Após muitas tentativas de acordo e negociação, sem sucesso, cinco entidades sindicais que representam os trabalhadores em saúde, unificaram o movimento e decretaram greve. Nesta terça-feira (10), a partir das 9h, os servidores públicos municipais da saúde realizarão um grande Ato em frente à Prefeitura de Natal, em mais uma tentativa de negociar as reivindicações com a Prefeitura de Natal!
Os servidores públicos municipais da saúde da Natal paralisaram as atividades em todas as unidades básicas, Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs), Hospitais e maternidades Municipais. Os servidores reivindicam a implantação das gratificações, o cumprimento da lei da data-base, que garante a recomposição das perdas salariais e não é cumprida desde 2014.
Há servidores do município que há anos não recebem gratificações como quinquênios, insalubridade e transporte. Os servidores do último concurso não tiveram as gratificações implantadas, recebem apenas o salário base. Os servidores municipais enquadrados no Plano Geral, possuem uma decisão judicial que é descumprida desde outubro de 2018, que atualiza a matriz salarial defasada. São cerca de 8 mil servidores que recebem R$725 de salário base, abaixo do salário mínimo.
“Enquanto o Prefeito Álvaro Dias gasta milhões com shows e decoração natalina, falta gaze e esparadrapos nos hospitais e os servidores são obrigados a trabalhar em condições precárias, com salários defasados e não recebem as gratificações garantidas por lei”, resumiu o movimento.
As informações são do Sinsenat
Os servidores estão certo em reivindicar seus direitos. Mas esse resumo do movimento no último parágrafo não tem nexo, as verbas que são destinadas a cultura e turismo não podem ser desviadas para a saúde e vice-versa.
Só lembrando que em várias cidades do interior, os juízes proibiram festas de carnaval até que se resolver-se a falta de insumos nas unidades de saúde
Na verdade a Prefeitura do Natal tem 300 milhões em verbas do orçamento que não têm destinação prevista em lei e o gestor pode dispor delas como bem entender. Na última votação do orçamento na Câmara Municipal foi tentada uma diminuição da verba sem destinação, justamente para evitar que o executivo pudesse usá-la nesse tipo de eventos, mas o projeto não foi aprovado.