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FOTOS: Ativistas jogam tinta preta na entrada do Palácio do Planalto; 19 foram detidos, notificados e liberados

Fotos: Carolina Cruz/G1

Ativistas ambientais do Greenpeace jogaram tinta preta na entrada do Palácio do Planalto, em Brasília, na manhã desta quarta-feira (23). O ato simula as manchas de óleo que, desde setembro, atingem o litoral nordestino.

Por volta das 10h30, 19 manifestantes foram detidos. O grupo foi levado para delegacia após o DF Legal – órgão de fiscalização do governo local – notificar os organizadores por descarte irregular de lixo em área pública (entenda abaixo). Os ativistas foram liberados às 13h.

Vestido de preto, o grupo levantou faixas com críticas à “lentidão” do governo federal para conter as manchas nas praias. Os manifestantes posicionaram barris em frente à sede da Presidência da República – simulando recipientes de petróleo – e espalharam areia sobre uma lona azul, para representar o mar. Em seguida, despejaram um líquido preto, mistura de óleo e tinta.

Em nota, a Presidência da República afirmou que não vai comentar o ato. O Ministério do Meio Ambiente disse ao G1 que houve “depredação do patrimônio público”.

“Não bastasse não ajudar no esforço de limpeza das praias, o Greenpeace ainda depreda patrimônio público.”

O protesto

Cerca de 20 pessoas participaram da manifestação. O porta-voz de clima e energia da ONG, Tiago Almeida, afirma que o objetivo é “chamar a atenção das autoridades e da população para a importância da gestão responsável dos recursos ambientais”.

“O governo precisa colocar em prática, de maneira efetiva e correta, o Plano Nacional de Contingência, combater esse óleo e proteger as populações que estão sendo afetadas”, disse. “As pessoas estão colocando a própria saúde em risco.”

“Precisamos encontrar o local de origem desse óleo e entender o que está acontecendo.”

O grupo chegou por volta das 8h e montou um telão próximo à Praça dos Três Poderes. Eles aguardaram o hasteamento da bandeira, que ocorre todos os dias em frente à sede do governo, para iniciar o ato.

Crime ambiental?

Após o ato, a Secretaria de Proteção da Ordem Urbanística foi chamada para medir o espaço ocupado pela instalação montada pelos ativistas. Ao G1, a equipe técnica do DF Legal informou que o Greenpeace devem responder por “descarte irregular de resíduo em área pública”.

A medição preliminar indicou que a instalação montada nesta quarta (23) pelos ativistas ocupou 4,30 metros quadrados. O valor a ser cobrado ainda será calculado e deve levar em conta o volume e o tipo de lixo.

De acordo com a Policia Militar, equipes vão analisar os tipos dos materiais usados no protesto. “Em princípio, houve a obstrução da via, tem a questão dos crimes de trânsito e aquele material, aquele líquido que foi lançado lá que a gente não sabe o que é “, disse o tenente Faleiros, que participou da abordagem.

Já, segundo o DF Legal, caso o líquido seja considerado tóxico, o grupo pode responder por crime ambiental. A diretora de campanhas do Greenpeace Brasil, Tica Minami, afirma, no entanto, que todo o material usado é orgânico.

“O líquido é uma mistura com óleo de amêndoas e maizena. Não é tóxico.”

“O ato simboliza a destruição que a gente está vendo no patrimônio ambiental e deixamos lá como uma lembrança de que o governo precisa agir. Não faria sentido nenhum tirar depois”, argumenta.

Os manifestantes levados à delegacia não quiseram falar com a imprensa. O advogado que representa o grupo, Bernardo Fenelon, afirmou que os ativistas não resistiram ao comando da PM. “Não houve abuso ou qualquer tipo de coerção”.

G1

 

Opinião dos leitores

  1. defendem o meio ambiente sujando o meio ambiente com oleo biodegradavel??? Pq nao foram a embaixada da venezuela questionar a origem do oleo cru? ou mesmo da França, ja que foram encontrados embalagens de uma empresa francesa que reconhece que o oleo podem ser deles? Quem financia esse pessoal que suja um predio publico?

  2. A qual circo pertencem estes palhaços? será se pelo menos eles sabem por quê estão protestando ?
    são ativistas ou agitadores sem causa definida?
    Acredito, serem mais uma turminha massa de manobra,

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