Segurança

Brasil registra queda de 11% nos assassinatos no 1º trimestre do ano

Mapa mostra queda nas mortes violentas em 2021 — Foto: Daniel Ivanaskas/G1

O Brasil teve uma queda de 11% nos assassinatos nos três primeiros meses deste ano na comparação com o mesmo período de 2020. É o que mostra o índice nacional de homicídios criado pelo G1, com base nos dados oficiais dos 26 estados e do Distrito Federal.

Em janeiro, fevereiro e março, foram registradas 10.663 mortes violentas, contra 12.007 no primeiro trimestre de 2020. Ou seja, 1.344 a menos. Estão contabilizadas no número as vítimas de homicídios dolosos (incluindo os feminicídios), latrocínios e lesões corporais seguidas de morte.

A queda acontece após um 2020 violento, mesmo com a pandemia do novo coronavírus. No ano passado, o país teve uma alta nos assassinatos após dois anos consecutivos de queda.

Agora, apenas cinco estados contabilizam uma alta: três no Nordeste (Maranhão, Paraíba e Piauí) e dois no Norte (Pará e Roraima).

Os dados apontam que:

houve 10.663 assassinatos no 1º trimestre, 1.344 mortes a menos que no mesmo período de 2020

apenas 5 estados registraram uma alta nas mortes

Roraima teve o maior aumento nos crimes: 19%

Distrito Federal registrou a maior queda: -37%

O levantamento, que compila os dados mês a mês, faz parte do Monitor da Violência, uma parceria do G1 com o Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (NEV-USP) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

O que dizem os especialistas

Para Bruno Paes Manso, do NEV-USP, as variações circunstanciais levantadas pelo Monitor da Violência servem mais para levantar perguntas do que para indicar respostas.

“Será que a tendência de queda vai permanecer ou vai ficar restrita ao primeiro trimestre? Não custa lembrar que esse trimestre está sendo comparado com dois meses do ano passado que não registraram epidemia. Em compensação, no ano passado, apesar da pandemia, os homicídios cresceram. Os governos estaduais tiveram algum tipo de iniciativa importante? Por que, apesar do aumento de armas em circulação, essa redução foi identificada?”

Segundo ele, três meses é pouco tempo para identificar uma tendência. “Caso a curva permaneça em queda, será uma boa notícia que ainda exigirá debate e reflexão para identificarmos as causas.”

Samira Bueno, diretora-executiva do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, afirma que a redução dos assassinatos no 1º trimestre de 2021 é notícia a ser comemorada, mas ressalva que ainda é cedo para avaliar se há, de fato, uma tendência.

“Os homicídios vinham crescendo até janeiro deste ano e fevereiro do ano passado foi marcado por um enorme volume de homicídios em decorrência da greve da PM no Ceará. Temos que acompanhar estes números de perto para compreender quais os determinantes para a redução das mortes violentas nos últimos dois meses, bem como compreender o impacto da pandemia nas dinâmicas criminais.”

Índice nacional de homicídios

A ferramenta criada pelo G1 permite o acompanhamento dos dados de vítimas de crimes violentos mês a mês no país. Estão contabilizadas as vítimas de homicídios dolosos (incluindo os feminicídios), latrocínios e lesões corporais seguidas de morte. Juntos, estes casos compõem os chamados crimes violentos letais e intencionais.

Jornalistas do G1 espalhados pelo país solicitam os dados, via assessoria de imprensa e via Lei de Acesso à Informação, seguindo o padrão metodológico utilizado pelo fórum no Anuário Brasileiro de Segurança Pública.

O governo federal anunciou a criação de um sistema similar ainda na gestão do ex-ministro Sergio Moro. Mas os dados não estão tão atualizados quanto os da ferramenta do G1.

Os dados coletados mês a mês pelo G1 não incluem as mortes em decorrência de intervenção policial. Isso porque há uma dificuldade maior em obter esses dados em tempo real e de forma sistemática com os governos estaduais. O balanço fechado do ano de 2020 foi publicado no mês passado. Os números deste ano serão divulgados posteriormente.

G1

 

Opinião dos leitores

  1. Enquanto a Paraíba , estado ao lado, muitas vezes comparado com O RN, como exemplo pra tudo , teve aumento na violência, o RN vem numa tendência de diminuição em todos índices de violência (inclusive menos roubo de carros). Parabéns Fátima Bezerra pelo excelente trabalho na Segurança Pública.

  2. Parabéns ao Govero Estadual e a governadora Fátima que vem prestigiando bastante substituições de segurança: Reajuste de de salário da PM em 23%. Reajuste de salário da PC em 15%. Sem calotes em diárias operacionais (que havia nos governos anteriores). Maior promoção da história de praças e oficiais da história da Polícia Militar. Equipando a Polícia Militar. Investimento pesado em sistemas e inteligência (equipamentos de Leitura de OCR). Antecipação de salário do setor de segurança. Novos Policiais militares incorporados. Novos bombeiros (praças e oficiais). Novos Policiais Penais. Concurso pra Polícia Civil em Julho deste ano. Melhor governante dos últimos anos pra Segurança Pública.

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Polícia

Durante seu próprio concurso, PF prende onze candidatos que eram procurados

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A Polícia Federal (PF) prendeu no domingo passado, dia 23, durante a realização das provas do concurso da corporação, onze candidatos inscritos no certame que possuíam mandado de prisão em aberto. As prisões foram efetuadas nos Estados do Acre, Bahia, Distrito Federal, Mato Grosso, Rondônia, Roraima, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe e São Paulo (2).

De acordo com a PF, os cumprimentos dos mandados de prisão foram realizados de “forma discreta e sem causar tumulto ou prejuízo para a aplicação das provas”. “Além de retirar do convívio social indivíduos procurados pela Justiça, a atuação da PF garantiu a segurança do concurso”, registrou o órgão em nota.

As provas escritas aplicadas no último domingo são referentes a concurso para provimento nos cargos de delegado, agente, escrivão e papiloscopista. A realização das provas, em meio a restrições para combate à pandemia da covid-19, acabou sendo questionada na Justiça e provocando resposta do Supremo Tribunal Federal (STF).

Pela primeira fez, a Corte realizou um julgamento no plenário virtual – plataforma que permite que os ministros votem à distância – com início e término do mesmo dia, a última sexta-feira, 21. Na ocasião, por 10 votos a 1, os ministros decidiram manter as datas de realização das provas.

Isto É, com Estadão

Opinião dos leitores

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Economia

Desemprego mantém sequência de queda e fica em 11% em dezembro; no geral, 11,6 milhões de pessoas desocupadas

A taxa de desemprego no Brasil ficou em 11% no trimestre encerrado em dezembro, atingindo 11,6 milhões de pessoas, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Foi a terceira queda seguida do indicador, que ficou em 11,2% nos três meses até outubro. Com isso, a taxa de desemprego segue no menor patamar desde o trimestre encerrado em março de 2016, quando foi de 10,9%. Para trimestres encerrados em dezembro, é a menor taxa registrada desde 2015, quando ficou em 8,9%.

Alta na carteira assinada

Segundo o IBGE o maior destaque em relação aos três meses anteriores (julho a setembro) foi o aumento de 1,8% no contingente de empregados no setor privado com carteira assinada, que atingiu 33,7 milhões de pessoas. Na mesma comparação, o número de trabalhadores sem carteira assinada ficou estável, em 11,9 milhões.

“Houve um crescimento expressivo do emprego com carteira assinada, com expansão de 1,8%, o que não ocorria desde o início da série, em 2012″, apontou em nota a analista do IBGE Adriana Beringuy. Ainda assim, o número total de trabalhadores com carteira é cerca de 3 milhões inferior ao recorde da série, alcançado em 2014, quando foram registrados 36,7 milhões.

Informalidade no trimestre

Os dados do IBGE mostraram também que a taxa de informalidade atingiu 41% no quarto trimestre, um contingente de 38,4 milhões de pessoas. A categoria por conta própria, com 24,6 milhões de pessoas, ficou estável no último trimestre. Na comparação com o último trimestre de 2018, houve elevação (3,3%), representando um adicional estimado de 782 mil pessoas.

Desemprego médio de 11,9% em 2019

Foto: Economia G1

No ano de 2019, a taxa média de desocupação foi de 11,9%, ante 12,3% em 2018. Também no ano, a pesquisa apontou um contingente de 12,6 milhões de pessoas desocupadas, 1,7% a menos que em 2018.

Apesar da queda em relação a 2018, esse número de desocupados representa quase o dobro dos 6,8 milhões registrados em 2014, o menor ponto da série.

Com informações do G1

Opinião dos leitores

  1. Bolsonaro supera Temer e joga 38,4 milhões na informalidade.
    O número de brasileiros com trabalho informal representa 41,1% da força de trabalho, sendo a maior desde 2016, quando Michel Temer assumiu o poder após o golpe contra Dilma Rousseff. Os dados foram divulgados pelo IBGE, na PNAD Contínua.

  2. O coco aqui é seco, "pai". Enquanto há famílias de peixes em alguns órgãos estaduais e municipais (inclusive dentro das terceirizadas), outros tem que vender brigadeiros e trufas.

  3. Interessante, porém, o desemprego continua grande. Acredito a capital potiguar ainda tem um certo comportamento provinciano. Muitos trabalhos por indicação. Estou cursando a segunda graduação, e estou desempregado! Não tive uma oportunidade por indicação. Têm pessoas que mal sabem escrever, mas está em um cargo público, apenas por indicação. São critérios subjetivos, e o QI (Quem indica).
    Os cursinhos preparatório estão super lotados, de pessoas com um sonho de conquistar a estabilidade financeira no serviço público, já tentei alguns concursos.

    Como não tenho filho, um trabalho com 1 salário ficaria satisfeito, mais motivado para um futuro mais promissor.
    Desculpa o desabafo! Procura-se um emprego!

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Esporte

Em 11º, Brasil despenca no ranking da Fifa e ocupa pior posição na história

(Foto: Mowa Press)

Mano Menezes no treino da Seleção Brasileira (Foto: Mowa Press)

A Fifa divulgou, na manhã desta quarta-feira, o ranking mundial das seleções em julho. Com a Espanha, recentemente campeã da Eurocopa, mantendo a liderança, a relação atual apresenta diversas novidades, sendo a mais impactante a queda do Brasil, antes em quinto, para o 11º lugar: esta é a pior posição do time canarinho desde a criação da lista em agosto de 1993.

O time de Mano Menezes aparece com 1.012 pontos, enquanto a Fúria, que lidera a lista desde junho de 2010, tem 1.691. O próximo ranking será divulgado pela Fifa no dia 8 de agosto.

A pior posição do Brasil até hoje era o oitavo lugar na primeira lista feita, em agosto de 1993. Porém, logo no mês seguinte a equipe de Carlos Alberto Parreira assumiu a liderança. Até junho de 1994, a Seleção oscilou entre o primeiro e o quarto lugar, mas após a conquista do tetra manteve a ponta de julho de 1994 a janeiro de 2001. Depois do penta, o Brasil retomou a hegemonia entre julho de 2002 e janeiro de 2007. Desde então, o time canarinho voltou poucas vezes à liderança do ranking da Fifa: apenas de julho a outubro de 2009 e entre abril e maio de 2010.

Na lista divulgada nesta quarta, a Eurocopa e a Copa das Nações da Oceania foram responsáveis pelas principais mudanças. A Alemanha agora é a vice-líder, desbancando o Uruguai, que caiu para o terceiro posto

Segunda colocada na Euro, a Itália ganhou seis posições e agora está em sexto, logo atrás de Portugal e Inglaterra, respectivamente quinto e quarto colocados. Eliminada na primeira fase da competição continental, a Holanda pagou caro pelo fraco desempenho, caindo do quarto para o oitavo lugar.

O técnico Mano Menezes convoca a Seleção na quinta-feira para os Jogos Olímpicos de Londres. O time terá 18 jogadores, sendo que apenas três com mais de 23 anos. O Brasil estreia dia 26 de julho contra o Egito, pelo Grupo C.

Confira as principais seleções do ranking da Fifa:

1º Espanha – 1691 pontos
2º Alemanha – 1502
3º Uruguai – 1297
4º Inglaterra – 1294
5º Portugal – 1213
6º Itália – 1192
7º Argentina – 1095
8º Holanda – 1079
9º Croácia – 1050
10º Dinamarca – 1017
11º Brasil – 1012

GloboEsporte.com

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Jornalismo

Inconformado com separação, homem mata filhos de 10, 11 e 12 anos

Simplesmente um absurdo daqueles que você para e pensa: “que mundo é esse que estamos vivendo?”. Supostamente inconformado com a separação da esposa, um trabalhador rural de 34 anos matou os filhos de 10, 11 e 12 anos e depois se suicidou no município de Diorama (GO), distante 264km de Goiânia. Os crimes foram cometidos na fazenda São Domingos, de propriedade do irmão de Vanderley Rodrigues da Silva, pai das crianças, às margens do rio Caiapó, na manhã desta quinta-feira (12).

Segundo informações da Polícia Militar (PM) de Diorama, Vanderley disse ao irmão que ia levar os filhos para o rio. Os corpos das crianças foram encontrados dentro do carro do pai, com ferimentos nas cabeças, e o homem estava caído do lado de fora do veículo. Com ele estava um revólver calibre .38.

Ainda de acordo com a PM, o casal estava separado há um mês e a mãe das crianças teria se mudado para Caiapônia (GO) porque não queria ficar com os filhos. Ao saber da notícia, ela foi levada ao hospital da região em estado de choque.

O irmão de Vanderley contou à polícia que o parente não tinha histórico de violência, nem problemas mentais, afirmou o cabo Fábio. “O irmão acha que foi crime passional mesmo, para repreender a esposa pela separação, já que ele estava inconformado”, relatou o militar.

A polícia irá investigar se houve algum tipo de abuso contra as crianças antes do assassinato. O laudo deve sair dentro de 30 dias.

Fonte: O imparcial

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