Judiciário

Lava-Jato identifica contatos de Aloysio Nunes com Gilmar Mendes e pede suspeição do ministro

A Lava Jato encaminhou à PGR pedido de suspeição do ministro Gilmar Mendes nas investigações envolvendo Paulo Preto e o ex-senador Aloysio Nunes Ferreira.

No ofício encaminhado a Raquel Dodge, a força-tarefa anexou extratos de ligações e mensagens trocadas por Aloysio com o ex-ministro Raul Jungmann e menções a contatos feitos com Gilmar, justamente quando o ministro analisava habeas corpus sigiloso impetrado pela defesa de Paulo Preto.

Na sequência de conversas, primeiro o advogado José Roberto Santoro pergunta a Aloysio Nunes: “Caríssimo vc falou com nosso amigo ?”. O ex-senador responde: Falei.

O Antagonista

 

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Polícia

Lava-Jato aponta que Aloysio Nunes recebeu cartão de conta suíça abastecida com propina por Paulo Preto

O ex-ministro Aloysio Nunes teria recebido um cartão de crédito de uma conta de Paulo Preto, abastecido com propina da Odebrecht .Foto: Adriana Lorete / Agência O Globo

A Polícia Federal ( PF ) deu início, na manhã desta terça-feira, à 60ª fase da Operação Lava-Jato , que investiga um esquema de pagamento de R$ 130 milhões de propina pela Odebrecht a políticos por meio de operadores financeiros e contas no exterior. O ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza , conhecido como Paulo Preto e apontado como operador do PSDB , foi preso em São Paulo. Além de cumprir o mandado de prisão, policiais federais fizeram buscas em 12 endereços no estado, ao menos um deles ligado ao ex-ministro das Relações Exteriores Aloysio Nunes Ferreira (PSDB).

Ex-chanceler no governo de Michel Temer, Aloysio é investigado por ter recebido, no Natal de 2007, um cartão de crédito vinculado a uma conta mantida por Vieira na Suíça e que era utilizada para movimentar propina, segundo o Ministério Público Federal (MPF). O cartão foi entregue ao político em um hotel de Barcelona, na Espanha. Ainda de acordo com os investigadores, o cartão foi emitido um mês após a Odebrecht ter enviado para essa conta cerca de 275 mil euros. A força-tarefa da Lava-Jato não informou que uso Aloysio fez do cartão.

Deputado estadual, deputado federal e senador pelo PSDB, Aloysio era secretário-chefe da Casa Civil da gestão de José Serra no governo de São Paulo em 2007, quando teria recebido o cartão de crédito ligado a Vieira. No fim do ano passado, ele aceitou indicação feita pelo governador João Doria para presidir a Investe SP, agência de promoção de investimentos do governo de São Paulo.

Iniciada a partir de delações de executivos da Odebrecht e de doleiros, a operação desta terça-feira aprofunda a investigação sobre o funcionamento do Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, chamado pelos investigadores de “departamento de propina”. Segundo os procuradores, Vieira disponibilizaou R$ 100 milhões em espécie para o esquema de corrupção, que teve a participação de mais três operadores: Rodrigo Tacla Duran, Adir Assad e Álvaro Novis.

Triangulação entre operadores

Num primeiro momento, Vieira repassou os R$ 100 milhões a Assad a partir do segundo semestre de 2010. Assad, por sua vez, entregou os valores para Novis, que pagava a propina a mando da Odebrecht. De acordo com a Lava-Jato, neste período, a construtora pagou valores indevidos a gerentes e diretores da Petrobras, como Djalma Rodrigues, Maurício Guedes, Roberto Gonçalves, Paulo Roberto Costa, Pedro Barusco e Sérgio Machado.

Para pagar o “empréstimo” de Vieira, a Odebrecht transferiu milhões de dólares para as contas de Duran no exterior, também segundo a Lava-Jato. Cabia a ele chegar à Vieira o valor devido, descontadas suas comissões e as de Assad. O cálculo dos procuradores é que, até 2017, foram movimentados R$ 130 milhões ao todo só por meio desse esquema. Era esse o saldo de contas controladas por Vieira na Suíça no início daquele ano.

No primeiro trimestre de 2017, quando foi tornado público o acordo da Odebrecht com a Procuradoria Geral da República (PGR), Vieira encerrou as contas suíças e transferiu o dinheiro para Bahamas, impedindo assim o bloqueio dos valores.

A operação recebeu o nome de “Ad Infinitum”. Segundo a PF, o nome da operação remete ao fato de “o caso parecer tratar de mais uma repetição do modo de atuação de alguns integrantes da organização criminosa, remetendo a um ciclo criminoso que nunca termina”.

Ao contrário do que acontece em outras fases da Lava-Jato, Vieira não deve ser enviado imediatamente a Curitiba para ser ouvido pelos investigadores que pediram sua prisão. Como também responde a processos em São Paulo, ele deve comparecer a audiências do caso na capital paulista e viajar para o Paraná na sexta-feira.

Réu por cartel e desvios de R$ 7,7 milhões

Vieira já é réu em dois processos que correm na Justiça Federal de São Paulo. No caso mais avançado, ele é acusado de participar do desvio de R$ 7,7 milhões em verbas de indenização para famílias que viviam no traçado do Rodoanel, um anel viário construído pelo governo paulista na última década.

Na segunda ação, ele é investigado por fazer parte de um cartel formado pelas mesmas construtoras investigadas pela Lava-Jato para dividir oito obras viárias contratadas pelo governo paulista a partir de 2004. As investigações levaram Vieira à prisão em abril e maio de 2018, mas ele acabou solto por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo a força-tarefa da Lava-Jato em Curitiba, esses fatos não entram no objeto da investigação desta terça-feira, que apura apenas a suposta lavagem de dinheiro para a Odebrecht.

Procurada, a defesa de Vieira disse que ainda não teve acesso a qualquer documentação desta investigação e que, por isso não iria comentar a prisão do seu cliente.

Aloysio também já havia sido citado na Lava-Jato. Em outubro do ano passado, o STF arquivou um inquérito em que o então ministro era acusado de ter recebido R$ 500 mil da Odebrecht, via caixa dois, para sua campanha ao Senado em 2010.

O Globo

 

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  1. Não se aproveita um cabra desses. Todos comprometidos com a roubalheira, com a sacanagem, com a propina. Onde vamos PARAR ?> Todo dia surge uma noticia de safadeza.

  2. Esse sujeito foi motorista do Marighella, aquele vagabundo comunista sobre o qual foi feito um filme, estrelado pelo petista Wagner Moura e pago com o nosso dinheiro, via Lei Rouanet. Será que ele foi representado nesse filme? Ou "esqueceram" dele porque ele hoje está escondido no PSDB? Hipócritas e mentirosos.

  3. esta ai o objetivo da Ação Libertadora Nacional tomar o poder para se servir dele este ex ministro era o braço direito de Marighella . Esquerda hipócrita

  4. Até quando esses políticos vão nos roubar,quando nos falta tudo! Não temos saúde, educação, segurança e lazer ,não temos nada. Só temos a obrigação de pagar impostos para bancar a farra desses baluartes da moralidade.

    1. Quando o povo Brasileiro, aprender a votar sem pedir nada em troco, ou melhor não vender o voto a estes canalhas amigo.

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Política

SÃO GONÇALO: Prefeito Paulinho se reúne com ministro das Relações Exteriores para discutir preparativos para canonização dos Mártires

Já preparando o município para a canonização dos Mártires de Uruaçu, que vai ocorrer em Roma no próximo dia 15 de outubro, o prefeito de São Gonçalo do Amarante/RN, Paulo Emídio (Paulinho), se reuniu com o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, para discutir os preparativos diplomáticos do evento.

O encontro ainda reuniu o governador Robinson Faria e seu secretário extraordinário para Gestão de Projetos, Vagner Araújo. “Estamos unindo forças para transformar São Gonçalo e o Rio Grande do Norte em uma das maiores rotas do turismo religioso no Brasil”, disse Paulinho.

No dia 15 de outubro o papa Francisco irá canonizar, tornando santos os Mártires de Uruaçu e Cunhaú. O Rio Grande do Norte e o Brasil ganharão 30 santos de uma única vez.

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Economia

Aloysio Nunes diz que aumento dos juros mostra 'mentiras' de Dilma

Candidato a vice-presidente na chapa de Aécio Neves (PSDB), o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) disse nesta quinta-feira (30) que o aumento da taxa básica de juros pelo governo federal três dias depois das eleições confirma o caráter “mentiroso” da campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff.

Ao longo da campanha, lembrou o senador, a candidata do PT afirmou que Aécio aumentaria os juros, caso eleito presidente -sem admitir oficialmente elevar a taxa Selic.

“É a prova de que o que a candidata Dilma falava, a presidente Dilma não escreve. Duas caras”, afirmou o tucano.

O senador disse que, com a decisão do Banco Central, o país agora sabe “porque ela [Dilma] enrolou quando Aécio, em todos os debates, perguntou qual seria a receita dela para combater a inflação”.

Coordenador da campanha de Aécio, o senador José Agripino Maia (DEM-RN) disse que o reajuste de 11% para 11,25% na taxa Selic é apenas o “começo” de novos aumentos de preços no país.

“Lamentavelmente, vamos assistir depois desse aumento negado a campanha inteira reajustes nos combustíveis e nas tarifas de energia elétrica. Como sempre, o PT nos acusa daquilo que eles vão fazer, daquilo que é a prática deles”, afirmou Agripino.

O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), disse que a decisão do Banco Central foi preocupante. “[Foi uma decisão] Preocupante, surpreendente, não era o que se esperava, mas o governo tem os dados, tem os números para fazer esse tipo de reordenamento.”

Para o líder do DEM, deputado Mendonça Filho (PE), o aumento na taxa Selic provoca “constrangimento” ao Palácio do Planalto. “Essa decisão demonstra falta de compromisso da presidente com a verdade na campanha e com a realidade de vida. Aumentar a Selic três dias depois das eleições demonstra que houve um represamento administrado na conveniência eleitoral. Isso desmoraliza o discurso da presidente Dilma que, em vários debates, acusava tucanos de fazerem política com juros”, disse o líder.

SELIC

Em sua primeira reunião após a reeleição da presidente Dilma, O Banco Central surpreendeu nesta quarta-feira (29) e elevou a taxa básica de juros da economia de 11% para 11,25.

A alta do dólar e a piora nas contas públicas foram os motivos que levaram 5 dos 8 integrantes do Copom (Comitê de Política Monetária) a decidir elevar a taxa Selic. Entre os cinco estão o presidente do BC, Alexandre Tombini, e o diretor de Política Econômica, Carlos Hamilton.

Durante sua campanha, a presidente buscou associar seu adversário Aécio Neves a uma política de juros altos contra a inflação. Em um discurso, disse que o PSDB “sempre plantou dificuldades para colher juros”.

O aperto monetário três dias após a reeleição é uma tentativa de reconquistar a credibilidade da política de combate à inflação.

Nessa linha, a equipe econômica deve anunciar na próxima semana um pacote fiscal, com redução de gastos e aumento de receitas, para reverter a piora das contas públicas, hoje no vermelho.

Folha Press

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Política

Eleições: Aloysio Nunes é vice de Aécio na chapa tucana; Agripino confirmado para coordenar campanha

910519-cpi_senado_petrobras_9Foto: Antônio Cruz – Agência Brasil

O PSDB anunciou hoje (30) o nome do senador Aloysio Nunes Ferreira (SP) como vice na chapa do senador e presidente do partido, Aécio Neves (MG), na disputa pela Presidência da República em outubro. No último dia 14, o partido oficializou, em convenção nacional, a candidatura de Aécio, com a aprovação de 447 dos 451 delegados votantes, mas ainda não havia confirmado o nome do vice.

Aloysio Nunes criticou a gestão da presidenta Dilma Rousseff e destacou que os brasileiros querem mudanças na condução política do país. As principais bandeiras defendidas pela legenda têm sido o controle da inflação e o combate à corrupção. “O Brasil quer mudar, quer um governo diferente, um novo fôlego e novo impulso e Aécio conseguiu encarar esse desejo.”

Aécio explicou que a escolha por Nunes, entre as opções que o partido tinha, foi motivada pela coerência do senador. “A trajetória exemplar de Aloysio na vida pública fazem com que a partir de agora a nossa caminhada se fortaleça.”

Aloysio Nunes Ferreira Filho, líder do PSDB no Senado desde o ano passado, é formado em direito pela Universidade de São Paulo. No período da ditadura militar, Nunes ficou exilado durante quase dez anos na França, onde se formou em economia política e fez mestrado em ciência política pela Universidade de Paris.

Com o fim do regime militar, Nunes voltou para o Brasil e se elegeu, por duas vezes, deputado estadual pelo PMDB e, na mesma legenda, foi deputado federal entre 1995 e 1999. Este ano, filiou-se ao PSDB e foi eleito deputado federal por dois mandatos seguidos.

O paulista de São José do Rio Preto também foi vice-governador de São Paulo entre 1991 e 1994, e, em Brasília, foi ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República de 1999 a 2001 e comandou o Ministério da Justiça, em 2001 e 2002, durante o governo Fernando Henrique Cardoso.

Há quatro anos, Aloysio Nunes ocupou o cargo de secretário-chefe da Casa Civil do governo de São Paulo que, na época era administrado por José Serra. Em outubro de 2010, Nunes foi eleito senador com mais de 11 milhões de votos.

Aécio ainda anunciou que o senador José Agripino Maia, líder do DEM, será o coordenador da campanha da chapa. O DEM firmou aliança com o PSDB na maior parte dos estados. Os dois senadores devem participar da Convenção Nacional do DEM, no início da tarde de hoje (30), em Brasília.

Agência Brasil

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