputado por isso.

    2. Seria o melhor pro RN. Mas infelizmente potiguares gostam de viver na merda com moscas. Está aí a governadora e analfabetos secretários que merecem.

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Judiciário

Lula sanciona lei que redefine atuação da polícia judicial

Foto: Reprodução 

A reorganização da carreira da polícia judicial no Poder Judiciário passou a valer a partir de 6ª feira (19.dez.2025), com a sanção da lei 15.285. A norma transfere esses servidores da área administrativa para a área de apoio especializado, redefine denominações dos cargos e ajusta regras sobre gratificação e porte de arma.

O texto foi publicado no Diário Oficial da União e é assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski.

A lei tem origem no projeto 2.447 de 2022, de iniciativa do STF (Supremo Tribunal Federal), aprovado pelo Senado em 10 de dezembro com relatório favorável do senador Angelo Coronel (PSD-BA).

Novidades

Com as mudanças, a Lei das Carreiras dos Servidores do Poder Judiciário da União passa a determinar, de forma expressa, que as atividades de polícia institucional integrem a área de apoio especializado de cada órgão de suporte. Técnicos judiciários que exercem essas atribuições passam a ser denominados agentes de polícia judicial, enquanto os analistas recebem a denominação de inspetores de polícia judicial.

O texto também assegura o porte de arma de fogo, de propriedade particular ou fornecida pela instituição, aos servidores enquadrados na especialidade de polícia judicial. Para isso, é exigido porte institucional, comprovação de capacidade técnica e aptidão psicológica, além do efetivo exercício da função, conforme as regras do Estatuto do Desarmamento e em regulamento próprio.

Outra mudança é a ampliação do alcance da GAS (Gratificação de Atividade de Segurança). A gratificação poderá ser paga aos servidores que exerçam atribuições de segurança institucional mesmo quando estiverem designados para função comissionada ou cargo em comissão, desde que lotados nas unidades de segurança do Poder Judiciário.

Poder360

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Brasil

Mulher de Ramagem diz que ex-deputado foragido vai vender curso online

Foto: Reprodução

procuradora Rebeca Ramagem, mulher do ex-deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), afirmou nas suas redes sociais que o marido, foragido da Justiça brasileira, está elaborando e vai oferecer um curso online.

Rebeca explicou que a iniciativa será “uma forma da família receber apoio” e agradeceu as mensagens com ofertas de doações que vem recebendo. Ela, porém, não deu detalhes do teor das aulas.

“Alexandre já está trabalhando na elaboração de um curso online, que será disponibilizado em plataformas digitais. Será um curso de altíssimo nível, com conteúdo sério, relevante e transformador, e com um valor acessível, pensado para caber na renda de todos”, escreveu.

“Dessa forma, além de adquirir conhecimento de qualidade, as pessoas de bem que desejarem nos apoiar poderão fazê-lo de maneira digna, transparente e justa”, acrescentou.

Alexandre Ramagem foi condenado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) a 16 anos de prisão no processo da trama golpista.

CNN

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Mundo

China acusa EUA de violar direito internacional após interceptação de navios próximo à Venezuela

Foto: AP Photo/Evan Vucci; Reuters/Leonardo Fernandez

A China criticou nesta segunda-feira (22) a interceptação de navios petroleiros pelos Estados Unidos próximo à costa venezuelana. Para o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, a “apreensão arbitrária” de embarcações de outros países representa uma grave violação do direito internacional. Pequim reafirmou oposição às “sanções unilaterais e ilegais” impostas por Washington e defendeu o direito da Venezuela de manter relações com outras nações.

A reação ocorre após as agências Bloomberg e Reuters informarem a abordagem de um terceiro petroleiro, identificado como Bella 1, no domingo (21). Segundo as agências, forças americanas já teriam subido a bordo ou estariam perseguindo o navio, embora detalhes sobre local e data exata não tenham sido confirmados. Os EUA vêm ampliando ações marítimas na região como parte da pressão contra o regime de Nicolás Maduro.

Se confirmada, essa será a terceira interceptação em pouco mais de dez dias — e a segunda somente no fim de semana. As operações ocorrem em meio ao bloqueio anunciado pelo presidente Donald Trump contra petroleiros sancionados que entram ou saem da Venezuela. Autoridades americanas alegam que os navios atuam sob bandeiras falsas e violam restrições econômicas.

O governo Maduro classificou as ações como terrorismo psicológico e pirataria internacional, afirmando que o país enfrenta uma campanha de agressões. As interceptações intensificam a tensão diplomática entre EUA e Venezuela, enquanto a China se posiciona em defesa de Caracas e critica abertamente o avanço militar norte-americano na região.

Com informações do G1

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Política

PGR minimiza violação da tornozeleira após prisão de Bolsonaro e foca no cumprimento da pena

Foto: Reprodução

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirmou neste domingo (21) que a violação da tornozeleira eletrônica pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é irrelevante nesta fase em que ele cumpre pena definitiva de 27 anos e três meses de prisão por tentativa de golpe de Estado. Segundo o PGR, a discussão sobre o descumprimento de medidas cautelares perde importância diante da execução da condenação.

A manifestação detalha resultados de perícias da Polícia Federal, que apontam danos no equipamento utilizados por Bolsonaro, compatíveis com aplicação de calor intenso — possivelmente um ferro de solda. A tornozeleira foi rompida em 22 de novembro, quando o ex-presidente ainda estava no regime domiciliar, o que resultou em sua transferência para o regime fechado.

Apesar das conclusões técnicas da PF, Gonet sustenta que a violação não altera o cenário jurídico atual. Para ele, o foco agora é a execução da sentença, e não mais o debate sobre medidas cautelares. “A mudança do título prisional absorve o regime anterior”, afirmou o procurador-geral, ao encaminhar o posicionamento ao STF.

Bolsonaro está preso na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, e segue acompanhado por sua defesa. A equipe jurídica deve enviar nos próximos dias uma data sugerida ao ministro Alexandre de Moraes para a realização de uma cirurgia de hérnia.

Com informações da CNN

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Geral

Brasil não assina declaração que cobra democracia na Venezuela

Foto: André Borges/EFE

Brasil ficou de fora de um documento divulgado neste sábado (20) por Argentina, Paraguai, Panamá, Bolívia, Equador e Peru pedindo o restabelecimento da ordem democrática na Venezuela e a libertação de todos os presos políticos. O texto expressa preocupação com a crise humanitária e social no país governado por Nicolás Maduro e cobra respeito aos direitos humanos e ao devido processo legal.

Segundo informações da agência EFE, o tema foi discutido na cúpula do Mercosul, realizada no fim de semana, mas não entrou na declaração final por falta de consenso. A posição brasileira, segundo fontes, era de que qualquer menção à Venezuela incluísse críticas ao movimento militar dos Estados Unidos na região e às sanções econômicas aplicadas ao regime — ponto rejeitado pelos demais países.

Confira comunicado

Foto: Reprodução

Diante do impasse, os seis governos decidiram publicar uma manifestação à parte. O Uruguai também não assinou o documento, enquanto o Chile, que participou do encontro como Estado associado, optou por não aderir.

O Ministério das Relações Exteriores foi procurado para explicar a ausência de assinatura do Brasil, mas não respondeu até o momento. O debate sobre a Venezuela também marcou o encontro entre chefes de Estado do bloco: enquanto o argentino Javier Milei defendeu mais pressão internacional sobre Maduro, Lula afirmou que uma intervenção militar seria uma “catástrofe” para a região e defendeu uma saída diplomática para a crise.

Com informações da Gazeta do Povo

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Geral

VÍDEO: Carro desgovernado atropela moto estacionada e assusta moradores na Redinha

Vídeo: Reprodução/Instagram @redinha_news24h

Um motorista perdeu o controle do carro e atingiu uma motocicleta estacionada em frente a uma borracharia, na tarde deste domingo (21), no bairro da Redinha, em Natal, próximo ao Caju. O impacto chamou a atenção de moradores da região, mas não houve feridos.

Segundo informações repassadas ao Redinha News, um rapaz estava sentado trabalhando na borracharia no momento em que o carro avançou, passando por cima da moto. Apesar do susto, ele não sofreu ferimentos e passa bem.

O motorista, que se identificou como professor universitário, afirmou que o veículo automático teria soltado o freio e acelerado de forma involuntária. Ainda de acordo com relatos preliminares, ele não apresentava sinais de embriaguez, mas faz uso de medicamentos.

Após o acidente, o condutor acertou uma quantia em dinheiro com o dono da motocicleta, que ficou danificada. O caso gerou movimentação no local, mas foi encerrado sem maiores complicações.

Com informações do Redinha News

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Política

Congresso fecha 2025 sem reconciliação entre Lula e Davi Alcolumbre

Foto: Vinicius Schmidt/ Metrópoles

O Congresso Nacional encerrou os trabalhos legislativos de 2025 na sexta-feira (19), antes do prazo oficial, previsto para 23 de dezembro. O último ato foi a aprovação do Orçamento de 2026, que projeta superávit de R$ 34,5 bilhões e reserva R$ 61 bilhões para emendas parlamentares no próximo ano. Apesar do saldo positivo na pauta econômica, o clima político não fechou o ano em harmonia.

A relação entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), segue estremecida desde a escolha do novo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal). Lula optou por Jorge Messias, enquanto Alcolumbre defendia o nome do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG). A tensão aumentou quando o senador adiou para 2026 a sabatina de Messias na CCJ, afastando ainda mais os dois.

O adiamento, por outro lado, deu mais tempo ao indicado de Lula para articular votos. No plenário, Messias precisará do apoio mínimo de 41 dos 81 senadores. A votação é considerada imprevisível, especialmente após o termômetro da recondução de Paulo Gonet à PGR, que obteve apenas quatro votos acima do necessário.

Além do impasse em torno do STF, outro ponto de atrito foi a pressa de Alcolumbre em pautar o PL da Dosimetria, que altera critérios de penas relacionadas aos condenados pelos atos de 8 de Janeiro e pode beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Para avançar a agenda econômica, Jaques Wagner (PT-BA) fechou um acordo de procedimento em torno da proposta. Lula afirmou não ter sido avisado sobre o movimento, o que reforçou o clima de distanciamento político que marcou o fim do ano.

Com informações do Metrópoles

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Geral

VÍDEO: Eduardo critica Havaianas por propaganda contra “pé direito”

Vídeo: Reprodução/Instagram

O ex-deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) publicou um vídeo nas redes sociais, no domingo (21), criticando a Havaianas por uma propaganda estrelada por Fernanda Torres. Na gravação, ele aparece jogando um par de chinelos da marca no lixo, em resposta à campanha na qual a atriz diz não querer que as pessoas “comecem o ano com o pé direito” – frase que gerou interpretações políticas e forte repercussão online.

Eduardo, que está morando nos Estados Unidos desde fevereiro e teve o mandato cassado na quinta-feira (18) por excesso de faltas na Câmara dos Deputados, afirmou que considerava a Havaianas um símbolo do Brasil e acusou a campanha de ter conotação ideológica. Segundo ele, a escolha de Fernanda como protagonista reforçaria um posicionamento político à esquerda.

A peça publicitária, porém, aborda o ditado popular ligado à sorte de “começar o ano com o pé direito” e o ressignifica. Na campanha, Fernanda Torres afirma desejar que o público inicie 2026 com “os dois pés”, incentivando atitude, energia e disposição. Mesmo assim, parte do público viu conteúdo político na frase.

No vídeo, Eduardo sugere boicote à marca e faz comparação com a cerveja Budweiser, afirmando que ambas teriam se “descolado da realidade”. O caso segue repercutindo nas redes, enquanto a campanha da Havaianas continua dividindo opiniões.

Com informações do Poder360

Opinião dos leitores

  1. O setor de Marketing dessa empresa tá encerrando o ano literalmente com o pé esquerdo,pisando na bosta 💩.kkkkkkkk,agora só aguardar os prejuízos.Eu acho é pouco

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Geral

Estátua gigante de São Francisco de Assis vira novo ponto turístico no RN

Foto: Reprodução

O município de Riachuelo, no Agreste Potiguar, ganhou oficialmente um novo marco religioso e turístico. No último sábado (20), foi inaugurada uma estátua de São Francisco de Assis com 17 metros de altura, instalada na Serra da Formiga, a 8 km do centro da cidade. O monumento, agora visível de vários pontos da região, passa a integrar o cenário local como símbolo de fé e devoção.

A imagem chegou ao município no início da semana, na segunda-feira (15), e passou por um processo de montagem que se estendeu até a conclusão da estrutura. A proposta é que o local se torne um espaço de contemplação aberto aos visitantes, oferecendo um ambiente de conexão religiosa e de valorização da paisagem natural.

A cerimônia de inauguração reuniu moradores e visitantes em uma missa campal celebrada pelo padre Nunes. O evento também teve apresentações musicais dos cantores Ana Clara Rocha e Ítalo Poeta, reforçando o caráter festivo do momento.

Com o monumento, Riachuelo entra no circuito do turismo religioso no Rio Grande do Norte, ampliando o potencial de visitação ao município. A expectativa é de que o novo atrativo fortaleça a economia local, impulsionando setores como comércio e serviços, especialmente nos fins de semana e datas religiosas.

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Economia

Gastos do governo Lula sobem 5% ao ano acima da inflação, apesar do arcabouço fiscal

Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva entra no último ano do mandato pressionado pela alta contínua das despesas públicas. Mesmo com o arcabouço fiscal em vigor desde 2024 — que limita o crescimento real dos gastos a 2,5% por ano — a despesa total avançou, em média, 5% ao ano acima da inflação nos quase três primeiros anos da gestão. O movimento acendeu alerta no mercado financeiro e intensificou críticas da oposição, especialmente diante das alternativas criadas para driblar o limite, como o uso de precatórios e exceções em áreas específicas, incluindo saúde, educação e Defesa.

A equipe econômica argumenta que parte desse avanço decorre de despesas fora do controle direto do governo, como o Fundeb e as emendas parlamentares. Defende também que o atual mandato precisou ajustar o Orçamento herdado da gestão anterior. Mesmo assim, o Ministério da Fazenda afirma que os gastos estão proporcionais ao tamanho da economia e ressalta que a despesa em relação ao PIB permanece inferior ao período do teto de gastos, entre 2016 e 2019 — quando a média foi de 19,6%. Hoje, essa proporção está perto de 18,9% do PIB.

Ainda assim, o crescimento das despesas preocupa especialistas e alimenta o debate sobre a regra fiscal a partir de 2027. Há quem defenda reduzir o teto de crescimento real dos gastos para algo entre 1,5% e 2%, diante do peso crescente das despesas obrigatórias. Economistas apontam que o maior desafio está no aumento estrutural de rubricas como previdência, saúde, educação e benefícios sociais — além da indexação à receita, que pressiona o governo a aumentar arrecadação para sustentar o limite máximo de despesas.

Entre os itens que mais cresceram no período estão precatórios, subsídios, Bolsa Família, Fundeb, investimentos, Saúde, Educação e emendas parlamentares. O gasto com pessoal, apesar da constante discussão pública, teve avanço médio bem menor: 1,2% acima da inflação. Segundo a Fazenda, as despesas estão compatíveis com o modelo do arcabouço fiscal e vêm sendo monitoradas para garantir sustentabilidade das contas públicas. A pasta afirma que o objetivo não é congelar gastos, mas manter previsibilidade — mesmo diante de áreas em que o crescimento é inevitável por razões legais, estruturais ou demográficas.

Com informações do O Globo

Opinião dos leitores

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