O afastamento temporário devido a um adoecimento familiar, levou uma funcionária do Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel (HMWG) a aproveitar o tempo em casa de forma solidária. Com a ajuda de suas duas irmãs, uma assistente social – que não quis se identificar – confeccionou 120 máscaras de tecido para serem distribuídas entre acompanhantes de pacientes internados na unidade.
Por não ter habilidade com a máquina de costura, as irmãs ficaram responsáveis em confeccionar as máscaras. Já para a servidora, coube lavar, esterilizar e as guardar em saquinhos plásticos individuais. O processo, até ficarem todas prontas, durou 10 dias.
A filantropa servidora, conta que “antes de me afastar, fiquei incomodada em perceber que, nas enfermarias, muitos acompanhantes não faziam uso de nenhuma proteção. Foi aí que decidi tomar uma atitude”.
Na manhã de hoje, um grupo de assistentes sociais iniciou a distribuição, fazendo um trabalho de conscientização para uso das máscaras nas enfermarias. Nossa intenção é que cada um dos acompanhantes entenda a necessidade da proteção individual e, por conseguinte, da coletiva”, esclarece a chefe do setor de serviço social, Cassia Layanna.
A professora que ironizou a aparência de um passageiro no Aeroporto Santos Dumont, no Rio, perdeu um cargo interno que exercia na PUC-Rio. Rosa Marina de Brito Meyer continua ministrando aulas de duas disciplinas do Departamento de Letras, mas foi afastada do comando da Coordenação Central de Cooperação Internacional (CCCI).
Em portaria enviada aos funcionários nesta segunda-feira, o reitor José Carlos de Siqueira comunica que o professor Carlos Frederico Borges Palmeira, do Departamento de Matemática, assume a função, em caráter interino. Entre outras atribuições, o CCCI administra parcerias de intercâmbio da PUC com universidades no exterior.
Rosa Marina caiu em desgraça na semana retrasada, quando publicou no Faceboook um post com a foto de um passageiro na sala de embarque do Santos Dummont acompanhada da legenda: “Rodoviária ou aeroporto?”. Na imagem, o advogado Marcelo Santos, até então não identificado, estava de bermuda e camisa regata. Colegas de profissão de Rosa, como o reitor da Unirio, Luiz Pedro Jutuca, e a professora Daniela Vargas, também da PUC-Rio, comentaram o post com mais ironias. O episódio recebeu uma chuva de críticas nas redes sociais.
Segundo rumores, a docente chegou a entregar uma carta de demissão à direção do Departamento de Letras, mas seus chefes não aceitaram a decisão. Ela continua dando aulas de Linguística e Aspectos Culturais do Português como Segunda Língua. De acordo com fontes ouvidas pelo GLOBO, Rosa Marina estaria deprimida desde que o post começou a gerar repercussão negativa. Ela própria apagou a publicação e, no dia seguinte, divulgou um pedido de desculpas em sua página, que, depois, foi deletada do Facebook. Daniela Vargas e Luiz Pedro Jutuca também lamentaram seus comentários no post infame.
Nos corredores da PUC-Rio, o assunto dominou rodas de conversas entre professores desde a volta às aulas, na semana passada. Os colegas de Rosa Marina comentam que ela “deu mole” e procuram entender qual foi o sentido de expor daquela maneira uma pessoa desconhecida.
Depois do post polêmico, uma página foi criada com o nome de Rosa Marina Meyer para criticar a publicação. O espaço, que já tem mais de 26 mil curtidas, vem servindo para dar destaque a diferentes casos de preconceito noticiados na imprensa ou relatados pelos próprios seguidores. O advogado Marcelo Santos, que aparece na foto, falou sobre o caso. Ele mora em Nova Serrana, Minas Gerais, e estava voltando de Cruzeiro que terminou no Rio. Em entrevista a diversos sites, o profissional se disse surpreso ao saber do post, e contou que ficou bastante triste quando viu a maneira como foi retratado.
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