Tribuna do Norte:
A relação de dependência financeira dos clubes de seus dirigentes romperam os limites das sedes sociais. Primeiro ocorreu a revelação do presidente do ABC, Rubens Guilherme, informando que o conselheiro e ex-vice-presidente administrativo do clube, Fernando Suassuna, havia realizado uma comunicação extra-oficial à diretoria alvinegra cobrando uma percentagem de 30% do valor da negociação do atacante João Paulo, ameaçando levar o caso para Justiça. No América foi registrado um fato inédito no clube, o ex-presidente José Maria Barreto de Figueiredo se transformou no primeiro a levar o clube à Justiça cobrando o ressarcimento de R$ 207 mil referente a um valor emprestado ao alvirrubro na temporada de 2010.
Os casos são distintos, mas desnudaram o fim da relação paternalista entre dirigentes e clubes. Na questão de Fernando Suassuna, ele está disposto a discutir com o ABC o caso de clube formador de João Paulo, que antes de chegar ao alvinegro teve uma passagem relâmpago pelo CDF. Segundo a “Lei Pelé” clubes formadores têm sempre um percentual na venda de um jogador e este é o ponto a ser debatido.
O caso americano é mais complicado, a ação movida por José Maria Barreto é proveniente de cheques expedidos e não honrados. O processo corre na 17ª Vara Cível e o juiz já deferiu em favor do reclamante o pagamento de R$ 95 mil referente a quitação de cheques não honrados. O atual presidente Hermano Moraes não nega ter ficado surpreso com a ação.
Pelo contrário, o América é quem deveria cobrar os lotes da Pousada do Atleta que este senhor vendeu