Foto: Claudia Martini/Enquadrar/Estadão Conteúdo/Arquivo
“Samba, agoniza mas não morre, alguém sempre te socorre, antes do suspiro derradeiro.” Estes são alguns dos versos que tornaram célebre para o mundo do samba o artista Nelson Sargento, que morreu na manhã desta quinta-feira (27), aos 96 anos.
Presidente de honra da Estação Primeira de Mangueira e autor de sucessos como “‘Agoniza, mas não morre”, o sambista estava internado no Instituto Nacional do Câncer (Inca), desde sexta-feira (21).
Segundo o Inca, Nelson Sargento chegou ao hospital com um “quadro de desidratação, anorexia e significativa queda do estado geral. Ao chegar na unidade, foi realizado o teste de Covid-19, que apontou positivo.”
Ainda segundo a nota, o sambista era paciente do Inca desde 2005 quando foi diagnosticado e tratado de um câncer de próstata.
A família de Nelson Sargento informou que não haverá velório e o corpo será cremado em cerimônia restrita por causa da pandemia.
Uma de suas últimas aparições em público foi em 12 de fevereiro, no Museu do Samba, em um manifesto em defesa do carnaval — cancelado este ano por causa da pandemia.
“Todos nós estamos um pouquinho tristes por não ter desfile, mas foi melhor assim. Temos que estar todos vacinados para fazermos um grande carnaval em 2022”, disse o compositor na ocasião.
No dia 26 de fevereiro, o compositor recebeu a segunda dose da vacina contra a Covid-19 em casa. A primeira dose tinha sido aplicada, em um ato simbólico no dia 31 de janeiro, no início da imunização de idosos na cidade.
Segundo os epidemiologistas, nenhuma vacina é 100% eficaz, mas as chances de uma pessoa vacinada ser infectada pelo vírus é muito menor do que a de quem não foi vacinado.
A proteção máxima só é alcançada quando grande parte da população está imunizada e o vírus para de circular.
“As pessoas têm muita dificuldade de entender qual é a função de uma vacina”, diz Natalia Pasternak, bióloga e divulgadora científica brasileira, fundadora e primeira presidente do Instituto Questão de Ciência. “Elas acham que a vacina é mágica. Ou seja, tomou a vacina, está protegido; não tomou, vai ficar doente. Não é assim que vacinas funcionam.”
A carreira do ícone do samba
Nascido em 25 de julho de 1924, na Praça XV, Centro do Rio de Janeiro, Nelson Mattos ganhou o apelido de Nelson Sargento depois de servir o Exército.
A música surgiu na adolescência, mas foi apenas com 31 anos que o torcedor do Vasco da Gama compôs seu primeiro sucesso.
Ao lado de Alfredo Português, em 1955, Sargento escreveu ‘Primavera’, samba-enredo que também ficou conhecido como ‘As quatro estações’. Até hoje, muitos consideram um dos sambas mais bonitos de todos os tempos.
Nos anos 60, Sargento integrou o grupo A Voz do Morro, ao lado de Paulinho da Viola, Zé Kéti, Elton Medeiros, Jair do Cavaquinho, José da Cruz e Anescarzinho.
Entre seus parceiros de composição musical, estão Cartola, Carlos Cachaça, Darcy da Mangueira, João de Aquino, Pedro Amorim, Daniel Gonzaga e Rô Fonseca.
Entre os grandes sambas feitos por ele estão:
Agoniza, mas não morre;
Cântico à natureza;
Encanto da paisagem;
Falso amor sincero;
Século do samba;
Acabou meu sossego.
O mestre do samba ainda escreveu os livros “Prisioneiro do Mundo” e “Um certo Geraldo Pereira”.
No cinema, ele atuou nos filmes “O Primeiro Dia”, de Walter Salles e Daniela Thomas, “Orfeu”, de Cacá Diegues, e “Nélson Sargento da Mangueira” de Estêvão Pantoja. Esse último rendeu ao sambista o prêmio Kikito, no Festival de Gramado, pela melhor trilha sonora entre os filmes de curta metragem.
Artista versátil
Um dos ícones do samba, Nelson Sargento foi cantor, compositor, pesquisador, artista plástico, ator e escritor.
Na festa de aniversário de 96 anos, Sargento recebeu homenagens de grandes nomes da cultura popular em um vídeo com votos de felicidade.
Artistas como Mar’tnália, Alcione, Paulinho da Viola, Preta Gil, Tia Surica, Monarco, Regina Casé e Estevão Ciavatta cantaram, cada um em sua casa, o samba “Agoniza, mas não morre”.
A letra de ‘Agoniza mas morre’
Samba
Agoniza mas não morre
Alguém sempre te socorre
Antes do suspiro derradeiro
Samba
Negro, forte, destemido
Foi duramente perseguido
Na esquina, no botequim, no terreiro
Samba
Inocente, pé-no-chão
A fidalguia do salão
Te abraçou, te envolveu
Mudaram toda a sua estrutura
Te impuseram outra cultura
E você nem percebeu
G1
Essa é a vachina do calça cravada que passou pela Anvisa com um pouco mais de 50% de eficàsia.
Foi o Nelson sargento com segunda dose, foi o Agnaldo Timóteo com segunda dose e quase foi também o Stênio Garcia com segunda dose da vachina.
Por isso que a maioria dos países da Europa e EUA não vacinaram sua população com esse placebo.
O sambista tinha tomado as duas doses da coronavac e morreu de covid.
Se fosse outra vacina, a golbo, CNN, Band e toda mídia da esquerda estaria noticiando em seus noticiários que a vacina não serve para nada. Mas como foi a coronavac, esse detalhe fica esquecido.
Vacina mata e Cloroquina salva?
Vachina PEBA!!! Negócio da China
VACINA SALVA VIDAS 💉💉💉