O senador Reditário Cassol (PP-RO) sugeriu, da tribuna do Senado, a adoção de castigo físico nas prisões brasileiras.
Disse que os senadores precisam “botar a mão na consciência”, para alterar o Código Penal e “fazer voltar um pouco do velho tempo”.
Para Reditário, as cadeias estão super-lotadas porque os legisladores criam “vantagens” que estimulam a reincidência no crime.
Entre os benefícios, citou o auxílio-reclusão pago pelo governo às famílias dos detentos. Coisa de R$ 863,60 mensais.
Defendeu a extinção do benefício. Acha que os presos devem trabalhar na cadeia para prover o sustento de seus familiares.
O pronunciamento de Reditário caminhava pela trilha da normalidade. É grande o número de brasileiros que se opõem ao auxílio-reclusão.
O discurso desandou no instante em que o senador sugeriu a “volta aos velhos tempos”.
Declarou que, “quando o preso não trabalhasse de acordo”, deveria ser tratado à base de “chicote, que nem antigamente.”
“É isso que precisamos fazer, porque é uma vergonha nacional. O que se vê são famílias preocupadas com os assaltantes, famílias preocupadas com os malandros”.
Reditário prosseguiu: “Nos velhos tempos não existia presídio, eram cadeias que viviam praticamente vazias…”
“…O preso, quando se despedia, […] nunca mais se enxergava ele. Hoje, quando libertado, sai dando risada, rindo das autoridades…”
“…Em poucas semanas, em poucos meses está de volta. E nós, aqui, não pensamos em fazer alguma coisa.”
Reditário anunciou que apresentará projeto de lei sugerindo o fim da ‘bolsa reclusão’.
Considera “absurdo” que trabalhadores recebam o salário mínimo de R$ 545, enquanto “o vagabundo, sem-vergonha, que está preso, recebe uma bolsa de R$ 863,60”.
Ouviu-se um único e solitário aparte. Proferiu-o o senador Eduardo Suplicy (PT-SP). Velho defensor dos direitos humanos, ele ponderou:
“Posso compreender sua indignação, mas, de maneira alguma, aprovaria a utilização do chicote, porque seria uma volta à Idade Média.”
Suplicy serviu-se do aparte para empinar, pela enésima vez, o seu projeto preferido: a criação da ‘Renda Básica de Cidadania’, que seria extensiva aos presos.
Presidente do PPS, o deputado Roberto Freire (SP) comentou o discurso no twitter:
“Absurda a ideia do senador Reditário Cassol de chicotear presos nas cadeias. Mentalidade retrógrada, merece ser repudiada pela consciência democrática do país.”
Freire recordou que o trabalho de presidiários, sugerido por Reditário como novidade, é coisa que a legislação brasileira já prevê.
Ironicamente, Reditário é suplente do filho, o senador licenciado Ivo Cassol (PP-RO), um ex-filiado do PPS de Freire.
Josias de Souza
Senadorrr!!! CABRA Macho! vc tá certo macho velho, bandido é na PORRADA!
Esses politicozinhos só pensam em direitos humanos quando se trata de bandido, ninguem pensa em direitos humanos quand0 um infeliz desses mata um pai de família honesto e trabalhador
kkkkkkkkkkkk aí eu queria ver se Nego não se ajeitava se tivesse apanhando de chicote na cadeia, mas isso abriria precedentes, uma brecha para que houvesse tortura nas cadeias, a mando de um ou de outro, é só usar como argumento que o preso não estaria trabalhando direito e que ele merecia apanhar…..
Esse negoço de auxílio-reclusão é uma VERGONHA. Com essas vantagens que a nossa legislação prevê, talvez os vagabundos não pensem mais duas vezes antes de cometer um crime, pois está ciente que se for preso a sua família terá o cacife todo mês na poupança. Isso tem que ser cortado, pois por exemplo eu não me sentiria bem suando a camisa para ganhar 545 sabendo que um vagabundo ganha mais do que eu fazendo porcaria nenhuma (além de matar, roubar e por as nossas vidas em risco), já que o Senador Eduardo Suplicy faz tanta questão de defender uma pouca vergonha dessas, eu queria que ele se colocasse no lugar de um trabalhador. Se for pra existir um auxílio-reclusão, que seja uma valor bem inferior ao salário mínimo, pois do jeito que está, é uma coisa que fere profundamente a dignidade do brasileiro……
#ForaAuxilioReclusao