Jornalismo

Comer carne vermelha aumenta o risco morte prematura

A carne vermelha não é saudável. Já se sabe. Mas pesquisadores não param de constatar argumentos contra ela. O mais recente é resultado de uma pesquisa publicada nesta segunda-feira no periódico Archives of Internal Medicine. Segundo o estudo, conduzido na Faculdade de Saúde Pública de Harvard, nos Estados Unidos, o consumo de carne vermelha pode aumentar os riscos de morte prematura, além do aparecimento de doenças cardiovasculares e câncer. Substituir esse alimento por outros, como por peixes e aves, significa diminuir a chance de morte prematura.

Para chegar a essas conclusões, os pesquisadores analisaram dados de dois estudos sobre os hábitos alimentares de 37.698 homens e 83.644 mulheres durante 28 anos. Nesse período, foram registradas 23.926 mortes, sendo que 5.910 aconteceram devido a uma doença cardiovascular e 9.464, a algum tipo de câncer.

Os autores do estudo observaram que um maior consumo de carne vermelha foi associado ao aumento do risco de problemas cardiovasculares e casos de câncer. Embora essa chance tenha sido elevada para todos os tipos do alimento, ela foi maior em relação à carne vermelha processada. O mesmo foi identificado em relação a casos de morte prematura decorrentes de problemas de saúde em geral. Os resultados mostraram que comer uma porção de carne vermelha processada ao dia aumenta esse risco em 20%. Esse índice é de 13% para carne não processada.

Substituição saudável

A pesquisa também indicou que, além de comer menos carne vermelha, trocá-la por outros alimentos é capaz de diminuir as chances de morte prematura. Segundo o estudo, essa redução pode ocorrer com a substituição de uma porção de carne vermelha ao dia por uma porção de peixe, ave, frutas secas, legumes e de grãos. “Nós estimamos que 9,3% das mortes registradas no estudo entre os homens e 7,6% das mortes entre as mulheres poderiam ter sido evitadas se os participantes consumissem menos de meia porção de carne vermelha ao dia”, afirma a pesquisa. Para os especialistas, comer menos carne vermelha significa reduzir as chances de doenças crônicas e, consequentemente, de mortalidade decorrente de problemas de saúde em geral.

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Denúncia

McDonald's vai deixar de vender hambúrguer de “carne de cachorro” depois de denúncia de chef famoso

Após o chefe de cozinha e ativista Jamie Oliver descobrir – e divulgar em seu programa de TV – que a rede McDonald’s utiliza hidróxido de amônio para converter sobras de carne gordurosas em recheio para seus hambúrgueres nos Estados Unidos, a marca anunciou que mudará a receita, segundo informações do jornal Mail Online.

“Estamos comendo um produto que deveria ser vendido como a carne mais barata para cachorros e, após esse processo, dão o produto para humanos”, disse Oliver. “Por que qualquer ser humano sensato colocaria carne com amônio na boca de suas crianças?”, questiona.

O processo de conversão da carne é feito por uma empresa chamada Beef Products Inc (BPI), segundo o jornal.

O veículo afirma ainda que esse processo nunca foi utilizado no Reino Unido, nem na Irlanda – que utilizam a carne de produtores locais.

O McDonald’s negou que tenha sito forçado a trocar sua receita por causa da campanha de Oliver.

O jornal diz ainda que outras duas redes de comida rápida, Burguer King e Taco Bell, já tinham sido pressionadas e removeram o hidróxido de amônio de suas receitas.

Fonte: Terra

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