Política

Em dobradinha com Paulo Guedes em apresentação na Câmara, Rogério Marinho destaca apoio de 59% dos brasileiros a mudanças na Previdência

Secretário Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho, durante audiência na comisão escial da Câmara – Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

Paulo Guedes falou por cerca de 20 minutos na primeira audiência pública da comissão especial da Câmara dos Deputados que discute a proposta de emenda à Constituição. Logo após, passou a palavra a Rogério Marinho, que faz uma apresentação estimada em até 40 minutos.

Marinho começou a apresentação citando frases dos quatro últimos ex-presidentes da República – Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Rousseff e Michel Temer – e do presidente Jair Bolsonaro, que ressaltam a necessidade de reformar a Previdência. “Essa é uma pauta da sociedade”, justificou.

Marinho citou a pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI)-  Ibope, que constatou o apoio de 59% dos brasileiros a mudanças na Previdência. Ele apresentou uma tabela com a expectativa de sobrevida de quem chega aos 65 anos, para mostrar que não há grandes diferenças regionais que justifiquem a imposição de idades mínimas diferentes por regiões.

Citando dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Marinho mostrou que o idoso com 65 anos vive, em média, até os 82 anos no Norte, 83,1 anos no Centro-Oeste, 82,7 anos no Nordeste, 84,3 anos no Sudeste e 84,2 anos no Sul. “A diferença entre as regiões chega no máximo a dois anos, o que é irrelevante em termos estatísticos”, justificou.

Segundo o secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, disse que a proposta de reforma da Previdência tem cinco pilares: combate a privilégios, equidade (todos contribuem, respeitando as particularidades de cada profissão), combate às fraudes (medida provisória de revisão de benefícios), cobrança de dívidas (projeto de lei que endurece a cobrança de grandes devedores), impacto fiscal.

Com acréscimo de informações da Agência Brasil

Opinião dos leitores

  1. 59% dos entrevistados apoiam mudanças na previdência, porém, não a apresentada pelo governo. Sabe por quê? Pq a mesma pesquisa mostrou que apenas 36% dos entrevistados afirmaram conhecer a proposta, e destes, 51% são contra a proposta de reforma apresentada pelo atual governo.

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Diversos

59% dos brasileiros são contra mudanças na atual lei sobre o aborto, aponta Datafolha

Pesquisa Datafolha divulgada nesta quarta-feira (22) aponta que 59% dos brasileiros são contrários a mudanças na atual lei do aborto. O índice caiu em comparação com a pesquisa anterior, de novembro de 2015, quando 67% defenderam que a lei continue como está. A maioria dos brasileiros, porém, ainda acredita que o aborto deve ser proibido e criminalizado.

Atualmente, o aborto é permitido em apenas três casos no Brasil:

quando a gravidez é resultado de estupro;
quando há risco de vida para a mulher;
se o feto for anencéfalo.

Nas duas primeiras situações, a permissão do aborto é prevista em lei. No caso de feto anencéfalo, foi resultado de um entendimento firmado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Em qualquer outra situação, o aborto é considerado um crime no Brasil.

O levantamento do Datafolha foi realizado nos dias 20 e 21 de agosto e entrevistou 8.433 pessoas com 16 anos ou mais em 313 municípios do Brasil. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%.

Com relação à punição sobre as mulheres que fazem o aborto, 58% dos brasileiros acreditam que ela deve acontecer independentemente da situação, ou seja, que as mulheres sejam processadas e que devam ir para a cadeia.

Já para 33% dos brasileiros as mulheres não deveriam ser presas ou passar por processo na Justiça por fazer um aborto.

G1

 

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