Em coletiva à imprensa na manhã desta quinta-feira (05), o Sindicato dos Policiais Civis e Servidores da Segurança Pública do Rio Grande do Norte (Sinpol/RN) informou sobre novos rumos das greves dos servidores do Itep e policiais civis, após a frustrada reunião com o Governo na última terça-feira (03). Além disso, emitiu Nota de Esclarecimento e detalhou ponto a ponto a afrontosa contraproposta apresentada pelo Estado.
De acordo com o presidente da entidade, Djair Oliveira, as propostas não atendem nem metade do que as duas categorias reivindicam. Uma prova é que o governo propôs a nomeação de 35 policiais de outubro a abril de 2014, mas a categoria quer a convocação dos 306 formados, a formação de 290 suplentes e posterior nomeação, além de realização de concurso.
O Poder executivo propôs ainda a contratação de auxiliares de serviços gerais apenas para Natal e Grande Natal, deixando todo o restante do interior de fora, e aquisição de armamentos, coletes e algemas somente para os policiais que estão ingressando agora, quando os que estão na ativa há anos não têm.
Já no caso do Itep, o Governo se nega a enviar o anteprojeto que criaria a Lei Orgânica e Estatuto, além de não apresentar qualquer proposta de investimento na estrutura da polícia técnica. “Isso demonstra o grande desrespeito da gestão estadual com a segurança pública”, ressaltou.
Diante disso, as categorias programas mobilizações mais contundentes para chamar a atenção da população e pressionar o Governo a avançar nas negociações. A coletiva teve participação dos servidores, que diariamente se reúnem em assembléia na sede do sindicato para deliberar sobre próximos passos das suas lutas.
VEJA NOTA DE ESCLARECIMENTO
É com a indignação dos que são injustiçados com a divulgação maciça de inverdades, por parte do Governo, que nos pronunciamos à opinião pública do Rio Grande do Norte, para fazer esclarecimentos a respeito do processo de negociação com o Governo do Estado.
Divulgar que o SINPOL abandonou a reunião, com representantes do Governo, na última terça-feira (03), em um gesto intransigente, além de não condizer com a verdade, tem o intuito de desvirtuar a luta deste ente sindical, empenhado na defesa de instituições sérias e comprometidas com a população norte-rio-grandense, que diante do abandono do governo, encontram-se à margem da falência total.
A diretoria esgotou, sim, e mais uma vez, todas as tentativas para que os gestores apresentassem uma contraproposta passível de análise, e não a afrontosa e até mesmo desrespeitosa como a que foi dita e entregue naquele dia. A saída da sala de reunião só aconteceu após reiterado apelo da presidência do sindicato ao chefe da Casa Civil, Carlos Augusto Rosado, que afirmou que não teria mais nada a oferecer, além de um papel (não documental), sem timbre oficial e qualquer assinatura dos representantes do governo. Deu-se por encerrada a reunião, não sendo oportunizada uma negociação.
Agora, por fim, um questionamento: é intransigência das categorias que defendem não apenas seus interesses, mas de toda a população (no momento que cobram a melhoria de serviços públicos essenciais) rejeitar uma proposta que insulta a dignidade de todo potiguar?
Após a negociação do Governo com a Educação e com a Saúde, a expectativa dos Policiais Civis e Servidores do ITEP/RN era de que o Executivo tivesse a mesma dignidade de apresentar uma proposta possível de aceitação. A apresentada, na verdade, demonstrou grande desrespeito da gestão estadual com a Segurança Pública, que não reconhece o abandono e o caos enfrentados pela Polícia Civil e o ITEP/RN.
A greve continua e agora ainda mais forte, com atos contundentes. Isso por que não se trata apenas de conquistar melhorias para os policiais civis e servidores do ITEP, mas trata-se de resgatar duas instituições que estão no “fundo do poço” devido ao total abandono e descompromisso do Governo do Estado, situação essa que tem sido a mola mestre para o grande índice de criminalidade em nosso Estado.
A luta continua, até para que possamos ver o ITEP/RN com seu Estatuto e os servidores valorizados, e a Polícia Civil possa voltar a ter suas Delegacias abertas 24h para atendimento ao cidadão, com estrutura para desenvolver as investigações e os policiais possam ser valorizados.
A luta continua por uma questão de sobrevivência do ITEP da Polícia Civil, e contamos com o apoio efetivo da imprensa e da população potiguar.
A DIRETORIA
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