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Técnico português Abel Ferreira elogia potiguar Gabriel Veron e diz: “Impossível o Palmeiras vender por menos do que o Neymar”

Foto: Marcelo Zambrana / Estadão Conteúdo/ Reprodução

O principal destaque da goleada do Palmeiras sobre o Delfín, por 5 a 0, na noite desta quarta-feira, pela Libertadores, foi Gabriel Veron, que fez dois gols e teve grande atuação na classificação do Verdão às quartas de final do torneio.

Aos 18 anos, ele é considerado a maior revelação da base do clube nos últimos anos e tem ganhado cada vez mais espaço com o técnico Abel Ferreira.

Após a partida, inclusive, o treinador rasgou elogios ao garoto e falou que o vê com o mesmo valor de Neymar, vendido pelo Santos ao Barcelona em 2013 por 57 milhões de euros (R$ 182 milhões na cotação da época) – hoje ele está no francês Paris Saint-Germain.

– Vou contar uma história. O Luis Campos é diretor do Lille (da França) e foi meu técnico quando tinha a idade do Veron. Eu fui falar com ele sobre vir para o Palmeiras. O primeiro jogador que ele falou foi sobre o Veron. Ele conhece todos os jovens com potencial. Sabe que tem muita qualidade. Sempre digo ao Veron para se lembrar o que o trouxe a este nível. É impossível o Palmeiras vender este jogador por menos do que o Neymar foi vendido ao Barcelona – disse.

Abel Ferreira também explicou algumas decisões que tomou na escalação do Palmeiras para o jogo contra o Delfín, como as ausências de Zé Rafael e Rony, que começaram entre os reservas.

– Para mim, todas as escolhas são feitas no que é melhor para o time, ninguém está acima do time. Procuramos a cada jogo, com o Núcleo de Saúde e Performance, perceber quem são os jogadores que podem dar o rendimento máximo desde o início e assim escolhemos os melhores para cada jogo, com essa performance desde o início. Rony tem sido fantástico, Zé Rafael também. O Emerson Santos não jogou e tinha sido fantástico – explicou.

Nas quartas de final da Libertadores, o Palmeiras enfrentará o Libertad, do Paraguai, que se classificou ao eliminar o Jorge Wilstermann, da Bolívia.

Momento do time

– Trabalho coletivo de todos, desde a direção, jogadores que são fundamentais, equipes técnica, todos que trabalham no CT e dão todas as condições. Muitas vezes gostamos de individualizar, mas gosto do nós. Nós ganhamos e nós perdemos. Cada um contribuiu com seu melhor para os jogadores poderem render o seu máximo. É fruto do trabalho de muita gente.

Lesão de Patrick de Paula

– Hoje perdemos um jogador que foi o Patrick, já vem em uma sequencia de alta intensidade e performance. Pelas nossas análises pós-jogo, temos reuniões que nos permitem escolher quem está em melhores condições. Não tinha ninguém para rodar o Patrick, ele já estava acima, não conseguimos tirar a tempo.

Brasileiros eliminados

– Eu não penso muito nos outros, no que passou. Procuro passar isso ao elenco. O jogo importante é sempre o próximo, seja Libertadores, vamos jogar onde for, se for no Brasileirão ou na Copa, o objetivo é o mesmo. Não penso no futuro, amanhã podem me despedir. Não vivo com isso. Sei do potencial do meu time. Eu controlo meu trabalho, o time. O dia de amanhã é construído no presente. Eles têm mostrado a cada jogo que querem atingir os objetivos.

Clássico com o Santos

– Temos 24 horas para recuperar. Vamos ver como amanha e depois vão recuperar. Minha função enquanto treinador e meu staff é encontrar soluções. Gostaria de ter todos disponíveis, mas não é possível. Vamos ver o meio que vamos construir. Mas quem jogar vai dar o melhor de si para ajudar o time, eles têm tido um rendimento extraordinário. Queria ter mais volantes e meias, mas não temos. Vamos procurar soluções. Jogadores têm boas ideias, recursos, gosto de ouvi-los também. Vamos ser competitivos, independentemente de quem jogar.

Polivalentes

– É função do técnico ser como um professor. E a função máxima é ensinar ao jogar o jogo. Se eles perceberem o jogo, podem jogar em qualquer posição ou sistema. Meu lateral ou meu ponta têm de saber a função do colega. Quando eles sabem o jogo, estão capacitados para jogar em qualquer posição. A base do Palmeiras pensa assim também, ela potencializa os jogadores, ensina a jogar em diferentes posições. Para mim, os jogadores deveriam passar por todas as posições, para sentirem o que os colegas sentem. É um processo de formação que permite muita sensibilidade aos jogadores. O Palmeiras faz isso, para minha sorte. Mas preciso lembrar de novo, os jovens são tão importantes quanto Weverton, Luan, Gomez… Essa mistura de juventude irreverente e experiência em campo, que também exige deles o máximo, está a nos levar a nosso caminho. O trabalho na base é muito bem feito. Eles tem irreverência que traz alma ao time, mas não posso deixar de falar dos mais experientes que são importantes para o desenvolvimento. Eles estão com mente aberta e sede de ganhar.

Globo Esporte

 

Opinião dos leitores

  1. Ótima notícia para o atleta potiguar. Caramba o cara já vale mais que os 5milhões dos respiradores.

    1. Ô idiota, faltou incluir suas loas ao Bolsonaro. Faltou o pagamento, foi desocupado de plantão?

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