Saúde

COVID-19: Ventilar ambiente é mais importante do que passar álcool em tudo, segundo especialista

Foto: Ilustrativa

16 de fevereiro, 11h22: Desde o início da pandemia, tirar os sapatos ao chegar em casa, lavar sacolinhas de supermercado, tomar banho imediatamente após voltar da rua e borrifar álcool em tudo foram promovidos a hábitos típicos do novo normal. Como voluntária de uma vacina contra o novo coronavírus, adotei precauções ainda mais ortodoxas, como estocar máscaras feitas com tecidos antivirais e desviar de qualquer pessoa que teime em sair sem máscara pelas ruas. Mas é preciso tudo isso mesmo?

A cada dia cientistas apresentam estudos mais robustos sobre os modos de transmissão da Covid e concluem que a infecção por partículas suspensas no ar é muito mais provável do que tocar em uma superfície qualquer não limpa com álcool 70%. Isso significa que uma pessoa infectada tossindo, espirrando ou simplesmente falando em volume normal já está gerando partículas potencialmente contaminadas. Em um ambiente fechado ou mal ventilado, as micropartículas exaladas se acumulam à espera do próximo a ser alvejado.

Com essas novas descobertas, como ficam os antigos hábitos de higiene adotados contra a Covid? Para entender a efetividade dessas medidas, o blog ouviu a opinião de Vitor Mori, pesquisador na Universidade de Vermont e membro do Observatório Covid-19 BR.

Usar tapetes sanitizantes: “Não tem muito efeito instalar tapetes sanitizantes na entrada de estabelecimentos porque as vias de transmissão por superfície são muito menos prevalentes, são bastante raras, na verdade. Estudos de rastreamento de contato indicaram que a principal via de transmissão é por compartilhar o mesmo ar. Medidas como os tapetes não são totalmente inúteis, mas acabam sendo um foco desproporcional para uma via de transmissão que não é tão prevalente”.

Borrifar álcool em tudo: “Os estudos que elaboraram simulações de coletas de amostras próximas das condições do mundo real mostraram que, em superfícies, acabamos encontrando partículas do vírus, não o vírus com potencial de infectar outras pessoas. Estudos de rastreamento de contato indicaram que a principal via de transmissão é por compartilhar o mesmo ar. Nesse aspecto, borrifar álcool em tudo não tem muito efeito”.

Higienizar compras de mercado e limpar o sapato ao chegar em casa: “Em uma escala, diria que ventilação, uso de máscara e distanciamento são muito mais importantes do que fazer higienização de compras do mercado, limpar o sapato ou trocar de roupa quando chega em casa. É importante como higiene pessoal, mas para o vírus acaba sendo pouco efetivo”.

Máscaras antivirais: “O nível de proteção que uma máscara de pano ou cirúrgica oferece é muito limitado e depende do ajuste no rosto. O fato de a máscara ser antiviral não adiciona uma proteção extra muito grande. O mais importante é que a máscara tenha bom potencial de filtrar as partículas potencialmente contaminadas e que ela esteja bem ajustada. Não adianta muito a máscara ser antiviral se o ar sai pelos lados ou por cima”.

Desviar de pessoas sem máscara na rua: “A transmissão ao ar livre é muito mais rara e, para ocorrer, precisaria de uma interação por um período de tempo razoavelmente mais logo, com interação face a face e uma proximidade. Só cruzar com alguém na rua sem máscara não gera um alto risco de contágio, até porque o ar está em movimento. Não precisamos nos preocupar em desviar das pessoas sem máscara nas ruas, embora o ideal é que todos estejamos de máscara, cumprindo com as regras pré-estabelecidas como medidas de prevenção”.

O recado de Mori, doutor em Engenharia Biomédica, é simples: “As pessoas acabam ficando muito ansiosas com algumas situações e desenvolvem neuroses desnecessárias. O mais importante é a ventilação do ambiente. Se você não está fazendo medidas de ventilação e tomando os cuidados para barrar a transmissão pelo ar, não tem muito sentido focar tanto nas superfícies”.

Veja

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Diversos

Prédio da Sesap em obras: sindicato diz que servidores trabalham em ambiente insalubre e Governo do Estado trata com descaso situação

Após seis anos de reivindicações, o prédio da Sesap finalmente está sendo reformado. No entanto, para reduzir custos, o Estado decidiu realizar a reforma sem transferir os servidores para outro prédio. Submetendo os trabalhadores da secretaria a uma situação insalubre e perigosa, fazendo com que trabalhem com barulho, calor e muita poeira.

Além disso, no 3º andar da Sesap, existem duas servidoras grávidas que já passaram mal durante o expediente em decorrência da obra. A obra realizada tem transformado o ambiente de trabalho em um local caótico, causando adoecimento e medo nos trabalhadores.

A reforma no prédio da Sesap está sendo realizada em decorrência de denuncia realizada ainda em 2013 pelo Sindsaúde RN e reiterada, por meio de ação civil pública, pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) em 2014, quando a justiça solicitou urgência na realização de reformas no prédio.

Com as obras paradas, ainda em 2016, o juiz Luciano Athayde declarou em sentença judicial: “É de causar espanto a prolongada omissão da Administração Estadual diante do risco a que estão submetidos aqueles que lhes prestam serviços, cujas condições de trabalho são claramente temerárias e indignas”. Mesmo assim, a ordem de serviço para o início da reforma no prédio da Sesap só foi assinada em novembro de 2018.

Diante desse descaso com a obra e com os servidores públicos, o Sindsaúde RN encaminhou um ofício para o Ministério Público do Trabalho e aos órgãos competentes para relatar toda a situação e cobrar providências judiciais.

As informações são da Assessoria de Comunicação do Sindsaúde RN

Opinião dos leitores

  1. Ainda bem que temos a média salarial no Estado a melhor do Nordeste.A população que paga imposto que lasque.

  2. Correta a reclamação dos funcionários, o prédio da SESAP, como é de domínio público e do conhecimento de vários orgaos, tais como Governo do estado, promotoria, sindicatos, organizações de classe, corpo de bombeiros, etc.. É uma verdadeira bomba, e submeter o mesmo a uma reforma, com os funcionários dentro, e um herdeiro descalabro e falta de respeito. Com a palavra o ministério público e a própria secretaria. Eita governadora sem respeito aos funcionários, e estranhamente piora quando são fatos que envolvem os funcionários dessa pasta e os que dela precisam.

  3. uma mulher sem roma, votei mal, só pensa em passeia e viaja, essa é a vedadeira ideologia PTISTA , HOJE O PARTIDO QUE SEMPRE VOTEI NUNCA MAIS VOTO NELE

  4. Comum mesmo. Aqui na secretaria de educação, trabalhamos lado a lado com trabalhadores com lixadeira, marteladas, serra, furadeira…….e ninguém podia dizer nada.

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Clima

Cores das roupas influenciam ambiente de trabalho, diz estudo

A segunda-feira chegando hora de iniciar mais uma semana de trabalho. Você já parou para pensar pensou que a cor da sua roupa transmite energia e pode influencia o humor das pessoas?  Tons menos vibrantes, como azuis e vinhos, são os mais adequados e democráticos para o ambiente de trabalho.

Estudos comprovam que as cores transmitem energia e podem influenciar o comportamento e o humor das pessoas. No trabalho, não é diferente: assim como os tons usados nos ambientes podem fazer com que a pessoa trabalhe muito bem, renda, produza muito ou com que ela se sinta mais apática, as tonalidades escolhidas para as roupas, garantem especialistas, podem fazer toda a diferença. (Veja aqui as cores que caem bem no ambiente de trabalho)

De acordo com Marcele Goes, consultora de imagem pessoal e corporativa da Estilo sob Medida, na hora de se arrumar para o trabalho, um atributo do look que a maioria dos profissionais não está atenta ao se vestir é justamente o uso da cor. Enquanto algumas regras são seguidas à risca por grande parte dos trabalhadores, como o uso de terno e gravata para os homens e terninhos para as mulheres em ambientes mais formais, o comprimento correto das peças e o uso de tecidos de qualidade, poucos se dão conta se os tons do vestuário escolhido está ou não caindo bem.

Segundo Marcele Goes, a cor correta é aquela que se harmoniza com a coloração natural da pessoa:

— O tom correto ressalta a pessoa, e não a roupa.

Descoberta a palheta de cores que lhe favorece, é hora de pensar na mensagem transmitida pelas cores e aquelas que são adequadas para usar no trabalho. Segundo a consultora, para o ambiente corporativo, os tons menos vibrantes, como os azuis e vinhos, são os mais adequados e democráticos. O cinza grafite também é um tom neutro bastante democrático em ambientes mais formais. As outras cores podem ser utilizadas, também, mas depende bastante dos compromissos do dia, alerta Marcele.

Fonte: O Globo

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Jornalismo

Operação dos Bombeiros e Idema garante proteção contra incêndios florestais

O Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Norte (CBMRN), através da Seção Independente de Defesa Ambiental (SIDAM), em parceria com o Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do RN (IDEMA/RN), vem realizando, desde o dia 12 de dezembro de 2011, a Operação Abrace o Meio Ambiente (AMA).

A Operação, realizada pela primeira vez no Estado do Rio Grande do Norte, tem por objetivo garantir maior interação entre os bombeiros e os profissionais do IDEMA nas ações contra os incêndios florestais através do investimento em equipamentos de proteção individual, viaturas operacionais, entre outras estruturas necessárias para reforçar as ações de prevenção e combate a incêndio nas áreas de maiores riscos.

Em um mês de atuação, a Operação AMA atendeu a 210 ocorrências do tipo Incêndio Florestal, na região metropolitana e interior do estado, o que representa uma média de 7 ocorrências atendidas por dia durante todo esse período. Para a execução da operação estão sendo disponibilizadas seis viaturas, sendo três na região metropolitana e três no interior.

Neste período, a equipes percorreram três mil quilômetros a fim de atender todas as áreas atingidas pelo fogo, foram 420 horas trabalhadas e 31 bombeiros militares de serviço, em escalas extras, diariamente. Com este reforço operacional, o Corpo de Bombeiros Militar e o IDEMA conseguiram atender a 72,5% das solicitações, ultrapassando a meta inicial da Operação AMA que era de atender a 50%, nesta primeira fase da ação.

“Os dados estatísticos revelados no primeiro mês da Operação AMA, mostram que o CBMRN e o IDEMA estão no caminho certo. Apesar de algumas limitações estruturais, estamos conseguindo superar as metas da operação e aumentar ainda mais a eficiência do serviço prestado a população, que neste caso é a mais beneficiada”, disse o aspirante Ananias Targino, Chefe do SIDAM.

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Jornalismo

Professor da UFRN e assistente do MP emite parecer contrário a postos em supermercado

O projeto de lei que será votado hoje na Câmara Municipal de Natal prevendo a instalação de postos de combustível em supermercados conta com a reprovação de especialistas no assunto, que apontam para o perigo desse tipo de liberação.

Professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte e assistente da Promotoria de Defesa do Meio Ambiente, Angelo Roncalli alerta que “permitir um posto  funcionar dentro de um supermercado, seria como permitir construir um novo aeroporto no centro da cidade”.  “No caso de um aeroporto pelo menos temos uma INFRAERO que pode atuar de forma mais forte minimizando riscos. Temos um corpo de bombeiros com dificuldades, temos dificuldades com órgãos ambientais. Imaginem uma situação de pânico para evacuar uma área dessas. E no caso de um acidente ambiental junto com uma explosão?”, escreveu o professor no parecer.

Ele alerta para o risco iminente ao aqüífero de natal. “Natal tem um aquífero que precisa ser tratado com carinho e acima de tudo a população não pode correr riscos de integridade física. Só profissionais com dedicação exclusiva a atividade têm compromisso e responsabilidade nesse sentido, além de ter apoio de distribuidoras e corpo técnico especializado em operação que fazem treinamentos”, escreveu.

O professor Roncalli é contundente ao afirmar: “Combustível não pode ser apenas mais um produto de prateleira de supermecados. É muito RISCO ! Pessoas que atuam em supermecados no Brasil não conhecem NADA de revenda de combustíveis e por isso, vou até mais longe na minha analogia e digo que seria como ter um aeroporto no centro Natal sem uma INFRAERO presente”.

Opinião dos leitores

  1. Supermercado e Hipermercado não possuem capacidade no momento para operacionalizar postos de combustivel, que tem suas peculariedades. Acredito também que o efeito será contrário. Haverá uma concentração ainda maior nos grandes grupos do setor. Nada contra os grupos que operam o setor de combustivel com nível de qualidade aceitavel. Mas se a finalidade é aumentar a concorrência, o efeito será o oposto.

    1. Grupos que possuem grandes lojas, fazem fusões milionárias, operações de crédito e filiais em vários paises do mundo, "não possuem capacidade no momento para operacionalizar postos de combustivel"? É pra rir né? Os postos podem ter zilhões de "peculariedades" (acho que você quis dizer peculiaridades), na verdade, o pessoal dos super e hipermercados deveriam dar consultoria para os postos pois, o atendimento deixa muito a desejar. Dizer que concorrência faz os preços subirem, nunca vi isso em lugar nenhum no mundo, e caso isso não aconteça, (o que é praticamente impossível) os super e hiper serão mas dois no mundo de cartel que vivemos hoje no ramo.

  2. Concordo com todos os leitores acima….A miopia social ocorre quando o poder legislativo se vende tão fácil. Bom senso e certo esforço faz bem a todo mundo. O cartel esta preocupado, obvio, mas, repito sempre, o coletivo deve prevalecer. A cidade inteira tem postos sobre o lençol freatico dos mais diversos, o MP vem lutando no sentido de disciplinar a materia e o pessoal dos postos ainda não aprenderam.,

  3. Avisem a esse professorzinho que o Carrefour da Zona Norte tem um posto de gasolina e nunca houve qualquer incidente. O posto situa-se do lado de fora do supermercado e não do lado de dentro. Será que esse professor tem parentes proprietários de postos de gasolina e que pertencem ao Cartel local ?

  4. Concordo plenamente com o que Fábio Borges escreveu a respeito do parecer contrário sobre os postos de gasolina em supermercados, como ele falou é melhor fecha todos os postos, pois todos estão em áreas que precisam evacuar com rapidez, como é o caso do posto shell e o da Petrobras todos proximos ao Midway e outros mais. Será que não tem execesso de burocracia ou mesmo de má vontade por partes desse professor e do ministério público?

  5. Acho que alguem esqueceu de avisar ao professor que os postos não serão, literalmente, dentro dos supermercados. Já morei em uma outra capital que lá é permitido postos em supermercados, além do valor cobrado pelo combustível ser bem mais barato, nunca foi registrado acidente algum. Sei que acidentes não podemos prever, podemos previnir, mas posto de gasolina é posto de gasolina em qualquer lugar e um acidente no local é grave, idependente de onde ele esteja instalado. Sei tambem que, em um acidente próximo a algum centro comercial, as proporções são maiores mas se formos pensar assim teriamos que, pelo menos, desativar o posto SHELL próximo ao EXTRA e o posto próximo ao carrefour da ZN. Com relação ao aquífero de Natal, que eu saiba eles não ficam só embaixo de supermercados. E finalizando, fazer analogia com aeroporto e a IFRAERO, é no minimo cômico, entendi que o prof. quis dimensionar o perigo que é ter um aeroporto dentro de uma grande cidade, agora ponderar que a INFRAERO "pode atuar de forma mais forte minimizando riscos", ou o prof. nunca viajou de avião ou ele é adepto da filosofia da Marta Suplicy: "relaxa e goza". Não sou professor da UFRN e nem consultor do MP, mas na minha humilde opinião, acredito que seguindo todas as normas de seguraça e tendo uma fiscalização rigida e atuante, só quem ganharia seria a população, pois teriamos mais comodidade e com certeza, setiriamos um alívio no bolso. Não li a integra do documento, mas baseado nesses argumentos apresentados pelo blog, me faz acreditar em conflito de interesses, não queria, juro! Mas…

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