Jornalismo

George Olímpio temia pela própria vida

O advogado George Olímpio temia pela própria vida. É o que garantiu o lobista Alcides Fernandes Barbosa durante delação premiada ao Ministério Público. O suposto conhecimento de George Olímpio sobre os bastidores do governo de Wilma de Faria seria, de acordo com Alcides, o motivo do temor por parte do ex-diretor-geral do Detran. A morte de um advogado dentro do próprio escritório, e que também tinha informações sobre o Governo Wilma, foi utilizada para justificar o possível receio de George Olímpio em permanecer mais tempo no Rio Grande do Norte.

Alcides Barbosa falou sobre medo da morte de George

No segundo dia de depoimento aos promotores de Defesa do Patrimônio Público, Alcides Barbosa explicou um trecho de interceptações telefônicas onde relatou o suposto medo de George Olímpio. “O George me disse que estava com muito medo porque disse que teve um advogado que foi assassinado – e eu não sei se é verdade – ele disse ‘esse rapaz que foi assassinado sabia muitas das coisas que eu sei'”, disse Alcides. Questionado acerca das informações que o advogado morto teria, Alcides confirmou: “Sobre o grupo da Wilma”. Porém, quando foi perguntado se George Olímpio teria dito que sabia da ligação do grupo político com o homicídio, Alcides foi enfático: “Não, não falou isso. Ele falou que esse cara (que morreu) sabia de muita coisa do grupo da Wilma”.

Alcides Barbosa disse que George Olímpio ia com frequência a Fortaleza e São Paulo, onde estaria trabalhando para abrir uma rede de restaurantes de comidas naturais. Contudo, disse que o temor devido ao assassinato do advogado dentro do escritório colaborou para que Olímpio estendesse o período fora de Natal. Em uma interceptação telefônica de diálogo entre Alcides e outro investigado na Operação Sinal Fechado, os promotores confirmaram com o lobista que esse temor de George Olímpio era comentado entre pessoas que participavam da suposta organização criminosa. O próprio advogado teria confirmado o medo a Alcides. “Falou pessoalmente”, garantiu o lobista.

Alcides Barbosa afirmou que George Olímpio teria dito que o advogado assassinado “não sabia nem a metade” do que ele mesmo tinha conhecimento e, por isso, temia ser alvo. “Ele (George) me disse ‘esse cara não sabia metade do que eu sei e mataram, então imagina o que vão fazer comigo'”, relembrou Alcides Barbosa.

Durante o depoimento, os promotores questionaram se Alcides Barbosa sabia o nome do advogado morto, mas o lobista disse que não sabia e também não tinha a informação se o homicídio realmente havia ocorrido.

Em 1º de junho de 2011, o advogado Anderson Miguel, réu do processo investigado pela Operação Hígia, foi assassinado a tiros dentro do próprio escritório de advocacia, em Lagoa Nova, zona Sul de Natal. O advogado havia relatado à Justiça parte do suposto esquema de fraudes em contratos do Governo do Estado com sua empresa, que prestava serviços gerais a secretarias do Executivo. As possíveis fraudes investigadas pela Polícia Federal ocorreram durante a gestão de Wilma de Faria.

Fonte: Tribuna do Norte

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[VÍDEO] Sinal Fechado: Terceira parte do depoimento de Alcides Fernandes

O portal Nominuto trouxe na tarde desta sexta-feira (11), a terceira parte dos depoimentos do empresário Alcides Fernandes Barbosa, delator do esquema de fraudes e corrupção no processo de instalação do programa de inspeção veicular entre os anos de 2008 e 2010, através do Departamento de Trânsito (Detran), desbaratado pelo Ministério Público no dia 24 de novembro de 2011 através da Operação Sinal Fechado.

O Blog do BG teve acesso aos vídeos, mas não teve como publicá-los. então segue o link do vídeo do Nominuto.com

 

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Sinal Fechado: George Olímpio nega pagamento de propina a José Agripino

Em nota divulgada agora há pouco, o advogado George Olímpio negou qualquer tipo de pagamento de propina ao senador José Agripino, presidente nacional do DEM e foi enfático ao dizer que tudo é mentira.

Pra quem não se lembra, Olímpio é réu no processo acusado de ser o mentor e principal articulador do esquema de fraudes e corrupção no processo de instalação do programa de inspeção veicular entre os anos de 2008 e 2010, através do Departamento de Trânsito (Detran), desbaratado pelo Ministério Público no dia 24 de novembro de 2011 através da Operação Sinal Fechado.

Ontem, o BG havia antecipado a informação do suposto pagamento de propina, que surgiu durante a análise do depoimento do empresário Alcides Fernandes, suposto lobista do esquema, após um acordo de delação premiada.

Segue a nota na íntegra

“Acerca das matérias veiculadas sobre o “Acordo de Delação Premiada” entre 0 Sr. Alcides Barbosa e 0 Ministerio Público do Rio Grande do Norte, me posiciono da seguinte maneira: 

1. Todas as declarações, inclusive as que imputa prátieas de corrupção a mim, ao Senador José Agripino Maia e outras pessoas, repito que são MENTIROSAS, desprovidas de provas concretas (justamente por serem devaneios de um Senhor em desespero) e se deram, única e exclusivamente para que 0 Sr. Alcides, conseguisse a liberdade de sua prisäo preventiva, ou ainda, pela quantidade de agentes políticos que aponta (sem uma única prova), talvez por cunho de perseguiçäo política, 0 que ja me foge à razäo. 

2. NÃO houve pagamento de propina ou mesmo promessa ao Senador José Agripino Maia ou qualquer outras pessoas, com ou sem a emissäo de cheques do Banco do Brasil ou de outra instituiçäo 
bancaria. 

3. É fato público que fui investigado por mais de 9 (nove) meses tendo meu sigilo bancário devassado pelo Ministério Público 0 qual continua a ter acesso aos meus dados e informaçöes de movimentaçâo bancária e nesse sentido, desafio 0 Ministério Público Estadual ou qualquer pessoa (inclusive 0 Sr. Alcides) a comprovar a emissäo de cheques, sua compensacäo ou sua entrega nara fins ilícitos ou mesmo lícito a qualquer político ou agente público, 0 que repito, näo passam de palavras de uma pessoa desesperada pela sua liberdade! 

4. Aqui no Estado do Rio Grande do Norté, no processo contendo denúncia  me acusa de fatos ilícitos, instalou-se um ESTADO TOTALITARIO, onde palavras jogadas ao vento säo tidas como verdadeiras, por si só, sem provas concretas, perigo e doença social ao que deveria ser um Estado Democrático de Direito, onde prevalecem, ou deveriam prevalecer, 0 devido processo legal e não o pré-julgamento sem base probatória, ou mesmo a condenaçäo  prévia! Nossa Constituiçäo condena tais práticas, faltam aos operadores do direito local a obediência à Lei maior e cabe à sociedade e à impressa a busca pela verdade e pelas provas que näo Vieram acompanhadas das declaraçöes do Sr. Alcides. 

5. Sou um jovem advogado e empresário próximo a completar 10 (DEZ) anos de carreira, que gerei emprego, renda e sempre paguei os impostos advindos das minhas atividades lícitas.

6. NUNCA recebi urn só centavo de dinheiro público, pois como já disse em minha entrevista, quem pagavam os registros de contratos eram os bancos e não 0 Detran – Desafio 0 Ministerio Público a dizer qual a rúbrica da dotação orçarnentária de dinheiro público entrararn em minhas contas-  Está documentalmente cornprovado que recebi dinheiro de entes privados) e quanto a Inspeçäo Veicular, esta näo ehegou a funcionar, portante näo houve faturamento! 

7. Rechaço, abismado, com a ingenuidade do Ministério Público Estadual, que foi enganado pelo Sr. Alcides Barbosa, através de declarações fantasiosas e sem provas quaisquer, com o único fim de conseguir, como “DELATOR”, a sua liberdade, conquistada em bases mentirosas e sem apresentaçäo de provas. 

8. Por fim, gostaria de declarar que permaneço  na justiça e afirmo que todas as medidas judiciais cabíveis seräo tomadas contra quem me acusar sem provas, seja quem  Reañrmando que 0 Sr. Alcides MENTIU em afirmar 0 pagamento ou promessa de propina seja la a que quem for! 

Natal/RN, 10 de maio de 2012.”

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Sinal Fechado: Juíza pede transcrição, mas vai receber cópia do vídeo com depoimento de empresário

O vídeo com o depoimento do empresário Alcides Fernandes Barbosa vai ser entregue a juíza Emanuella Cristina Pereira Fernandes, da 6ª Vara Criminal da Comarca de Natal, nos próximos dias.

O motivo? Simples. A juíza solicitou ao Ministério Público que enviasse a transcrição das mais de 10 horas de depoimento de Alcides em um prazo de 15 dias. Ciente de que o prazo não tinha condições de ser cumprido, o Ministério Público optou por enviar uma cópia para a magistrada. Detalhe: o depoimento é tão longo que a transcrição já vem sendo feita há mais de duas semanas.

Emanuella Cristina quer analisar o conteúdo do depoimento e as novas acusações que nele são feitas. Isso, porque, tem muita gente, por ele apontada, que não consta no rol de réus do processo. Entre eles, o senador José Agripino Maia, que tem foro privilegiado por prerrogativa de função, que faz com que o processo seja remetido ao Supremo Tribunal Federal (STF), fora da jurisdição da magistrada.

Alcides Fernandes é acusado de ser o lobista do esquema de fraudes e corrupção no processo de instalação do programa de inspeção veicular entre os anos de 2008 e 2010, através do Departamento de Trânsito (Detran), deflagrado através da Operação Sinal Fechado desbaratada no dia 24 de novembro do ano passado. Ele deu o depoimento após firmar um acordo de delação premiada com o Ministério Público.

São réus do processo da Operação Sinal Fechado:

George Anderson Olímpio
João Faustino Neto
Wilma de Faria
Iberê Ferreira de Souza
Lauro Maia
Alcides Fernandes Barbosa
Marcus Vinícius Furtado
Carlos Theodorico
Marcos Vinícius Saldanha
Eduardo Oliveira Patrício
Marco Aurélio Doninelli
José Gilmar Lopes (Gilmar da Montana)
Edson Cesar Cavalcante (Mou)
Carlos Alberto Marcelino
Jailson Herikson
Caio Biaggio
Fabian LIndenberg
César Augusto Carvalho
Newton José de Meira
Flávio Ganen
Marluce Olímpio
Jean Queiroz
Luiz Cláudio Correia
Bevenuto Pereira
Érico Valério Ferreira
Cintya Kelly Nunes
Maria Selma Maia de Medeiros Pinheiro

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Sinal Fechado: Dois desembargadores podem estar na lista de favorecidos do esquema do Detran

O BG ainda não teve acesso a esse trecho do depoimento do empresário Alcides Fernandes Barbosa, mas a informação já está circulando na internet.

O lobista do esquema de fraudes e corrupção no processo de instalação do programa de inspeção veicular entre os anos de 2008 e 2010, através do Departamento de Trânsito (Detran), teria acusado os desembargadores Expedito Ferreira de Souza e Saraiva Sobrinho de também terem se beneficiado. Isso, com direito ao advogado George Olímpio (acusado de ser o mentor e principal beneficiário) pagar a festa da posse desse na presidência do Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

Confira a notícia que está publicada no Blog do Daniel Dantas:

Alcides Barbosa também relata que foi feito um acerto, já em 2011, com Érico Ferreira [então diretor do Detran] e seu pai, o desembargador Expedito Ferreira: cada um receberia, mensalmente, R$ 50 mil em dinheiro vivo, a partir do momento em que Érico assumiu a diretoria-geral do Detran até o dia da Operação Sinal Fechado.

Para garantir o cartório, que rendia R$ 700 mil, a organização repassou R$ 1 milhão de Mou [Édson César da Silva, da Inspetrans] para o ex-governador Iberê Ferreira.  Uma parte desse dinheiro ficou com Luiz Carlos Chop.  Além de Iberê, seu filho Joca também tinha uma participação nos cartórios e na inspeção.
Segundo Alcides Barbosa, já no governo Rosalba, Paulo de Tarso Fernandes trabalhava pela manutenção da inspeção, mas substituindo Marcus Vinícius por Rosseaux Rocha, identificado como testa-de-ferro de Iberê Ferreira e seu filho Joca.  Alcides dá a entender que Paulo de Tarso sabia perfeitamente as cirscuntâncias, criminosas até, do Consório.  Citar Paulo de Tarso seria o mesmo que citar Robinson Farias?
O depoimento de Alcides Barbosa também envolve outros desembargadores, além de Expedito Ferreira.  Segundo ele, o que João Faustino mandava, Saraiva Sobrinho fazia – o filho de João, e também réu, Edson Faustino, era assessor de Saraiva. O grupo também foi conversar com o desembargador Osvaldo Cruz na casa dele – a quem George Olímpio já havia dado R$ 100 mil em favor dos negócios dos cartórios.   Além disso, George pagou a festa da posse de Saraiva na presidência do TRE.
Meses atrás, publiquei que o desembargador Saraiva Sobrinho teria recebido vantagem indevida para transportar o processo da Inspeção Veicular para a Justiça Federal.  Alcides confirma que houve uma decisão favorável a isso no âmbito do Tribunal de Justiça.  Não sabia no entanto que fora pronunciada por Saraiva Sobrinho – em 19 de abril de 2011, Saraiva remeteu o instrumento recursal ao TRF da 5a Região.

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Jornalismo

Sinal Fechado: Com delação, empresário diz que propina para financiar campanha do DEM foi paga a José Agripino

Desde o dia 5 de abril que o Blog do BG já havia falado do acordo de delação premiada firmado entre o Ministério Público e o empresário Alcides Fernandes Barbosa. Pra que não se lembra ele é acusado de ser o lobista do esquema de fraudes e corrupção no processo de instalação do programa de inspeção veicular entre os anos de 2008 e 2010, através do Departamento de Trânsito (Detran), deflagrado através da Operação Sinal Fechado desbaratada no dia 24 de novembro do ano passado.

E como mais uma vez o blog havia adiantado no dia 13 de abril, o conteúdo do depoimento de mais de 11 horas conseguido através da delação é nitroglicerina pura.

De acordo com o depoimento de Alcides, o presidente nacional do DEM, o senador José Agripino Maia, teria sido um dos beneficiários do esquema. Ele disse que foi convidado pelo suplente de senador  João Faustino Neto, no final de 2010, para um coquetel na casa de Agripino. O principal motivo do encontro era exatamente pra conhecer o político pessoalmente.

A partir desse suposto encontro, ele afirma ter estreitado as relações com o senador, chegando a presenciar um suposto encontro entre o advogado George Olímpio (acusado de ser o mentor e principal beneficiário do esquema) com ele e que nesse encontro, Olímpio prometeu R$ 1 milhão para a campanha de 2010, pagos em quatro cheques do Banco do Brasil a partir de janeiro de 2012, já com a propina do esquema. Nesse encontro, inclusive, na versão de Alcides Fernandes, Agripino ainda botou banca, dizendo que queria tudo em parcela única e na hora.

Esse valor sustenta a versão ou pelo menos aponta indícios da origem do suposto pagamento de R$ 1 milhão feito pelo empresário José Gilmar de Carvalho Lopes, o “Gilmar da Montana”, para o advogado George Olímpio que seriam destinados ao senador Agripino Maia. Durante o depoimento, Gilmar chegou a revelar que o pagamento foi feito de forma parcelada e que seria destinado ao ex-deputado estadual Carlos Augusto Rosado, marido da governadora Rosalba Ciarlini, e para o parlamentar, para financiar a campanha do DEM em 2010. Esse dinheiro seria fruto do desvio de recursos públicos do próprio Detran. Histórias parecidas.

O senador José Agripino foi procurado pelo blog para dar sua versão sobre os fatos, mas os telefones só deram sinal de desligado. Procurado pela reportagem da revista Carta Capital, Agripino negou todas as acusações, disse que nunca houve o referido coquetel no apartamento dele, muito menos repasse de 1 milhão de reais das mãos da quadrilha para sua campanha eleitoral, em 2010. O senador afirma ser vítima de uma armação de adversários políticos e se apóia em outro depoimento de Gilmar da Montana, onde ela nega ter participado do coquetel na casa do senador.

Essa foi apenas a primeira das explosões que o depoimento de Alcides Fernandes está provocando. A nitroglicerina está apenas começando.

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Judiciário

Sinal Fechado: Procurador Geral foi a Brasília e advogado de Alcides Fernandes pede segredo de justiça

O livre acesso às informações contidas no processo da Operação Sinal Fechado, deflagrada Ministério Público Estadual em novembro do ano passado, pode estar com os dias contados. Daniel Alves Pessoa, advogado do empresário paulista Alcides Fernandes Barbosa, deu entrada em um pedido de decretação do segredo de Justiça do processo que envolve diretamente seu cliente e outras 33 pessoas denunciadas pelos promotores de  Defesa do Patrimônio Público. Atualmente, apenas as interceptações telefônicas, os sigilos bancários e fiscais dos investigados não podem ser acessados por pessoas que não sejam as partes citadas, seus defensores ou o MPE. Daniel Pessoa argumentou que as reportagens veiculadas pela imprensa expuseram Alcides Fernandes “excessivamente”.

“O pedido foi protocolado na quarta-feira e tem como principal objetivo preservar a imagem e o nome do meu cliente, já que estão circulando matérias jornalísticas citando o nome dele”, explicou Daniel Alves Pessoa, que foi recentemente constituído por Alcides para o defender. Segundo o advogado, a decisão da entrada do pedido na 6ª vara Criminal girou em torno da questão da exposição negativa a qual seu cliente está sujeita. Além disso, Daniel afirmou que como o processo ainda está em curso, não se sabe o que irá ocorrer e a preservação da imagem do corréu foi a melhor solução encontrada pela defesa neste momento.

O advogado se mostra confiante em relação ao julgamento da magistrada. Ele acredita que será favorável ao seu pleito. “Afinal de contas, existem garantias constitucionais que garantem a preservação do nome do meu cliente”, destacou o advogado. A juíza Emanuella Cristina Pereira Fernandes, titular da 6ª vara Criminal, deverá julgar o mérito do interesse público no processo ou da privacidade de Alcides e, consequentemente, dos demais corréus da Operação Sinal Fechado.

Caso o pedido seja acatado, as informações do processo deixariam de ser públicas no portal do Tribunal de Justiça e possíveis aditamentos do Ministério Público ao processo não poderiam ser acessados.

A apreciação do pedido de decretação de segredo judicial do processo investigatório é simples e deverá ocorrer de forma célere, conforme esclareceu Daniel Pessoa. Entretanto, até o final da tarde de ontem, o documento não havia sido juntado aos autos do processo disponíveis para consulta no portal do Tribunal de Justiça.

Procurador Geral foi a Brasília

O procurador geral do Estado, Manoel Onofre Neto, levou ao conhecimento da Procuradoria Geral da República (PGR) o teor do depoimento do empresário Alcides Barbosa Fernandes, investigado pela acusação de fraudes no Detran/RN, fato que foi tornado público durante a Operação Sinal Fechado.

À PGR cabe investigar quem dispõe de foro privilegiado. Em depoimento de onze horas, divididos em três dias, aos promotores do Patrimônio Público, Alcides detalhou o modus operandi do que poderia, conforme o Ministério Público, ter se tornado um esquema fraudulento bilionário.

Nesse depoimento, o empresário paulista, inclusive, relatou percentuais de propinas que seriam destinadas a políticos que teriam colabarado para o esquema.

Alcides celebrou delação premiada com o Ministério Público Estadual e conseguiu o relaxamento de sua prisão, conforme noticiado pelo BlogdoBG desde o dia 06/04. A investigação é tratada sob o mais estrito sigilo.

Com informações da Tribuna do Norte e do Nominuto.com

 

Opinião dos leitores

  1. Manoel Onofre é Procurador Geral de Justiça do RN (da Procuradoria Geral de Justiça do Estado –  Ministério Público do RN). O Procurador Geral do Estado (da Procuradoria Geral do Estado), é Miguel Josino.

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Jornalismo

Sinal Fechado: estratégia do MP é silenciar sobre Alcides Fernandes

O Ministério Público, por ora, não pretende se manifestar sobre o depoimento que o empresário Alcides Fernandes Barbosa, réu da Operação Sinal Fechado, prestou aos promotores do Patrimônio Público no dia 3 de abril, ocasião que lhe rendeu a liberdade, restringida desde novembro passado, quando foi preso no interior de São Paulo.

A estratégia dos promotores é, conforme apurou a reportagem, manter discrição sobre o caso até que haja elementos suficientes – e que sustentem a gravidade do depoimento de Alcides – para prestar informações à sociedade.

Alcides Fernandes Barbosa, em depoimento, comprometeu cardeais políticos do Rio Grande do Norte. A transcrição do depoimento de quase onze horas está sendo mantida sob o mais estrito sigilo.

A reportagem do Nominuto.com tenta desde ontem localizar o empresário, mas ainda não obteve sucesso. Ontem, em entrevista concedida à jornalista Virgínia Coelli, e veiculada na Rádio Globo Natal, o também réu George Olímpio desqualificou Barbosa.

“Em primeiro lugar, o senhor Alcides não é meu sócio ou procurador e não pode falar por mim ou por meus atos. Ele não tem e nunca teve autorização para isso. Em segundo lugar, existe um diálogo do senhor Alcides na denúncia do MP aonde ele fala com uma gerente de banco atrás de um empréstimo de alto vulto e que se você ler esse diálogo você vê uma série de inverdades prolatadas por ele e que eu longo do processo será demonstrado. Mas só a própria leitura do diálogo demonstra que o que ele diz é duvidoso”, disse Olímpio.

Fonte: Nominuto.com

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Jornalismo

Sinal Fechado: Passarinho cantou e sinal abriu

No dia 5 de abril, publicamos…

Quem acha que 2012 já começou agitado com o escândalo dos precatórios não perde por esperar. O BG Voador descobriu que tem nova operação em andamento e que deve ‘estourar’ nos próximos dias.

Segundo apuramos, há magistrados, advogados e político envolvidos.

Se confirmada essa informações, teremos manchetes em jornais e blogs para muitos dias. Vale esperar os desdobramentos desta história.

Bom, aos poucos as podridões vão aparecendo. Em pouco tempo , foram deflagradas várias operações: Impacto, Hefesto, Pecado Capital, Sinal Fechado, Judas e que continue assim…

Dia 9 abril, voltamos ao assunto…

Como o BG Voador tinha anunciado na semana passada, novos desdobramentos viriam de operações em curso no RN. Pois bem, vai começar pela Sinal Fechado. O advogado [George Olímpio] deve seguir os mesmos passos da ex-chefe da divisão de Precatórios do Tribunal de Justiça Carla Ubarana, que fez um acordo com o Ministério Público para abrir o jogo quanto às irregularidades praticadas e, em troca, responder ao processo em liberdade. Ela e o marido estão custodiados em casa sob constante escolta policial.

A delação para George deve seguir o mesmo modelo, ou seja, entregar nomes, valores, modos operandi, tudo para conseguir, finalmente, uma soltura. Informações do BG Voador dão conta que quem caiu da primeira vez é peixe pequeno se comparado a quem está por vir nos novos depoimentos do empresário-advogado, pós delação premiada. Peixe graúdo.

No mesmo dia 9, atualizamos, às 11h38, que a delação que estaria sendo negociada não era a de George Olímpio, e sim a de outro réu. Segue a atualização do post….

Segundo informações recentes a pessoa que estaria negociando delação premiada não seria George Olímpio. E sim outro integrante do esquema muito ligado a George. Vamos aguardar.

O fato é que tem negociação sim para delação, e está bem perto de ser batido o martelo.

No mesmo dia 9, George Olímpio emitiu uma nota informando que não procedia o acordo de delação premiada.

Após esses posts, o BG Voador não parou de voar e conseguimos informações que já tem delação sim. Não é mais especulação. A delação já foi feita e que o conteúdo de várias horas de gravação é nitroglicerina pura.

Não vou nem antecipar quem é, mas anotem esse nome: Alcides Fernandes.

Opinião dos leitores

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