Judiciário

‘A solução para o crime não pode ser abrir as portas da prisão’, diz Moro

Moro voltou a defender projeto anticrime. Foto: Fátima Meira/Futura Press/Folhapress

O ministro Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública) defendeu o endurecimento no combate ao crime violento. Em sua conta no Twitter ele escreveu que “a solução não pode ser a impunidade de quem viola a lei, mata, rouba propriedade privada ou desvia dinheiro público”.

Moro voltou a defender enfaticamente seu projeto anticrime e a persistência no ataque às organizações criminosas. “Não se pode ser leniente com crimes violentos, crime organizado ou com corrupção. Esse é o espírito do projeto de lei anticrime.”

Moro rechaçou com veemência os críticos de seu projeto, que defendem um sistema carcerário menos rígido. Ele fez uma comparação sobre gastos do Tesouro com presos e criminosos em liberdade.

“Ouço muito que prender custa caro. Que o preso custa muito para o Estado. É verdade, mas quanto custa um criminoso perigoso solto?” Ele recomenda: “a solução para o crime não pode ser abrir as portas da prisão em um sistema já leniente. O raciocínio não fecha.”

Moro destacou que lideranças de organizações criminosas armadas estão começando a cumprir pena em presídios federais de segurança máxima. O ministro ressaltou que “um dos objetos do projeto anticrime é retirar de circulação, com o devido processo o criminoso perigoso”.

“Criminosos habituais, reincidentes e condenados por crimes graves como corrupção ou roubo com arma de fogo começarão a cumprir pena em regime fechado.”

O ministro classifica as sugestões como “medidas simples e eficazes contra o crime”. “Enfrentar a criminalidade demanda políticas variadas, como sociais e urbanísticas. Restaurar, por exemplo, vizinhanças degradadas tem relevância. Mas tirar o criminoso perigoso de circulação é também importante.”

O ex-juiz argumenta: “membros de grupos criminosos organizados só podem obter benefícios durante o cumprimento da pena, como progressão de regime, se saírem da organização.”

O ministro prega que “condenado por crime hediondo com morte tem que cumprir pelo menos três quintos da pena em regime fechado antes de pleitear regime menos rigoroso e só se for constatado que está apto a voltar ao convívio social”.”Acaba com as ‘saidinhas’ para condenados por crimes hediondos”, diz.

Estadão

 

Opinião dos leitores

  1. É óbvio que a solução para o crime não pode ser abrir as portas da prisão, como também não é o simples fato de fechar as portas da prisão que vai fazer o crime desaparecer. Problema complexos não são resolvidos com soluções simplistas.

  2. Na terra único JUIZ imparcial, homem de bem, quer as coisas corretas em favor das famílias,
    mas os contrários, só querem bagunça, transformar o Brasil num inferno, para faturarem
    alto.
    Que a coragem e o animo não lhe falte nunca Juiz Sérgio Moro.

    1. Tão imparcial, sendo filiado ao PSDB, e aliviando para aquela turminha.

    2. Algum nome do PSDB deixou de ser processado por ação do Juiz Moro ou vocês está apenas se prestando ao papel de papagaio de petista?
      Corra que Dirceu está indo preso neste momento.

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