A Síria aceitou nesta terça-feira colocar suas armas químicas sob controle internacional, informou a agência russa Interfax, citando o chanceler sírio, Walid al-Moualem. Mais cedo, Moscou afirmou que estava costurando um plano próprio com Damasco, que seria apresentado em breve a outras nações. A França, por sua vez, levará ao Conselho de Segurança da ONU uma proposta de resolução que define condições para o desarmamento do regime de Bashar al-Assad.
Durante uma coletiva de imprensa em Paris, o chanceler Laurent Fabius afirmou que a resolução, sob o Capítulo 7 da Carta da ONU, cobrindo uma possível ação militar e não militar para restaurar a paz, alerta para consequências “extremamente graves” para a Síria se forem violadas essas condições.
De acordo com o chanceler, a Síria deverá informar o tamanho de seu programa químico e punir o responsável pelos ataques em 21 de agosto, que, segundo o governo americano, mataram mais de 1.400 pessoas, incluindo 400 crianças. Para o ministro da Defesa francês, Jean-Yves Le Drian, a aceitação por Damasco da proposta de desarmamento prova que “a pressão internacional tem funcionado”.
O ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, ressalvou nesta terça-feira que a proposta, que foi anunciada por ele na segunda-feira, não era somente russa e surgiu durante contatos com os Estados Unidos. E afirmou que estava trabalhando com a Síria num plano para efetivar a proposta.
– A Rússia está agora em contato com a Síria para trabalhar no desenvolvimento de um plano viável, preciso e concreto – disse Lavrov, acrescentando que o plano será apresentado em breve.
O Globo
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