Clima

Abril começa com chuvas, após inverno ficar acima da média em março; veja situação de reservatórios, e municípios mais “banhados” do início do ano até o momento

Foto: Canindé Soares

A gerência de meteorologia da Empresa de Pesquisa Agropecuária (Emparn) divulgou o relatório das chuvas no mês de março no Rio Grande do Norte concluindo que o volume fechou 4% acima da média histórica, além de um bom volume, também houve uma boa distribuição espacial e temporal das chuvas em quase todo o Estado. Destaque para a Região Oeste que, em média, encerrou o mês que costuma ser o mais chuvoso, com valores que superaram os 200 milímetros. Em todo o Estado, a região Oeste foi a mais castigada com os anos seguidos de seca.

Segundo o meteorologista Gilmar Bristot, as chuvas abaixo de 100 mm concentraram-se basicamente na mesorregião Agreste, onde costuma chover com mais intensidade a partir de abril. O maior índice acumulado foi registrado no município de Martins com 425,4mm. De acordo com a análise pluviométrica (disponível na página da Emparn na Internet), “a média climatológica utilizada no estudo refere-se aos postos pluviométricos com mais de 30 anos de dados, no período de 1963 a 2007”.

Na Mesorregião Oeste, o volume médio previsto para março era de 197,5 mm e choveu 218,9 milímetros, 10,8% acima do esperado. Na Central, 5,1% a mais, e no Agreste, 13% acima do previsto. Para a região Leste estavam sendo esperados 166,9 mm e choveu 151,7, queda de (-9,1), segundo a Emparn. No Litoral Leste e na região Agreste o período chuvoso começa em abril.

Os dados atualizados, da empresa de pesquisa, mostram ainda que 11 municípios já atingiram volume de chuva em que o inverno é considerado normal. É o caso de Janduís, no Médio Oeste. De 01 de janeiro até 02 de abril, o acumulado no município é de 758,7 milímetros.

A faixa de “inverno normal” varia de município para município. A de Janduís vai de 602,3mm até 885,9mm. Acima desse volume o ano é considerado “chuvoso”. Se ultrapassar os 1.115,7, a condição é de “muito chuvoso”.

RESERVATÓRIOS

Com a intensificação das chuvas nos últimos dias, os três maiores reservatórios do RN começaram a tomar água. Entre 29 de março e 03 de abril, entraram na Barragem Armando Ribeiro 35,7 milhões de metros cúbicos; na Santa Cruz de Apodi 3,7 milhões e na Umari (Upanema), 18,3 milhões. Quatro reservatórios de pequeno porte, monitorados pelo governo, atingiram os 100% de capacidade. São eles: Encanto, Pataxó, Riacho de Cruz II e Beldroega.

Os reservatórios abastecidos pelas duas grandes bacias hidrográficas no semiárido, Piranhas/Açu e Apodi/Mossoró, acumulam, neste início de abril, 1 bilhão de metros cúbicos de água, ou 1 trilhão de litros.

Para as próximas semanas, os mapas meteorológicos mostram boa concentração de chuvas sobre o Nordeste brasileiro atingindo também o Rio Grande do Norte. Nos dois períodos observa-se a presença da Zona de Convergência Intertropical atuando sobre a região Nordeste e com previsão de que ocorram chuvas acumuladas acima de 150 mm nos próximos 15 dias.

ACUMULADO DE CHUVAS (01 de janeiro a 03 de abril de 2019)

Martins 856,1

Janduís 758,7

João Dias 676,8

Timbaúba dos Batistas 665,0

Baraúna 654,2

Extremoz 612,8

Rodolfo Fernandes 606,8

Campo Grande 598,4

Natal (Ufrn) 592,7

Serra Negra do Norte 580,2

Paraú 576,7

Major Sales 571,9

Tenente Ananias 571,3

São Vicente 564,0

 

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Diversos

Igarn projeta que reservas hídricas estaduais cheguem a até 50% após inverno; veja capacidade dos principais reservatórios

FOTO: FELIPE ALECRIM/IGARN

O interior do Rio Grande do Norte está entrando na sua quadra invernosa. Os mananciais potiguares, em algumas regiões, já começaram a ter aumento de volume. Entre os 45 reservatórios monitorados pelo Governo do Estado do Rio Grande do Norte, por meio do Instituto de Gestão das Águas do RN (Igarn), que possuem capacidade superior a cinco milhões de metros cúbicos, a estimativa definida pelo setor de monitoramento é que, seguindo a perspectiva de um inverno dentro do normal, as reservas hídricas superficiais possam terminar o período de chuvas com, aproximadamente, 50% do total que conseguem acumular, que é de 4,411 bilhões de metros cúbicos.

O diretor-presidente do Igarn, Caramurú Paiva, ressalta que caso se confirme uma quadra invernosa dentro da normalidade e os reservatórios atinjam os 50% das reservas hídricas superficiais totais, o estado do Rio Grande do Norte atingirá sua melhor situação de abastecimento desde 2013, quando, ao final do inverno no interior, acumulou 45,01% da capacidade total das bacias hidrográficas. “Em 2014, acumulou 39,93%; em 2015, 26,99%; em 2016, 20,18%; em 2017, 17,72%; e 2018, 31,50%”, relembra o diretor.

Com relação aos principais reservatórios estaduais, a barragem Armando Ribeiro Gonçalves, com capacidade para 2,4 bilhões de metros cúbicos, atualmente acumula 495,745 milhões de m³, em termos percentuais, 20,66% de sua capacidade. No início de março de 2018, a ARG acumulava 284,986 milhões de m³, ou apenas 11,87% de máximo que consegue acumular.

Já a barragem Santa Cruz do Apodi, com capacidade para 600 milhões de metros cúbicos, atualmente acumula 133,582 milhões de metros cúbicos. No mesmo período do ano passado estava com 13,84%, o que corresponde a 82,978 milhões de metros cúbicos.

Outro grande reservatório, Umari, que possui capacidade para 292 milhões de metros cúbicos, atualmente acumula 97,899 milhões de metros cúbicos. No mesmo período do ano passado estava com 13% de sua capacidade, 39,230 milhões de m³.

Atualmente, 7 reservatórios estão em volume morto, o que corresponde a 15,55% do total de açudes monitorados. Já os completamente secos são 8, em termos percentuais, 17,77%. No início de março de 2018, 17 mananciais estavam em volume morto e 15 secos.

Situação das lagoas

A lagoa de Extremoz, responsável pelo abastecimento de parte da zona norte da capital, está com 7,350 milhões de metros cúbicos, ou 66,38% do seu volume máximo que é de 11 milhões de metros cúbicos. Já a lagoa do Bonfim, que atende à adutora Monsenhor Expedito, 43,350 milhões de m³, ou 51,44% do seu volume total. A Lagoa do Jiqui permanece com 100% da sua capacidade.

 

Opinião dos leitores

  1. Desde o governo passado que o Igarn tem prestado grandes serviços na gestão dos reservatórios do RN. Não fosse esse trabalho estaríamos em condições muito pior. Só sendo muito ignorante para não saber disso.

  2. Além de onerar a máquina (in)administrativa do estado, para que mesmo serve o Igarn?
    Para adivinhar se vai chover? Ah, para isso já temos o Jornal de WM.
    Para acompanhar o "volume morto" da (biodi)gestão da renitente "gove do góipi"? Francamente.
    O RN é um imenso poço sem fundo.

    1. E SÓ AGORA É UM POÇO SEM FUNDO???? COM OS GOVERNOS DOS RIQUINHOS NAO ERA NAO ….??????????????????????? HOMEM PAREM COM ISSO… É MUITA HIPOCRISIA, CHATICE, BABOSEIRAS..!! E A MESMA COISA DO GOVERNO FEDERAL, JÁ FORAM ELEITOS ASSUMIRAM E AGORA AGUENTA QUE DOI MENOS….!!!

    2. Realmente, amigo, mais um órgão que deveria ser extinto no RN. A quantidade de sanguessugas dos parcos recursos do estado é enorme. Mas, duvido que isso vá mudar pois esses órgãos funcionam como cabides de empregos para apaniguados políticos. E ninguém gosta mais de uma "boquinha" do que essa turma da esquerda. Onde estão as ações efetivas para mudar a cara do RN e tirá-lo dessa crise financeira? Oremos.

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