Cultura

Sinal dos Tempos: Blockbuster fecha a ultima locadora

Há algum tempo, numa galáxia nada distante, gerações de cinéfilos e cineastas — Quentin Tarantino entre eles — foram formadas dentro de videolocadoras. Cada pessoa tinha a sua preferida, algumas lojas com um perfil mais comercial, outras com uma seleção de filmes de arte, todas com a certeza de que se podiam passar horas entre prateleiras coloridas, viajando por histórias a serem descobertas ou revisitadas.

Porém, como costuma ocorrer com os impérios, o reinado das locadoras teve seu fim decretado no início do mês. A Blockbuster, principal empresa do ramo, que chegou a ter nove mil lojas espalhadas pelo mundo, anunciou o fechamento de suas últimas 300 unidades nos Estados Unidos, um marco para a falência de um negócio que vem sofrendo nos últimos anos com a pirataria, a popularidade dos serviços de vídeo sob demanda e, também, com a falta de interesse da própria indústria do cinema. Tanto nos EUA quanto no Brasil.

— Nos últimos três anos, a queda foi de 50% no faturamento. Hoje, semanalmente são alugados cerca de 600 filmes. Há dez anos, eram mais de 1.500 — conta André Mendes, responsável pela Vídeo Estação, locadora que vai fechar as portas de sua última loja, em Botafogo, no início do ano que vem. — Vamos vender todo o acervo para os próprios clientes a partir de dezembro. Depois, devemos operar somente até o primeiro ou o segundo mês de 2014.

Além da Vídeo Estação, uma locadora fundada em 1986 e que já teve lojas em Flamengo, Copacabana e Ipanema, muitas outras empresas vêm concluindo suas atividades no Rio. Na semana passada, foi a vez de a Vídeo Nacional fechar sua filial na Barra, apenas três meses depois de também encerrar a loja do Recreio. Hoje, a empresa, fundada em 1983, mantém cinco locadoras na Zona Sul, sendo que numa delas, a do Leblon, os filmes dividem espaço com produtos hospitalares à venda.

— A gente sabia que o meio digital chegaria em algum momento e que não daria para remar contra a maré. Mas o fim está sendo precipitado pelos executivos dos grandes estúdios e distribuidoras — afirma Hélio do Amaral, proprietário da Vídeo Nacional e ex-presidente da Vídeo Rio, antiga associação de locadoras cariocas, hoje extinta. — Antigamente, respeitavam-se as janelas de tempo para os lançamentos dos filmes. Primeiro era no cinema, seis meses depois nas locadoras, mais alguns meses na TV a cabo e, enfim, na TV aberta. Só que, com a queda do faturamento no cinema, as empresas passaram a eliminar a janela. Hoje, há vezes em que a gente recebe o filme quando ele já está sendo exibido na TV.

“A gente passa meses no vermelho”

Hélio do Amaral conta que se chegou a discutir na Vídeo Rio, há dois anos, uma forma de entrar na Justiça contra os estúdios. Seria uma briga parecida com a travada em 2010 por uma rede de cinemas britânica, que ameaçou não exibir “Alice no País das Maravilhas” depois de a Disney anunciar que lançaria o DVD apenas 12 semanas após a estreia do filme. O objetivo era alavancar a venda do vídeo caseiro, cujo faturamento caíra 20% nos quatro anos anteriores por conta da pirataria. Mas, no fim, a Disney acabou voltando atrás na decisão. E a Vídeo Rio não levou a ideia do processo à frente.

— As distribuidoras estão dando preferência para serviços de TV e de internet. Elas não têm mais interesse nas locadoras — diz Luis Carlos Teixeira Mendes, proprietário da Paradise, em Copacabana, uma das mais tradicionais locadoras do Rio, aberta há 21 anos, hoje com mais de 30 mil sócios cadastrados. — Quando abrimos, o único acesso que se tinha para ver a maioria dos filmes fora do cinema era alugar um VHS. Eu lembro que na transição do VHS para o DVD, por volta do ano 2000, alugávamos de mil a 1.200 filmes num sábado. Hoje não se chega a 500.

Para diminuir os custos, desde julho a Paradise não abre mais aos domingos e ainda diminuiu uma hora no seu funcionamento diário.

— Vivo recebendo oferta de filmes vendidos por locadoras que vão fechar. A Vip Vídeo, na Rua Barata Ribeiro, que nasceu como a locadora King Kong e era mais antiga que a gente, fechou há um mês — conta Teixeira Mendes. — Eu ainda não fechei porque tenho outras fontes de renda. Mas a gente passa meses no vermelho.

Os problemas que vêm sendo enfrentados pelas locadoras cariocas são os mesmos que levaram a Blockbuster a fechar suas lojas nos EUA. Fundada em 1985, a empresa vinha enfrentando problemas financeiros desde o fim da última década, sobretudo pelo sucesso de companhias que oferecem filmes pela internet, como a Netflix. Curiosamente, corre no mercado uma história de que a Blockbuster teve a oportunidade de comprar a Netflix em 2000, mas acabou desistindo da transação por não considerá-la essencial para seus negócios.

A decadência da Blockbuster se acentuou em 2010, quando a rede de locadoras entrou com pedido de falência, o que acarretou, no ano seguinte, a sua venda para a Dish Network, uma companhia americana de TV por satélite. Na ocasião, a Blockbuster já tinha um número reduzido de 1.700 lojas nos EUA, que foram sendo fechadas ao longo dos meses seguintes, até o anúncio de dez dias atrás. Hoje, suas unidades já estão vendendo o acervo de DVDs e Blu-Rays para os clientes. Por coincidência, o último filme alugado numa Blockbuster americana foi “É o fim”, de Seth Rogen e Evan Goldberg.

Salgadinhos no caminho

Já a partir do ano que vem, a Blockbuster vai existir nos EUA apenas como um serviço de filmes sob demanda na internet — por enquanto, vão restar também 50 lojas de franquia, não controladas pela matriz. Não se sabe ainda o que vai acontecer com as Blockbusters de outros países. No Brasil, por exemplo, suas filiais são controladas desde 2007 pelo grupo Lojas Americanas, que uniu as locadoras a suas unidades de varejo.

Procurada, a empresa não deu informações sobre o destino da Blockbuster brasileira. Mas uma visita à Americanas Express do Humaitá, no Rio, na última quarta-feira, mostra como anda o negócio do aluguel de filmes: perto das 13h, os corredores entre as prateleiras de DVDs para locação, que ficam bem no fundo da loja, estavam tomados por caixas de salgadinhos, impossibilitando a circulação de um possível cliente.

Alocadora Macedônia, de Jeferson Rangel Paravitino, com suas lojas no Catete e no Leme, é uma referência para cinéfilos cariocas há 30 anos. Mas Paravitino não se acomodou com o território conquistado pelos filmes. Assim que percebeu o risco que a internet representava para o negócio, começou a agir:

— Claro que tive queda de movimento, mas eu previ isso cinco anos atrás. Fui transformando a loja enquanto o mercado ainda era bom. Então, hoje, no Leme, tenho uma cafeteria, vendo suplementos alimentares e mantenho a videolocadora. Tudo no mesmo lugar, mas bem dividido.

O empresário reconhece na juventude de hoje uma mudança de perfil, com um menor hábito de assistir a filmes em casa. Para ele, sua maior concorrência hoje é a “falta de tempo do povo”.

— É muita coisa convergindo, downloads, TV a cabo, até viagem para o exterior compete com a locadora. E também tem muito filme ruim — diz.

Com o mercado em queda, a opção por essa diversificação proposta pela Macedônia não é uma questão de estilo. Significa, sim, sobrevivência. Cavi Borges, dono da Cavídeo, locadora cult do Humaitá, lembra que um serviço como o da Netflix ainda tem muitas lacunas em sua biblioteca de filmes, com uma oferta tímida de produções nacionais, documentários, clássicos e curtas-metragens.

— A Cavídeo tem um diferencial. Nestes 17 anos de existência, a gente conseguiu criar um público fiel, que não é o cara que vai procurar lançamentos. Isso garante nossa sobrevivência. Para a gente, o download ilegal é um adversário mais sério que a Netflix. A gente trabalha com filme raro, e hoje, graças à internet, não existe mais filme raro — diz Cavi.

Mesmo com esse público fiel, a Cavídeo também sofreu com a concorrência da internet. Cavi reconhece que a locadora teve uma queda de 30% a 40% de faturamento neste ano. A solução foi cortar custos: por exemplo, comprando duas cópias de cada filme, em vez de cinco.

Segundo ele, há até cerca de três anos, a loja alugava 200, 300 filmes por dia; hoje são 150. Dos 30 mil sócios que ainda estão no cadastro, Cavi calcula que 30% são ativos. Mas quem são essas pessoas?

— Quem não baixa filme hoje em dia? Crianças e pessoas mais velhas, que não têm paciência ou não mexem com computador, e gente mais ocupada, sem tempo disponível. Aqui vem muito pesquisador e estudante, em busca de filmes raros — diz.

Mas Cavi admite que também é preciso diversificar os produtos e as atividades disponíveis na loja. Para isso, ele organiza festas, encontros, produz filmes e agora pretende se tornar uma boutique de cinema, com livros, postais, brinquedos e miniaturas:

— Não dá mais para ser só uma locadora, tem que pensar em outras coisas que complementem a atividade.

Opinião dos leitores

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Brasil

Tesouro afirma que INSS arcará com ressarcimento de descontos irregulares

Foto: Diogo Zacarias

O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, disse, nesta terça-feira (29), que, por enquanto, o Tesouro Nacional não foi envolvido nas discussões sobre o ressarcimento de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional da Seguridade Social (INSS) que tiveram mensalidades descontadas irregularmente entre 2019 e 2024.

Segundo ele, qualquer eventual pagamento deverá ser feito com recursos do próprio orçamento do INSS.

“Esse problema está sendo tratado integralmente pelo próprio órgão, que está realizando o trabalho de apuração dos valores devidos e identificando quem eventualmente teve esses descontos ilegais”, explicou Ceron durante coletiva de imprensa para falar dos resultados do Tesouro de março.

A Polícia Federal e a Controladoria Geral da União (CGU) deflagraram uma operação na semana passada que identificou que entre 2019 e 2024, entidades associativas cobraram mensalidades não autorizadas de aposentados e pensionistas, sem o devido consentimento dos beneficiários, configurando uma violação grave das normas. O valor total das cobranças irregulares foi estimado em R$ 6,3 bilhões.

A Previdência Social vai fazer os ressarcimentos, que virão das entidades que se beneficiaram irregularmente desses descontos. No entanto, chegou a ser circulado que o dinheiro poderia sair dos cofres públicos, caso o dinheiro não chegasse até o fim do mês.

Ceron enfatizou que ainda é prematuro falar sobre a necessidade de complementação orçamentária.

“Neste momento, não podemos afirmar se haverá necessidade de aporte adicional para esses ressarcimentos. O órgão está totalmente dedicado a apurar tudo, recuperar os valores e ressarcir os beneficiários que foram prejudicados”, pontuou.

Ceron destacou que somente caso o INSS identifique que os recursos próprios não são suficientes é que o Tesouro seria chamado a participar da discussão.

“Se o órgão precisar de algum tipo de apoio, aí sim haveria uma discussão do ponto de vista da gestão orçamentária. Mas, por enquanto, o entendimento é que é possível resolver com os recursos disponíveis”, disse

O secretário contextualizou a situação lembrando a magnitude do orçamento previdenciário.

“Os pagamentos previdenciários somam trilhões de reais. Embora o valor em questão seja relevante, ele representa uma fração desse orçamento. É claro que se trata de um passivo previsto, e o INSS terá que fazer esse trabalho de apuração”, pontuou.

Ceron também ressaltou que, dependendo dos resultados da apuração, a solução pode ser mais simples do que se imagina.

“Pode ser apenas uma questão de antecipação de valores e recuperação no próprio exercício, exigindo mais um ajuste de limite financeiro do que uma expansão de gastos. Mas tudo isso ainda é prematuro, pois primeiro precisamos concluir o trabalho de apuração”, destacou.

CNN 

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Esporte

ABC Futebol Clube entra com pedido de Recuperação Judicial

Foto: reprodução

O ABC Futebol Clube protocolou, no dia 23 de abril de 2025, seu pedido de Recuperação Judicial junto ao Poder Judiciário do Rio Grande do Norte.

A solicitação foi aceita em 28 de abril pela 23ª Vara Cível da Comarca de Natal, iniciando oficialmente o processo de reorganização econômica do clube. A medida visa superar a crise financeira que se agravou nos últimos anos, marcada por dívidas e bloqueios judiciais.

Com o deferimento, o clube ganha proteção contra execuções e atos contra seu patrimônio, possibilitando a renegociação estruturada com credores.

O Clube divulgou a informação em um comunicado oficial nas redes sociais.

Confira a nota completa abaixo:

O ABC Futebol Clube informa que, no dia 23 de abril de 2025, protocolou junto ao Poder Judiciário do Rio Grande do Norte o seu pedido de Recuperação Judicial, nos termos da Lei n.° 11.101/2005. O processamento do pedido foi deferido em 28 de abril de 2025 pelo Juízo da 23ª Vara Cível da Comarca de Natal, permitindo o início do processo de reorganização econômica e financeira do Clube sob supervisão judicial.

A recuperação judicial é um instrumento legal destinado a viabilizar a superação de uma situação de crise econômico-financeira, a qual permitirá que o ABC renegocie suas obrigações com credores de forma estruturada, preservando suas atividades, empregos e sua função social.

Com o deferimento do processamento, o ABC passa a contar com importantes mecanismos legais, como a suspensão imediata das execuções contra o Clube, além da proibição de qualquer forma de atos constritivos ao seu patrimônio, conferindo o fôlego e a previsibilidade necessária para a reorganização e viabilização de um plano de pagamento sustentável a seus credores.

A decisão de ingressar com o pedido de recuperação judicial se deve ao fato de que, ao longo dos últimos anos, o clube vem enfrentando dificuldades financeiras, marcadas por diversos bloqueios judicias, acúmulo de dívidas e dificuldades que comprometeram consideravelmente a sua capacidade operacional e de investimento.

O ABC reitera seu compromisso com a transparência, com a reestruturação responsável e com o seu maior patrimônio: sua torcida. Acreditamos que, com este passo, será possível construir um novo ciclo de estabilidade e crescimento para o Clube.

Blog do BG 

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Brasil

Hugo Motta diz que PEC da Segurança Pública será alterada na Câmara

Foto:VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, afirmou, nesta terça-feira (29/4), que a Câmara dos Deputados vai realizar alterações na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública.

O recado de Motta foi dado ao Palácio do Planalto por meio de uma publicação na conta dele na rede social X, nesta terça. “A Câmara vai alterar a PEC da Segurança. É um direito do Executivo encaminhar uma proposta de emenda constitucional e direito do Congresso alterá-la”, frisou.

Do que trata a PEC

  • O texto propõe constitucionalizar o Sistema Único de Segurança Pública (Susp) e definir a responsabilidade da União sobre a matéria.
  • A proposta enfrenta resistência dos governadores, que veem tentativa de interferência nas atribuições dos estados.
  • Atualmente, a gestão da segurança pública compete aos estados. Em janeiro, o governo fez uma alteração no texto para afastar a possibilidade de ingerência.

Ainda na mensagem no X, Motta pontuou que não deseja que o assunto seja politizado, pois o “tema é urgente para os brasileiros”. “O único apelo que faço é que a gente não permita a politização da discussão sobre Segurança Pública, porque quando nós politizamos, estamos dizendo que essa pauta vai sofrer uma grande intervenção para que ela não prospere”, afirmou o presidente da Câmara.

A PEC é uma bandeira encampada pelo ministro da Segurança Pública, Ricardo Lewandowski. O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, entregou o texto aos presidentes da Câmara e do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União-AP) no último dia 23.

Metrópoles 

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Turismo

Feriado: Natal está entre destinos mais procurados; ocupação hoteleira deve chegar a 66% no RN

Foto: Magnus Nascimento

Classificada entre os destinos mais procurados do Brasil por turistras para passar o feriado do Dia do Trabalhador, comemorado nesta quinta-feira (1º), Natal registrou mais de 15 milhões de buscas na plataforma da empresa Omnibees até o dia 22 de abril. O Rio Grande do Norte registra agora uma expectativa de ocupação hoteleira de 66% para o feriado, segundo projeções da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis no RN (ABIH-RN).

Para o secretário Municipal de Turismo (Setur), Sanclair Solon, o resultado é importante para a cidade, pois reforça o papel de Natal como referência no turismo nacional e movimenta diretamente a economia local, gerando emprego e renda para os natalenses.

“Recebemos com grande satisfação a notícia de que Natal está entre os destinos mais procurados para o feriado do Dia do Trabalhador. Esse destaque é fruto de um trabalho contínuo da Prefeitura, que tem investido fortemente em infraestrutura turística desde o início da gestão do prefeito Paulinho Freire, qualificando nossos equipamentos, promovendo a cidade e melhorando a experiência de quem nos visita. Seguiremos empenhados em tornar Natal cada vez mais atrativa para os turistas e acolhedora para os natalenses”, destacou o titular da Setur.

Segundo Edmar Gadelha, presidente da ABIH-RN, esses números representam a confiança do turista no nosso destino e o fortalecimento de toda a cadeia produtiva do turismo potiguar. “Cada ponto percentual de crescimento significa mais empregos, mais desenvolvimento e maior visibilidade para nosso estado”, enfatiza Gadelha.

Segundo a pesquisa, as projeções de ocupação para os destinos mais procurados são:

  • São Miguel do Gostoso (77%);
  • Natal (65%);
  • Tibau do Sul (59%).

Tribuna do Norte

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Brasil

Deputado apresenta projeto que visa proibir camisa vermelha na Seleção

Foto: reprodução

O deputado federal Zé Trovão (PL-SC) apresentou um projeto de lei, nesta terça-feira (29), que torna obrigatório o uso das cores oficiais da Bandeira Nacional (verde, amarelo, azul e branco), para todas as entidades públicas ou privadas que representem oficialmente o Brasil.

A ação do parlamentar ocorre após ser ventilada a possível troca do uniforme azul da Seleção Brasileira por um vermelho para a Copa do Mundo de 2026. Com isso, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), jogadores e comentaristas tem se posicionado contra a mudança.
De acordo com o PL, a exigência se aplica às seguintes categorias:

  • Delegações esportivas
  • Missões diplomáticas e consulares
  • Delegações científicas, tecnológicas ou culturais;
  • Entidades participantes de exposições internacionais ou eventos oficiais;
  • Organizações da sociedade civil que atuem mediante convênio, parceria ou contrato com a administração pública federal.

Em caso das normas não serem cumpridas, sansões serão aplicadas e elas poderão ir desde advertências até o impedimento de representar o país por até quatro anos.

Zé Trovão justifica que o projeto de lei  busca fortalecer a identidade nacional e reforçar o patriotismo.

“O presente projeto de lei  visa fortalecer a identidade nacional e promover o sentimento de pertencimento e orgulho entre os brasileiros, ao exigir que entidades públicas ou privadas, quando em representação oficial do país, utilizem as cores da Bandeira Nacional em suas vestimentas, materiais e comunicações institucionais”, diz trecho da justificação do projeto.

“Além de reforçar a coesão e o patriotismo, essa medida contribui para a valorização da imagem do Brasil no exterior. A presença constante das cores nacionais transmite uma mensagem clara de unidade, compromisso com os valores nacionais e respeito à nossa história.

Mudança na camisa

De acordo com o site especializado em camisas Footy Headlines, a Seleção Brasileira terá uma nova cor de camisa para participar da Copa do Mundo de 2026.

As cores não devem ser as mesmas da bandeira do Brasil, e a previsão é de que a camisa seja lançada em março do próximo ano.

Segundo o estatuto da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), a Seleção Brasileira só poderá usar uniformes com as cores existentes na bandeira da entidade, com exceção apenas para eventos comemorativos.

CNN Brasil

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Política

Justiça cassa mandato de vereador e anula votos da chapa do PP por fraude a cota de gênero em Poço Branco

Foto: reprodução

A Justiça Eleitoral reconheceu a prática de fraude a cora de gênero do partido PP no município de Poço Branco e determinou a cassação do vereador eleito Rodrigo Marques Lucas de Araújo e inelegibilidade por 8 anos, além de anular os votos do partido.

Segundo denúncia do MP, o Partido Progressistas utilizou candidaturas femininas fictícias para cumprir formalmente o percentual mínimo de 30% exigido pela legislação eleitoral.

As candidatas Juliana Gonçalo e Maria da Conceição da Silva são apontadas como laranjas, sem campanha própria e com votações inexpressivas. Segundo o MP, as duas participaram apenas de eventos organizados por Rodrigo Marques Lucas de Araújo, apontado como mentor da fraude.

Ainda de acordo com o parecer, houve desvio de recursos públicos da campanha de Maria da Conceição em favor de Rodrigo Lucas, configurando não só fraude eleitoral, mas possível crime de falsidade e improbidade administrativa.

Justiça Potiguar 

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Brasil

Edinho Silva, candidato a presidente do PT, é condenado por improbidade

Foto: Ricardo Stuckert / PR

Candidato a presidente do PT, o ex-prefeito de Araraquara Edinho Silva, foi definitivamente condenado por ato de improbidade administrativa doloso.

Apoiado por Lula na disputa interna do partido, ele foi considerado culpado por assumir obrigações de despesas sem possuir disponibilidade financeira para tanto nos últimos oito meses de seu mandato em 2004.

A decisão foi proferida pelo Tribunal de Justiça em março.

Lei de Responsabilidade Fiscal

O artigo 42 da Lei de Responsabilidade Fiscal proíbe a contratação de despesas nos dois últimos quadrimestres do mandato que não possam ser integralmente cumpridas dentro do mesmo período, ou que gerem parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem a devida disponibilidade de caixa, em detrimento da responsabilidade e da transparência na gestão dos recursos públicos.

O Ministério Público de São Paulo comunicou na segunda-feira, 28, a execução da multa civil prevista na condenação, superior a 500 mil reais, além de apurar a reiteração dessa conduta ao término do mandato de 2024.

Prefeito de Araraquara acusa Edinho Silva por rombo

O prefeito de Araraquara, Dr. Lapena (PL), acusou a gestão de seu antecessor, Edinho Silva (PT), de deixar dívidas que somam 1,1 bilhão de reais.

Os números foram apresentados pelo secretário de Administração, Roberto Pereira, durante audiência na Câmara Municipal em 21 de fevereiro.

A dívida, segundo a prefeitura, inclui 212 milhões de reais em obrigações de curto prazo, 562 milhões de reais em débitos de longo prazo, 60 milhões de reais em serviços contratados ainda não executados, 195 milhões de reais em processos judiciais e 42 milhões de reais em despesas não empenhadas, as chamadas “pedaladas fiscais”.

A maior parte dessas pedaladas fiscais, 75%, seria referente à área da Saúde, comandada pela então secretária Eliana Honain.

O antagonista 

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Geral

(VÍDEO) Aposentada questiona Lupi na Câmara: “Nós não merecemos respeito?”

Em meio ao escândalo em que está envolto o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, foi questionado por uma das supostas vítimas do esquema que desviou dinheiro de aposentados e pensionistas. “E nós, aposentados, não merecemos respeito?”, questionou.

A mulher, identificada como Ezimar Vieira dos Santos, estava na audiência Comissão de Previdência da Câmara, em que Lupi foi questionado sobre o escândalo. Segundo o deputado federal Marcel van Hattem (Novo-RS), a mulher é uma entre milhões de vítimas.

“Ela, senhor ministro Carlos Lupi, foi à agência do INSS quando soube que estava sendo roubada para informar que R$ 77,86 estavam sendo tirados do seu benefício. E lhe disseram, simplesmente, que essa era uma entidade de São Paulo e não haveria o que fazer”, relatou Van Hattem. “Dona Ezimar é uma de 6 milhões de vítimas.”
Ao questionamento, o ministro afirmou: “Nenhum aposentado pode falar nada de mim porque não tem ninguém que mais defenda aposentados que eu”.

Metrópoles 

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Brasil

Governo publica suspensão dos acordos do INSS com entidades

Foto: VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES

Dias após a operação da Polícia Federal (PF) contra o esquema de descontos indevidos em aposentadorias, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) publicou nesta terça-feira (29/4) despacho suspendendo todos os acordos de cooperação técnicas firmados com entidades para interromper um esquema que desviou bilhões de aposentados.

A suspensão dos Acordos de Cooperação Técnica (ACT) celebrados com o INSS, que envolvam descontos de mensalidades associativas em folha de pagamento de benefícios previdenciários, foi assinada pela diretora substituta do INSS, Débora Floriano. O ex-presidente do instituto, Alessandro Stefanutto, foi afastado pela PF na quarta-feira passada (23/4) e, posteriormente, demitido pelo presidente Lula (PT).

O ACT é o convênio com o INSS que permite os descontos de mensalidade associativa de aposentados e pensionistas, mecanismo que está no centro de um escândalo no governo federal.

Os acordos serão suspensos até reavaliação de sua regularidade e conformidade com as normas vigentes, bem como de quaisquer repasses às entidades partícipes dos ajustes.

Também foi determinada a realização de análise criteriosa dos referidos acordos, por parte das Diretorias de
Benefícios e Relacionamento com o Cidadão (Dirben) e de Governança, Planejamento e Inovação (Digov) e da Auditoria-Geral (Audger), com a verificação da regularidade do cumprimento dos ajustes celebrados e propondo, se necessário, medidas corretivas ou a rescisão definitiva dos instrumentos.

Metrópoles 

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Geral

VÍDEO: Governo Fátima faz ‘perversidade’ com servidores ao não repassar consignados aos bancos, diz sindicalista

A presidente do Sindicato dos Servidores da Administração Direta do Governo do Estado (Sinsp), Janeayre Souto, classificou como “perversidade” o fato de o governo estadual ter voltado a atrasar o repasse aos bancos de parcelas de empréstimos consignados contraídos por servidores, apesar de ter feito o desconto nos contracheques.

Por causa do atraso nos repasses, bancos suspenderam a concessão de novos empréstimos e estão debitando valores das contas dos servidores para quitar o débito. O problema ocorre desde 11 de abril.

Em entrevista à 98 FM nesta terça-feira (29), Janeayre disse que a gestão da governadora Fátima Bezerra (PT) faz “apropriação indébita” dos salários dos servidores públicos estaduais. “Esse governo, o da professora Fátima, desde 1º de janeiro de 2019, tem escolhido fazer a gestão com o recurso, o salário dos servidores. E tem sequestrado, retirado parte dos salários”, declarou.

De acordo com a sindicalista, o atraso nos repasses por parte do Governo do Estado para os bancos está fazendo com que muitos trabalhadores tenham o valor do empréstimo debitado duas vezes: primeiro na folha, e depois diretamente em suas contas bancárias, já que, segundo cláusula contratual comum nos consignados, os bancos estão autorizados a fazer a cobrança caso o repasse não seja efetivado pelo Estado.

98 FM Natal

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