Jornalismo

Soninha diz que campanha pró-Serra aumentou seu isolamento na ESPN

soninha2A derrota nas urnas nas eleições para deputada federal foi um duro golpe para Soninha Francine. Ou significou uma ‘brochada’, como ela melhor define. Diante da frustração na política, agora ela quer voltar à TV. À mesma TV em que ela fez sucesso como comentarista esportiva e que a fez guardar boas e más recordações.

Soninha ainda tem frescos na memória os bons amigos, mas também o preconceito e o isolamento político que diz ter sofrido na ESPN Brasil por ter trabalhado na campanha presidencial de José Serra nas eleições de 2010.

“Naquele momento eu era um ponto muito fora da curva tendo trabalhado na campanha do Serra. O pessoal da ESPN era muito Lula, vai? Então isso também não me dava muito ânimo de voltar. Um lugar onde a gente discute a política dentro do futebol, eu estava praticamente isolada ali”.

Entre os livros espalhados até pela escada, ela arrumou um espacinho em sua casa na Zona Oeste de São Paulo para receber a reportagem do UOL Esporte. Soninha relembra temas como as grosserias dos técnicos Vanderlei Luxemburgo e Emerson Leão e a sua frustração com a política. “Você disputa uma eleição e perde, uma eleição que era para ganhar, né? Não tem cabimento eu ficar tão atrás na fila da suplência, dá uma brochada”.

Você sempre foi conhecida como VJ da MTV. Como iniciou sua carreira como comentarista esportiva?

Quando entrei na MTV, entrei carregando pedra. Todo mundo que começou como assistente de produtor, virou produtor, editor, diretor. Foi bom ter feito esse caminho todo para depois ser VJ. Isso contou quando o Trajano (José Trajano, então diretor de jornalismo da emissora) me convidou para trabalhar na ESPN para ser comentarista. Ele dizia que lá futebol tinha contexto muito maior, política, literatura, cinema, sociedade, então tudo o que eu já tinha feito interessava para ser comentarista.

E como é ser mulher em um meio majoritariamente masculino?

Você fica sujeita a um espectro muito maior de ofensas: mulher é vagabunda, mal amada ou está dando para alguém e por isso que ela está ali. Mas também tem uma simpatia inicial, uma abertura. Às vezes o jogador está cansado de dar entrevista para repórter agressivo ou de participar de determinado programa porque foi massacrado. Quando a repórter é mulher, às vezes ele fica até aliviado, sabe que nunca vai ter o mesmo tipo de embate, não quer que dizer que eu vá ser café com leite, mas é outro tipo de enfrentamento. E eu nunca levei cantada. Não me lembro nem de um comentariozinho a mais, nada. Tenho o maior orgulho disso.

Como era a sua relação com os colegas na ESPN Brasil?

Na ESPN tinha muitos níveis de relação, de recepção. Alguns gostavam muito de mim da MTV e por isso gostavam de trabalhar comigo: ‘uau, aquela VJ é nossa, faz parte da equipe’. Outros me viam como uma intrusa, eram super pé atrás. Ficavam super atentos a escorregadas. E tinham os que não suportavam a minha presença. Esses não ficavam só atentos para ver se eu pisava na bola, eles criavam situações. Me colocavam em roubadas no ar. Ou eram claramente hostis fora do ar. Cobrindo lá um jogo entre Inter de Limeira e um time do interior. E ninguém conhece o elenco da Inter de Limeira super bem, nem os meus colegas. Aí tinha uma substituição: sai João Pedro e entra o Pedro João. Entra o narrador e fala assim. “Então Soninha Francine, conhecendo bem esses jogadores, o que você acha da substituição?”. Sacaneando, entendeu? Para me deixar em saia-justa.

E como você lidava com essas situações?

Você fica calejada, né? Mas com o tempo foi mudando, foi muito legal perceber que os caras que eram muito hostis e às vezes me davam cotoveladas no ar mudaram.

Mas você acha que sofreu preconceito?

Tinha preconceito porque eu era mulher, combinado com o fato de que eu era VJ da MTV e que eu não vinha de uma carreira esportiva. A MTV já não era uma coisa que os mais antigos davam muito valor ou viam muita graça. E eu não entrei na ESPN como na MTV em que eu era da produção, depois virei repórter, depois isso, depois aquilo. Já entrei na hora do almoço que é um horário nobre no esporte. Então teve uma desconfiança natural. Tinha uma resistência também que vai além do preconceito. Para o preconceito você dá uma chance e aí sim você forma uma opinião. Mas isso demorou demais em alguns casos.

Você teve problemas com entrevistados também?

O Luxemburgo (Vanderlei) me deu uma cotovelada no ar e foi quase de graça. Era o Dia da Mulher e ele tinha sido entrevistado por uma repórter que perguntou o que ele achava da participação da mulher no esporte. E ele respondeu: “Olha, mulher é muito bonitinha, muito simpática, mas você faz as perguntas que mandaram você fazer, que escreveram para você, tem coisa que não dá”. Alguns dias depois, ele participou do programa na ESPN. Encerrando o programa, sabe quando não dá tempo para mais nada? Ele falou assim: “Obrigada. Eu queria dizer que você é uma boa entrevistadora, você é muito inteligente, mas você não entende nada de futebol”. Cara, eu fiquei assim (boquiaberta), mas eu não podia ficar assim. O certo era dizer “Nossa, Luxemburgo. Que comentário grosseiro”, mas eu não tive presença de espírito na hora. Então só dei risada como se fosse uma brincadeira, que não era. E falei “lá fora a gente vê isso”. Mas foi horrível, foi chato para todo mundo que estava no estúdio, na redação. Foi muito humilhante e foi para humilhar.

A outra foi uma entrevista com o Leão (Emerson) no Bola da Vez e eu perguntei se ele acreditava que poderia ter isso derrubado pelos jogadores porque essa era uma discussão recorrente. E ele falou: “Olha, Soninha. Isso não é pergunta que se faça”. Só faltou dizer assim: “que pergunta idiota”. Foi muito grosseiro também, mas ali eu não estava sozinha e ficou pior pra ele. Eu não fiquei tão desmontada.

Você viveu esse tipo situação com colegas também?

Tiveram dois episódios com o Trajano também. Mas aí o Trajano não é só comigo, imagina ter um chefe totalmente apaixonado por futebol, pelo que ele faz, pela equipe que trabalha e por tudo na vida. Nada com o Trajano é mediano, tudo é exacerbado. Teve uma vez nas Olimpíadas de Sydney (em 2000) em que estavam criando um clima de execração nacional contra aquela equipe de futebol, ‘esses moleques mascarados, não querem nada com nada, a fama subiu à cabeça’. O Brasil foi eliminado e no dia seguinte a gente estava comentando a trajetória do Brasil que tinha sido horrível, eu só não atribuía isso à máscara dos jogadores. Para mim era um problema de futebol, do técnico, das escolhas, da preparação. E o Trajano estava participando do mesmo programa e ele me destruiu, sorte que o Calçade (Paulo Calçade, comentarista) também estava. Ele dizia: ‘vocês, Soninha e Calçade, vocês são muito arrogantes de achar que com esse pouco tempo de vida no futebol vocês têm razão. Vocês são arrogantes, vocês não têm noção”. Acabou com a gente no ar. O pessoal da TV é muito legal e dividiu a tela. Deixaram o Trajano em São Paulo me destruindo e eu olhando para a câmera. Aí vinha a água no olho, mas eu não podia chorar de jeito nenhum, aquele nó na garganta. E eu racionalizando na cabeça… ‘É assim Soninha, o Trajano é assim, normal. Não é nem só com você. Até com o Calçade que é um puta cara, super qualificado’. Era meu chefe ao vivo por 15 minutos me destruindo.

Você sente saudades daquela época?

Normalmente, eu não tenho essa saudade de ser comentarista porque muitas vezes quando eu era comentarista eu sentia saudade de ser torcedor. Eu não queria estar trabalhando desde 1 h da tarde no domingo, discutindo longamente um time, a rodada. Eu queria estar na arquibancada, então agora que eu sou da arquibancada não me bate muita saudade de estar na cabine, não. Mas do grande evento, aí sim. É saudade como da infância.

Por que você saiu da ESPN Brasil?

Eu me afastei pela última vez da ESPN para fazer política na campanha de 2010, eu trabalhava no site oficial da campanha do (José) Serra. Quando terminou a campanha eu estava exausta, precisava de uns dias de folga antes de voltar para o ar, precisava me atualizar com futebol. Mas eu não conseguia mais dar tanta importância para aquilo. Eu tinha ficado completamente afastada de tudo por causa da campanha presidencial e eu tinha que retomar, entender, saber como era o meio campo do Coritiba, o que mudou do início do campeonato e eu não conseguia me motivar para aquilo. Pedi mais uns dias, descobri que não tinha mais o mesmo interesse que precisava ter para ser um bom comentarista. Porque enganar é fácil. Cansei de ver colega enganando, não colega da ESPN. Você vai no clichê, joga para a torcida.. então eu descobri que não dava mais para fazer os dois e decidi ficar com a política.

A sua relação com a política influenciou na sua saída?

A política atrapalha o comentário de futebol, ainda mais na ESPN que é um lugar politizado, que é um lugar em que a política no futebol é muito importante. Que bom que é assim, mas aí as paixões político-partidárias interferem. Naquele momento eu era um ponto muito fora da curva tendo trabalhado na campanha do Serra. O pessoal da ESPN era muito Lula, vai? Então isso também não me dava muito ânimo de voltar. Um lugar onde a gente discute a política dentro do futebol, eu estava praticamente isolada ali. Isso também me desanimou, não era só futebol.

O fato de você ter trabalhado na campanha de um candidato alterou a sua imagem na empresa?

Sim, fez diferença. Eu não só me afastei alguns meses da ESPN para participar de uma eleição como candidata ou como equipe, mas do candidato da oposição ali. O pessoal fala muito agora dessa última eleição, que foi radicalizada, que teve muito golpe baixo, mas em 2010 já foi muito violento, foi muito pesado, assim de acusações, de agressões, então a rivalidade ali se acirrou muito. Na ESPN dava para perceber, era uma coisa que já havia antes desde a primeira eleição do Lula. Tinha toda uma expetativa, esperança. O Trajano participou de um grupo que fez propostas para a política esportiva do governo Lula, o Sócrates, que era muito chapa e querido, era membro do Conselho Nacional de Esporte do governo Lula, então tinha uma aproximação muito visível, muito evidente assim, de afinidade mesmo, normal, de identidade. Então também eu sabia que ia acontecer muitas vezes o que tinha acontecido lá na Olimpíada… de tomar o esculacho, tá todo mundo dizendo que os jogadores estão mascarados e eu estou dizendo ‘não, não é esse o problema’.

Que mudança você percebeu na ESPN por causa da política?

A ESPN aliviando nas críticas. Gente isso era muito anti-ESPN. A ESPN nunca aliviou em crítica, era muito legal isso. Era totalmente independente o espaço jornalístico do espaço comercial. E aí quando eu vi que esse fervor na defesa do dinheiro público estava arrefecendo um pouco na análise dos preparativos para a Copa do Mundo, eu já comecei a ficar um pouco desapontada. E mais ainda quando a audiência na ESPN me identificava como inimiga porque eu continuava fazendo as mesmas críticas contundentes. Então aquela coisa amarga, agressiva e violenta que eu já vivia sendo vereadora ou sendo sub-prefeita, que foram trabalhos que acumulei com a ESPN. Pô! Eu vinha da sub-prefeitura, onde já me davam um pau violento, e continuavam me dando pau na ESPN por causa da política. Já não eram mais divergências esportivas, mas político-partidárias. E aí dentro da ESPN eu fui virando a exceção e isso ressaltava mais a agressividade dos assinantes, dos fãs de esporte. “Ah.. ela fala isso porque ela é ressentida com o PT, ela saiu do PT, então ela tem inveja porque o Brasil vai sediar a Copa do Mundo”. Então vinha dos fãs de esporte e aí começou a aparecer esse ruído entre os próprios colegas. Essa divergência foi ficando muito difícil. Fui vendo essa condescendência da ESPN, ela não foi contundente como sempre tinha sido em relação a essa Copa no Brasil. E eu não fui a única a reparar. Nas redes sociais também, várias pessoas diziam assim: ‘porra meu, que decepção, decepção cara. Não esperava isso desse cara aí da ESPN’. Então doeu.

Nota da redação: Procurado pelo UOL Esporte, o vice-presidente de jornalismo e produção da ESPN Brasil, João Palomino, disse que a empresa sempre primou pela liberdade de expressão e por respeitar todas as opiniões.

“A Soninha sempre foi uma companheira leal e apaixonada por futebol. Tem todo nosso respeito e carinho, como sempre. É uma batalhadora e tem grandes amigos aqui. Não entendemos o motivo que a levou a citar algo que é da percepção dela, não nossa. E falo como companheiro de bancada e amigo dela, não como vice-presidente de jornalismo. Mesmo porque, a ESPN sempre notabilizou-se por respeitar a opinião de todos seus comentaristas, independentemente das suas preferências esportivas, políticas, etc… Não há restrição a quem quer que seja porque entendemos que a liberdade de expressão é sagrada e praticamos isso diariamente.”

Você gostaria de voltar à TV?

No ano passado eu não estava com vontade de voltar a fazer TV a não ser para falar sobre política. Sabe quando eu tenho vontade? Quando estamos discutindo a usina de Belo Monte, ou a Petrobrás, ou os separatistas da Ucrânia, esses grandes temas. Como eu queria fazer um programa de TV sobre a crise da água, a crise energética. Mas a saudade de mídia esportiva eu não tinha, agora eu tenho mais saudade. Até porque o que está acontecendo é que estou me afastando da política. Você disputa uma eleição e perde, uma eleição que era para ganhar, né? Para prefeita você sabe que demora um tempo, mas para deputada federal… eu tinha que me eleger deputada federal. Não tem cabimento eu ficar tão atrás na fila da suplência, dá uma brochada. E aí com essa brochada com a política volta mais a saudade de fazer TV, de fazer reportagem, debate. E isso inclui mídia esportiva. Eu amo esse negócio de esporte. E passou a ressaca também, né?

O que você gostaria de fazer hoje na televisão brasileira?

Eu volto àquela fase da faculdade, de pegar todas as coisas que você precisava fazer no começo e sonhar com essas coisas de novo. Tenho ideias anotadas em milhões de caderninhos, projetos para apresentar. A maioria não é de esporte, mas também tem.

Como você vê essa tendência do jornalismo esportivo de se unir ao entretenimento?

É legal quando entra o humor no esporte ou em qualquer editoria. É legal a ironia, o non sense, acho bacana, mas chega uma hora em que a balança pesa demais para um lado e aí eu sinto falta de um contraponto.

Ao que você gosta de assistir na TV esportiva hoje?

Gosto muito da edição do Tadeu Schmidt no Fantástico. Ele observa as coisas, não fica fazendo graça clichê com a escorregada que o cara deu na área. Vai muito além disso. Eu adoro o Tiago Leifert, acho muito legal como ele faz, super à vontade, coloquial, inteligente. Uma pessoa com dom. Não adianta outros tentarem fazer igual se não tiverem a presença de espírito e a simpatia que ele tem. O Plihal (André, repórter) é um cara da ESPN que eu adorava com uma observação diferenciada.

Como você vê o grande número de ex-atletas comentando?

Eu nunca tive aversão a ex-atletas comentando. Se o cara só está lá porque foi atleta realmente é ridículo, mas às vezes o atleta é super bom, de leitura de jogo e de comentário. E a experiência em campo é insubstituível. Às vezes o narrador vem cheio de teses. Lembro de várias vezes o Casagrande falando para o Galvão Bueno: “Não é assim, Galvão. Essa bola foi difícil, o passe foi ruim”. E ele pode falar sobre o nervosismo em campo, a relação de jogador com outro jogador, com o técnico em campo, com o árbitro. Eu adoro o Belletti comentando. Ótimo, uma visão de jogo diferenciada.

O que você acha da atuação de atletas na política como Romário, Marcelinho Carioca, etc?

Alguns jogadores têm atuação política ainda enquanto são jogadores. O Bom Senso… Aleluia! Ufa! Você tem caras na história como Sócrates, um exemplo na Democracia. Mas como em qualquer área de atuação o que leva os jogadores à política são coisas bem diferentes. Uns querem defender o esporte de modo geral, profissional ou amador, outros veem na política uma maneira de continuar na vida pública, de desfrutar da popularidade se elegendo para um cargo parlamentar sem muito interesse genuíno, querendo ser celebridade na política como foi no futebol. E tem caras que entram por alguma motivação. O Romário foi muito mais movido por ter a filha com Síndrome de Down do que pelo esporte propriamente dito e foi uma surpresa para muita gente. O Romário como jogador era meio fanfarrão, não estava muito aí, se o Eurico Miranda era bom para ele o resto não interessava. E no Congresso o Romário falava da Copa do Mundo com muita propriedade. Ele não tinha um discurso clichê.

Qual a sua opinião sobre o futebol brasileiro atualmente?

Eu tenho que reconhecer avanços na organização do futebol hoje. Algumas coisas melhoraram como o calendário, mas outras continuam com problemas endêmicos. A falta de transparência na gestão dos clubes profissionais, salários atrasados, o aporte muito desigual de recursos públicos no futebol em relação aos outros esportes e ao próprio futebol. Você tem a Caixa Econômica Federal que escolheu patrocinar dez clubes da Série A. Baseado em quê?

Futebol tem muito a ver com política?

Futebol tem muito a ver com política. Faz parte demais da nossa vida, pelo lado bom e ruim. Às vezes a paixão no futebol vira irracional, aquele pensamento: ‘esse time é minha vida e eu faço qualquer coisa para defender o meu time’. Quando isso acontece na política é cruel. Tem que ter paixão como em tudo na vida, precisa se dedicar, mas também tem que ter racionalidade, sensatez, pelo amor de Deus. Tem que ter uma análise, um pezinho para trás da paixão furiosa, essa paixão cada vez mais furiosa. As pessoas continuam se matando por futebol e na política é uma escalada de violência. Uma pena que a aproximação mais recente entre os dois seja o acirramento da intolerância.

UOL

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Geral

Mulher leva coroa de flores para casa de Lula, xinga agente da PF de macaco e é presa

Foto: Reprodução

Uma mulher que levou uma coroa de flores para a casa do presidente Lula (PT) em São Paulo foi detida nesta quarta-feira (18) por xingar um agente da Polícia Federal. Ela chamou o policial de “macaco”.

Vídeos que circulam nas redes sociais mostram que a pensionista militar do Exército Maria Cristina de Araújo Rocha, de 76 anos, chegou ao local na tarde desta quinta-feira e tentou deixar a coroa de flores em frente à casa do presidente, que estava no imóvel.

Ela chegou ao local por volta de 17h30 em um veículo Honda Civic, com imagens ofensivas ao Supremo Tribunal Federal (STF). Em seguida, a mulher tirou do porta-malas uma coroa de flores e tentou deixá-la no portão da casa de Lula.

Posteriormente, ela foi abordada por policiais federais que faziam guarda no local. Eles pediram para que ela tirasse o objeto do local. A mulher protestou e passou a discutir com os policiais. Em diversos momentos, desafiou e questionou se seria presa.

A mulher ainda disse que seu pai foi general de divisão e que estava protestando em nome da direita e por uma amiga que havia sido presa. Ela não esclareceu as circunstâncias da prisão.

Após mais de 20 min de discussão, um dos agentes afirmou que ela teria de acompanhá-los até a Superintendência da Polícia Federal (PF).

Depois de estacionar o carro, a mulher permaneceu no veículo. Um policial negro se aproximou para pegar a chave do carro, quando ela proferiu injúria racista contra ele: “Escuta aqui, eu não vou fugir, seu macaco”.

Em seguida, se virou para imprensa e disse que não é racista porque a filha já tinha namorado um negro.

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Brasil

Até indicado de Lula ao BC refuta narrativa do governo sobre dólar

Foto: Raphael Ribeiro/BCB

Indicado por Lula para presidir o Banco Central a partir de 1º de janeiro de 2025, Gabriel Galípolo (foto) refutou nesta quinta-feira, 19, a narrativa governista de que o real está sendo alvo de um ataque especulativo.

Diretor de Política Monetária do BC até o fim deste mês, Galípolo participou de entrevista coletiva ao lado do atual presidente da instituição, Roberto Campos Neto, a quem agradeceu com bastante elogios a transição entre amigos — em contraste com os ataques feitos pelos petistas nos últimos dois anos.

“Vou responder aquilo que eu digo aqui no Copom e quando eventualmente o Banco Central é chamado pelo governo para poder esclarecer questões desse tipo”, disse Galípolo ao ser questionado sobre o assunto, e logo depois de Campos Neto questioná-lo: “Acho que a gente tem a mesma opinião, quer responder?”.

“Não é correto

“Eu acho que não é correto tentar tratar o mercado como um bloco monolítico, vamos dizer assim. Como se fosse uma coisa só, que está coordenada, andando num único sentido. Basta a gente entender que o mercado funciona geralmente com posições contrárias: existe alguém comprando e alguém vendendo. Então, toda vez que o preço de algum ativo se mobilize em alguma direção, você tem vencedores e perdedores”, explicou.

“Então, eu acho que a ideia de ataque especulativo enquanto algo coordenado não representa bem, eu acho, como a gente pode estar explicando como o movimento está acontecendo no mercado hoje. E faço questão de sublinhar que é isso que eu repito, inclusive em todas as reuniões quando a gente é chamado, porque essa minha interpretação é bem compreendida e aceita nas minhas interlocuções, seja com o ministro Fernando Haddad, seja com a ministra Simone Tebet, seja com o convite vice-presidente Geraldo Alckmin e seja com o presidente da República”, completou Galípolo.

“Muito ruído

A Advocacia Geral da União (AGU) também embarcou na fake news e pediu à Polícia Federal e à Comissão de Valores Mobiliários (CVMabertura de investigação sobre “possíveis crimes contra o mercado de capitais, a partir da veiculação, em rede social, de desinformação envolvendo a política monetária brasileira, o Banco Central e seu futuro presidente, Gabriel Galípolo”.

“Acho que às vezes existe muito ruído do ponto de vista de comunicação, e acho que é normal esse tipo de ruído, mas acho que é importante esclarecer essa visão, e que ao final do dia cabe, sempre, todo mundo que está do lado de cá, tentar fazer o melhor trabalho possível para incentivar que aqueles preços ativos, que se comportam melhor quanto melhor estiver andando a economia e a sociedade, apresentem vantagens para aqueles que fizeram esse tipo de de visão”, completou Galípolo.

As declarações de Galípolo parecem ter ajudado nos esforços do Banco Central para segurar o dólar. Após a moeda americana atingir o recorde de 6,30 na manhã desta terça, o BC promoveu dois leilões, no total de 8 bilhões de dólares, e a moeda americana marcava 6,12 reais por volta das 14h.

Fonte: O antagonista

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Geral

Conselheiro Carlos Thompson toma posse como presidente do TCE-RN para o biênio 2025-2026

Foto: TCE-RN / Reprodução

O conselheiro Carlos Thompson Costa Fernandes tomou posse como presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE/RN) para o biênio 2025-2026, durante sessão extraordinária realizada nesta quinta-feira (19). O novo presidente do TCE também deu posse à diretoria da Corte de Contas para os próximos dois anos.

No seu discurso, Carlos Thompson enfatizou que o caminho para fortalecer o controle externo passa pelo investimento em áreas como a inteligência artificial, o consensualismo, e a avaliação de políticas públicas.

“Percebe-se, hoje, cada vez mais, a importância de atuar na avaliação de políticas públicas, antecipando meios que previnam erros e ajudem a corrigir rumos. Temos à disposição uma ferramenta capaz de modificar a maneira como os órgãos públicos desempenham suas funções. O uso da IA no setor público representa uma grande oportunidade para aprimorar a gestão com vistas a aumentar a eficiência das instituições”, apontou.

O conselheiro Thompson Costa Fernandes tem sua história profissional vinculada ao Tribunal de Contas. Começou como estagiário, passando pelos cargos de Auxiliar de Gabinete, Assessor Jurídico, Consultor-Geral e procurador do Ministério Público de Contas (aprovado em 1° lugar no concurso público). Posteriormente, escolhido por meio de lista tríplice, foi nomeado conselheiro em 2011. Thompson presidiu a Corte no biênio 2015/2016. Graduado em Direito pela UFRN, Thompson Fernandes é mestre em Direito do Estado – Direito Constitucional – pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e especialista em Direito Público pela Universidade Federal do Ceará (UFC).

Nova diretoria

O novo presidente da Corte de Contas deu posse ao conselheiro Antonio Ed Souza Santana, como vice-presidente; conselheiro Gilberto Jales, como corregedor; conselheiro Paulo Roberto Alves, como ouvidor; e ao conselheiro George Soares, como diretor da Escola de Contas Professor Severino Lopes de Oliveira.

Tomaram posse ainda, na 1ª Câmara, os conselheiros Francisco Potiguar Cavalcanti Júnior (presidente), Paulo Roberto Alves e George Soares. Já a 2ª Câmara será composta pelos conselheiros Renato Costa Dias (presidente), Gilberto Jales e Antônio Ed Santana. A composição dos conselheiros substitutos nas Câmaras ficou assim: Marco Montenegro na Primeira Câmara e Ana Paula Gomes na Segunda Câmara.

Fonte: Portal 98Fm

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Brasil

Turista é encontrado morto em Jericoacoara; pai acredita que filho foi assassinado por fazer gesto de facção em foto sem saber

Foto: Reprodução

 

Foto: Reprodução

adolescente Henrique Marquez de Jesus, de 16 anos, foi encontrado morto após desaparecer na Vila de Jericoacoara, no litoral do Ceará. A morte foi confirmada pelo pai dele, Danilo Martins de Jesus, nesta quarta-feira (18).

Henrique desapareceu na madrugada de terça-feira (17). O corpo foi encontrado próximo à Lagoa Negra, um local afastado do centro da vila e que costuma ficar deserto à noite.

caso era investigado pela Polícia Civil como “desaparecimento de pessoa”. No entanto, segundo a família, o adolescente foi sequestrado por criminosos. Henrique estava havia uma semana em Jeri (como é conhecido o destino turístico no litoral cearense) com o pai, em uma viagem de férias.

Na noite da segunda, ele decidiu voltar sozinho para o hotel onde estavam hospedados, para recarregar o celular e descansar para a viagem de volta a Santos (SP), que aconteceria no dia seguinte.

Horas depois, o pai voltou para o hotel e não encontrou o filho. Danilo, então, passou a buscar Henrique pela cidade, mas não o encontrou. Na manhã da terça, Danilo foi a um estabelecimento de Jericoacoara para olhar as imagens da câmera de segurança.

Uma câmera flagrou o jovem sendo rendido e arrastado por, pelo menos, sete pessoas na madrugada de segunda para terça.

Um inquérito policial foi instaurado na Delegacia Municipal de Jijoca, cidade onde fica a Vila de Jericoacoara, para investigar o caso. Imagens de câmeras de segurança auxiliam na investigação policial.

Gesto de facção

Em entrevista ao G1, o pai de Henrique de Jesus disse acreditar que o crime foi motivado por um símbolo feito por Henrique em uma foto.

Segundo o pai Danilo, Henrique fez um gesto com as mãos em fotos sem saber que representava o símbolo de uma facção criminosa que atua no estado.

Apesar da declaração do pai, não há uma confirmação oficial da polícia sobre a motivação do crime.

Para o pai de Henrique, os turistas da Vila de Jericoacoara deveriam ser orientados sobre os gestos usados por facções criminosas que não devem ser usados no local.

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública respondeu apenas que continua investigando o crime, e que todos os esforços das Polícias Civil e Militar estão sendo empregados para elucidar o fato.”

Fonte: G1

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Cidades

Assembleia aprova cobrança de IPVA para carros elétricos e redução do imposto para veículos a gás no RN

Foto: Reprodução

A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte aprovou nesta quarta-feira (18) o projeto de lei que altera regras de cobrança do Imposto Sobre Propriedade de Veículo Automotor (IPVA). Agora, o projeto segue para sanção da governadora Fátima Bezerra (PT).

Com a nova lei, carros elétricos passarão a ser taxados com o IPVA. Hoje, esse tipo de veículo é isento do imposto no Rio Grande do Norte. Ficou definido que a taxa será de 0,5% sobre o valor do veículo em 2025, 1% em 2026 e 1,5% a partir de 2027. Ou seja, ao fim do escalonamento, os carros elétricos pagarão metade do IPVA cobrado sobre veículos em geral.

Além disso, o projeto de lei traz mudanças no IPVA cobrado de carros movidos a gás natural veicular (GNV). Ficou definido que o IPVA desses carros será reduzido dos atuais 3% para 1,5% por ano.

Inicialmente, o Governo do Estado queria mudar o período de isenção do imposto para veículos em geral. O projeto original previa que o IPVA só deixaria de ser cobrado para veículos com mais de 15 anos de fabricação. Mas o governo voltou atrás e decidiu suprimir isso do texto, mantendo a isenção para veículos acima de 10 anos, como ocorre atualmente.

No caso da alíquota anual para veículos em geral, ela não muda: permanece em 3% sobre o valor do veículo.

Fonte: Portal 98Fm

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Trânsito

Detran vai melhorar trânsito de veículos em trecho da Rota do Sol em Ponta Negra

Foto: DETRAN/RN

O Departamento Estadual de Trânsito do RN (Detran) modificará a circulação de veículos na Rota do Sol, especificamente nos semáforos do trecho que abrange o cruzamento com as Avenidas Praia de Búzios e Estrela do Mar, no bairro de Ponta Negra, zona Sul de Natal. A mudança inclui a proibição da conversão à esquerda para os veículos que transitam na Rota do Sol. A alteração passará a valer a partir de sexta-feira (27) e tem como objetivo melhorar o fluxo de veículos, evitando congestionamentos e longas esperas no semáforo.

Na madrugada desta quinta-feira (19), a equipe de Engenharia de Trânsito do Detran instalou a sinalização indicando a nova regulamentação viária, com placas que informam sobre a proibição da conversão à esquerda e a data de início da modificação no tráfego.

O engenheiro de trânsito do Detran, Mizael Gadelha, explicou que o tempo de espera na sinalização semafórica vermelha foi reduzido de 69 segundos para 22 segundos, e o tempo de sinal verde foi ampliado de 26 para 45 segundos.

“Com essa intervenção, estamos reduzindo o tempo de espera dos veículos e aumentando a duração do sinal verde, o que contribuirá para maior segurança e um fluxo de trânsito mais eficiente. Com isso, os motoristas não poderão mais fazer a conversão à esquerda, podendo seguir em frente ou realizar a conversão à direita”, afirmou o engenheiro.

Para realizar outro tipo de conversão, os motoristas poderão utilizar a rotatória da Rota do Sol, no cruzamento com a Avenida Engenheiro Roberto Freire. O Detran também acionou o Comando de Policiamento Rodoviário Estadual (CPRE) para organizar o trânsito durante o período inicial de implementação das novas regras e a Subcoordenadoria Educação para o Trânsito do Detran vai promover uma ação educativa junto aos motoristas.

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Geral

“Na Câmara, hoje resolve”, diz Lira sobre votações do pacote de ajuste fiscal

Foto: Mário Agra/Câmara dos Deputados

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que as propostas do pacote de ajuste fiscal devem ser votadas até esta quinta-feira (19) na Casa. Ele negou risco de os textos não serem votados até o fim do ano e também afirmou haver “boa vontade” no Senado para a aprovação.

“Estamos em um período bastante sensível de fim de ano, mas com a esperança que hoje a gente termine essas votações aqui na Câmara […] Há boa vontade do Senado, inclusive com a possibilidade de chamar sessão para o sábado. Na Câmara, hoje resolve”, disse em entrevista a jornalistas na chegada à Câmara.

As propostas estão na pauta do plenário desta tarde. Na quarta-feira (18), os deputados concluíram a análise do projeto de lei complementar do pacote, que agora está no Senado.

Uma das propostas de ajuste fiscal altera regras do Benefício de Prestação Continuada (BPC). Segundo Lira, é preciso “desmistificar” versões sobre as mudanças. O texto é motivo de divergências entre a base aliada do governo. O Psol é contra as alterações no benefício.

“Importante ressaltar o esforço de todos os deputados e deputadas para construir um texto que dê uma resposta a manutenção de um programa importante mas que evite determinados desvios que podem levá-lo à extinção”, disse Lira.

A expectativa da equipe econômica é de que os textos do pacote sejam aprovados até o final deste ano, antes do recesso parlamentar, que começa em 23 de dezembro. No total, a equipe econômica estima o corte de cerca de R$ 70 bilhões até 2026.

CNN Brasil

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Vereadores de Natal aprovam 1.089 emendas ao orçamento para 2025

Durante sessão ordinária, a Câmara Municipal de Natal deu início à segunda discussão da Lei Orçamentária Anual (LOA) para o exercício financeiro de 2025 da Prefeitura de Natal, que estima a receita e despesa em R$ 5.298.687.582,63, valor superior em 9,37% àquele previsto no orçamento para o atual exercício. Nesta quarta-feira (18), os vereadores aprovaram 1.089 emendas parlamentares consensualizadas entre as bancadas da situação e oposição. Agora, o plenário segue para a análise das emendas não consensuais, o que deve acontecer amanhã (19). Ao todo, 1.235 emendas foram encaminhadas para votação.

Entre os textos encartados à peça orçamentária, destaque para uma iniciativa do vereador Robson Carvalho (União Brasil) que garante recursos para a construção do segundo Hospital Público Veterinário de Natal. “Remanejamos receitas para assegurar a construção, na zona Norte da nossa cidade, de mais um equipamento público voltado para a saúde animal. A intenção é descentralizar os atendimentos, contemplar mais tutores e reforçar a rede de apoio”, afirmou.

Por sua vez, o vereador Kleber Fernandes (Republicanos) destinou emenda para a aquisição de novas unidades móveis de para o Procon Municipal. “Com mais estrutura, as equipes terão condições de realizar, de forma itinerante, um trabalho de orientação, atendimento e acolhimento aos consumidores natalenses que precisam do amparo do Poder Público”.

Já o vereador Herberth Sena (PV) direcionou investimentos para serviços de infraestrutura no bairro da Redinha. “Trata-se de uma comunidade importante que ainda sofre com lama, falta de drenagem e alagamentos. Diante disso, apresentamos proposições para melhorar a vida das pessoas que vivem numa região que, inclusive, integra o roteiro turístico do município. Esperamos que o próximo prefeito concretize o que estamos propondo”.

A vereadora Nina Souza (União Brasil), que presidiu a sessão neste primeiro dia de apreciação de emendas, avaliou como positivo o desempenho do plenário. “Os debates aconteceram de forma célere, tranquila e democrática, haja vista que conseguimos aprovar mais de mil emendas consensuais à LOA 2025. Interessante notar que os vereadores apresentaram matérias que traduzem os requerimentos que recebem da população ao longo do ano. Isso se reflete no orçamento do município e é muito bom que seja assim, pois representa os anseios do povo de Natal. Em tempo: amanhã retomaremos os trabalhos para votar as emendas não consensuais”, concluiu.

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VÍDEO: Engorda de Ponta Negra atinge 77% de conclusão e chega à altura do calçadão da Avenida Erivan França

A obra de engorda de Ponta Negra alcançou nesta semana o coração da praia: a área do calçadão da Avenida Erivan França. Com o avanço dos serviços, a expectativa é que o aterro chegue nos próximos dias ao Morro do Careca, principal cartão-postal de Natal.

Segundo o secretário municipal de Meio Ambiente e Urbanismo, Thiago Mesquita, a obra atingiu, nesta quinta-feira (19), exatamente 77% de conclusão e segue “sem nenhum tipo de intercorrência” e com acompanhamento da Fundação Norte-Rio-Grandense de Pesquisa e Cultura (Funpec).

Além disso, de acordo com o secretário, está sendo realizado o “controle e monitoramento ambiental” exigido na licença de instalação e operação emitida originalmente pelo Idema, apesar de a prefeitura estar retirando areia de uma jazida não licenciada.

Sobre os materiais que apareceram na praia dias atrás, preocupando ambientalistas, Thiago Mesquita descartou que sejam corais mortos. Segundo ele, trata-se de rodolitos, estruturas esféricas formadas por algas calcárias. O surgimento desses fragmentos na praia, segundo ele, é normal, e isso não traz problema para o desequilíbrio da fauna marinha.

“Quando vivas, essas algas apresentam um tom rosa vibrante e têm a incrível habilidade de incorporar carbonato de cálcio, o que as torna rígidas e resistentes”, afirmou a Funpec.

Quanto ao prazo para conclusão, o secretário afirmou que “imprevistos” atrasaram a conclusão, inicialmente prevista para dezembro. “O cronograma está dentro do esperado e executado. Ainda temos o grande sonho e vontade de finalizar 100% em 2024, mas sim, há uma possibilidade, inclusive boa, significativa, de que algumas semanas de janeiro sejam necessárias”, afirmou Thiago, em entrevista à rádio Cidade.

Saiba mais sobre a obra

Segundo a prefeitura, a obra será realizada em um trecho total de 4 km da praia, indo do hotel Serhs até o Morro do Careca. Os serviços são amparados em um decreto de situação de emergência assinado pelo prefeito Álvaro Dias (Republicanos), diante dos estragos causados pelo avanço da maré na costa.

Após a conclusão, a faixa de areia da praia deverá ganhar pelo menos 50 metros na maré cheia e até 100 metros na maré seca. Além do ganho de espaço, a obra é considerada fundamental para frear o processo de erosão costeira em Ponta Negra.

A obra vai custar mais de R$ 100 milhões e está sendo realizada pelo consórcio formado pelas empresas DTA e AJM.

98 FM Natal

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Banco Central eleva projeção do PIB de 2024 para 3,5%

Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

O Banco Central elevou a projeção de crescimento da economia brasileira em 2024 de 3,2% para 3,5%. Para 2025, a estimativa do PIB (Produto Interno Bruto) passou de 2% para 2,1%. Os dados constam do RTI (Relatório Trimestral de Inflação), divulgado nesta quinta-feira (19) pelo Banco Central.

“A revisão da projeção de crescimento anual em 2024 reflete, sobretudo, a surpresa positiva no resultado do terceiro trimestre e a revisão das séries históricas do PIB e de seus componentes”, diz o documento.

O BC reiterou que, apesar das projeções mais altas, a expectativa para o ano que vem é de arrefecimento da economia. “Permanece a perspectiva de desaceleração da atividade, em razão de fatores como o maior grau de aperto esperado para a política monetária e a expectativa de um menor impulso fiscal, entre outros”, indicou.

Segundo o IBGE, o PIB cresceu 0,9% no terceiro trimestre de 2024 em relação ao trimestre imediatamente anterior.

R7

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