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Greve dos bancários já dura 23 dias, a maior desde 2004

A greve dos bancários, que entrou hoje (28) em seu 23º dia, já é a terceira mais longa desde 2004, quando a paralisação chegou a 30 dias. Em 2013, a segunda maior do período, a greve teve 24 dias. Ontem, após reunião com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), o Comando Nacional dos Bancários disse que os representantes dos bancos sinalizaram com um novo modelo de acordo, que passará a ter validade de dois anos, em vez de um, como ocorreu nos últimos anos.

“O acordo de dois anos pode ser uma boa alternativa, desde que traga ganho para os bancários”, disse Juvandia Moreira, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários. Em nota, a Fenaban disse que a negociação continuará hoje. Segundo os bancários, uma reunião está marcada para as 15h.

Os trabalhadores reivindicam reajuste de 14,78%, sendo 5% de aumento real, considerando inflação de 9,31%; participação nos lucros e resultados (PLR) de três salários acrescidos de R$ 8.317,90; piso no valor do salário mínimo do Dieese (R$ 3.940,24), e vales alimentação, refeição, e auxílio-creche no valor do salário mínimo nacional (R$ 880). Também é pedido décimo quarto salário, fim das metas abusivas e do assédio moral.

Atualmente, os bancários recebem um piso de R$ 1.976,10 (R$ 2.669,45 no caso dos funcionários que trabalham no caixa ou tesouraria). A regra básica da participação nos lucros e resultados é 90% do salário acrescido de R$ 2.021,79 e parcela adicional de 2,2% do lucro líquido dividido linearmente entre os trabalhadores, podendo chegar a até R$ 4. 043,58. O auxílio-refeição é de R$ 29,64 por dia.

A proposta dos bancos, apresentada no último dia 9, foi de um reajuste de 7% para os salários e benefícios, somado a um abono de R$ 3.300 a ser pago em até dez dias após a assinatura do acordo. O reajuste seria aplicado também no PLR.

“A proposta apresentada traduz o esforço dos bancos por uma negociação rápida e equilibrada, capaz de atender às demandas por correção salarial e outros itens da Convenção Coletiva, com um modelo ajustado à atual conjuntura econômica”, disse em nota, na noite de ontem, a Fenaban.

Um balanço feito no fim do dia de ontem pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região informa que 913 locais de trabalho, sendo dez centros administrativos e 903 agências fecharam nesta terça-feira (27) na base do sindicato, com mais de 32 mil trabalhadores aderindo à greve.

Agência Brasil

Opinião dos leitores

  1. Mais uma greve que perde o propósito e prejudica a população que nada tem a ver com requisições de funcionários insatisfeitos. Como disse o colega Talles, essa greve dos bancários já deveria fazer parte do calendário, porque todo ano ocorre essa mesma palhaçada de quebra de braço, onde quem ganham são os bancários, e quem perde é a população, pra variar.

  2. de uma coisa sabemos, todo ano no mês de setembro os bancarios entram em greve, só perde para os politicos nas mordomias, se fosse outra categoria um exemplo os professores ja estariam sendo chamados de vagabundos e etc… Bancarios ja que vcs não estao satisfeitos com o seu trabalho pede pra sair e ceda sua vaga para quem realmente quer trabalhar…

  3. A grande locomotiva das greves no setor bancário brasileiro são os bancos estatais. Privatizem-se essas porcarias todas (BB, CEF, BNB e que tais), que só servem para aparelhamento político e a corrupção, e tudo estará parcialmente resolvido.

  4. O maior absurdo deste país é esse sindicalismo politico que, entre outros maleficios, inibe a instalação de empresas multinacionais em nosso territorio. Os sindicatos se tornaram meio de vida dos pelegos, que são sustentados pelo pobre trabalhador. É um câncer que precisa ser extirpaddo

    1. Se os funcionários estão preocupados com o fato de o patrão estar ganhando muito, por que não procuram outro emprego onde os chefes lucrem menos ou então por que não montam o seu próprio banco? Acredito que se os banqueiros estão ganhando muito, deve o Governo, então, passar a cobrar mais tributos deles ou mesmo que os órgão de proteção ao consumidor busquem uma diminuição das tarifas.

    2. E é ruim lucrar? Ruim seria se tivessem roubando como certos politicos da esquerda. Na verdade o bancario é uma categoria em extinçao. A greve so mostra que quem precisa de bancario sao pessoas que nao sabem usar a internet ou celulares. Para demonstrar a importancia desse tipo de emprego, os peleguistas desligam os caixas eletronicos que sao mantidos por empresas terceirizadas. Depois de 21 dias, torna-se evidente que a greve so prejudica o pobre e é ineficaz.

  5. O direito de reivindicar é sagrado, agora prejudicar toda uma população é falta de bom senso. Toda e qualquer greve deveria acontecer com um contingente de pelo menos 30% funcionando.

    1. Marcelo,

      Dentro das agências tem mais do que esses 30% de funcionários trabalhando. Exija atendimento deles!
      Outrossim, concordo que a população é prejudicada, porém a culpa é do banqueiro que explora o cliente, com juros e tarifas exorbitantes e atendimento precário, e também explora o bancário com assédio e metas cada vez maiores.

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Economia

Prévia da inflação fica em 8,22% em 12 meses, a maior desde 2004

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial, subiu 8,22% em 12 meses, o maior nível desde o período terminado em janeiro de 2004, quando houve alta de 8,46%.

O resultado foi influenciado pelo aumento de preços da energia elétrica.

O número superou o centro das estimativas (mediana) de economistas ouvidos pela agência internacional Bloomberg, de alta de 8,17% para o período.

Os dados foram divulgados pelo IBGE na manhã desta sexta-feira (17).

Quando considerado apenas o mês de abril, o índice de inflação teve alta de 1,07%, uma desaceleração em relação a março, quando o aumento foi de 1,24%.

O valor apresentado agora é o maior para um mês de abril desde 2003 e também superou o centro das estimativas de economistas ouvidos pela Bloomberg, de alta de 1,02%.

Em abril de 2014, a alta foi de 0,78%.

HABITAÇÃO TEM MAIOR ALTA, PUXADA POR ENERGIA

Dentre nove grupos de serviços pesquisados, habitação teve a maior alta de preços, de 3,66% -em março, a alta havia sido de 2,78%.

Com isso, o setor foi o que mais influenciou a inflação geral. Da alta de 1,07%, 0,55 ponto percentual vem do aumento do custo de habitação, aponta o IBGE.

Esse custo é puxado pelo aumento de preço da energia elétrica, de 13,02% em razão de ajustes que entraram em vigorar em 2 de março.

ALIMENTAÇÃO SOBE

Em segundo lugar, fica o setor alimentação e bebidas, que teve alta de 1,04%, uma desaceleração em relação ao resultado de março, quando houve alta de 1,22%.

O setor de vestuário teve alta de 0,94% em abril; o setor de despesas pessoais, de 0,57%; transportes subiram 0,33% em abril; educação teve alta de 0,14%; saúde e cuidados pessoais, de 0,44%; e artigos de residência, alta de 0,68%.

O único setor que teve queda foi o de comunicação, com baixa de 0,03% dos preços. O impacto percentual sobre a inflação geral, no entanto, é de apenas -0,01%.

Folha Press

Opinião dos leitores

  1. Lamentavelmente é o principio do fim. Só não vê quem não quer, ou quem nada entende de economia. Dentro de pouco tempo, irá mudar o nome para PETROCHIN…!!!!

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