Finanças

Amigo de Lula, Bumlai volta para a carceragem da PF nesta terça-feira, afirma advogado

BumlaiO pecuarista José Carlos Bumlai vai voltar para a carceragem da Polícia Federal (PF), em Curitiba, nesta terça-feira (6), segundo o advogado Edward de Carvalho. Bumlai foi alvo da 21ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada em novembro de 2015, e está em prisão domiciliar desde março deste ano devido ao tratamento contra um câncer na bexiga.

O pecuarista responde pelos crimes de corrupção passiva, gestão fraudulenta e lavagem de dinheiro. Por causa de complicações no tratamento, Bumlai teve o retorno à prisão adiado por duas vezes pelo juiz Sérgio Moro.

Ele deve chegar à carceragem por volta das 10h, segundo o advogado Edward. A defesa disse que o cliente ainda não está totalmente recuperado do tratamento e que existe a suspeita de outro tumor. “Pedimos uma perícia médica”, relatou o advogado.

Ainda nesta terça, Bumlai deve passar por outra perícia média solicitada pelo Ministério Público Federal (MPF) para avaliar as reais condições de saúde. O procedimento foi autorizado pelo juiz Sérgio Moro.

“(…) este órgão ministerial [MPF] já apontara as estranhas peculiaridades da situação médica do nominado que, diante da cessação dos motivos que o mantiveram em prisão domiciliar, sem laudos de exames realizados, informara a necessidade de realização de tratamento em suposto problema cardíaco, o que ocorreria por 12 semanas”, disse o MPF.

A Procuradoria também diz que as doenças surgiram só depois do decreto de prisão. “Causa ainda maior perplexidade a reiterada descoberta de novos problemas de saúde ou o início de tratamento de doenças apenas após a decretação da prisão preventiva do investigado”, diz.

Investigação

Réu na Lava Jato, Bumlai é acusado de ter contraído um empréstimo fraudulento no Banco Schahin de R$ 12 milhões em 2004. O destinatário final do dinheiro, segundo o Ministério Público Federal (MPF), foi o Partido dos Trabalhadores (PT).

Com relação à acusação de obstrução à Justiça, além do pecuarista, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS), o ex-chefe de gabinete de Delcídio Diogo Ferreira, o banqueiro André Esteves, o advogado Édson Ribeiro e o filho do pecuarista Maurício Bumlai também são réus na ação penal.

No dia 17 de agosto, Bumlai depôs sobre o sítio frequentado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Atibaia (SP), na sede da Polícia Federal em São Paulo. A Operação Lava Jato apura se Bumlai pagou por obras de reforma no sítio e se o imóvel foi dado ao ex-presidente em troca de contratos fechados pela Odebrecht e pela OAS junto à Petrobras.

O sítio está em nome de sócios de um dos filhos de Lula, Fábio Luis Lula da Silva, mas os investigadores suspeitam que o ex-presidente seja o real proprietário e tenha omitido o fato das declarações de renda. Lula nega, e diz que ele e a família frequentam o espaço na condição de amigos dos proprietários.

G1

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Moro aceita denúncia contra Bumlai, amigo de Lula, e outras 10 pessoas

BumlaiO pecuarista José Carlos Bumlai – Ailton de Freitas / Agência O Globo 01/12/2015

O juiz Sérgio Moro aceitou nesta terça-feira a denúncia contra José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Lula, e outras dez pessoas acusadas pelo Ministério Público Federal de envolvimento com o empréstimo de R$ 12 milhões feito ao pecuarista pelo Banco Schahin e que teria como destinatário final o PT. Entre os denunciados, agora réus, estão o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto; Maurício Bumlai e Cristiane Barbosa Dodero Bumlai, filho e nora do pecuarista; os ex-diretores da Petrobrás Nestor Cerveró e Jorge Zelada; o ex-gerente da estatal Eduardo Musa; o lobista Fernando Soares, o Baiano; e três representantes do Grupo Schahin, Fernando Schahin, Milton Taufic Schahin e Salim Taufic Schahin.

Bumlai vai responder por corrupção e gestão fraudulenta. Segundo o Ministério Público Federal, o Banco Schahin concedeu um empréstimo a Bumlai em 2004, no valor de R$ 12,1 milhões, que tinha como destino final o PT e que não foi pago. Para que o empréstimo fosse quitado, o banco concedeu empréstimos uma das empresas do pecuarista, a Agrocaieiras, no valor de R$ 18,2 milhões.

Em 2009, sem qualquer pagamento, a dívida foi quitada pelo banco. Segundo Moro, “verdadeira causa para a quitação da dívida seria a contratação da Schahin pela Petrobrás para operação do Navio-Sonda Vitoria 10.000” – um contrato de US$ 1,5 bilhão.

O juiz afirma que os executivos da Petrobras “teriam sofrido influências políticas, por agentes não totalmente identificados, para direcionar, fraudulentamente, o contrato para a Schahin e assim garantir a concessão de vantagem indevida ao Partido dos Trabalhadores”.

Ao aceitar a denúncia, Moro agregou trechos do que chamou de “aparente confissão parcial” de Bumlai, no qual ele admitiu que o empréstimo era destinado ao PT e que a quitação foi fraudulenta.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. ESSE CARA TEM OUTROS AMIGOS NAO É? ??? SÓ O LULA É? ??? QUE DANADO É ISSO? NAO GOSTO, NAO DEFENDO, NAO GANHO NADA COM ISSO, MAS JÁ TA FICANDO CHATO E REPETITIVO, ENFADONHO!!!!

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Finanças

GRAVE REVELAÇÃO: Em busca de obter pena menor, amigo de Lula, Bumlai diz que deu R$ 12 mi para caixa dois do PT

Para tentar obter uma pena menor, o pecuarista José Carlos Bumlai, o amigo do ex-presidente Lula que foi preso no dia 24 de novembro pela Operação Lava Jato, decidiu confessar crimes que cometeu. Ele contou nesta segunda (14) a delegados da Polícia Federal que pegou emprestado R$ 12 milhões do Banco Schahin em 2004 para repassar ao caixa dois do PT.

A informação foi publicada nesta terça (15) pelo jornal “O Estado de S. Paulo”.

Bumlai relatou aos policiais que metade desse valor foi destinado ao PT de Santo André, onde o partido teria sido chantageado por um empresário, Ronan Maria Pinto, que teria pedido R$ 6 milhões para não contar o que sabia sobre o caixa dois do diretório local e a relação desses recursos com o assassinato do prefeito Celso Daniel, ocorrida em 2002.

Os outros R$ 6 milhões foram enviados ao PT de Campinas para quitar dívidas de campanha, segundo a confissão de Bumlai.

No depoimento, que se tornou público nesta terça (15), Bumlai relata que soube que parte do dinheiro iria para Campinas por causa da presença de marqueteiros que atuavam na campanha daquela cidade. Sobre a remessa para Santo André, ele contou que só ficou sabendo em 2012 que os R$ 6 milhões seriam para calar um suposto chantagista.

As negociações para o empréstimo ocorreram em outubro de 2004, quando o PT participava do segundo turno de uma série de eleições municipais, entre as quais a de Campinas. Naquele ano, Dr. Hélio (PDT) venceu a disputa, tendo um candidato do PT, Demétrio Vilagra, como vice.

A dívida, de acordo com ele, nunca foi quitada. Antes de ser preso, Bumlai disse que pagara o empréstimo com embriões bovinos e negara enfaticamente que o dinheiro tivesse o PT como destino final. O PT afirma em nota que só recebe doações legais.

Bumlai contou que não fez nada para que o braço de óleo e gás do grupo Schahin conseguisse um contrato de R$ 1,6 bilhão com Petrobras, para fornecimento e operação de navios-sonda para prospecção de petróleo.

Procuradores dizem que o contrato com a estatal, assinado em 2006, serviu para quitar de maneira indireta a dívida com o banco.

O lobista Fernando Soares, o Baiano, relatou em delação que Bumlai agiu junto ao então presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, para que a Schahin ganhasse o contato em 2006. Tanto Gabrielli quanto Bumlai refutam essa versão.

Segundo Bumlai, foi o presidente do Banco Schahin na época, Sandro Tordin, quem solicitou a ele que fizesse o empréstimo para o PT. Inicialmente, segundo o pecuarista, ninguém lhe explicou claramente qual seria o destino dos recursos.

Bumali disse que numa ocasião Tordin lhe “revelou que os dirigentes do Banco Schahin iriam mantê-lo como ‘refém’, principalmente pela relação de amizade que o interrogando [Bumlai] possuía com o então presidente da República”.

Um dos donos do banco, Milton Schahin, disse em delação premiada que foi ele quem solicitou o empréstimo. O pecuarista relatou também que teve uma reunião no banco com Delúbio Soares, tesoureiro do PT em 2004, para confirmar que os recursos iriam para o partido. Dois marqueteiros que trabalhavam para o PT de Campinas (Armando Peralta Barbosa e Giovane Faviere) também participaram do encontro no banco, segundo Bumlai.

O presidente do banco, de acordo com o pecuarista, queria tanto que o empréstimo saísse que foi até a sua casa em Campo Grande (MS) para ultimar o negócio.

O pecuarista disse ter topado fazer o empréstimo porque queria manter boas relações com o PT e ficaria constrangido se não atendesse a um pedido do presidente do Banco Schahin, depois reforçado pela encontro com Delúbio Soares. Bumlai disse que, posteriormente, teve encontros com outro tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, para cobrar a dívida.

À época do empréstimo, Bumlai disse ao banco que o recurso seria usado para comprar uma fazenda de Natalino Bertin, um dos donos do grupo homônimo, o que explica o fato de que os recursos saem do banco e vão por meio de duas transferências para Bertin.

Na confissão, ele relatou que Bertin repassou o dinheiro para o PT, mas nega que o empresário soubesse que era uma operação para beneficiar o PT. Bumlai afirmou acreditar que o PT tenha feito outros empréstimos junto ao Schahin para o caixa dois do partido, feitos por laranjas.

O depoimento de Bumlai começou por volta das 15h desta segunda (14), no mesmo horário em que procuradores da Lava Jato apresentavam à imprensa a denúncia contra o pecuarista, na qual ele é acusado de corrupção, lavagem de dinheiro e fraude bancária. O interrogatório só acabou por volta das 21h. A PF avisou os procuradores que estavam com uma nova prova importante, mas a entrevista coletiva dos procuradores já havia sido marcada.

Confissão espontânea é uma figura prevista no Código Penal e serve para atenuar a pena. Difere da delação porque o investigado não precisa assinar um compromisso no qual se compromete a revelar tudo o que sabe.

A versão de que Bumlai repassou recursos para o PT a partir de um empréstimo foi relatada pela primeira vez pelo publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza em 2012, após ter sido condenado a 40 anos de prisão no processo do mensalão.

Ele contou que os R$ 6 milhões destinados a Ronan Maria Pinto seriam usados pelo empresário para a compra do jornal “Diário do Grande ABC”. Marcos Valério, que buscava fazer um acordo de delação após ter sido condenado, disse que fora procurado pelo PT para fazer a operação, mas que se recusara.

OUTRO LADO

O PT refutou que tenha recebido recursos ilegais de José Carlos Bumlai. Em nota, o partido disse que “todas as doações recebidas pelo PT aconteceram estritamente dentro da legalidade e foram posteriormente declaradas à Justiça eleitoral”.

O advogado de Sandro Tordin, Adriano Salles Vanni, também atacou a versão de Bumlai de que foi o seu cliente quem pediu para ele tomar o empréstimo.

Segundo Salles Vanni, Tordin era presidente do banco, mas não tinha poder para conceder um empréstimo de R$ 12 milhões. “O Schahin era um banco familiar e quem mandava de fato era a família”.

De acordo com o defensor, é mentirosa a versão de que Tordin tenha estado na casa de Bumlai para concluir a negociação do empréstimo.

O advogado afirmou ainda que o empréstimo feito em 2004 foi considerado regular pelo Banco Central, mas sua liquidação em 2009, não. Segundo ele, Tordin deixou o Banco Schahin em 2007.

O advogado de Bumlai, Arnaldo Malheiros Filho, não quis comentar a confissão. Ele disse, porém, que acha “temerário o Ministério Público oferecer uma denúncia contra quem não foi ouvido”.

Procurada pela Folha de S.Paulo, a advogada de Ronan Maria Pinto, Sonia Drigo, não foi encontrada. A reportagem também não localizou os defensores de Natalino Bertin.

Os advogados de Armando Peralta Barbosa e Giovane Faviere também não foram encontrados pela reportagem.

Folha Press

Opinião dos leitores

  1. As doacoes ao PSDB e DEMO pelo proprio Bumlai sao o q? Caixa 1 ou caixa 3?
    Haja parcialidade!

  2. IB o "japa" entende do riscado (corrupção),por isso foi escolhido…..trabalha na linha…."informação-contrainformação"além de ser o "gerente da carceragem da PF em Curitiba …..

  3. Na agenda do Bumlai se encontrou nomes como de Ronaldo Caiado e alguns tucanos; mas ele é considerado apenas amigo de Lula! O banqueiro do BGT não é considerado amigo de Aécio. A parcialidade da imprensa brasileira é um veneno!

    1. Eu acho que esses tal de IB, acha que ter nomes do PSDB justifica a roubalheira desses canalhas do PT. Caraca meu!

  4. O japinha esta batendo na porta do chefão… chegando cada vez mais perto… se apertar Bumlai abre o bico e entrega muito mais gente corrupta da cúpula do PT

    1. Você fala do japinha bonzinho que vende documentos secretos para bnaqueiros corruptos e que já foi até preso pela própria PF por corrupção? Curioso é um cara desses está envolvido com uma investigação de corrupção da PF!

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Finanças

Amigo de Lula, Bumlai é denunciado sob acusação de corrupção e lavagem de dinheiro

Preso pela Operação Lava Jato, o pecuarista José Carlos Bumlai foi denunciado nesta segunda-feira (14) sob acusação de corrupção, lavagem de dinheiro e gestão fraudulenta, por suspeita de ter participado de um esquema de corrupção na Petrobras e ter repassado dinheiro ao PT.

Esta é a primeira acusação formal do Ministério Público Federal contra o empresário. Caso a denúncia seja aceita, Bumlai se torna réu e vai responder pelos fatos na Justiça.

Amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o empresário contraiu um financiamento de R$ 12 milhões com o banco Schahin, em 2004, cujos valores foram transferidos a pessoas ligadas ao PT, segundo a denúncia.

O empréstimo nunca foi pago. De acordo com o Ministério Público Federal, um acordo entre Bumlai e a Schahin, que atua na área de engenharia, garantiu que a empresa perdoasse a dívida em troca de um contrato de R$ 1,6 bilhão com a Petrobras, para a operação de um navio-sonda, em 2009.

Segundo a denúncia, Bumlai se valeu do seu relacionamento com Lula para obter o contrato, considerado “irregular” pela Polícia Federal.

Também foram denunciados nesta segunda o filho e a nora de Bumlai (Maurício de Barros Bumlai e Cristiane Dodero Bumlai), três executivos da Schahin (Salim Schahin, Milton Taufic Schahin e Fernando Schahin), os ex-diretores da Petrobras Jorge Zelada e Nestor Cerveró, o ex-gerente da estatal Eduardo Musa, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto e o lobista Fernando Soares, o Baianl.

O documento será apresentado ao juiz federal Sergio Moro, responsável pelos casos da Lava Jato no Paraná. Cabe a ele aceita-la ou não. Só depois disso é que Bumlai e os outros dez denunciados virarão réus.

CASO CELSO DANIEL

Parte dos R$ 12 milhões obtidos por Bumlai foram transferidos, segundo as investigações, a uma empresa de ônibus do empresário Ronan Maria Pinto -envolvido em desvios na Prefeitura de Santo André (SP), gerida à época pelo prefeito Celso Daniel (PT).

O silêncio de Ronan Pinto sobre o esquema de corrupção no município teria sido comprado pelo PT, segundo declarou o publicitário Marcos Valério durante as investigações do mensalão. Celso Daniel era coordenador da pré-campanha de Lula à Presidência.

A Polícia Federal do Paraná não fez, por ora, novas diligências sobre o caso. No relatório que indiciou Bumlai, os investigadores apenas concluem que parte do dinheiro obtido no banco Schahin foi parar na empresa de Pinto.

“Ao menos parcialmente, o [empréstimo] mútuo destinava-se a atender aos interesses do Partido dos Trabalhadores”, informou a PF, em relatório da última sexta-feira (11).

OUTRO LADO

Bumlai, preso preventivamente há quase três semanas em Curitiba, tem negado irregularidades.

Aos investigadores, afirmou que os empréstimos contraídos por si e por suas empresas foram regulares e que a operação com o banco Schahin foi quitada por meio da venda de embriões -a PF diz que a venda nunca existiu.

Em depoimento à CPI do BNDES, o pecuarista declarou que sua vida “foi construída pelo trabalho, com muito suor”, e disse que tem a consciência “absolutamente tranquila”.

“O tempo vai mostrar. Não privilegiei ninguém, não fiz isso nem aquilo, não tenho cor partidária, não sou filiado a nenhum partido político”, declarou.

Folha Press

Opinião dos leitores

  1. Quem prova que Bumlai era "amigo" de Lula? As milhares de fotos existentes, em vários momentos, por anos, até mesmo na casa e chácara do "pobre" Lula, deve ser armação da imprensa marrom.
    Isso é revolta dos inconformados, daqueles que não admitem que o pobre tenha vez.
    Coisa de coxinhas revoltados.
    Acho que será por aí as alegações do PT para justificar a corrupção, as pedaladas fiscais e esquema fraudulento que o PT tornou o Brasil

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