A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) informa que a Unidade Central de Agentes Terapêuticos (Unicat) já está fazendo um monitoramento dos pacientes que fazem uso da substância somatropina e que estão apresentando dores na aplicação do medicamento. A Unicat, inclusive, convocou representantes do laboratório fornecedor para vir ao estado dar orientações aos médicos acerca do medicamento. Uma visitação está agendada para os dias 7 e 8 de abril.
A Sesap esclarece ainda que a reação durante a aplicação da substância somatropina é descrita em bula e sua intensidade pode variar de acordo com a marca. Em três semanas o medicamento Eutropin – Somatropina 4UI-1mL foi distribuído para aproximadamente 250 pacientes e, de acordo com o monitoramento da Unicat, até a manhã desta sexta-feira (28) apenas sete pacientes haviam procurado a unidade relatando reação ao medicamento.
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Vale ressaltar que a marca vencedora da licitação vigente é devidamente registrada na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e possui laudo do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS), da Fiocruz. Sua utilização está dentro do que é recomendado pelo Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) para o tratamento da Deficiência de Hormônio do Crescimento – Hipopituitarismo (Portaria SAS/MS nº 110, de 10 de março de 2010 – Republicada em 12.05.10), que estabelece doses específicas que foram definidas com base nas melhores relações de segurança e eficácia, provenientes das melhores evidências disponíveis até o momento de elaboração do PCDT.
De acordo com a Lei 12401/2011, o Protocolo Clínico e Diretriz Terapêutica (PCDT) é um documento que estabelece critérios para o diagnóstico da doença ou do agravo à saúde; o tratamento preconizado, com os medicamentos e demais produtos apropriados, quando couber; as posologias recomendadas; os mecanismos de controle clínico; e o acompanhamento e a verificação dos resultados terapêuticos, a serem seguidos pelos gestores do SUS.
O compromisso da Sesap, através da Unicat, é sempre buscar a melhor alternativa possível aos seus usuários sem, entretanto, prescindir dos critérios de probidade e transparência que norteiam a gestão pública e sem inobservar as normas técnicas e protocolos vigentes nacionalmente; e sob nenhuma hipótese pautará a utilização das medicações na experiência individual de alguns profissionais que desejam impor o seu saber pessoal ao que preconiza a legislação nacional vigente.
Desde que a mediação foi trocada pela eutropin, o meu filho grita desesperadamente, sendo que com a hormotrop ele tomava a medicação numa boa! Estou indignada em fazer as crianças sofrerem tanto por um período tão longo de tratamento
Só gostaria de saber qual a reação de quem escreveu essa nota se fosse um filho dela ou da própria governadora que tivesse que tomar duas injeções por dia por mais de dois anos. Não há palavras para descrever minha indignação por tanto desmando no governo estadual. Gestora incompetente.