Judiciário

Relator do processo de Lula sobre sítio de Atibaia no TRF-4 nega suspeição de Moro e vota contra anular sentença de 1ª instância

Foto: Sérgio Lima/Poder360

O relator no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) do processo sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o sítio de Atibaia, desembargador João Pedro Gebran Neto, votou nesta quarta-feira (27) contra anular a sentença que condenou Lula a 12 anos e 11 meses de prisão.

O TRF-4 começou nesta manhã a julgar recursos do ex-presidente petista e do MPF. O relator do caso na Corte concluiu, por volta de 13h, o voto sobre as chamadas preliminares, pedidos da defesa para anulação da sentença. A partir das 14h, será retomado o julgamento do mérito, que trata dos recursos contra a condenação em si.

Uma eventual anulação da sentença pode fazer a ação voltar para a primeira instância, para que seja alterada a ordem de apresentação das alegações finais. Conforme decisão recente do Supremo Tribunal Federal (STF), réus que não são delatores devem apresentar alegações finais por último. No caso do processo do sítio, todos os réus tiveram o mesmo prazo para apresentar as alegações, mas o relator entendeu que o entendimento do STF não se aplicava neste caso.

Lula foi condenado em primeira instância pela 13ª Vara da Justiça Federal do Paraná a 12 anos e 11 meses de prisão por corrupção passiva, corrupção ativa e lavagem de dinheiro. Ele é acusado de ter se beneficiado com propinas de construtoras, que teriam reformado e decorado um sítio em Atibaia usado pela família do petista.

A defesa do ex-presidente pede no processo a anulação da sentença ou a absolvição de Lula alegando, entre outros motivos, não haver provas contra ele e acusando Moro de atuar sem imparcialidade. O Ministério Público Federal, por outro lado, quer o aumento da pena do ex-presidente.

Ao desconsiderar que a sentença seja anulada, o relator João Pedro Gebran Neto afirmou que “inexiste vício processual na tramitação” que justifique a anulação e que não há prejuízo às defesas de réus não colaboradores.

Gebran Neto também descartou em seu voto a suspeição do então juiz e atual ministro da Justiça Sergio Moro, contrariando outro pedido da defesa do petista ao recorrer de condenação em primeira instância. Para o desembargador, a 13ª Vara Federal do Paraná, onde Moro atuava nos processos da Lava Jato, tinha competência para julgar o caso. Segundo Neto, os crimes investigados têm natureza pessoal, sem vínculo eleitoral que justifique encaminhamento à Justiça Eleitoral.

O relator também viu tentativa da defesa de Lula de “desqualificar o juiz natural”.

“Em linhas gerais, tenta a defesa atribuir ao processo penal uma conotação política, visão esta bastante equivocada ao meu juízo, que somente se explica pela tentativa de desqualificar não só o juiz natural mas também a atividade jurisdicional”, declarou o relator.

“Ainda que, do processo, possam repercutir aspectos sociais ou políticos, tais aspectos externos não o contaminam, tampouco se confirma qual seletividade para prejudicar o apelante. E digo eu, o juiz não é parte do processo.”

Com informações do G1

Opinião dos leitores

  1. BG
    Esses quadrilheiros que quase acabam com a Nação Brasileira tem que serem encarcerados em presídios Federais e cumprir suas penas que foram impostas pela justiça, além de devolverem tudo o que foi ROUBADO por quando esteve no poder recentemente.

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Judiciário

Tribunal de Justiça reforça decisão de 1ª instância e mantém credenciamento de empresas para emissão de placas Mercosul no Detran-RN

O pleno do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte manteve decisão da 5ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Natal e referendou a legalidade do credenciamento público de empresas realizado pelo DETRAN-RN para a fabricação e estampa das novas placas tipo Mercosul. Em seu despacho, o relator do processo no TJ, desembargador Cornélio Alves, ao negar o mandado de segurança pedido pelas empresas que não conseguiram se credenciar, fala em “ausência da fumaça do bom direito”. É a segunda tentativa infrutífera de barrar o credenciamento por liminar.

Na decisão anterior, o juiz Ítalo Lopes Gondim, da 5ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Natal, chegou a destacar no despacho que o Poder Público “cercou-se dos cuidados necessários à implementação dessa nova exigência”. Na decisão mais recente do TJ, o desembargador Cornélio Alves cita em seu despacho a ausência de motivos para a suspensão. Detalhes da decisão podem ser acessados consultando o site do judiciário sob o número do processo: 0800631-15.2019.8.20.0000. O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) também está acompanhando o caso.

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Judiciário

Ministro do STF Alexandre de Moraes envia investigação sobre Aécio para 1ª instância

(Foto: Carlos Moura/SCO/STF)

O ministro Alexandre de Moraes enviou seis inquéritos e uma ação penal que tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF) para instâncias inferiores, entre elas uma investigação sobre o senador Aécio Neves (PSDB-MG), por suposta fraude em licitações para construção da Cidade Administrativa, sede do governo estadual de Minas Gerais.

Todos os casos deixarão de tramitar na Corte em consequência da decisão da semana passada que restringiu o foro privilegiado de parlamentares para crimes ocorridos dentro do mandato e ligados ao cargo. O inquérito sobre Aécio, que investiga fatos ocorridos em 2007, quando ele era governador, foi remetido para a primeira instância criminal em Belo Horizonte.

O inquérito foi aberto com base nas declarações de delatores da empreiteira Odebrecht. Sérgio Luiz Neves, superintendente da Odebrecht em Minas, e Benedicto Barbosa, ex-presidente da Odebrecht Infraestrutura, relataram ao ao Ministério Público que, em 2007, quando iniciou o segundo mandato como governador de Minas Gerais, Aécio teria organizado um esquema para fraudar a licitação para as obras da Cidade Administrativa, “mediante organização de um cartel de empreiteiras”.

A propina para o então governador, segundo as investigações, seria de 3% do valor das obras.

Na época da abertura do inquérito, a assessoria de Aécio disse que ele “jamais pediu caixa 2” ou ofereceu “contrapartidas” a empreiteiras. Também afirmou que o arquiteto responsável pelo projeto, Oscar Niemeyer, “já havia manifestado sua preocupação de que as obras fossem executadas por empresas de grande experiência técnica”.

Além do caso de Aécio, Moraes enviou para outras instâncias da Justiça investigações sobre os seguintes parlamentares:

Ricardo Teobaldo (POD-PE) – Inquérito que apura suposta prática de crime, por ordenar despesa no fim do mandato como prefeito Limoeiro (PE) em 2012, sem disponibilidade de caixa, para ser paga no mandato seguinte. A pena varia de 1 a 4 anos de prisão. O caso vai para Justiça estadual da comarca da cidade pernambucana.

Valdir Luiz Rossoni (PSDB-PR) – Inquérito para apurar suposta prática de peculato (desvio ou apropriação de dinheiro público) e lavagem de dinheiro entre 2003 e 2011, quando ocupava o cargo de deputado estadual no Paraná. As penas variam de 2 a 12 anos e 3 a 10 anos de prisão, respectivamente. A investigação foi enviada para a Justiça de primeira instância em Curitiba.

Betinho Gomes (PSDB-PE) – Inquérito sobre suposta prática de caixa 2 ( falsidade na prestação de contas eleitoral) em 2010, quando era candidato a deputado estadual em Pernambuco. O crime tem pena prevista de até 5 anos de prisão. O caso foi remetido para a Justiça Eleitoral de Jaboatão dos Guararapes (PE).

G1

Opinião dos leitores

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Judiciário

Celso de Mello envia inquérito contra Tiririca para 1ª instância

O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), enviou para a primeira instância um inquérito no qual o deputado ferderal Tiririca (PR-SP) é investigado pelo crime de assédio sexual.

Mello aplicou o entendimento firmado na semana passada pelo plenário do Supremo, segundo o qual o foro privilegiado de deputados e senadores fica restrito a crimes suspeitos de terem sido praticados durante e em relação com o mandato.

O ministro destacou que o crime de Tiririca teria ocorrido durante o exercício do mandato, mas que não teria relação alguma com o cargo, motivo pelo qual encaminhou os autos ao Tribunal de Justiça de São Paulo, onde teria ocorrido o delito.

O caso corre em segredo de Justiça, tendo sido retirado o sigilo somente sobre o nome do investigado.

É o primeiro caso enviado à primeira instância por Celso de Mello, após os ministros Luís Roberto Barroso, Dias Toffoli e Edson Fachin também terem baixado processos com base no novo entendimento sobre o foro.

Até a publicação da reportagem, a Agência Brasil não conseguiu contato com a defesa de Tiririca.

Agência Brasil

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Judiciário

Lula será condenado novamente na 1ª instância

Segundo a superstição petista, Lula é um presidenciável favorito alvejado por uma conspiração de delegados, procuradores, magistrados e jornalistas para impedi-lo de retornar ao Planalto. Ele já foi condenado a nove anos e meio de cadeia pelo juiz Sergio Moro. E teme amargar a confirmação da sentença em segunda instância no dia 24 de janeiro. Mas seu drama terá novos capítulos. O Ministério Público Federal estima que Lula sofrerá novas condenações na primeira instância. Dá-se de barato que pelo menos uma delas, a ser prolatada em Brasília, ganhará as manchetes antes das convenções partidárias que confirmarão os nomes dos candidatos à Presidência.

Quer dizer: além da sentença do TRF-4, que pode tornar Lula candidato favorito a uma vaga no sistema prisional de Curitiba, empurrando-o para a inelegibilidade, o pajé do PT terá os pés de barro iluminados por um novo veredicto de primeiro grau. Um membro do diretório nacional do PT disse ao blog que nada irá alterar a decisão do partido de levar a candidatura de Lula às últimas consequências. “A estratégia não será modificada por uma, duas ou três novas sentenças”, disse o dirigente petista. “Já estamos roucos de tanto repetir que não existe Plano B.”

Tomando-se as certezas do PT ao pé da letra, o STJ concederia uma liminar para manter Lula longe do xadrez e o debate sobre uma hipotética impugnação da candidatura só seria travado no TSE em agosto. Lula cavalga seu sentimento de invulnerabilidade sem se dar conta de que, mantido o enredo, será um candidato precário, condenado a manter uma campanha incerta, que o obrigará a cruzar um terreno minado por temas radioativos: mensalão, petrolão, apartamento de praia, sítio de veraneio, contas milionárias, tráfico de influência e palestras de fancaria. Um candidato assim, com uma pauta tão envenenada, dispensa conspirações.

Josias de Souza, UOL

Opinião dos leitores

  1. A verdade é que “Condenado, preso ou livre, Lula é fator mais relevante da eleição”!
    O resto é conversa de miolo de quartinha.

  2. A candidatura de Lula é uma fronta ao cidadão que trabalha e faz do seu esforço e ganho honesto o sustento de sua família. A candidatura de qualquer condenado é uma desmoralização ao cidadão ordeiro e trabalhador.
    A candidatura de uma pessoa condenada mostra que nossa democracia é uma farsa, que serve para usufruto daqueles que detêm prestígio e poder, impondo suas vontades contra o bom senso e o bom exemplo a cidadania,
    O lugar de condenado é pagando pelo crime que cometeu e não se esconder em mandato para tentar se esconder da justiça.
    Uma condenação deveria afastar o postulante a uma vaga em campanha, até que prove sua inocência ou não! Porém aqui, terra de impunidade o oposto é a regra, ou seja, o sujeito pode ser o qeu quiser até que não seja definitivamente julgado pelo STF, mesmo que venha a ser condenado em primeira, segunda e demais instâncias legais.
    Se o candidato estivesse pensando no povo, em caso de condenação judicial, para ter credibilidade, demonstrar responsabilidade cívica e mostrar que moralmente quer o melhor para o povo, devia se afastar de qualquer campanha, até provar que é inocente. Assim que tal lançarmos Fernandinho Beira Mar a governador do Rio?

  3. Que fazem parte desta conspiração esqueceram de colocar o Papa e direçao da ONU, segundo os Petralhas. Esperamos que a máscara desse canalha caia e esses acéfalos do PT acordem.

  4. Temos a assertiva: “Povo que elege corrupto não é vítima, é cúmplice”.
    O PT fala, repete e afirma que se Lula tiver 15 condenações, é p único candidato que o partido tem. Não precisa falar mais nada. Falam que até as eleições Lula deve ter 03 condenações e votar numa pessoa assim, PASSAR A SER ATO DE BANDIDO ELEGENDO CORRUPTO PARA TOMAR O PODER NAS MÃOS CONTRA O POVO DE BEM.
    Jamais poderá um ato democrático!
    Aliás, em qualquer país do mundo, que tenha respeito pelo povo e as leis, uma criatura condenada pode ser candidato nem a síndico de condomínio, no máximo a líder de penitenciária.

  5. Na hipótese deste traste ladrao, corrupto dissimulado vim a seu candidato a presidente da republica será a plena certeza que no Brasil, quanto mais bandido,mais esse pais tem afinidade com marginais tipo esse ladrão.

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