O torcedor do América-RN, que confessou ter matado o torcedor do CRB, Jônatas Daniel dos Santos, foi transferido na sexta-feira (13) para o Módulo de Segurança Máxima. A decisão foi do juiz de execuções penais, José Braga Neto, que levou em consideração as denúncias de agressão que ele teria sofrido dentro da Casa de Detenção, no Tabuleiro do Martins.
De acordo com José Braga Neto, Al Unser Ayslan Silva chegou à Casa de Detenção no Tabuleiro sem marcas de agressões e a suspeita é de que ele tenha sido torturado por agentes penitenciários. Ele afirmou que a transferência do acusado era fundamental para garantir sua integridade física.
“As agressões foram confirmadas e haverá a investigação para saber de quem partiu a tortura. Ele chegou à unidade prisional sem nenhuma marca de agressão pelo corpo e está mais do que confirmado que as lesões aconteceram na Casa de Detenção. O acusado afirma que foram os próprios agentes penitenciários os autores da agressão e isso será apurado”, disse Braga Neto.
Em depoimento, Ayslan afirmou também que foi torturado por agentes da Delegacia de Homicídios para confessar o crime.
A Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/AL) solicitou, na quinta-feira (12), que o Conselho Estadual de Segurança (Conseg) e o Ministério Público Estadual apurem as circunstâncias da prisão do torcedor potiguar. Os advogados de defesa de Ayslan disseram que a polícia negou o direito à cópia do primeiro depoimento, solicitada pela defesa, quando o torcedor negou o crime. Já em um segundo depoimento, quando Ayslan diz ter sido torturado para confessar o assassinato, consta que o advogado acompanhou a oitiva – o que ele nega. Após o fato, o advogado afirma ter recebido uma ligação, quando foi ameaçado de morte por um suposto membro da torcida do CRB. Em nota, a OAB disse que a ameaça se tratou de um mal entendido que já foi esclarecido.
Entenda o caso
Al Unser Ayslan Silva do Nascimento é acusado de ter matado a tiros na porta do estádio Rei Pelé o torcedor do CRB Jônatas Maciel dos Santos, após a partida realizada entre América (RN) e CRB, no último sábado (7).
Ayslan chegou a negar o crime, mas depois confessou a autoria alegando ter sido torturado.
Fonte: Portal Tudo na Hora
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