Judiciário

Procurador-geral da República circula com 80 homens e até helicóptero na segurança após alerta

JANOT4Procurador-geral da República, Rodrigo Janot – O Globo /Foto: Arthur Fernandes

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, chegou nesta sexta-feira por volta do meio-dia a Uberlândia, no Triângulo Mineiro, para acompanhar o ato de repúdio ao atentado contra o promotor de justiça Marcus Vinícius Ribeiro Cunha, atingido nas costas por três tiros no último dia 21. Ele chegou sob forte aparato de segurança montado pela Polícia Militar. Cerca de 80 homens fazem neste momento a segurança do procurador no entorno da sub-sede da OAB, onde ocorre o ato. No efetivo policial, há ainda um helicóptero e agrupamentos especiais, com atiradores de elite posicionados nos edifícios próximos.

Durante entrevista coletiva, Janot admitiu que conversou com o ministro da Justiça José Eduardo Cardozo sobre a sua segurança e que se deslocou até o município mineiro em um avião da FAB, cedido pelo ministro. Ele chefia a força-tarefa de procuradores que investigam o esquema criminoso na Petrobras.

— Eu não sou uma pessoa assombrada, mas alguns fatos concretos têm me levado a adotar algumas regras de contenção — disse, complementando que sua residência sofreu um arrombamento no mês passado, no qual foi levado somente o controle do portão principal de sua casa.

AMEAÇAS

Cardozo alertou Janot que a inteligência do governo detectou um aumento do risco contra ele e sugeriu que sua segurança fosse reforçada. Sem detalhar as ameaças, Cardozo afirmou que há “radicais se avolumando em vários segmentos”.

Janot, no entanto, não seria o único a correr riscos. Outras autoridades federais também seriam alvos e deverão ter a segurança ampliada. As ameaças estariam vinculadas às investigações da Operação Lava-Jato, que revelou um esquema de corrupção bilionário envolvendo empreiteiras, a Petrobras, ex-funcionários da estatal e partidos políticos.

Janot vai apresentar na próxima terça ou quarta-feira os pedidos de abertura de inquérito contra políticos ou de arquivamento relacionados às autoridades supostamente beneficiárias dos desvios da Petrobras.

A Procuradoria Geral da República (PGR) deve pedir a quebra do sigilo bancário de parte dos políticos investigados na Operação Lava-Jato, no momento das solicitações de abertura de inquéritos pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Outras duas diligências serão comuns nos pedidos da PGR: o depoimento de testemunhas e o compartilhamento de provas produzidas na primeira instância.

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Opinião dos leitores

  1. Não sei porque, mas isso me lembrou duas coisas: uma foi a morte até hoje não esclarecida do advogado Anderson Miguel, envolvido na Pecado Capital e quem sabe mais aonde; e a outra é o fato de as vezes o crime ser cometido por "outros" com a finalidade de jogar a culpa em alguém. Os americanos são especialistas nisso. Basta ver os filmes de agentes secretos que inspiram a realidade ou ela reflete. Como preferirem.
    O Procurador deve agir com isenção e impessoalidade, como o seu cargo exige. Isso o protegerá inicialmente. Depois, uma escolta permanente e um caldinho de galinha não faz mal a ninguém. Os interesses nesse caso da Petrobras envolve grandes corporações nacionais e internacionais, assim como políticos e empresários que vai da Odebrech a Chevron.

  2. COMO O MINISTRO DA JUSTIÇA BRASILEIRA É BONZINHO!!!
    QUANTA PREOCUPAÇÃO COM A SEGURANÇA JUSTAMENTE DO PROCURADOR QUE IRIA OFERECER DENÚNCIA CONTRA OS CORRU-PT-OS DA PETROBRÁS NOS PRÓXIMOS DIAS!!
    COMO TEM TRABALHADO ESSE MINISTRO – ULTIMAMENTE!!!
    O PROCURADOR DEVE ESTAR MUITO GRATO A ESSE GOVERNO POR TANTA PREOCUPAÇÃO COM A SUA SEGURANÇA E GENTILEZA!
    COMO O BRASILEIRO É BONZINHO!!!!

  3. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, tem que ter muito cuidado para não ter o mesmo fim do promotor argentino Alberto Nisman, que foi achado morto após fazer uma denúncia em desfavor da presidente Cristina Kirchner.
    O perigo existe e deve ser levado à sério, não é mesmo Celso Daniel?

  4. A tática é de guerra com o objetivo de instalar panico junto as autoridades e frear as informações que seriam passadas oficialmente ao conhecimento público no dia de hoje e agora adiada para o dia 03 de março. A inteligência do governo detectou riscos e que há radicais se avolumando e porque não tomam outras providências? Muito estranho tudo isso a quem interessar possa. Março esta chegando e por se só já é considerado histórico.
    Vamos aguardar os acontecimentos.

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