Em matéria da Tribuna do Norte, por Andrielle Mendes
O litro do óleo diesel ficará, em média, 4% mais caro nos postos a partir de segunda-feira (dia 16). O incremento é reflexo do reajuste de 6% no preço do diesel vendido pela Petrobras às refinarias, anunciado na última quinta. Não é só o consumidor “comum”, porém, que pagará mais pelo combustível. O Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Passageiros do Município do Natal (Seturn) calcula um aumento de pelo menos R$ 170 mil/mês nos custos das empresas de ônibus, com o aumento do preço do diesel.
Se o reajuste nas bombas não for de 4%, como projeta a Petrobras, mas de 6%, como estima Augusto Maranhão, diretor de comunicação do sindicato, o incremento no custo sobe para R$ 210 mil/mês. Os empresários vão se reunir na próxima segunda-feira (16) para discutir o impacto do aumento. Eles estudam a possibilidade de exigir aumento na tarifa de ônibus ou a desoneração do óleo diesel para as empresas. Vinte e cinco porcento do preço do litro vai para o governo do estado, em forma de tributos, afirma Maranhão.
A frota natalense (total de 800 ônibus) consome, em média, 2,1 milhões de litros de óleo diesel por mês. Só a empresa Cidade de Natal, dirigida por Augusto Maranhão, considerada a menor em termos de frota, consome 200 mil litros por mês. Para cobrir os novos custos, a tarifa teria que ser reajustada em 2%, calcula Maranhão. Isso representaria um aumento na tarifa dos atuais R$ 2,20 para cerca de R$ 2,24 (considerando o valor cobrado em Natal). Segundo ele, se nenhuma medida for tomada, “o impacto será devastador”. O óleo diesel representa, atualmente, 35% dos custos das empresas – mais de 1/3.
REAJUSTE
Este foi o segundo reajuste repassado pela Petrobras em menos de um mês para o preço do combustível. No dia 25 de junho, a gasolina foi elevada em 7,83% nas refinarias, e o diesel, em 3,94%. Para evitar impacto para o consumidor, o governo federal – que tem participação na Petrobras – zerou a alíquota da Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) que incide sobre os derivados de petróleo, e manteve o preço das bombas.
Os dois reajustes anteriores nos preços do diesel, também sem tributos, nas refinarias foram de 2%, em 1º de novembro de 2011, e de 3,94%, em 25 de junho de 2012. “Nesses dois casos, os aumentos foram compensados integralmente pela redução da CIDE por meio de Decreto do Governo Federal. Dessa forma, não se justificaria, nos dois anteriores, qualquer alteração nos preços na bomba”, informou a companhia, através de sua assessoria de comunicação.
No Rio Grande do Norte, o reajuste deve significar um aumento de pelo menos R$ 0,08 no preço, empurrando o valor do litro para até R$ 2,17, considerando o valor máximo registrado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Rio Grande do Norte (Sindipostos) prefere não arriscar um percentual. O impacto do reajuste nas bombas dependerá, segundo o sindicato, de negociações entre revendedores e distribuidoras.
Link para matéria completa: http://tribunadonorte.com.br/noticia/seturn-estuda-pedir-reajuste-da-tarifa/225785
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