Pesquisa Datafolha divulgada nesta quarta-feira (22) aponta que 59% dos brasileiros são contrários a mudanças na atual lei do aborto. O índice caiu em comparação com a pesquisa anterior, de novembro de 2015, quando 67% defenderam que a lei continue como está. A maioria dos brasileiros, porém, ainda acredita que o aborto deve ser proibido e criminalizado.
Atualmente, o aborto é permitido em apenas três casos no Brasil:
quando a gravidez é resultado de estupro;
quando há risco de vida para a mulher;
se o feto for anencéfalo.
Nas duas primeiras situações, a permissão do aborto é prevista em lei. No caso de feto anencéfalo, foi resultado de um entendimento firmado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Em qualquer outra situação, o aborto é considerado um crime no Brasil.
O levantamento do Datafolha foi realizado nos dias 20 e 21 de agosto e entrevistou 8.433 pessoas com 16 anos ou mais em 313 municípios do Brasil. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%.
Com relação à punição sobre as mulheres que fazem o aborto, 58% dos brasileiros acreditam que ela deve acontecer independentemente da situação, ou seja, que as mulheres sejam processadas e que devam ir para a cadeia.
Já para 33% dos brasileiros as mulheres não deveriam ser presas ou passar por processo na Justiça por fazer um aborto.
Moradores fotografam rua na zona leste de São Paulo decorada para a Copa do Mundo – Joel Silva/Folhapress
Pesquisa Datafolha realizada na semana passada mostra que 48% dos entrevistados apontam o Brasil como favorito ao título da Copa do Mundo da Rússia.
Esse percentual, porém, já foi bem maior, por exemplo, às vésperas das Copas de 2014 (68%), no Brasil, de 2010 (64%), na África do Sul, e de 2006 (83%), na Alemanha, quando o time de Ronaldo, Ronaldinho, Adriano e Robinho naufragou nas quartas-de-final diante da França.
Segundo o levantamento, atrás do Brasil aparecem Alemanha (11%) e Argentina, Rússia, França e Espanha, todas com 2% —31% não souberam responder e 2% apontaram outra seleção como favorita.
“Não estou empolgado [com a Copa], muito pelo resultado da última [se referindo ao 7 a 1], mas vou assistir aos jogos. Naturalmente a empolgação pode aumentar conforme o time for vencendo as partidas”, diz o gerente de vendas Leandro Costa, 40.
Sobre o otimismo pelo título, o que se fala nas ruas também se vê no comando da seleção.
Nesta segunda-feira (11), em Moscou, o presidente da CBF, o coronel Antônio Carlos Nunes, disse ao comando da Fifa para já preparar a taça do hexacampeonato mundial. “Disse ao [Gianni] Infantino [presidente da Fifa] que ele pode preparar a taça para o Brasil. Quero levantar a taça.”
“Estou mais ou menos ansiosa para a Copa. Meus irmãos, que são mais fanáticos, estão mais que eu. No meu bairro, não pintam mais a rua como antes”, diz a recepcionista Tânia Ferreira, 29.
O favoritismo apontado para a seleção bate com a aprovação do técnico Tite, há dois anos no cargo. Ele assumiu a equipe após a sequência de fracassos de Dunga.
Entre os entrevistados, 64% consideram o trabalho do gaúcho de 57 anos como ótimo ou bom, contra 13% regular, 5% péssimo e outros 18% que não souberam opinar, percentual que também indica o desinteresse pela seleção.
A aprovação atual de Tite (64%) supera a de Luiz Felipe Scolari (51%) antes do Mundial de 2002, quando levou o penta no Japão, os 49% de Dunga em 2010 e os 62% de Parreira em 2006. Fica atrás, porém, dos 68% de Felipão antes do Mundial do Brasil, em 2014.
Segundo a mesma pesquisa, 53% dos brasileiros afirmam não ter nenhum interesse pelo Mundial. No final de janeiro, o índice de desinteressados era 42%. O Datafolha ouviu 2.824 pessoas em 174 municípios na quinta (7) e sexta-feira (8), e a margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
Segundo a pesquisa, a avaliação de Tite como técnico tem sido positiva. Com 64%, o gaúcho fica atrás apenas quando comparado com Luiz Felipe Scolari em 2014, quando a seleção foi goleada por 7 a 1**
Torcedor do Inter tira foto durante jogo do Campeonato Brasileiro – 15.abr.2018 – Dudu Contursi/Raw Image/Folhapress
O número de brasileiros que dizem não ter interesse nenhum por futebol cresceu consideravelmente nos últimos oito anos.
Em pesquisa Datafolha realizada de 29 a 30 de janeiro de 2018, 41% dos entrevistados disseram não ter interesse por futebol. O índice é dez pontos percentuais maior que o de pesquisa realizada em abril de 2010, a última que abordou esse tema.
O aumento daqueles que disseram não mostrar nenhum interesse pelo esporte foi acompanhado por quedas nas porcentagens de pessoas que dizem ter grande interesse (de 32% para 26%) e pequeno interesse (de 16% para 9%) pela modalidade.
O número de pessoas que dizem ter médio interesse por futebol apenas variou dentro da margem de erro da pesquisa, que é de dois pontos percentuais para mais ou para menos (de 22% para 23%).
O interesse é menor entre as mulheres: 56% das entrevistadas disseram não ter interesse em futebol. Entre os homens, o índice foi de 24%.
A pesquisa também mostrou que o futebol, pelo menos atualmente, não é o esporte das massas. As pessoas com menor poder aquisitivo, mais numerosas no país, são as que mostraram ter menos interesse no esporte.
Os mais pobres, representados na pesquisa nas faixas dos que têm renda familiar de até dois salários mínimos ou de dois a cinco salários mínimos, são os que apresentam maior porcentagem de desinteressados por futebol (45% e 37%, respectivamente).
Nem a Copa do Mundo da Rússia parece animar os brasileiros. Assim como na pesquisa sobre o futebol em geral, o número de interessados no Mundial caiu.
Comparando com pesquisa realizada em dezembro de 2009 –a última que mais se aproxima do período em que foi realizado o levantamento atual– a porcentagem de entrevistados que declararam não ter interesse no Mundial subiu de 18% para 42%.
FORA DO ESTÁDIO
O desinteresse dos brasileiros por futebol também se reflete no número de pessoas que dizem ir aos estádios e que praticam a modalidade.
Apenas um quinto (20%) dos entrevistados na pesquisa Datafolha disse ir regulamente aos estádios brasileiros para ver partidas de futebol. Índice idêntico ao de pessoas que dizem jogar regularmente.
Novamente, os homens, principalmente os mais ricos, são os que mostram mais interesse, indo mais aos estádios e praticando mais o esporte.
Apenas 4% das mulheres entrevistadas disseram jogar futebol regularmente. Entre os homens o número foi de 38%.
Já em relação à frequência nas arenas brasileiras, o público feminino tem representação mais significativa. Doze por cento das mulheres entrevistadas disseram ir a estádios de futebol regularmente. Entre os homens, 29% disseram que costumam ir a estádios.
O Datafolha entrevistou 2.826 pessoas em 174 municípios para a pesquisa.
Graças a Deus que está trazendo a tona toda a corrupção que estava entranhada nesse país a bíblia diz nada há encoberto que não venha ser revelado deus é quem está trazendo o juízo sobre o Brasil e não serjio moro apoio ele mas a glória é para deus somente
Parece que finalmente o povo brasileiro está saindo da letargia causada pelo futebol e abrindo o olho para as falcatruas nacionais. Tudo Graças a Moro, aos procuradores federais e à PF.
Após perder a mulher com quem viveu por 38 anos para um câncer, Paschoal Scaciotta, 68, se ajoelhava no banco da igreja e pedia a Deus por uma nova companheira para lhe acompanhar pela vida.
Acabou achando essa mulher, Marlene, na mesma igreja, vendendo livros e CDs na porta da catedral. Foi amor à primeira vista, diz. Sete meses depois, se casaram ali mesmo, na época ele com 64 anos e ela com 58, ao lado dos dez netos e seis filhos somados. “Sempre quis me envolver de novo. Procurava uma mulher maravilhosa como a minha, porque viver sozinho ninguém merece”, conta ele, que é representante comercial.
Paschoal representa os 79% dos homens idosos no Brasil que acham o casamento importante ou muito importante, segundo pesquisa Datafolha que entrevistou 2.732 pessoas -848 com mais de 60 anos. A porcentagem é bastante superior à das mulheres, de 61%.
A tendência se repete em outros recortes: quando pessoas abaixo dos 60 pensam no que será mais importante na velhice (8% deles dizem casamento, contra 3% delas) e quando idosos respondem o que era mais importante na juventude (16% deles dizem casamento, ante 10% delas).
Os resultados podem parecer uma inversão do senso comum -de que a mulher dessa geração é mais dependente do marido-, mas médicos e psicólogos que trabalham com idosos contam ver isso com frequência no dia a dia.
“O homem sabe menos ficar sozinho, é menos autônomo. A mulher faz sua própria comida, limpa a casa e, quando fica sozinha, acaba preenchendo esse tempo”, afirma o geriatra José Eduardo Martinelli, professor da Faculdade de Medicina de Jundiaí.
O locutor Ismael Gongora, 71, por exemplo, confessa que não consegue se imaginar solteiro novamente depois que se casou com sua segunda mulher, Joelita, há três décadas. “Às vezes quando temos uma briguinha eu fico pensando: ‘Puxa, ficar sozinho e começar tudo de novo?’ Não dá. Vou ter que reaprender a lavar roupa, limpar a casa… Minha mulher lava o alface dez vezes!”, brinca ele, que diz fazer tudo a dois, como pescar, assistir futebol e ir ao teatro.
Nessa idade, afirmam especialistas, normalmente tanto eles quanto elas procuram relacionamentos mais maduros, com afeto, companheirismo e interesses parecidos. Foi o caso de Paschoal. “Queria uma mulher de boa família, boa avó, boa mãe. Andei com mil e uma por aí, mas essa preencheu tudo o que eu precisava”, conta.
Isso não significa, porém, que as pessoas em idade avançada hoje tenham uma ideia necessariamente fechada e tradicional de casamento. Muitos procuram, já depois de velhos, relações “cada um em sua casa”.
Marlene, a mulher de Paschoal, mora em Maringá (PR), enquanto ele continua em SP. “É aquela coisa de ‘namorido’. Eu tenho as minhas coisinhas, ela tem as dela”, ele explica.
ANTES SÓ?
A pesquisa apontou também que os idosos são os que mais vivem sozinhos: um quarto deles não mora com ninguém -contra em média um décimo nas faixas etárias entre 25 e 59 anos. E metade deles gosta disso.
Entre as mulheres, que têm um “índice de viuvez” três vezes maior (33%) que o dos homens (11%), a satisfação com a solitude é maior. Enquanto 57% delas dizem achar ótimo ou bom morar sozinhas, o índice dos homens é de 39%.
De batom vermelho e riso fácil, Francisca Diniz, 63, é uma das que não titubeia ao dizer que hoje é muito mais feliz do que quando vivia com o marido. “Se eu soubesse como era bom, já tinha me separado há muito tempo”, brinca, com o sotaque cearense.
Faz 13 anos, quando tomou a decisão de se divorciar, que sua sensação preferida é a liberdade. “Quando saio, não preciso falar ‘vou em tal lugar, vou sair tal hora e vou chegar tal hora'”, diz ela, que adora bailes da terceira idade.
A psicóloga Ruth G. da C. Lopes, professora de gerontologia na PUC-SP, afirma que o sentimento é comum. “O que ouço muito delas [mulheres idosas] é que se tivessem um companheiro mesmo seria ótimo, mas, se não têm, é melhor ficarem sozinhas.”
Apesar de aproveitar o tempo com si mesma, Francisca agora está querendo “juntar” de novo. O namorado que conheceu há sete meses é o pretendente. “À vezes a gente sente aquela necessidade de ter uma pessoa ali para conversar, sabe?” Enquanto aguarda a companhia amorosa, a diarista aproveita o calor dos dois filhos e cinco netos, que a visitam quando podem.
O Datafolha mostrou que é mais comum os filhos frequentarem a casa de suas mães idosas do que a de seus pais. Já os netos tendem a visitar os dois avós igualmente.
A hipótese do geriatra José Eduardo Martinelli para isso é que homens avós oferecem aos netos uma dedicação que não puderam dar aos filhos. “Antes eles iam trabalhar, agora, com a vida feita, querem estar presentes, brincar.”
Ruth Lopes, da PUC, levanta outra possibilidade. “Se você pensar nos pais velhos mais ausentes, essa relação com os filhos muitas vezes está desgastada, mas os netos não passaram por esse contato conturbado”, diz ela.
“O avô que conversa, mostra recordações é muito importante.” Independentemente de idade, sexo, escolaridade ou renda, um fator é unanimidade entre os brasileiros: a família, apontada sempre como o aspecto mais importante da vida.
Pesquisa falha na metodologia… homens vivem menos, daí que na pesquisa nao mostra que segundo o IBGE, existem mais viuvas que viuvos.. sendo mais dificil para elas conseguirem um companheiro. E, os viuvos procuram mais novas, do que mulheres da mesma idade ou mais velhas, por questao cultural. Se fizessem a pesquisa por faixa de idade iguais, os resultados seriam diferentes.
"Viver sozinho ninguém merece" tem razões que a própria razão desconhece, "preciso"♡ DE UM Paschoal desse pra mim… venho com defeitos…brancos… todos convencionais.
Comente aqui