Os servidores da saúde decidiram hoje pela suspensão da greve iniciada no dia 11 de junho nos hospitais da Região Metropolitana e de Mossoró. A decisão foi tomada em assembleia estadual na manhã desta quinta-feira (10), no auditório do Sinpol.
O Sindsaúde reivindicava 27% de reajuste, referente a perdas salariais, além de uma tabela de qualificação e isonomia aos municipalizados. O governo afirmou que não poderia conceder reajuste, devido à Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
“Estamos saindo da greve, mas não estamos satisfeitos. Se estamos em crise, o governo deveria cortar os altos salários, como o do próprio governador e dos secretários, que dobraram em dezembro”, afirmou Manoel Egídio Jr., vice-coordenador do Sindsaúde. O sindicato prepara uma ação judicial pedindo a redução dos altos salários dos três poderes do estado.
Acordo de greve – Os servidores decidiram suspender a greve, mas prometem continuar mobilizados para acompanhar o cumprimento dos compromissos assinados pelo governo. Um documento foi assinado pela secretária-chefe do Gabinete Civil, Tatiana Mendes Cunha, assumindo novos prazos para a implantação das mudanças de nível atrasadas, a revogação do decreto que impede a licença-prêmio, e o início do processo para realização de um concurso público no primeiro semestre de 2016.
Além do cumprimento do acordo, os servidores prometem retornar à Assembleia Legislativa para cobrar a votação de uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que garante o pagamento de adicionais de insalubridade na aposentadoria da saúde, a retirada do PL da Previdência Complementar, o fim dos saques no Fundo Previdenciário e para acompanhar o envio da proposta de Orçamento de 2016. “O governo tem até o dia 30 para enviar o Orçamento do ano que vem. Vamos cobrar para que envie com a previsão de reajuste. Ou ficaremos para sempre com o salário congelado?”, questiona Manoel Egídio Jr.
Os servidores retornam ao trabalho a partir de hoje. Na segunda-feira (14), o Sindsaúde divulgará uma nova contagem do Corredômetro RN, levantamento do total de pacientes em macas nos quatro maiores hospitais, que continuará sendo feito após o fim da greve.
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