Concepção artística do asteroide Bennu – Nasa
Dois anos após seu lançamento da Flórida, uma nave espacial da Nasa está se aproximando de um antigo asteroide, Bennu, para obter uma amostra de poeira espacial que poderá revelar pistas sobre o começo da vida no Sistema Solar.
A sonda, Osiris-REx, conseguiu inclusive sua primeira imagem borrada do corpo cósmico, que é aproximadamente do tamanho de uma montanha pequena, de cerca de 500 metros de diâmetro.
A nave espacial está projetada para se mover em uma órbita em volta de Bennu, a cerca de 1,5 km ou 2 km de sua superfície, para trazer à Terra uma amostra em 2023.
As primeiras imagens de Bennu foram tomadas em 17 de agosto a uma distância de 2,3 milhões de quilômetros da nave espacial de 800 milhões de dólares.
“Isto é o mais perto que já estivemos de Bennu”, disse Dante Lauretta, pesquisador principal de Osiris-REx, na Universidade do Arizona, Tucson. “É significativo porque agora estamos nas proximidades do asteroide”.
Bennu foi escolhido entre os cerca de 500 mil asteroides do Sistema Solar porque orbita perto do traçado da Terra em volta do Sol, tem o tamanho adequado para o estudo científico e é um dos asteroides mais antigos conhecidos pela Nasa. Os astrônomos dizem que existe uma possibilidade entre 2.700 de colisão com a Terra em 2135.
Também é um asteroide rico em carbono, o tipo de corpo cósmico que forneceu à Terra materiais que propiciaram a vida há bilhões de anos.
A missão não é a primeira a visitar um asteroide e tentar recolher uma amostra. O Japão fez isso antes e a Europa conseguiu aterrissar em um cometa. Mas é a primeira missão de retorno de amostras de asteroides para a Nasa, e seu objetivo é trazer à Terra a maior amostra da história, na ordem de 60 gramas.
Em dezembro, a nave espacial começará um estudo da superfície dos asteroides.
Folha de São Paulo com AFP
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