O Governo do Estado apresentou proposta de reajuste de 34% a partir de setembro, portanto daqui a dois meses. Os professores, por intermédio dos seus representantes sindicais, pressionavam e ainda pressionam por reajuste retroativo.
Estabelecido o impasse, que já dura mais de dois meses, restou ao Judiciário arbitrar, diante do prejuízo causado aos estudantes da rede pública estadual de ensino. O Tribunal estabeleceu, também, multa diária de R$ 10 mil em caso de não acatamento da decisão de retorno imediato às atividades.
A partir do depoimento de sua coordenadora estadual, Fátima Cardoso, o SINTE-RN avisou que não voltaria no mesmo dia e que, se for preciso, pagaria a multa diária de R$ 10 mil. Informou, também, que a categoria se reuniria hoje para deliberar sobre o assunto. Ou seja, se atenderia ou não à determinação do Poder Judiciário.
A decisão, tomada na manhã de hoje, foi pela manutenção da greve. O SINTE-RN dá mostras de intolerância e que está disposto a ir além em uma paralisação que pune milhares e milhares de alunos, muitos à véspera dos exames vestibulares.
Quem lidera movimentos grevistas sabe ou deveria saber que isto exige reconhecer a necessidade de recuos em troca de alguns avanços. Os professores estaduais, a partir do depoimento de Amanda Fernandes, que virou hit na internet e porta-voz da categoria por todo o País, sabem que podem avançar muito mais no futuro, agora que a sociedade brasileira parece estar acordando para a dramática realidade da Educação Pública.
Mas os professores, principalmente os dirigentes sindicais, deveriam também saber que há momentos de se avançar e momentos de recuar. E este talvez seja o momento de, mesmo reconhecendo que os ganhos não são ideais, admitir que é preciso recuar em nome de algo muito maior e mais caro a qualquer categoria: o reconhecimento e o apoio da sociedade.
Se não houver esta capacidade de discernimento, a categoria poderá pagar um preço alto demais para um movimento justo.
nós professores recuamos (basta ver nossa proposta original) porém quem ainda não recuou foi o governo do estado que insiste em manter sua proposta original. queremos apenas e tão somente recebermos um salário digno do que fazemos, infelizmente alguns alunos são prejudicados mais temos que lembrar que somos a ÚNICA categoria em que os profissionais tem que pagar com trabalho seus dias parados, agora se nem todos os professores pagam essas aulas isso tem q ser investigado pela própria promotoria.]
quanto ao fato de ser 'uma afronta a justiça' vale lembrar que o mérito ainda não foi julgado e que cabe recurso ainda no próprio tribunal, em recife ou ainda em brasília. portanto há um longo caminho pela frente já que em nenhum momento nossa justiça quis analisar nossas proposições assim como o desrespeito do governo estadual a uma lei federal que é a lei do piso.