Jornalismo

Soninha diz que campanha pró-Serra aumentou seu isolamento na ESPN

soninha2A derrota nas urnas nas eleições para deputada federal foi um duro golpe para Soninha Francine. Ou significou uma ‘brochada’, como ela melhor define. Diante da frustração na política, agora ela quer voltar à TV. À mesma TV em que ela fez sucesso como comentarista esportiva e que a fez guardar boas e más recordações.

Soninha ainda tem frescos na memória os bons amigos, mas também o preconceito e o isolamento político que diz ter sofrido na ESPN Brasil por ter trabalhado na campanha presidencial de José Serra nas eleições de 2010.

“Naquele momento eu era um ponto muito fora da curva tendo trabalhado na campanha do Serra. O pessoal da ESPN era muito Lula, vai? Então isso também não me dava muito ânimo de voltar. Um lugar onde a gente discute a política dentro do futebol, eu estava praticamente isolada ali”.

Entre os livros espalhados até pela escada, ela arrumou um espacinho em sua casa na Zona Oeste de São Paulo para receber a reportagem do UOL Esporte. Soninha relembra temas como as grosserias dos técnicos Vanderlei Luxemburgo e Emerson Leão e a sua frustração com a política. “Você disputa uma eleição e perde, uma eleição que era para ganhar, né? Não tem cabimento eu ficar tão atrás na fila da suplência, dá uma brochada”.

Você sempre foi conhecida como VJ da MTV. Como iniciou sua carreira como comentarista esportiva?

Quando entrei na MTV, entrei carregando pedra. Todo mundo que começou como assistente de produtor, virou produtor, editor, diretor. Foi bom ter feito esse caminho todo para depois ser VJ. Isso contou quando o Trajano (José Trajano, então diretor de jornalismo da emissora) me convidou para trabalhar na ESPN para ser comentarista. Ele dizia que lá futebol tinha contexto muito maior, política, literatura, cinema, sociedade, então tudo o que eu já tinha feito interessava para ser comentarista.

E como é ser mulher em um meio majoritariamente masculino?

Você fica sujeita a um espectro muito maior de ofensas: mulher é vagabunda, mal amada ou está dando para alguém e por isso que ela está ali. Mas também tem uma simpatia inicial, uma abertura. Às vezes o jogador está cansado de dar entrevista para repórter agressivo ou de participar de determinado programa porque foi massacrado. Quando a repórter é mulher, às vezes ele fica até aliviado, sabe que nunca vai ter o mesmo tipo de embate, não quer que dizer que eu vá ser café com leite, mas é outro tipo de enfrentamento. E eu nunca levei cantada. Não me lembro nem de um comentariozinho a mais, nada. Tenho o maior orgulho disso.

Como era a sua relação com os colegas na ESPN Brasil?

Na ESPN tinha muitos níveis de relação, de recepção. Alguns gostavam muito de mim da MTV e por isso gostavam de trabalhar comigo: ‘uau, aquela VJ é nossa, faz parte da equipe’. Outros me viam como uma intrusa, eram super pé atrás. Ficavam super atentos a escorregadas. E tinham os que não suportavam a minha presença. Esses não ficavam só atentos para ver se eu pisava na bola, eles criavam situações. Me colocavam em roubadas no ar. Ou eram claramente hostis fora do ar. Cobrindo lá um jogo entre Inter de Limeira e um time do interior. E ninguém conhece o elenco da Inter de Limeira super bem, nem os meus colegas. Aí tinha uma substituição: sai João Pedro e entra o Pedro João. Entra o narrador e fala assim. “Então Soninha Francine, conhecendo bem esses jogadores, o que você acha da substituição?”. Sacaneando, entendeu? Para me deixar em saia-justa.

E como você lidava com essas situações?

Você fica calejada, né? Mas com o tempo foi mudando, foi muito legal perceber que os caras que eram muito hostis e às vezes me davam cotoveladas no ar mudaram.

Mas você acha que sofreu preconceito?

Tinha preconceito porque eu era mulher, combinado com o fato de que eu era VJ da MTV e que eu não vinha de uma carreira esportiva. A MTV já não era uma coisa que os mais antigos davam muito valor ou viam muita graça. E eu não entrei na ESPN como na MTV em que eu era da produção, depois virei repórter, depois isso, depois aquilo. Já entrei na hora do almoço que é um horário nobre no esporte. Então teve uma desconfiança natural. Tinha uma resistência também que vai além do preconceito. Para o preconceito você dá uma chance e aí sim você forma uma opinião. Mas isso demorou demais em alguns casos.

Você teve problemas com entrevistados também?

O Luxemburgo (Vanderlei) me deu uma cotovelada no ar e foi quase de graça. Era o Dia da Mulher e ele tinha sido entrevistado por uma repórter que perguntou o que ele achava da participação da mulher no esporte. E ele respondeu: “Olha, mulher é muito bonitinha, muito simpática, mas você faz as perguntas que mandaram você fazer, que escreveram para você, tem coisa que não dá”. Alguns dias depois, ele participou do programa na ESPN. Encerrando o programa, sabe quando não dá tempo para mais nada? Ele falou assim: “Obrigada. Eu queria dizer que você é uma boa entrevistadora, você é muito inteligente, mas você não entende nada de futebol”. Cara, eu fiquei assim (boquiaberta), mas eu não podia ficar assim. O certo era dizer “Nossa, Luxemburgo. Que comentário grosseiro”, mas eu não tive presença de espírito na hora. Então só dei risada como se fosse uma brincadeira, que não era. E falei “lá fora a gente vê isso”. Mas foi horrível, foi chato para todo mundo que estava no estúdio, na redação. Foi muito humilhante e foi para humilhar.

A outra foi uma entrevista com o Leão (Emerson) no Bola da Vez e eu perguntei se ele acreditava que poderia ter isso derrubado pelos jogadores porque essa era uma discussão recorrente. E ele falou: “Olha, Soninha. Isso não é pergunta que se faça”. Só faltou dizer assim: “que pergunta idiota”. Foi muito grosseiro também, mas ali eu não estava sozinha e ficou pior pra ele. Eu não fiquei tão desmontada.

Você viveu esse tipo situação com colegas também?

Tiveram dois episódios com o Trajano também. Mas aí o Trajano não é só comigo, imagina ter um chefe totalmente apaixonado por futebol, pelo que ele faz, pela equipe que trabalha e por tudo na vida. Nada com o Trajano é mediano, tudo é exacerbado. Teve uma vez nas Olimpíadas de Sydney (em 2000) em que estavam criando um clima de execração nacional contra aquela equipe de futebol, ‘esses moleques mascarados, não querem nada com nada, a fama subiu à cabeça’. O Brasil foi eliminado e no dia seguinte a gente estava comentando a trajetória do Brasil que tinha sido horrível, eu só não atribuía isso à máscara dos jogadores. Para mim era um problema de futebol, do técnico, das escolhas, da preparação. E o Trajano estava participando do mesmo programa e ele me destruiu, sorte que o Calçade (Paulo Calçade, comentarista) também estava. Ele dizia: ‘vocês, Soninha e Calçade, vocês são muito arrogantes de achar que com esse pouco tempo de vida no futebol vocês têm razão. Vocês são arrogantes, vocês não têm noção”. Acabou com a gente no ar. O pessoal da TV é muito legal e dividiu a tela. Deixaram o Trajano em São Paulo me destruindo e eu olhando para a câmera. Aí vinha a água no olho, mas eu não podia chorar de jeito nenhum, aquele nó na garganta. E eu racionalizando na cabeça… ‘É assim Soninha, o Trajano é assim, normal. Não é nem só com você. Até com o Calçade que é um puta cara, super qualificado’. Era meu chefe ao vivo por 15 minutos me destruindo.

Você sente saudades daquela época?

Normalmente, eu não tenho essa saudade de ser comentarista porque muitas vezes quando eu era comentarista eu sentia saudade de ser torcedor. Eu não queria estar trabalhando desde 1 h da tarde no domingo, discutindo longamente um time, a rodada. Eu queria estar na arquibancada, então agora que eu sou da arquibancada não me bate muita saudade de estar na cabine, não. Mas do grande evento, aí sim. É saudade como da infância.

Por que você saiu da ESPN Brasil?

Eu me afastei pela última vez da ESPN para fazer política na campanha de 2010, eu trabalhava no site oficial da campanha do (José) Serra. Quando terminou a campanha eu estava exausta, precisava de uns dias de folga antes de voltar para o ar, precisava me atualizar com futebol. Mas eu não conseguia mais dar tanta importância para aquilo. Eu tinha ficado completamente afastada de tudo por causa da campanha presidencial e eu tinha que retomar, entender, saber como era o meio campo do Coritiba, o que mudou do início do campeonato e eu não conseguia me motivar para aquilo. Pedi mais uns dias, descobri que não tinha mais o mesmo interesse que precisava ter para ser um bom comentarista. Porque enganar é fácil. Cansei de ver colega enganando, não colega da ESPN. Você vai no clichê, joga para a torcida.. então eu descobri que não dava mais para fazer os dois e decidi ficar com a política.

A sua relação com a política influenciou na sua saída?

A política atrapalha o comentário de futebol, ainda mais na ESPN que é um lugar politizado, que é um lugar em que a política no futebol é muito importante. Que bom que é assim, mas aí as paixões político-partidárias interferem. Naquele momento eu era um ponto muito fora da curva tendo trabalhado na campanha do Serra. O pessoal da ESPN era muito Lula, vai? Então isso também não me dava muito ânimo de voltar. Um lugar onde a gente discute a política dentro do futebol, eu estava praticamente isolada ali. Isso também me desanimou, não era só futebol.

O fato de você ter trabalhado na campanha de um candidato alterou a sua imagem na empresa?

Sim, fez diferença. Eu não só me afastei alguns meses da ESPN para participar de uma eleição como candidata ou como equipe, mas do candidato da oposição ali. O pessoal fala muito agora dessa última eleição, que foi radicalizada, que teve muito golpe baixo, mas em 2010 já foi muito violento, foi muito pesado, assim de acusações, de agressões, então a rivalidade ali se acirrou muito. Na ESPN dava para perceber, era uma coisa que já havia antes desde a primeira eleição do Lula. Tinha toda uma expetativa, esperança. O Trajano participou de um grupo que fez propostas para a política esportiva do governo Lula, o Sócrates, que era muito chapa e querido, era membro do Conselho Nacional de Esporte do governo Lula, então tinha uma aproximação muito visível, muito evidente assim, de afinidade mesmo, normal, de identidade. Então também eu sabia que ia acontecer muitas vezes o que tinha acontecido lá na Olimpíada… de tomar o esculacho, tá todo mundo dizendo que os jogadores estão mascarados e eu estou dizendo ‘não, não é esse o problema’.

Que mudança você percebeu na ESPN por causa da política?

A ESPN aliviando nas críticas. Gente isso era muito anti-ESPN. A ESPN nunca aliviou em crítica, era muito legal isso. Era totalmente independente o espaço jornalístico do espaço comercial. E aí quando eu vi que esse fervor na defesa do dinheiro público estava arrefecendo um pouco na análise dos preparativos para a Copa do Mundo, eu já comecei a ficar um pouco desapontada. E mais ainda quando a audiência na ESPN me identificava como inimiga porque eu continuava fazendo as mesmas críticas contundentes. Então aquela coisa amarga, agressiva e violenta que eu já vivia sendo vereadora ou sendo sub-prefeita, que foram trabalhos que acumulei com a ESPN. Pô! Eu vinha da sub-prefeitura, onde já me davam um pau violento, e continuavam me dando pau na ESPN por causa da política. Já não eram mais divergências esportivas, mas político-partidárias. E aí dentro da ESPN eu fui virando a exceção e isso ressaltava mais a agressividade dos assinantes, dos fãs de esporte. “Ah.. ela fala isso porque ela é ressentida com o PT, ela saiu do PT, então ela tem inveja porque o Brasil vai sediar a Copa do Mundo”. Então vinha dos fãs de esporte e aí começou a aparecer esse ruído entre os próprios colegas. Essa divergência foi ficando muito difícil. Fui vendo essa condescendência da ESPN, ela não foi contundente como sempre tinha sido em relação a essa Copa no Brasil. E eu não fui a única a reparar. Nas redes sociais também, várias pessoas diziam assim: ‘porra meu, que decepção, decepção cara. Não esperava isso desse cara aí da ESPN’. Então doeu.

Nota da redação: Procurado pelo UOL Esporte, o vice-presidente de jornalismo e produção da ESPN Brasil, João Palomino, disse que a empresa sempre primou pela liberdade de expressão e por respeitar todas as opiniões.

“A Soninha sempre foi uma companheira leal e apaixonada por futebol. Tem todo nosso respeito e carinho, como sempre. É uma batalhadora e tem grandes amigos aqui. Não entendemos o motivo que a levou a citar algo que é da percepção dela, não nossa. E falo como companheiro de bancada e amigo dela, não como vice-presidente de jornalismo. Mesmo porque, a ESPN sempre notabilizou-se por respeitar a opinião de todos seus comentaristas, independentemente das suas preferências esportivas, políticas, etc… Não há restrição a quem quer que seja porque entendemos que a liberdade de expressão é sagrada e praticamos isso diariamente.”

Você gostaria de voltar à TV?

No ano passado eu não estava com vontade de voltar a fazer TV a não ser para falar sobre política. Sabe quando eu tenho vontade? Quando estamos discutindo a usina de Belo Monte, ou a Petrobrás, ou os separatistas da Ucrânia, esses grandes temas. Como eu queria fazer um programa de TV sobre a crise da água, a crise energética. Mas a saudade de mídia esportiva eu não tinha, agora eu tenho mais saudade. Até porque o que está acontecendo é que estou me afastando da política. Você disputa uma eleição e perde, uma eleição que era para ganhar, né? Para prefeita você sabe que demora um tempo, mas para deputada federal… eu tinha que me eleger deputada federal. Não tem cabimento eu ficar tão atrás na fila da suplência, dá uma brochada. E aí com essa brochada com a política volta mais a saudade de fazer TV, de fazer reportagem, debate. E isso inclui mídia esportiva. Eu amo esse negócio de esporte. E passou a ressaca também, né?

O que você gostaria de fazer hoje na televisão brasileira?

Eu volto àquela fase da faculdade, de pegar todas as coisas que você precisava fazer no começo e sonhar com essas coisas de novo. Tenho ideias anotadas em milhões de caderninhos, projetos para apresentar. A maioria não é de esporte, mas também tem.

Como você vê essa tendência do jornalismo esportivo de se unir ao entretenimento?

É legal quando entra o humor no esporte ou em qualquer editoria. É legal a ironia, o non sense, acho bacana, mas chega uma hora em que a balança pesa demais para um lado e aí eu sinto falta de um contraponto.

Ao que você gosta de assistir na TV esportiva hoje?

Gosto muito da edição do Tadeu Schmidt no Fantástico. Ele observa as coisas, não fica fazendo graça clichê com a escorregada que o cara deu na área. Vai muito além disso. Eu adoro o Tiago Leifert, acho muito legal como ele faz, super à vontade, coloquial, inteligente. Uma pessoa com dom. Não adianta outros tentarem fazer igual se não tiverem a presença de espírito e a simpatia que ele tem. O Plihal (André, repórter) é um cara da ESPN que eu adorava com uma observação diferenciada.

Como você vê o grande número de ex-atletas comentando?

Eu nunca tive aversão a ex-atletas comentando. Se o cara só está lá porque foi atleta realmente é ridículo, mas às vezes o atleta é super bom, de leitura de jogo e de comentário. E a experiência em campo é insubstituível. Às vezes o narrador vem cheio de teses. Lembro de várias vezes o Casagrande falando para o Galvão Bueno: “Não é assim, Galvão. Essa bola foi difícil, o passe foi ruim”. E ele pode falar sobre o nervosismo em campo, a relação de jogador com outro jogador, com o técnico em campo, com o árbitro. Eu adoro o Belletti comentando. Ótimo, uma visão de jogo diferenciada.

O que você acha da atuação de atletas na política como Romário, Marcelinho Carioca, etc?

Alguns jogadores têm atuação política ainda enquanto são jogadores. O Bom Senso… Aleluia! Ufa! Você tem caras na história como Sócrates, um exemplo na Democracia. Mas como em qualquer área de atuação o que leva os jogadores à política são coisas bem diferentes. Uns querem defender o esporte de modo geral, profissional ou amador, outros veem na política uma maneira de continuar na vida pública, de desfrutar da popularidade se elegendo para um cargo parlamentar sem muito interesse genuíno, querendo ser celebridade na política como foi no futebol. E tem caras que entram por alguma motivação. O Romário foi muito mais movido por ter a filha com Síndrome de Down do que pelo esporte propriamente dito e foi uma surpresa para muita gente. O Romário como jogador era meio fanfarrão, não estava muito aí, se o Eurico Miranda era bom para ele o resto não interessava. E no Congresso o Romário falava da Copa do Mundo com muita propriedade. Ele não tinha um discurso clichê.

Qual a sua opinião sobre o futebol brasileiro atualmente?

Eu tenho que reconhecer avanços na organização do futebol hoje. Algumas coisas melhoraram como o calendário, mas outras continuam com problemas endêmicos. A falta de transparência na gestão dos clubes profissionais, salários atrasados, o aporte muito desigual de recursos públicos no futebol em relação aos outros esportes e ao próprio futebol. Você tem a Caixa Econômica Federal que escolheu patrocinar dez clubes da Série A. Baseado em quê?

Futebol tem muito a ver com política?

Futebol tem muito a ver com política. Faz parte demais da nossa vida, pelo lado bom e ruim. Às vezes a paixão no futebol vira irracional, aquele pensamento: ‘esse time é minha vida e eu faço qualquer coisa para defender o meu time’. Quando isso acontece na política é cruel. Tem que ter paixão como em tudo na vida, precisa se dedicar, mas também tem que ter racionalidade, sensatez, pelo amor de Deus. Tem que ter uma análise, um pezinho para trás da paixão furiosa, essa paixão cada vez mais furiosa. As pessoas continuam se matando por futebol e na política é uma escalada de violência. Uma pena que a aproximação mais recente entre os dois seja o acirramento da intolerância.

UOL

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Geral

Zelensky recusa mais uma conversa com Lula

Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, recusou um pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para uma conversa telefônica que estava prevista para sexta-feira (11/4). A informação foi confirmada ao Metrópoles por uma fonte diplomática próxima ao governo ucraniano.

Essa é só mais uma das várias tentativas frustradas de diálogo entre os dois países. Outro contato entre os líderes estava previsto para acontecer em 4 de abril, a partir de uma solicitação feita pela embaixada do Brasil em Kiev no início do mês. Apesar da disposição brasileira, Zelensky também optou por não atender à ligação. Segundo fontes ucranianas, a decisão teve como base uma série de frustrações acumuladas com a postura do governo brasileiro ao longo do conflito.

Rusgas

  • Desde que assumiu o governo do Brasil pela terceira vez, Lula tem sido criticado por sua postura diante da guerra entre Rússia e Ucrânia.
  • Zelensky acusou o presidente brasileiro de ter posturas que favorecem a Rússia, membro do Brics, assim como o Brasil.
  • O governo brasileiro chegou a apresentar um plano de paz para a guerra, junto da China. A proposta, contudo, foi rechaçada por Zelensky.
  • Lula defendia que as discussões de paz envolvessem os dois lados da guerra, e não só a Ucrânia, como acontecia em cúpulas anteriores.
  • Desde o último ano, o diálogo entre Lula e Zelensky é quase nulo, apesar de as diplomacias de Brasília e Kiev manterem contatos.

Procurados, a diplomacia brasileira na Ucrânia ainda não retornou o contato sobre o caso. O espaço segue aberto para manifestações.

O gesto de Lula de buscar uma reaproximação com Kiev foi interpretado por autoridades ucranianas como inoportuno e até contraditório. Um dos motivos apontados foi a viagem do presidente brasileiro à Rússia, marcada para o início de maio, que, na avaliação de Kiev, simboliza um alinhamento com o governo de Vladimir Putin.

Metrópoles

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2,8 milhões de brasileiros fazem uso regular da maconha

Foto: Jeff W/Unsplash

O Brasil tem ao menos 2,8 milhões de pessoas adultas que fazem uso regular de maconha recreativa. A estimativa consta no “Anuário de Growshops, Headshops e Marcas 2024”, da consultoria Kaya Mind. A projeção foi feita a partir de cruzamentos de dados de IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), Fiocruz, Datafolha, Data Senado e de levantamentos da consultoria realizados nos últimos anos.

26% cumprem pena por tráfico

Do total de 850.377 pessoas presas no Brasil, 26% cumprem pena por tráfico, sendo que 51% dos casos envolvendo maconha são por menos de 100g. Os dados são do Senappen (Secretaria Nacional de Políticas Penais).

Uso medicinal

Mesmo com a regulamentação do uso medicinal, o cultivo doméstico de cannabis para fins terapêuticos ainda depende de autorização judicial. Pacientes e famílias que desejam plantar maconha para produzir seus próprios extratos precisam ingressar com ações na Justiça.

Em junho de 2024, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu que o cultivo de até 6 plantas fêmeas de cannabis para uso pessoal não configura crime, o que pode facilitar o acesso ao tratamento, embora ainda haja insegurança jurídica sobre o tema.

Com informações de Poder 360

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Geral

Em 2 anos e 3 meses, ministros do governo Lula fizeram 324 viagens para fora do país; veja quem mais viajou e os principais destinos

Foto: VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES

Ao longo de dois anos e três meses de governo, ministros do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fizeram ao menos 324 viagens para fora do país. Entre os destinos mais procurados, destacam-se os Estados Unidos, e países da Europa e Ásia.

Levantamento do Metrópoles, feito com base nos dados do Painel de Viagens do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), aponta que o país norte-americano ocupa o topo do ranking, com 45 visitas de auxiliares do petista. Em seguida, aparece Portugal, com 31 registros.

Os Emirados Árabes, terceiro colocado da lista, com 22 viagens, é o único país do Oriente Médio entre os dez mais procurados. Em 2023, foi a sede da 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP28), realizada em Dubai.

A lista ainda contempla países europeus, como Espanha, França e Itália, e asiáticos, a exemplo da Índia e China.

Apesar da proximidade, países sul-americanos não figuram entre os mais requisitados nos destinos internacionais dos ministros. A Colômbia recebeu ministros dez vezes ao longo dos 27 meses de governo, enquanto a Argentina teve apenas nove registros. O Chile aparece com sete viagens. Entre países africanos, destacam-se África do Sul (7), Etiópia (5) e Angola (3).

O levantamento leva em consideração apenas os afastamentos a serviço em que os países de destino estão disponíveis no Painel de Viagens. Visitas de caráter sigiloso, a exemplo de missões realizadas em comitiva do presidente, e voos de retorno ao Brasil foram desconsiderados.

Campeões de viagens

Os auxiliares de Lula que mais registraram viagens internacionais no período foram aqueles com atividades correlatas: o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e do Turismo, Celso Sabino.

O chanceler acumula viagens aos Estados Unidos — onde já foi embaixador —, França, Índia, Emirados Árabes e África do Sul. Já o titular do Turismo foi quatro vezes à Espanha e duas aos Estados Unidos e à Argentina.

Em seguida, vêm Alexandre Silveira (Minas e Energia), Carlos Fávaro (Agricultura e Pecuária), Juscelino Filho (Comunicações) e Wellington Dias (Desenvolvimento Social), com 15 viagens, cada.

Em nota, o Itamaraty afirmou que o volume de viagens é “consequência natural de suas atribuições”. “A reinserção do Brasil em debates internacionais e recomposição de parcerias externas requereram presença do ministro Mauro Vieira e de sua equipe em numerosos compromissos fora do Brasil”, pontua o ministério.

O que dizem os ministérios

O Metrópoles acionou as assessorias de comunicação de todas as pastas mencionadas. O Ministério do Desenvolvimento Social afirma que as viagens são estratégicas e tiveram o objetivo de “fortalecer o papel do Brasil nas articulações globais de combate à fome e à pobreza”.

“As agendas refletem o compromisso do governo federal com a construção de soluções sustentáveis e colaborativas, que coloquem o combate à fome e à pobreza no centro da cooperação internacional”, salienta.

O Ministério dos Transportes sustenta que as agendas contribuem para a atração de investimentos privados para o setor de infraestrutura brasileira. “Vale destacar que, pela primeira vez, a infraestrutura brasileira captou recursos dos fundos soberanos da Arábia Saudita e Singapura. Além disso, desde 2007, o país não recebia recursos internacionais diretos. No ano passado, voltou a receber, com a vitória da Vinci, no leilão da BR-040”, ressalta.

O Ministério da Ciência e Tecnologia diz que “não há desenvolvimento científico, tecnológico e inovação sem cooperação internacional”. “Essas articulações internacionais garantem acesso a tecnologias avançadas, chamadas públicas conjuntas, infraestrutura de pesquisa e oportunidades para cientistas e empresas brasileiras”, defende.

O Ministério da Cultura destaca que as viagens estão alinhadas com a estratégia da pasta de reposicionar a cultura brasileira no exterior. “As missões internacionais buscam, desse modo, retomar o diálogo com parceiros-chave para a cultura brasileira, bem como estabelecer novas parcerias e ações de cooperação, seja com países, seja com organismos regionais e multilaterais”.

A pasta da Igualdade Racial aponta que as missões “fazem parte do papel de articulação e representação cumprido pela ministra. Todas as missões resultam em parcerias relevantes para o Brasil na agenda pela igualdade racial”.

O Ministério das Comunicações ressalta que as missões internacionais de Juscelino Filho, que deixou a pasta nessa terça-feira (8/4), buscaram defender a posição do país em temas relevantes do setor, a exemplo da taxação das big techs, a TV 3.0 e a ampliação do mercado de internet.

“Os destinos são estratégicos para acordos bilaterais e a defesa dos interesses nacionais, como no caso da extensão da Infovia 02 – infraestrutura de internet por cabos de fibra óptica debaixo das águas de rios amazônicos – do Brasil para a Colômbia e da assinatura de memorando de cooperação em Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) com a China, Japão, Finlândia e outros países.”

Já o Ministério dos Povos Indígenas argumenta que a ministra Sonia Guajajara é uma liderança de projeção internacional. “Sua atuação internacional resulta em avanços relevantes ao Brasil, especialmente neste cenário de emergência climática global, no qual os saberes e modos de vida indígenas têm ocupado papel central na construção de soluções sustentáveis e integradas à justiça socioambiental”, pontua.

“O MPI reforça que todas as viagens oficiais realizadas têm a finalidade de ampliar o protagonismo do país na defesa dos direitos indígenas, de promover a cooperação internacional, e de fortalecer a política indigenista brasileira globalmente. As missões da ministra no exterior integram a estratégia do governo federal de reconstruir pontes e consolidar parcerias, especialmente no cenário de emergência climática, ameaças a territórios e violações de direitos indígenas. Todas as viagens realizadas no âmbito do ministério seguem os trâmites legais, alinhadas às boas práticas de transparência pública”.

A Advocacia-Geral da União destaca que as viagens foram relacionadas a temas importantes da agenda institucionais, como direitos humanos, combate à corrupção e meio ambiente.

Metrópoles

Opinião dos leitores

  1. É uma verdadeira farra ,sem noção, com o dinheiro suado dos trabalhadores brasileiros. Deveriam ter vergonha mais a soberba e a vaidade fala mais alto.

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Geral

VÍDEO: Bolsonaro deixa Hospital Rio Grande, em Natal; apoiadores gritam “mito, mito”

O ex-presidente Jair Bolsonaro deixou o Hospital Rio Grande, em Natal, na tarde deste sábado (12).

Na saída ele acenou para apoiadores que o aguardavam na av. Afonso Pena e gritavam “mito, mito” e “volta, Bolsonaro”.

Bolsonaro entrou em uma ambulância e seguiu rumo ao aeroporto, onde será transferido para Brasília em avião UTI.

A decolagem está prevista para as 19h30min com pouso em Brasília às 22h15min.

Opinião dos leitores

  1. E o seu l*Drão nem usou, nem usa e está acabando aos poucos, e você tomando no buraco…

  2. Jair Messias Bolsonaro no exercício.da Presidente,.ajudou.muito a saúde do Rio G5ande do Norte

    1. E o seu l*Drão nem usou, nem usa e está acabando aos poucos, e você tomando no buraco…

    1. Será que esse tal de “mito” tá lembrado quando durante a pandemia ele dizia em alto e bom som: “ vamos deixar de mimimi…”

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PAC: 775 obras lançadas no RN até 2024 e apenas 19,7% concluídas

Obras viárias no RN estão incluídas no Novo PAC — Foto: Sandro Menezes/Governo do RN

O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) conta com uma carteira de 775 empreendimentos no RN, desde seu lançamento em 2007 até 2024, conforme dados do Ministério da Casa Civil.

Deste total, somente 153 (ou 19,7%) haviam sido concluídos até dezembro de 2024, de acordo com as últimas informações oficiais do Governo Federal. A maioria (353 ou 45,5%), está em ação preparatória.

Os demais – 187 obras, ou 24,1% dos empreendimentos, estão em execução, enquanto oito (10,7%) estão em licitação/leilão. Neste ano, o RN enviou 979 propostas ao PAC 2025, mas elas serão conhecidas somente após o final do processo de seleção, com divulgação prevista para o final de junho.

O PAC , lançado em 2007, foi relançado em 2010 e retomado em 2023. No Estado, já foram executados 74,8% (R$ 22,1 bilhões) do investimento previsto para o período 2023-2026.

Dentre os empreendimentos locais estão obras como o Complexo de Oiticica que, segundo a Casa Civil, estão concluídas. A construção da barragem teve início em 2013 e foi inaugurada no mês passado.

O equipamento é parte do complexo, que contempla, ainda, o Projeto de Integração São Francisco (PISF) e a construção das Agrovilas de Jardim de Piranhas e de São Fernando, que não haviam sido finalizadas por ocasião da inauguração.

Os empreendimentos do PAC estão sob as gestões federal, estadual, municipais e privadas. São 76 obras sob responsabilidade federal, das quais oito (ou 10,5%) foram concluídas, 38 (50%) estão em ação preparatória, 22 (28,9%) estão em execução e oito (10,5%) estão na etapa de licitação/edital.

Dentre aquelas em fase preparatória (etapa de contratação, estudo, projeto de engenharia e/ou licenciamento ambiental), estão projetos como duplicação, manutenção e restauração de rodovias, construção de um túnel na BR-406 e estudos de viabilidade para o Porto-Indústria Verde de Caiçara do Norte.

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PATRICIO PITBULL: potiguar ex-Bellator estreia no UFC aos 37 anos e já mira cinturão

Patricio Pitbull estreia no UFC aos 37 anos, depois de conquistar o mundo no Bellator | Foto: Chris Unger/Zuffa LLC

Nunca é tarde para recomeçar. É com esse lema em mente que Patricio Pitbull iniciará, aos 37 anos, uma nova jornada no Ultimate Fighting Championship (UFC). Depois de encerrar sua carreira no Bellator, junto com o fim da organização, o brasileiro se acertou com Dana White para a reta final de sua passagem pelo MMA. E já estreia neste sábado, contra Yair Rodriguez no UFC 314, mirando uma possível disputa pelo cinturão em breve.

Natural de Mossoró, no Rio Grande do Norte, Pitbull é o maior nome da história do Bellator. Em 14 anos, foi quatro vezes campeão mundial, tendo conquistado o cinturão do peso-pena três vezes e o título do peso-leve uma vez. Ele fez nove defesas bem-sucedidas e detém os recordes, agora inquebráveis, de mais lutas, mais vitórias, mais lutas por título e mais triunfos pela via rápida.

Currículo invejável, mas que chegaria ao fim neste ano, fosse pela junção do Bellator ou pelo fim de seu contrato. Depois de passar por problemas com lesão nos últimos anos, que o afastaram do octógono desde 2022, o lutador já planejava uma ida ao UFC. “Essa é a última etapa da minha carreira, em que eu poderia assinar um contrato de alto desempenho. Se deixasse passar mais um pouco, não seria mais possível”, conta, ao Estadão.

Pitbull é um dos oito brasileiros que se sagrou campeão do Bellator ao longo do período em que a organização existiu. Caso consiga conquistar o cinturão do peso-pena, se juntará a Cris Cyborg que é, até o presente momento, a única a chegar ao topo das duas principais organizações de MMA. “A classe dos lutadores do Bellator não deixa a desejar para ninguém. A plataforma não era tão grande quanto a do UFC. É indiscutivel a maior da do esporte. Então, a gente sabe que todo mundo quer dar um gás ali para mostrar que é superior, então acho que essa é a diferença

Com as lesões “controladas”, como o próprio descreve, Pitbull mira uma carreira no UFC até os 42 anos. Se espelha em nomes como Glover Teixeira, que deixou o MMA aos 43 anos, para começar sua caminhada na nova organização. “Posso fazer tudo ali dentro do laboratório, da academia. Mas se meu desempenho é fraco, de nada adianta”, pensa o brasileiro.

Não só isso, mas ele enxerga uma tendência do próprio peso-pena. Além de Diego Lopes, que está no mesmo card de Pitbull neste sábado, em Miami, e luta pelo cinturão da categoria, os principais nomes já estão em idades mais avançadas e longe de seus auges.

Estadão Conteúdo

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Bolsonaro vai saudar apoiadores ao deixar o hospital Rio Grande às 17h e seguirá para o aeroporto

O ex-presidente Jair Bolsonaro deixará o Hospital Rio Grande às 17h, pela Av. Afonso Pena, com destino ao aeroporto.

Na oportunidade, vai saudar os militantes e apoiadores presentes e agradecer pelas mensagens e orações recebidas.

Em seguida, Bolsonaro vai para Brasília, onde continuará o tratamento para se recuperar.

Opinião dos leitores

  1. Agradecer pela companhia para kgar! Ele vai deixar um pedacinho pra kda um de vcs! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk Eita gado véi! kkkkkkkkkkkkk

    1. E o seu corrupto de estimação consegue isso?
      Nas eu entendo sua dor de cotovelo

  2. Mito, Mito, Mito…
    JAIR MESSIAS BOLSINARO foi o melhor presidente do Brasil em todos os tempos.

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Guamaré: Pedro Calado, surfista nota 10, vence Urca Challenge

O carioca Pedro Calado foi o grande nome do inédito e histórico Urca Challenge, realizado nesta sexta-feira (11) em alto-mar, na bancada da Urca do Minhoto, a cerca de 30 km da costa de Guamaré. Com uma atuação consistente e a nota máxima 10 em uma das ondas, Calado já garantiu 20 pontos de 30 possíveis com a regra de dobrar a maior das duas notas somadas, e conquistou o primeiro título do evento, que contou com 16 surfistas convidados divididos em duas baterias com 8 atletas cada. O campeão, que recebeu o troféu das mãos da governadora do RN Fátima Bezerra, na presença do prefeito Hélio Willamy, levou também R$ 30 mil pela vitória e fez questão de lembrar o melhor dia já registrado na Urca.

“Desde 2018 tem bastante tempo. Sempre analisando a previsão e com calma, porque hoje, quando chamaram o evento esse ano, juntou-se a galera toda — vários amigos presentes, vários ídolos. Então tô muito feliz de conseguir uma boa ali. Cara, era uma competição que não era tanto uma competição, mas mais um surfe pra galera. Valendo uma grana, mas sem muita pressão, pra confraternizar e fazer um evento que siga adiante nos próximos anos com certeza. Essa onda é muito especial. E é isso, agradecer a todos aí mais uma vez.”

O vice-campeão foi Jadson André, mostrando por que tem vitória na elite mundial. O também potiguar Danilo Costa completou o pódio em terceiro. Ambos de gerações distintas da natalense Ponta Negra, dividiram o pódio com o carioca reconhecido como um dos maiores nomes do surfe de ondas grandes.

“Foi uma honra competir essa primeira edição do Urca Challenger! Fiz questão de participar mesmo chegando em cima da hora no evento de Saquarema (RJ). Eu não poderia deixar de participar e estou feliz demais em surfar a onda da Urca com um approach diferente. A vitória não veio por muito pouco mas irei buscar este título nas próximas edições” — falou Jadson André, representante do Rio Grande do Norte no Challenger Series 2025, no qual buscará retornar à elite mundial, onde o líder é o conterrâneo Ítalo Ferreira, de quem é referência.

Lucas Chumbo Chianca, campeão mundial, ao falar voltou a exaltar Guamaré ao final do evento, como já havia feito em fala à secretária de Turismo Andrezza Varella na quinta-feira: “Pode deixar! Quero voltar com a família inteira, aproveitar um pouco desse paraíso — não só do surfe, mas também do kitesurf — e conhecer as belezas naturais desse país.”

Michaela Fregonese, com atitude de campeã, surfou a maior onda do campeonato. A prova teve duas baterias decisivas para cada grupo, todas valendo diretamente pela disputa do título. Após uma primeira sessão, os mesmos surfistas voltaram ao mar, totalizando 80 minutos de oportunidade para atuação. O campeão foi definido com base nas duas melhores ondas de cada atleta, sendo que a melhor delas contava em dobro. A nota 10 foi tentada por outros nomes como Jadson André, que chegou a liderar a prova com boas ondas e um tubo em que acabou sumindo na espuma. Lucas Chumbo conseguiu boas manobras e um tubo menor. Marcos Monteiro teve participação ativa.

Calado, que já somava notas significativas, decretou de fato a vitória com o melhor tubo do dia, nota 10, dobrada para 20.

Decano entre os competidores e embaixador do evento, o paraibano Fábio Gouveia também comemorou: “Foi histórico. Um dia perfeito, que vai marcar pra sempre. Teve até arco-íris recepcionando a gente, como se fosse uma bênção da natureza. A galera apoiou a chamada, a condição só melhorou e foi melhor que a encomenda.”

O Urca Challenge contou com apoio do Governo do Estado do Rio Grande do Norte, Prefeitura de Guamaré, Fesurf-RN, Sidore, Corpo de Bombeiros Militar do RN, e Mormaii, Canal Sportv, oficial do Urca Challenge.

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Gilmar Mendes é questionado: “Qual ministro do STF o senhor eliminaria?”

Foto: Agência Brasil

O ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, foi submetido à mais famosa pergunta do concorridíssimo processo de bolsas de estudos da Fundação Estudar. A resposta do ministro gerou gargalhadas em evento da Universidade de Harvard.

Vários dos alunos brasileiros em Harvard tentaram a bolsa de estudos oferecida pela Fundação Estudar. O processo seletivo é duro, e a pergunta final do processo é famosa entre estudantes.

“Uma pergunta muito famosa que ninguém consegue fugir: agora que vocês já se conhecem, quem você eliminaria e por quê?”, lembrou a moderadora do painel, Larissa Maranhão, fundadora do Brazil Conference.

“Como estamos aqui, pergunto ao senhor ministro: dos seus colegas do Supremo, quem o senhor eliminaria?”

A plateia – que conhece e teme a pergunta – adorou o questionamento e aplaudiu a questão.

“É interessante a pergunta… Muito boa a pergunta”, começou a responder Gilmar Mendes. “Nas relações institucionais da vida política, a gente não escolha os interlocutores. O Tribunal vai sendo composto e recomposto com o tempo. E a gente aprende até a gostar de posturas que não são as mais gostáveis”.

De forma bem-humorada, o ministro argumentou que “aprende-se a compreender e ver a importância” das diferenças e do processo dialético. “Isso fica ainda mais evidente na Turma, onde somos em cinco e é preciso de ter três votos. Então, tenho que ser contemplativo, tolerante, compreender a posição de todos para tentar formar maioria”.

“A mim me parece, de maneira bastante sincera, que ninguém deve ser excluído. Ao contrário, devemos aprender a conviver com todos”, respondeu, rindo.

A frase foi concluída com uma onda de gargalhadas na plateia e da moderadora, que emendou: “gostaria de cumprimentar o senhor porque foi uma forma belíssima e eloquente de não responder à pergunta”.

CNN Brasil

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Médico diz que Bolsonaro enfrentou pior quadro desde a facada

Foto: reprodução

O médico pessoal do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Cláudio Birolini afirmou que o quadro enfrentado pelo ex-mandatário foi o pior desde o ataque a faca sofrido durante a campanha de 2018.

Ele foi internado na sexta-feira (11/4) no Hospital Rio Grande em Natal, após passar mal durante agenda política, e será transferido neste sábado (12) para Brasília.

Da forma como ele chegou, bastante desidratado, [com] muita dor e distensão abdominal exuberante, dá para dizer com alguma segurança que esse foi o quadro mais exuberante em relação aos quadros anteriores que ele apresentou. Embora eu não tenha acompanhado presencialmente as outras ocasiões”, afirmou Birolini em coletiva.

Especialista em parede abdominal, o médico ainda afirmou que “não tem previsão exata do que vai acontecer” com Bolsonaro e, por isso, optou-se pela transferência. Birolini também não deu previsão de retorno do ex-presidente às atividades políticas: “Há fatores que não dependem da nossa vontade, mas da evolução clínica, e fatores que a gente não controla. Mas o nosso esforço é para retomar a agenda o quanto antes“.

O médico também afirmou que Bolsonaro, apesar de cansado, demonstrou ânimo. “Cheguei de madrugada, ele estava com bastante sono, esgotado, mas hoje acordou fazendo brincadeiras, conversando e andando no corredor. Percebemos que ele está bem quando ele se torna o que é no dia a dia. Basicamente o que conversamos foi sobre o que fazer, como fazer, o que pode acontecer e quais as alternativas”, pontuou.

Com informações de Metrópoles

Opinião dos leitores

  1. Será que Bolsonaro lembra-se de quando na época da pandemia ele dizia para a população: “ Deixem de mimimi…” Fica a pergunta.

    1. Será que Lula se lembra qdo mensalão , petrolão , duplex de Guarujá , sítio em Atibaia , propinas das odebrecht da vida dentre outros , dinheiro do povo brasileiro que podia ser usado na pandemia !

    2. Será que Lula se lembra qdo mensalão , petrolão , duplex de Guarujá , sítio em Atibaia , propinas das odebrecht da vida dentre outros , dinheiro do povo brasileiro que podia ser usado na pandemia !!!

    3. Pode ser que ele não lembra , mas vc lembra que seu larápio de estimação falou “ ainda bem q a natureza criou o corona vírus “, antes de defecar pela boca veja o outro lado.

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