Foto: © Marcello Casal jr/Agência Brasil
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) registrou lucro líquido de R$ 20,7 bilhões em 2020, resultante da oferta pública de ações da Petrobras, realizada em fevereiro, da venda de ações da Vale e da Suzano, e das receitas com dividendos de empresas que receberam investimentos. O valor representa uma alta de 17% em relação ao lucro de 2019: R$ 17,7 bilhões. Os dados foram apresentados hoje (12), no Rio de Janeiro, pela diretoria do banco, em entrevista com transmissão virtual.
No quarto trimestre de 2020, o BNDES teve lucro líquido de R$ 7,0 bilhões, que, de acordo com a instituição, é um desempenho fortemente influenciado pelo resultado de participações societárias, principalmente as alienações de ações de Suzano e Vale, cada uma contribuindo com um lucro líquido de R$ 2,4 bilhões.
Para o presidente do BNDES, Gustavo Montezano, “o banco teve um desempenho bem robusto” e um papel crucial em ações para o enfrentamento da pandemia que atinge a economia brasileira. “Quando uso esse adjetivo me refiro a robusto em várias perspectivas, tanto no aspecto de execução de ações anticíclicas e entregas à sociedade que o banco fez no ano passado, como robusto também na performance e na execução da estratégia do banco, que, desde o início dessa gestão, a gente tem deixando clara, e o ano passado foi um ano de amadurecimento relevante dessa estratégia, e robusto também sob a ótica financeira”, disse.
Saúde
Montezano destacou a atuação do BNDES na área de saúde, considerada por ele como inovadora, com medidas emergenciais que permitiram a compra de equipamentos, luvas, álcool em gel e, mais recentemente, de oxigênio para atender às necessidades das unidades de atendimento a pacientes com a covid-19.
“O banco conseguiu puxar e trazer de volta mais do que nunca o seu S de social. Ter suas ações, decisões e operações vinculadas e direcionadas ao impacto da sociedade. O banco conseguiu, numa situação delicada e em um momento desafiador em termos sanitários, econômicos e psicológicos, uma bela entrega para o Brasil”, externou.
A ação total do BNDES – desde a linha de frente de combate à covid-19 até a saúde financeira de empresas do setor – somou R$ 155,4 bilhões. Com esse valor atualizado até março, foi possível ter 1,7 mil equipamentos médicos, 2,9 mil leitos dedicados à pandemia e quatro milhões de testes diagnósticos para a covid-19.
“Essa linha continua aberta e, para cada real doado por terceiros, o BNDES coloca mais um. Foi uma parceria do BNDES com a sociedade brasileira com mais de 30 empresas atuando focadas no impacto do propósito”, revelou.
Pequenas e médias empresas
Outra área de destaque, segundo o presidente do BNDES, foi o apoio do banco às pequenas e médias empresas, que, pela primeira vez na sua história, ofereceu em 2020 mais recursos para pequenas e médias empresas do que para as grandes.
Do total de desembolsos, 52% foram destinados a essas empresas. Esses desembolsos a micro, pequenas e médias empresas atingiram R$ 34,1 milhões no ano passado, representando uma elevação de 27% em relação a 2019.
“O banco conseguiu apoiar, como nunca antes na sua história, de forma relevante direta e indireta, os pequenos e médios empresários brasileiros. O total dessas ações para as pequenas empresas e pessoas físicas, através do repagamento do PIS/Pasep [Programa de Integração Social e Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público] atingiu R$ 155 bilhões, número histórico na marca do banco na atuação neste segmento econômico”, afirmou, acrescentando que o total de empresas impactadas por esses produtos superou a 460 mil, com mais de dez milhões de empregos beneficiados. “Temos muito ainda a entregar para a sociedade”, completou.
Desembolsos
Também em 2020, os desembolsos do banco totalizaram R$ 64,9 bilhões, o que significa um aumento de 17% frente a 2019. O financiamento a comércio e serviços subiu 66% na comparação com o ano anterior e atingiu R$ 10,3 bilhões, puxado pelas medidas anticíclicas de combate à crise da covid-19.
A infraestrutura também teve destaque com R$ 24,8 bilhões em desembolsos, sendo R$ 15,8 bilhões para os subsetores de energia e R$ 5,9 bilhões para os transportes rodoviário e ferroviário. Os dois lideraram os volumes de operações.
Em 31 de dezembro de 2020, o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) foi responsável por 40,5% das fontes de recursos do BNDES e o Tesouro Nacional por 25,1%. Na mesma data, o valor devido pelo banco ao Tesouro Nacional alcançou R$ 195,3 bilhões. Em 2020, ingressaram R$ 17,8 bilhões do FAT e o volume de recursos do fundo com o banco somou R$ 315,0 bilhões em 31 de dezembro.
Patrimônio líquido
O patrimônio líquido do BNDES aumentou de R$ 104,8 bilhões ao fim de 2019, indo para R$ 113,0 bilhões em 31 de dezembro de 2020. O lucro líquido de R$ 20,7 bilhões foi atenuado pelo ajuste negativo de avaliação patrimonial, particularmente de participações societárias em não coligadas e pelo registro dos dividendos mínimos obrigatórios de R$ 4,9 bilhões.
Inadimplência
No fechamento do ano, a inadimplência acima de 90 dias recuou de 0,84% para 0,01%, desconsideradas as operações com honra da União. Com isso, retornou ao patamar de 2013, ficando abaixo da inadimplência média do Sistema Financeiro Nacional que atingiu 2,12% em 31 de dezembro de 2020.
O índice de renegociação chegou a 51,26% dos créditos naquela data, e, conforme a instituição, foi fortemente impactado pela suspensão temporária, no segundo trimestre, por prazo de até seis meses de amortizações de empréstimos contratados junto ao BNDES, nas modalidades direta e indireta, às empresas afetadas pela crise, medida conhecida no mercado como standstill, que alcançou 43% da carteira total.
“Essa medida foi tomada logo no início da pandemia no Brasil, quando ainda eram imprevisíveis os impactos da covid-19 no caixa das empresas. Apenas com essa suspensão de pagamentos, o BNDES beneficiou empresas que empregavam cerca de 2,5 milhões de pessoas”, informou o banco.
As despesas com pessoal em 2020 ficaram no mesmo patamar de 2019 e terminaram o ano em R$ 2 bilhões, o que inclui saúde e previdência.
Agência Brasil
Na era do ex-presidiàrio era muito difícil uma pequena e média empresa pegar empréstimo no BNDES como ocorre agora, e sim para financiamento de obras em Cuba,Venezuela, argentina e países comunistas da África, enquanto as obras de transposição do Rio São Francisco e muitas outras obras de infraestruturas no Brasil ficaram paradas.
O BNDES pegou empréstimo para ceder estes valores a esses países , que deram calotes.
Uma coisa que eu nunca vou compreender é o pq da comemoração dos lucros do banco. Na nossa vida diretamente isso muda em que? Vai encher o bolso dos banqueiros e já abastardos financeiramente, mas do trabalhador: Não muda nada! Pra quem trabalha dia a dia no batente o que muda é o preço da cesta básica. Tire suas conclusões para quem está sendo estruturada a política do país… Bolsonaro tem nojo de pobre.
Quando a política tem a lógica capitalista o dinheiro fica nas mãos dos grandes empresários e dos bancos, enquanto o povo come feijão e arroz a preço de ouro. Na venda dos botijões de gás e combustível, quem sai perdendo o poder financeiro?
??????????
Jeniu, se desfazendo massivamente de ativos da União seria impossível não lucrar, compreende? Bota o Tico e o teco pra funcionar, você consegue.
Foi só fechar a torneira que o dinheiro apareceu.
Volta LULA LADRÃO!!
Só assim da prejuízos.
O dinheiro é investido nos países vizinhos comandados pela Odebrecht.
Volta LULA LADRÃO!!!
É isso que o brasileiro quer??
Duvido.
Bolsonaro
2022.
Primeiro turno.
Curioso, minha renda anual é de 100 mil, perco meu emprego, vendo minha casa por 200 mil e digo pra todo mundo que ganhei mais dinheiro que nos anos passados…
Excelente!!! Mesmo com pandemia e tudo !