Saúde

Casa Branca anuncia a doação de 500 milhões de doses da Pfizer para países pobres; Brasil não se enquadra em lista

Joe Biden e sua esposa Jill desembarcam no aeroporto da Cornualha, no Reino Unido, na primeira viagem internacional do presidente — Foto: Reuters/Phil Noble

O governo dos Estados Unidos assinou um acordo com a farmacêutica Pfizer para fornecer 500 milhões de doses de vacina contra a Covid-19 92 países pobres até junho de 2022, segundo reportagens publicadas na imprensa americana nesta quinta-feira (10).

Os imunizantes serão entregues por meio da aliança Covax Facility, da Organização Mundial da Saúde (OMS), para países de baixa renda e de renda “médio-baixa”, segundo o consórcio. São países como Afeganistão, Angola e Síria receberão as doses até o próximo ano.

O Brasil ficou de fora desta distribuição uma vez que faz parte da Covax, mas como país que pode comprar suas próprias vacinas. Ao lado do Brasil estão cerca de 80 países como a Argentina, Canadá e Reino Unido.

A informação havia sido antecipada na véspera pelos jornais “The New York Times” e “The Washington Post”, citando fontes ligadas a esta negociação. A agência internacional de notícias Reuters também confirmou a existência deste acordo.

Antes de embarcar para a Inglaterra, onde acontece nesta semana o encontro do G7 – grupo que reúne as maiores economias do mundo –, o presidente dos EUA, Joe Biden, disse que faria um anúncio sobre uma estratégia global de vacinação.

Fontes citadas pelo “Times” afirmaram que os EUA pagarão um preço abaixo do praticado no mercado pelas doses e que 200 milhões delas serão distribuídas ainda em 2021. O restante, 300 milhões, será entregue durante o próximo ano.

Não há informações sobre como elas serão divididas.

Em maio, os EUA anunciaram uma doação de 80 milhões de doses vacinas (leia mais abaixo). Um primeiro carregamento, que começou a ser distribuído semana passada, entre elas, sim, o Brasil. Essa remessa não tem relação com as 500 milhões contratadas da Pfizer.

Doses até o fim de junho

Os EUA se comprometeram a redistribuir cerca de 80 milhões de doses das vacinas AstraZeneca, Pfizer, Moderna e Johnson & Johnson para outros países até o final de junho. Do total, 25 milhões de doses começaram a ser enviadas em 3 de junho.

O Brasil é um dos mais de 40 países que receberão parte desta primeira remessa. Não foi divulgado, no entanto, um número exato de quantas doses o país irá receber – isso porque será preciso dividir 6 milhões delas com outros 14 países da América Latina (leia mais sobre a distribuição abaixo).

A remessa destinada ao Brasil será entregue pela Covax, que vai gerenciar 19 milhões de doses, distribuídas da seguinte forma (em valores aproximados):

6 milhões para América do Sul e Central: Brasil, Argentina, Colômbia, Costa Rica, Peru, Equador, Paraguai, Bolívia, Guatemala, El Salvador, Honduras, Panamá, Haiti, Comunidade do Caribe e República Dominicana.

7 milhões para a Ásia: Índia, Nepal, Bangladesh, Paquistão, Sri Lanka, Afeganistão, Ilhas Maldivas, Malásia, Filipinas, Vietnã, Indonésia, Tailândia, Laos, Papua Nova Guinea, Taiwan, e as Ilhas do Pacífico.

5 milhões para a África, distribuídas entre os países selecionados em coordenação com a União Africana.

G1

Opinião dos leitores

  1. Brasil não precisa, negou 60 milhões de vacinas de SP e milhões da Pfizer.

    Se negou é pq não precisa. Corretíssimo Biden.

    Graças a Deus vários Bolsomínions não vão tomar vacina, só cloroquina.

  2. Eu, no lugar do Biden, mandava era uma banana pro asco naro monte de estrume. Mas o desprezo dói muito mais. Os lambe botas do Trump reduziram o Brasil à insignificância

  3. Se fosse cloroquina…
    Ano passado os EUA mandaram milhares de comprimidos, por isso que se livramos da pandemia.
    Temos que agradecer ao “mito”.

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Saúde

Moderna vai fornecer 500 milhões de doses para consórcio da OMS com foco em 92 países considerados de média e baixa renda; com “autofinanciamento potencial”, Brasil está fora da lista

Infográfico mostra como funcionam vacinas de RNA contra o coronavírus — Foto: Anderson Cattai/Arte G1

A empresa americana de biotecnologia Moderna anunciou, nesta segunda-feira (3), que vai fornecer 500 milhões de doses de sua vacina contra a Covid-19 para a Covax, consórcio liderado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), até o ano que vem para para 92 países considerados de média e baixa renda (veja lista ao fim da reportagem).

As doses serão vendidas pelo menor preço da empresa. A primeira remessa, de 34 milhões de doses, deve começar a ser distribuída no quarto trimestre deste ano, que começa em outubro.

O Brasil não está incluído entre os países contemplados porque aparece na lista da Covax como uma economia com “autofinanciamento potencial” (veja detalhes mais abaixo).

A vacina da Moderna foi aprovada para uso emergencial na sexta-feira (30) pela OMS, o que abriu caminho para que fosse distribuída pela Covax. O consórcio é uma iniciativa liderada pela OMS para garantir um acesso mais igualitário às vacinas contra a Covid por países mais pobres.

Apesar de não estar na lista dos países que receberão as doses da Moderna, o Brasil faz parte da iniciativa e já recebeu doses adquiridas por meio da Covax. Neste fim de semana, a remessa que chegou ao país pertencia ao laboratório AstraZeneca.

Segundo a Moderna, o acordo fechado com a Gavi, a aliança global de vacinas que negocia as doses para o consórcio, prevê a entrega das 34 milhões de doses iniciais e, depois, a opção de adquirir as outras 466 milhões.

Brasil não está incluído

O acordo fechado entre a Moderna e a Gavi prevê o fornecimento de doses para os 92 países considerados de média e baixa renda que fazem parte da Covax. O Brasil não está incluído nesta lista (veja os países integrantes ao final desta reportagem).

A empresa afirmou que está “em discussões para alocar e fornecer [vacinas] para participantes autofinanciados no futuro”. O Brasil aparece na lista da Covax como uma economia com “autofinanciamento potencial”, que reúne 80 países ao todo.

Índice de eficácia alto

Em meados de abril, a Moderna publicou novos resultados de eficácia da vacina, que apontaram para uma taxa de 90% de eficácia. O índice é um dos mais altos entre as vacinas contra a Covid-19 desenvolvidas até agora. Assim como a Pfizer, a Moderna usa a tecnologia de RNA mensageiro em sua vacina.
A vacina da Moderna já foi aprovada para uso nos Estados Unidos, na União Europeia e em Israel, além de outros países. A vacina ainda não foi aprovada e não está disponível no Brasil.

Países mais pobres

Baixa renda:

Afeganistão
Benin
Burkina Faso
Burundi
República Centro-Africana
Chade
República Democrática do Congo
Eritreia
Etiópia
Gâmbia
Guiné
Guiné-Bissau
Haiti
Coreia do Norte
Libéria
Madagascar
Malaui
Mali
Moçambique
Nepal
Níger
Ruanda
Serra Leoa
Somália
Sudão do Sul
Síria
Tadjiquistão
Tanzânia
Togo
Uganda
Iêmen

Renda média-baixa:

Angola
Argélia
Bangladesh
Butão
Bolívia
Cabo Verde
Camboja
Camarões
Comores
Congo-Brazaville
Costa do Marfim
Djibouti
Egito
El Salvador
Eswatini
Gana
Honduras
Índia
Indonésia
Quênia
Kiribati
Quirguistão
Laos
Lesoto
Mauritânia
Estados Federados da Micronésia
Moldávia
Mongólia
Marrocos
Mianmar
Nicarágua
Nigéria
Paquistão
Papua Nova Guiné
Filipinas
São Tomé e Príncipe
Senegal
Ilhas Salomão
Sri Lanka
Sudão
Timor-Leste
Tunísia
Ucrânia
Uzbequistão
Vanuatu
Vietnã,
Gaza e Cisjordânia
Zâmbia
Zimbábue

Elegíveis para Associação de Desenvolvimento Internacional do Banco Mundial:

Dominica
Fiji
Grenada
Guiana
Kosovo
Maldivas
Ilhas Marshall
Samoa
Santa Lúcia
São Vicente e Granadinas
Tonga
Tuvalu

G1

Opinião dos leitores

  1. A esquerda vai ficar revoltada em ver o Brasil de fora. Se os governos de 2002 a 2016 tivessem continuado, estaríamos encabeçando a lista, pensando bem, acho que não, pois aqueles governos afirmavam que quem ganhava até 03 salários mínimos estava na classe média. Era o prenúncio que em breve, quem ganhasse 01 salário mínimo no Brasil seria considerado classe alta, assim como acontece na Venezuela

    1. O Brasil está na lista dos países párias. Tá bom pra você?

    2. O Brasil é um dos países que mais vacinam (4° lugar mundial) e está batendo seguidos recordes de vacinação. O governo Bolsonaro já adquiriu mais de 500 milhões de doses e estamos desenvolvendo vacinas 100% nacionais. O governo Bolsonaro está no caminho certo e o país está vencendo o vírus, para desespero da oposição que torce sempre pelo pior e usa o sofrimento do povo para sua politicagem rasteira.

    3. Somos o país das hienas. Todos comendo merda e felizes da vida.

    4. Destro que se diz honesto, mostre os recursos para a pesquisa de vacinas no Brasil. Veja o que estão cortando do orçamento, as falas de PG, do Pazu da logística e do Messias do Capeta.

    5. A realidade não respeita narrativas, meu caro. No meu comentário anterior, cito algumas verdades, mesmo que pareçam não lhe agradar.

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