O mês de outubro se aproxima, e com ele chega uma das datas comemorativas de maior movimentação no comércio varejista, o Dia das Crianças. Este ano, a expectativa é de que o consumidor natalense gaste, em média, R$ 122,00 com presentes, principalmente brinquedos (56,4%) e itens de vestuário (27%).
Dados da pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento do Comércio (IPDC) da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Rio Grande do Norte (Fecomércio RN) mostram ainda que entre aqueles que pretendem presentear filhos, sobrinhos, netos e/ou afilhados nesta data, cerca de 53% indicaram o pagamento à vista, em dinheiro, como primeira opção, seguida da utilização do cartão de crédito na modalidade parcelada (38,1%).
Para facilitar o momento da compra e economizar, a maior parte dos natalenses (69,2%) não se deixará influenciar pelos desejos da criançada. Pesará na escolha dos itens questões como: a qualidade do produto (37,2%), o desejo das crianças (26%) e o preço da mercadoria (24,2%), acompanhada da política de descontos (8,4%).
Uma característica desta data comemorativa é a preferência pelos shoppings (55,7%) para a realização das compras, seguida do comércio de rua, que representa, ainda, 38,1% das indicações dos entrevistados. Independentemente do local escolhido, os consumidores natalenses afirmaram que irão realizar pesquisa de preço antes da decisão final sobre qual produto adquirir.
O costume de comprar o presente na véspera da data será mantido, e somente 22,6% dos entrevistados disseram que farão aquisição de produtos no período que antecede o Dia das Crianças. De certa forma, o adiamento da data da compra está ligada com a situação financeira enfrentada pelo país. Quase 75% dos consumidores da capital potiguar afirmaram ser o momento atual ruim, péssimo, ou, no máximo, regular, para ir às compras.
Quando comparado com o mesmo período do ano anterior, este Dia das Crianças chega em um momento em que 44,1% dos consumidores dizem passar por uma situação financeira familiar pior que a vivenciada em 2014, enquanto que 29,8% afirmaram estar igual, e somente 26,1% relataram que a situação financeira melhorou.
Além de movimentar o comércio tradicional, o Dia das Crianças também traz impactos para o setor de serviços, uma vez que, na data, aumenta o número de famílias (31,8%) que aproveitam para realizar alguma programação especial com a criançada. Para a escolha do local serão considerados aspectos como: diversão/lazer (40,4%), a escolha da criança (27,8%), o preço (16,6%), e o atendimento (8,5%).
Diante de um cenário econômico marcado pela elevação de taxas e redução de poder aquisitivo, dados da pesquisa indicaram que 33,3% dos consumidores natalenses, apesar da intenção de economizar, deverão gastar mais na compra do presente, tendo em vista, principalmente, a alta de preços dos produtos. Além de brinquedos e itens de vestuário, produtos como aparelhos eletrônicos, livros, cosméticos, jogos educativos, bicicletas, patins, patinetes, skates, chocolates, entre outros, circularão no comércio varejista da capital potiguar.
Para o consumidor mossoroense, o presente do Dia das Crianças deverá custar cerca de R$ 110,00
No mês de outubro, o Dia das Crianças também deverá incrementar o comércio varejista do Região Oeste potiguar. Cerca de 70% dos consumidores mossoroenses irão às compras nos próximos dias, gastando, em média, R$ 110,00 com brinquedos (56,3%), itens de vestuário (29,1%) e/ou calçados (6,3%).
Em pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento do Comércio (IPDC) da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Rio Grande do Norte (Fecomércio RN), 61,9% dos consumidores mossoroenses disseram pretender pagar à vista, em dinheiro, enquanto que 33% desses consumidores deverão optar pela compra parcelada no cartão de crédito.
Essa situação ocorre em função do momento econômico, em que há a prevalência do pagamento em dinheiro para obter promoções e descontos e, também, para reduzir o uso do cartão de crédito como forma de controlar os gastos. Outra estratégia dos consumidores mossoroenses é não deixar que os desejos momentâneos das crianças influenciem na hora da escolha do presente, para tanto, não as levarão às compras.
Divergindo do cenário encontrado na capital potiguar, em Mossoró o comércio de rua fui indicado pelos entrevistados (72%) como o lugar preferido para a compra dos presentes, seguido dos shoppings. As aquisições online aparecem com pouca relevância. Já no que se refere ao período para a realização das compras, 73,1% dos consumidores mossoroenses disseram pretender efetuá-las na semana do Dia das Crianças, enquanto que para 15,4% a preferência é fazer aquisição dos produtos 15 dias antes da data comemorativa.
Buscando uma experiência positiva de compra e a redução do valor a ser gasto com o presente, o consumidor do oeste potiguar deverá considerar, no Dia das Carinças, o bom atendimento (39,5%), as promoções (34,1%), descontos (25,9%), variedades (6,2%), qualidade (5,4%), facilidade de pagamento (5,2%), e divulgação (2,2%), e fará pesquisa de preço.
Além da compra de presentes, aproximadamente três em cada dez (28,1%) dos entrevistados têm a intenção de levar as crianças a algum passeio, e para a escolha do local serão considerados aspectos como: diversão/lazer (54,2%), escolha da criança (22,5%), preço (12,7%), e atendimento (8,5%).
A percepção do consumidor e o sentimento em relação ao atual momento econômico para a compra de produtos também foram questões abordadas na pesquisa realizada pelo IPDC. 42,1% dos entrevistados responderam que o momento é ruim ou péssimo, enquanto que outros 40,3% disseram que o cenário atual é estável. Apenas 17,6% consumidores mossoroenses afirmaram que o momento para a aquisição de produtos é ótimo ou bom.
Quando perguntados sobre a situação financeira atual da família comparada ao mesmo período do ano anterior, 51,3% dos entrevistados avaliaram como pior, 33,5% afirmaram estar igual, e apenas 15,2% relataram que a situação econômica melhorou quando comparada com 2014. Questionados ainda sobre a comparação de gastos com o ano passado, nesta mesma data, 42,6% dos consumidores disseram que devem gastar em média o mesmo valor na compra dos presentes.
Cenário nacional
Assim como tem ocorrido nas demais datas comemorativas do comércio de 2015, o volume de vendas voltadas para o próximo Dia das Crianças deverá registrar seu pior resultado dos últimos 12 anos. De acordo com a previsão da CNC, as vendas nessa data comemorativa deverão registrar queda real de 2,8% em 2015. O Dia das Crianças é a quarta data mais importante do calendário do varejo brasileiro, devendo movimentar R$ 4,3 bilhões neste ano.
O segmento de artigos de uso pessoal e doméstico deverá ser o único a apurar alta nas vendas (+4,6%). Principal responsável pela comercialização de brinquedos e eletroeletrônicos, esse ramo deverá responder por 37,5% do faturamento do varejo com a data em 2015. Apesar do avanço, o crescimento das vendas nesse segmento será menor do que aquele verificado no mesmo período de 2014 (+7,9%). A previsão da entidade é que os outros ramos influenciados pela data, como hipermercados (-2,8%), vestuário (-3,2%) e livrarias (-12,3%), registrem recuos em relação ao ano passado.
O desempenho do faturamento real do varejo nessa data comemorativa insere-se em um contexto mais amplo, no qual a contração do mercado de trabalho e principalmente o encarecimento do crédito restringem a manutenção do ritmo de consumo verificado nos últimos anos. Cálculos da CNC baseados em dados do Banco Central relativos às condições de crédito revelam que as prestações decorrentes dos empréstimos e financiamentos contraídos pelos consumidores estão, em média, 7,7% mais caras que há um ano.
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