Foto: Reuters
Os modelos climáticos estão revelando chuvas regulares do Norte do Paraná ao Norte de São Paulo para a semana que vem e a Safras & Mercado (S&M) se debruçou sobre eles traçando um cenário possível para cana. A análise final é a de que vai ter volume considerável de cana que foi deixada para ser cortada o ano que vem no Centro-Sul.
Essa cana que deveria ser colhida em uma safra, mas é deixada para a próxima, é conhecida como “bisada” no jargão do setor. Neste ano, ela estaria sendo acumulada, portanto, em oito semanas de precipitações, se forem certas as previsões até a próxima.
As avaliações de Maurício Muruci, da consultoria, são de 16 a 18 milhões de toneladas que serão carregadas para o ciclo 20/21, ainda que possam, em alguma fração, começarem a ser processadas em fim de fevereiro, o que oficialmente ainda estaria na safra 19/20 (vai até março). O setor já adotou o termo ‘antecipação de safra’.
Esse ponto, ainda de acordo com o analista, poderá ser precificado por Nova York, no mercado futuro da ICE Futures, tirando suportes das altas que vieram satisfatórias até a semana passada, em quase 40 dias. De 12,50 centavos de dólar por libra peso para a faixa de 13,50.
Etanol
A produção de 2020 que terá parte da cana de 2019 também será importante para as usinas que pararam mais cedo e estão zeradas de etanol na entressafra, que deve seguir com competitividade. Murici lembra, porém, que vai chegar maior volume de etanol dos Estados Unidos, com a elevação da cota sem taxas para 1,5 bilhão de litros.
A safra 19/20 do Centro-Sul, já praticamente sem usinas operando, teve morte prematura, mesmo. Desde final de outubro várias usinas não tinham mais cana ou estavam com talhões pouco desenvolvidos pela seca. Esta também acelerou a moagem, além da própria demanda forte para o mix de etanol.
Money Times
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