Polícia

Superlotadas, prisões do país têm déficit de quase 280 mil vagas

O número e a proporção de presos provisórios diminuíram em um ano no país, mas as prisões continuam superlotadas e estão quase 70% acima da capacidade. É o que mostra um levantamento do G1 dentro do Monitor da Violência feito com base nos dados mais atualizados dos 26 estados e do Distrito Federal.

O Monitor da Violência é resultado de uma parceria do G1 com o Núcleo de Estudos da Violência (NEV) da USP e com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Em janeiro de 2017, 247,8 mil encarcerados (ou 37,6% dos presos) eram provisórios. Agora, são 236,1 mil (34,4%).

Apesar da diminuição dos presos provisórios, as prisões do Brasil seguem superlotadas. São 686,5 mil presos para uma capacidade total de 407 mil pessoas, um déficit de 279 mil vagas.

Desde a última reportagem do G1, publicada em janeiro de 2017, foram acrescidas ao sistema 7.952 vagas, número insuficiente para acomodar o total de presos, que ainda cresceu 2,8% em um ano, com 18.412 novos internos.

Comparando o levantamento de 2017 com o de janeiro agora:

O Brasil prendeu mais gente que as vagas criadas nas prisões
A superlotação oscilou pouco: de 69,2% para 68,6%
Pernambuco ultrapassou Amazonas e voltou a ser o estado mais superlotado do país
O percentual de presos provisórios caiu de 37,6% para 34,4%

Desde 2014, o G1 faz levantamentos sobre a situação do sistema penitenciário brasileiro. Não são considerados os dados oficiais do Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias (Infopen) por conta da defasagem de um ano e meio. Os últimos números do relatório foram divulgados em dezembro de 2017, mas se referem apenas a junho de 2016.

O levantamento do G1 não leva em consideração os presos em regime aberto que cumprem prisão domiciliar e os que cumprem apenas penas alternativas, já que eles não demandam vagas no sistema. Além disso, os dados são obtidos com todas as secretarias de Administração Penitenciária ou de Justiça, que, em muitas das vezes, excluem do dado os presos em delegacias – o que impede uma comparação direta com números do Infopen, que contabiliza estes presos.

(Foto: Karina Almeida/G1)

Superlotação

Há superlotação em todos os estados do país. A pior situação é encontrada em Pernambuco, que está 181% acima da capacidade. São 30,4 mil presos para apenas 10,8 mil vagas. Em um ano, houve um aumento de 417 presos, e o estado ainda fechou 126 vagas.

De acordo com a Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres) de Pernambuco, a redução no número de vagas ocorreu por conta, entre outros pontos, da desativação temporária de duas cadeias públicas no Agreste do estado para “adequações estruturais”. A pasta diz, no entanto, que a construção do Presídio de Araçoiaba, no Grande Recife, deve criar 2.754 vagas no estado. O fim das obras está previsto para este ano. Há também um edital para ampliar o Presídio de Palmares, onde serão construídos três pavilhões, com mais 532 vagas.

Outros estados também diminuíram o número de vagas entre 2017 e 2018. Em Rondônia, o total de vagas caiu de 6.257 para 5.868 por conta da desativação e unificação de unidades prisionais. O mesmo aconteceu em Roraima, com o fechamento de uma ala prisional da Penitenciária Agrícola de Monte Cristo para reformas, e no Tocantins, com a desativação de uma unidade de regime semiaberto.

Na Paraíba, o fechamento de vagas ocorre por conta de reformas. A Secretaria de Administração Penitenciária diz que um novo pavilhão deve criar 160 vagas e que um presídio regional será construído, com 600 vagas, na zona rural de Gurinhém, município a 100 km de João Pessoa.

Segundo agentes penitenciários entrevistados pelo G1, a superlotação está diretamente ligada a episódios de violência e rebeliões nos presídios, bem como à formação e ao fortalecimento das facções.

“A gente, muitas vezes, acha que você prender o criminoso e jogar numa cela soluciona o problema. Ao contrário, ali está nascendo uma nova roupagem do crime. Ele vai apenas se especializar”, diz Juscélio Álvares, agente penitenciário há 8 anos no Rio Grande do Norte.

“Às vezes, a Polícia Militar faz um excelente trabalho ostensivo. A Polícia Civil faz um excelente trabalho investigativo. Mas tem o seu trabalho frustrado por uma fuga do preso, por exemplo. Ou quando se coloca lá um preso onde se colocam também 10, 20, 30 presos. E eles vão se unir e se organizar em uma facção. Isso tudo explode e volta para a sociedade”, diz.

De acordo com agente penitenciário Mickael Fabrício, que trabalha na função há 11 anos em Alagoas, as facções se tornaram relevantes nos últimos anos por falta de investimentos em educação, saúde e segurança. Além disso, ele destaca que, como não é feita a ressocialização dos detentos, o índice de retorno às prisões é alto.

Com o consequente fortalecimento das facções, o trabalho dos agentes dentro dos presídios se tornou mais difícil, segundo ele.

“Os presos tentam, ainda que cumprindo pena, impor as leis das facções dentro dos presídios, intimidar servidores, se comunicar com o mundo exterior e coordenar crimes”, diz Mickael Fabrício, agente penitenciário.

Segundo um agente que atua há 27 anos em Goiás e que não quis se identificar, a falta de investimento também se reflete nas estruturas fracas das prisões, que tornam as fugas comuns. “Eles [presos] abrem buracos com facilidade. A gente fica 24 horas por dia tentando vigiar o presídio e os presos tentando ludibriar nossas seguranças”, afirma.

Os agentes ainda relatam que, muitas vezes, têm que supervisionar um número muito alto de detentos.

“Você é responsável por um bloco sozinho. Eu estava em um bloco com aproximadamente 300, 310 presos. Por mais que eles estejam presos, eles são minha responsabilidade”, diz um agente que atua no Paraná.

Leia reportagem completa do G1 aqui

Opinião dos leitores

  1. É só não roubar, não matar e não estuprar que vc não vai pra lá. acabou, acabou!
    eheheheh.

  2. A maioria destes estado tem dinheiro do fundo guardado, pode ir atrás.
    Motivos para isso:
    1 – gerar juros nas contas para os próprios governos estaduais;
    2 – dificuldade na prestação de contas;
    3 – deixar ocorrer rebeliões em massa nos presídios e fazer dispensa de licitações sem prestar contas.

  3. Erro grosseiro da ilustração da matéria, na figura ela coloca a Paraíba no Estado de Alagoas .

  4. Continue investindo em presídios, melhorias de infraestrutura e estética (grama verdinha em alcaçuz) pra acolher bandido e permaneçam abandonando as escolas caindo na cabeças das pessoas, a merenda cream cracker c/ água, sem professores e sem as condições mínimas q brevemente td estará dando certo! O fracasso na educação não é uma tragédia inesperada, mas 1 projeto ofuscado dos políticos pra que seja sempre de pior a péssimo. Nunca mudou nem nunca mudará.

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Brasil

Guardas e PMs preparam ação no Congresso em debate da PEC da Segurança

Foto:Marcelo Camargo/Agência Brasil

A apresentação do texto da PEC da Segurança Pública pelo governo federal, recebido nesta terça-feira (8) pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), inaugura uma nova frente de disputa entre guardas municipais e policiais militares, após o Supremo Tribunal Federal (STF) fixar uma tese de que os agentes das prefeituras podem exercer atividades de policiamento ostensivo comunitário.

Entidades das duas categorias já preparam ações para pressionar deputados em torno da redação final da mudança constitucional defendida pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski.

O texto da PEC inclui a tese aprovada pelo STF em fevereiro, na qual se considera constitucional “o exercício de ações de segurança urbana pelas guardas municipais, inclusive o policiamento ostensivo comunitário”, desde que respeitadas as competências de outros órgãos de segurança e “excluída qualquer atividade de polícia judiciária, sendo submetidas ao controle externo da atividade policial pelo Ministério Público”.

Essa tese é questionada pelos oficiais das polícias militares estaduais em recurso ao STF, mas já está nas entidades que representam as carreiras mais altas das PMs articulações para ajustar a redação do texto no que diz respeito ao papel das guardas municipais.

“Informamos a todos que o referido texto está em análise e ao tempo certo repassaremos os próximos passos que daremos no sentido de trabalhar, se for o caso, para alteração do texto, que a priori possuí vários pontos controversos e nebulosos”, diz mensagem da direção da Federação Nacional de Entidades de Oficiais Militares Estaduais (Feneme), enviada hoje aos associados.

“Faremos, como sempre, todo o possível para corrigir tais pontos, bem como, quando for o caso, convocaremos mobilização junto aos parlamentares, em especial as lideranças como sempre fizemos”, prossegue a cúpula da Feneme.

Entre os pontos que os oficiais das PMs questionam está justamente o que faz menção à possibilidade de guardas municipais poderem fazer policiamento ostensivo e comunitário, enquanto a polícia viária federal “destina-se ao patrulhamento ostensivo das rodovias, ferrovias e hidrovias federais”.

Por sua vez, as representações das guardas municipais celebram a inclusão da tese do STF no texto da PEC enviado pelo governo. O presidente da Associação das Guardas Municipais (AGM Brasil), Reinaldo Monteiro, esteve na semana passada com a ministra da Secretaria das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, para defender a redação da proposta.

Monteiro afirmou que a associação vai atuar no Congresso em defesa do papel das guardas municipais no policiamento urbano. Um ponto citado pelo presidente da AGM Brasil é o que diz respeito aos recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública que poderão ser repassados a estados e municípios.

CNN

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Economia

BETS: apostadores gastam até R$ 30 bilhões por mês no Brasil, diz Banco Central

Foto: Hirurg/Getty Images

Apostadores brasileiros gastaram até R$ 30 bilhões por mês em bets entre janeiro e março de 2025, afirmou o secretário-executivo do Banco Central (BC), Rogério Lucca, nesta terça-feira (8).

Segundo o secretário do BC, a estatística foi feita com base em informações mais concretas obtidas desde a regulamentação do setor, que entrou em vigor 1º de janeiro deste ano.

— Durante esse ano, de janeiro a março, esse valor que a gente acompanha de atividade gira em torno de R$ 20 bilhões a R$ 30 bilhões por mês — explicou em sessão da CPI das Bets, no Senado.

Dados do BC divulgados no ano passado apontavam que os brasileiros gastavam cerca de R$ 20 bilhões por mês em apostas on-line nos primeiros oito meses de 2024. As estatísticas foram revisadas após a regulamentação.

Uma análise preliminar já havia sido feita pelo BC antes da regulamentação. Segundo o presidente do BC, Gabriel Galípolo, no entanto, a autoridade monetária subestimou o montante que é pago em prêmios aos apostadores.

A nota técnica da instituição considerava que cerca de 85% do total gasto em apostas retornava como prêmio pago pelas casas de apostas. Dados do governo, no entanto, mostram que esse percentual está em aproximadamente 93%.

— Estamos tentando reunir dados para entender como está migrando esse comportamento e como ele pode evoluir ou não. Os dados de apostas envolvem tudo que foi gasto na empresa, mas tem um valor que volta, que a gente estimou em 85%, e a SPA estima que hoje esse valor esteja entre 93% — disse Galípolo.

CPI das Bets do Senado

Galípolo foi ouvido nesta terça-feira na CPI das Bets do Senado. O convite foi feito pelo presidente da CPI, o senador Dr. Hiran (PP-RR) para discutir se a autoridade monetária pode propor normas específicas para transferências financeiras das casas de aposta, como as chamadas bets esportivas.

A senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) é a relatora da CPI que foi instalada no dia 12 de novembro de 2024, com o intuito de investigar a influência das apostas on-line no orçamento das famílias brasileiras e a possível associação com organizações criminosas.

Em seu discurso inicial, o presidente do BC afirmou que a autoridade monetária não tem competência legal para fiscalizar ou aplicar sanções relativas a transações que envolvam apostas de quota fixa.

Galípolo ainda afirmou que o Banco Central realiza estudos que analisam o impacto das apostas no Brasil sobre a estabilidade financeira e política de juros do país.

— Algumas instituições financeiras começaram a relatar significância estatística do fato de a pessoa apostar no risco de crédito… É importante para o BC avaliar potenciais impactos na estabilidade financeira e na transmissão da política monetária — disse.

Segundo o presidente do BC, a autoridade monetária e participantes do mercado começaram a identificar um grande volume de dinheiro da população brasileira destinado à apostas esportivas, o que pode levar à instabilidade na atividade econômica e possível aumento do risco de crédito, o que pode elevar os juros cobrados no país.

— Ano passado, em estudos preparatórios para uma reunião do Copom, nos chamou a atenção de que parte da renda das famílias não estava indo nem para consumo nem para poupança, alguns participantes de mercado já haviam nos alertado que fluxos financeiros para sites de apostas estavam se tornando significativos, com potencial impacto na atividade econômica — explicou.

O Globo

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Geral

Real é a moeda que mais perde contra o dólar em meio à guerra comercial

Foto: Reprodução/Neofeed

O real é a moeda que mais perde valor no mundo contra o dólar na tarde desta terça-feira (8), após a Casa Branca confirmar tarifas de 104% sobre importações da China.

Por volta das 15h10, a divisa brasileira perdia 106% ante a divisa norte-americana, cotada a R$ 5,976.

Mais cedo, a moeda bateu a cotação psicológica de R$ 6.

A lista de maiores perdas também contam com pares latino americanos. O peso chileno aparece na sequência, com queda de 1,04%, quando a divisa da Colômbia recuava 1% contra o dólar.

Veja abaixo as 10 moedas que mais perdem ante o dólar nesta terça:

  1. Real (Brasil): -1,06%
  2. Peso (Colômbia): -0,94%
  3. Yuan (China): -0,80%
  4. Sol (Peru): -0,80%
  5. Peso (Chile): -0,79%
  6. Won (Coreia do Sul): -0,78%
  7. Baht (Tailândia): -0,63%
  8. Rupia (Índia): -0,45%
  9. Renminbi (China): -0,42%
  10. Shekel (Israel): -0,32%

Os Estados Unidos confirmaram, na tarde desta terça, que aplicarão uma nova tarifa de 50% contra a China.

A medida ocorre após o gigante asiático não cumprir o pedido do presidente Donald Trump de voltar atrás com as taxas retaliatórias de 34% anunciadas na semana passada.

Trump havia estabelecido um prazo de até às 13h (horário de Brasília) desta terça para que o país recuasse.

A nova taxa entra em vigor nesta quarta-feira (9), junto com a tarifa “base” anunciada na semana passada no “Dia da Libertação” de Trump.

CNN Brasil

Opinião dos leitores

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Geral

Dólar sobe e bate R$ 6 em meio a guerra de tarifas e turbulência entre EUA e China

Foto: Reuters

O dólar era negociada a R$ 6 por volta das 14h10 desta terça-feira, 8, logo após os Estados Unidos confirmarem a cobrança de uma tarifa adicional de 50% sobre todas as importações chinesas. A medida entra em vigor nesta quarta-feira, 9, após o país asiático não desistir da retaliação aos Estados Unidos dentro do prazo estabelecido pelo presidente Donald Trump, que era até as 13h desta terça-feira, 8.

A China anunciou na segunda-feira, 7, que não iria ‘ceder à chantagem’ de Trump sobre a imposição de tarifas adicionais. “As ameaças dos EUA para escalar tarifas contra a China são um erro atrás do outro, mais uma vez expondo a natureza chantageadora da América”, declarou o ministro do Comércio chinês, Wang Wentao, que complementou: “Se os EUA insistirem em fazer as coisas à sua maneira, a China vai lutar até o fim”.

Mais cedo, antes da Casa Branca confirmar a tarifa extra, Trump disse que estava esperando uma ligação da China para fazer um acordo que evite a guerra de tarifas entre os países. Em uma sinalização de afrouxamento de discurso e busca por entendimento entre as nações, o presidente disse que “vai acontecer”, se referindo ao acordo. “A China também quer fazer um acordo, muito, mas eles não sabem como começar. Estamos esperando a ligação deles. Vai acontecer!”, escreveu Trump em sua página na plataforma Truth Social.

Guerra comercial

A política comercial dos EUA segue no foco dos mercados desde que Trump anunciou na semana passada a imposição de tarifa mínima de 10% sobre todas as importações ao país, que entrou em vigor no sábado, e taxas “recíprocas” mais altas para alguns parceiros, que serão implementadas na quarta.

Por três sessões consecutivas, os investidores demonstraram enorme aversão ao risco, em meio ao temor de que as medidas comerciais possam desencadear uma guerra comercial ampla, o que poderia provocar a aceleração da inflação global e uma recessão econômica em diversos países.

Terra

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Geral

Decisão judicial afasta síndicos do condomínio Fazenda Real, em Macaíba, por suposta “gestão temerária”

Foto: reprodução/Google Street View

Uma decisão judicial do Tribunal de Justiça do RN afastou a gestão sindical do condomínio rural Fazenda Real 1 e 2 por supostos atos de gestão temerária e por suposta ilegitimidade decorrente de vícios no processo eleitoral. Também foram afastados e os membros do conselho fiscal.

De acordo com a decisão do juiz Luiz Alberto Dantas Filho, a permanência da gestão à frente do Fazenda Real 1 e 2 gera risco de potencializar danos econômicos e gerenciais.

O déficit decorrente da má gestão já acumula R$ 400 mil no período de dezembro de 2023 até dezembro de 2024, com mais de R$ 20 mil pagos de juros e multas. Mesmo já afastados, o síndico e o subsíndico ainda mantinham atos de gestão. Em razão disso, o proferiu nova decisão, desta vez com força de mandado, inclusive com autorização de uso de força policial para os então gestores de suas funções.

Ainda segundo a decisão judicial, a administradora Natal Condomínio deve assumir a administração do condomínio, de forma interina até que a questão seja resolvida de forma definitiva pelo Poder Judiciário.

Opinião dos leitores

  1. Rico não tem nome não, é somente o “síndico” se fosse um pobre o nome da criatura iria aparecer fácil, fácil.

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Geral

Brasil, Egito e Cingapura entre potenciais vencedores de ataque tarifário de Trump

Foto: Kent Nishimura/Bloomberg

Dias após o anúncio do presidente dos EUA, Donald Trump, de tarifas recíprocas chocar diversos parceiros comerciais dos EUA e mercados globais, alguns países, entre eles o Brasil, estão emergindo como potenciais vencedores, embora o risco de uma recessão induzida por tarifas limite o potencial de crescimento.

Com aliados de longa data e parceiros comerciais próximos dos EUA, incluindo a União Europeia , o Japão e a Coreia do Sul entre os mais afetados – com tarifas de 20% ou mais – países como Brasil, Cingapura Índia, Turquia e Quênia veem um lado positivo.

O Brasil está entre as economias que escaparam com a menor tarifa “recíproca” dos EUA de 10% . Além disso, o gigante agrícola pode se beneficiar das tarifas retaliatórias da China que provavelmente atingirão os exportadores agrícolas dos EUA. As últimas tarifas dos EUA devem entrar em vigor em 9 de abril.
O Brasil, como importador líquido de bens dos Estados Unidos, exemplifica a forma como alguns países podem tirar partido da guerra comercial que Trump trava principalmente contra a China e outros grandes exportadores que registam excedentes comerciais com os EUA.
Na América do Sul, onde as exportações continuam focadas em commodities, desde cobre até grãos, há esperanças de que a turbulência tarifária dos EUA possa reavivar as negociações sobre um acordo comercial há muito adiado entre o bloco de quatro membros do Mercosul e a União Europeia.
O Brasil pode ser o maior beneficiário de qualquer medida desse tipo, mas, além disso, as tendências do primeiro mandato de Trump, quando os produtores brasileiros de soja e milho tiveram vendas recordes enquanto a China congelou os produtores americanos, agora podem ser replicadas .
Marrocos, Egito, Turquia e Cingapura, todos com déficits comerciais com os EUA, podem encontrar uma oportunidade na crise de países como Bangladesh e Vietnã, que têm grandes superávits e foram duramente atingidos por Trump.
Enquanto os dois últimos estão lidando com tarifas esperadas de 37% e 46%, respectivamente, o primeiro, assim como o Brasil e a maioria de seus vizinhos, vai conseguir 10% cada — mais um tapinha nas costas na nova ordem mundial de Trump.
Com informações de Reuters

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Geral

Mesmo com redução do ICMS, RN arrecadou mais de R$ 21,4 bilhões em 2024; aumento de 7,25% em comparação com 2023

Foto: Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi

O estado do Rio Grande do Norte arrecadou mais de R$ 21,4 bilhões em 2024, por meio de tributos e outras fontes de receitas. O aumento foi de 7,25% na comparação com 2023, mesmo com a redução da alíquota do Imposto Sobre Consumo de Bens e Serviços (ICMS) – principal fonte própria de recursos – de 20% para 18%.

Apesar do aumento, o estado enfrenta um desafio: mais de 57% da receita corrente líquida ficou comprometido com despesa de pessoal, no terceiro quadrimestre do ano, ultrapassando o limite de 49% previsto pela Lei de Responsabilidade Fiscal para o poder executivo.

Segundo relatório do Tesouro Nacional, o estado potiguar é o primeiro entre todos do país no ranking de gastos percentuais com pessoal.

Os dados foram apresentados nesta segunda-feira (7) pelo governo do Estado do Rio Grande do Norte por meio do relatório anual de contas, encaminhado para a Assembleia Legislativa (ALRN) e do Tribunal de Contas do Estado (TCE).

Durante uma reunião na Governadoria em Natal, a governadora Fátima Bezerra (PT) e os secretários e auditores de finanças e controle do estado detalharam os dados do documento.

O governo destacou o aumento no investimento em educação, que no ano passado representou 27% do orçamento.

Para o secretário de Fazenda do estado, Carlos Eduardo Xavier, o alto percentual de gasto com pessoal é resultado da redução da arrecadação do ICMS.

Segundo ele, o objetivo do estado é aumentar a velocidade do crescimento das receitas, para que elas superem o aumento das despesas.

“Essa foi a grande dificuldade do ano passado, todos lembram da redução da alíquota de ICMS. Num quadro como esse, você não melhora esse dado reduzindo as receitas, infelizmente a gente teve um agravamento desse número em 2024. A nossa projeção, olhando para o futuro, é fazer com que as receitas cresçam num ritmo maior do que o crescimento da despesa com o pessoal para que esse índice volte, ele entre numa trajetória de queda”, afirmou.

Por outro lado, o secretário atribuiu o aumento das receitas ao crescimento do PIB, bem como da empregabilidade no estado, atribuídos por ele à condução econômica. “O poder de atração de investimentos aqui para o estado se reverte nesses números”, pontuou.

Em dezembro de 2024, o governo conseguiu aprovar o aumento do ICMS de 18% para 20% na Assembleia Legislativa. Por causa do prazo legal para aumento de impostos, o aumento passou a valer no dia 20 de março.

g1-RN

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Geral

Casa Branca diz que tarifas de 104% contra a China entram em vigor nesta quarta-feira

A secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt — Foto: REUTERS

A secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou à Fox Business início da tarde desta terça-feira (8) que as tarifas de 104% dos Estados Unidos contra a China vão entrar em vigor a partir desta quarta-feira (9).

O comunicado veio após o país asiático não desistir da retaliação aos Estados Unidos dentro do prazo estabelecido pelo presidente americano Donald Trump, que era até as 13h desta terça-feira (8).

Mais cedo, Trump postou em sua rede social que estava esperando uma ligação da China para discutir as tarifas, mas isso não ocorreu.

Durante a madrugada, a China disse que não vai voltar atrás e que está pronta para seguir respondendo aos aumentos tarifários, apesar de considerar que “em uma guerra comercial, não há vencedores”.

g1

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Geral

OPERAÇÃO SELECT: Policial militar era ‘tesoureiro do crime’ em organização criminosa investigada por estelionato e lavagem de dinheiro, diz Polícia Civil

Imagens: Divulgação/PCN

Um policial militar está entre os envolvidos em uma organização criminosa alvo da ‘Operação Select’, deflagrada pela Divisão Especializada em Investigação e Combate ao Crime Organizado (DEICOR) nesta terça-feira (8). “Foi constatado o apoio de um policial militar, que exercia a função de ‘tesoureiro do crime’, diz a Polícia Civil.

O grupo utilizava “laranjas” para abertura de contas bancárias, com a facilitação de uma gerente de banco, possibilitando a movimentação de grandes valores. O grupo é investigado pela prática dos crimes de estelionato e lavagem de dinheiro.

O nome “Operação Select” faz referência à agência bancária utilizada para abertura das contas fraudulentas.

As investigações revelaram que os criminosos abriam contas em nome de terceiros em uma agência localizada na Paraíba, voltada para clientes de alto poder aquisitivo e com limites elevados.

De posse dos cartões, realizavam transações fraudulentas em estabelecimentos comerciais para obtenção de dinheiro em espécie, sacavam limites bancários e financiavam outras fraudes, principalmente relacionadas a placas de energia solar. Além disso, investiam em veículos de luxo para dissimular a origem ilícita dos valores.

Grupo movimentou mais de R$ 106 milhões de 2019 a 2024

De acordo com as apurações, entre outubro de 2019 e novembro de 2024, foram detectadas movimentações suspeitas superiores a R$ 106 milhões nas contas dos investigados e de empresas suspeitas de envolvimento na lavagem de dinheiro. Durante a operação, foram cumpridos 14 mandados judiciais de busca e apreensão nos municípios de Natal, Parnamirim e Santa Cruz.

Três suspeitos foram presos em flagrante pelos crimes de posse ilegal de arma de fogo e/ou munição e por embaraço à investigação de organização criminosa.

Entre os alvos identificados estão lideranças e integrantes do grupo, a gerente bancária, o responsável pelo recrutamento dos “laranjas” e um empresário que utilizava suas empresas para lavar o dinheiro.

Apreensões

Foram apreendidas armas de fogo, munições, documentos, 18 veículos de luxo e outros materiais que subsidiarão o andamento das investigações. O valor total dos veículos apreendidos foi estimado em aproximadamente R$ 3,8 milhões.

As investigações tiveram início a partir de denúncias e de informações repassadas por instituições financeiras lesadas. A operação contou com o apoio da Delegacia Especializada na Repressão à Lavagem de Dinheiro (DRLD), da Delegacia Especializada de Narcóticos de Natal (DENARC/Natal), da Delegacia Especializada de Defesa da Propriedade de Veículos e Cargas de Natal (DEPROV/Natal), da 80ª Delegacia de Polícia Civil de Santa Cruz e da Secretaria da Fazenda do Rio Grande do Norte (SEFAZ/RN). Os presos foram encaminhados ao sistema prisional, onde permanecerão à disposição da Justiça.

Opinião dos leitores

  1. Viva o pt contaminou a igreja catolica, oab, a justiça e jogou uns contra os outros e só um grupinho vivendo as maravilhas do capitalismo, para os otários pegue impostos e aumento nos alimentos, combustíveis e estradas tábuas de pirulitos!

    1. Pelo que li, todo RN estar contaminado, quiçá todo Brasil. A solução passa pelo retorno da operação LAVA Jato

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Geral

UERN cancela concurso público para vagas de professor; identidades de candidatos foram reveladas a examinadores

Foto: divulgação

A Universidade Estadual do Rio Grande do Norte anunciou nesta terça-feira (8) que decidiu cancelar o concurso público para vagas de professor do Ensino Superior que teve edital lançado em janeiro de 2024.

O concurso já estava paralisado desde janeiro deste ano, após ter sido suspenso na fase de provas e títulos. A universidade informou que vai devolver a taxa de inscrição aos candidatos.

A decisão de cancelamento foi publicada no Jornal Oficial da Uern (Jouern) desta terça-feira (8). Em nota, a Universidade informou que um novo concurso público será deflagrado nos próximos dias.

“A decisão de cancelamento atende recomendação da Comissão Central do Concurso, após apuração das denúncias que motivaram, anteriormente, a suspensão do certame relacionado ao Edital nº 01”, informou a nota.

Em janeiro, a Fundação da UERN (FUERN), anunciou que o concurso foi suspenso por causa de denúncias apontando que o sistema da banca contratada para realizar o concurso revelou a identidade dos candidatos perante as bancas examinadoras, “violando os princípios da legalidade e da impessoalidade”.

Segundo a UERN, a falha ocorreu em janeiro. No dia 14 daquele mês, o coordenador das bancas informou que havia provas incompletas no sistema. Os professores informaram os candidatos com provas incompletas por meio dos códigos identificadores.

Para subir as páginas faltantes, o programador da banca acessou o sistema no dia 16. No entanto, após colocar os documentos faltantes, por uma falha, esqueceu de desativar a função de identificação do candidato.

“Por essa razão, do dia 16/01/2025, às 15h08min, até o dia 17/01/2025, às 7h26min, a identificação dos candidatos ficou disponível no sistema de correção de provas. De acordo com o Relatório elaborado pela equipe técnica (…) foi constatado que 33 professores tiveram acesso ao sistema durante o período informado.”

Na publicação oficial, a Uern ainda informou nove infrações contratuais da banca contratada, determinou aplicação de multas e decidiu pela rescisão unilateral do contrato.

Devolução da taxa de inscrição

O concurso em questão foi aberto pela UERN em janeiro de 2024 e previa 66 vagas para docentes. O processo seletivo previa ainda 40 vagas para técnicos de nível médio e superior, parte que não foi afetada pela suspensão.

Com o cancelamento do concurso, a fundação da universidade informou que vai realizar a devolução da taxa de inscrição, por responsabilidade da própria universidade. O pagamento será feito em lotes.

“Nas próximas semanas será disponibilizado o sistema para solicitação do ressarcimento das inscrições, para início de pagamento em maio. Para os que optarem pela devolução via PIX, a chave obrigatoriamente deve ser o CPF do candidato. Outras orientações e prazos serão divulgados juntamente com a publicação do formulário”, informou.

g1-RN

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