Educação

Escola de Natal vai estender ano letivo até 2021 para valorizar aprendizagem

Após recesso, Maple Bear Natal vai concluir calendário em fevereiro para turmas de ensino infantil e fundamental. Fotos: Divulgação

Depois de um ano totalmente atípico, com interrupção das atividades, aulas on-line e retorno ao convívio presencial, tudo que a escola, os pais e os alunos desejam é que não ocorram prejuízos para o aprendizado. Por isso mesmo, a Maple Bear Natal vai encerrar o ano letivo de 2020 em 2021. A instituição vai ultrapassar o quantitativo de carga horária exigido para o ensino fundamental e cumprir mais do que o mínimo determinado para as turmas de ensino infantil.

De acordo com o Ministério da Educação, esse ano, os alunos do ensino fundamental devem cumprir 800 horas/aula. A carga horária leva em conta também as aulas remotas. Na Maple Bear Natal, os alunos já são matriculados para cumprirem mais de 1mil horas/aula e isso será mantido. As aulas vão até o dia 12 de fevereiro de 2021, com recesso entre os dias 23 de dezembro e 17 de janeiro.

No ensino infantil, o mínimo exigido pelo MEC, diante do atual momento, são 480 horas/aula. Na escola, os alunos dessa faixa tiveram acréscimo de 45 minutos na carga horária diária e aulas aos sábados. Dessa forma, a Maple Bear Natal vai ministrar mais de 600 horas/aula para as crianças. O calendário prevê um recesso de 24 de dezembro a 10 de janeiro, com as últimas turmas em aula até o dia 12 de fevereiro do próximo ano. As atividades aos sábados serão mantidas apenas no mês de dezembro e o acréscimo no horário diário permanece após o retorno. No ensino infantil, as aulas remotas passaram a contar para o ano letivo apenas após o retorno das atividades presenciais, em setembro.

“Nossa compromisso é com a aprendizagem dos alunos, preparar essas crianças para o próximo ano letivo. Entendemos que vão existir dificuldades e demandas e, por isso mesmo, já começamos a colocar em prática um plano de ação, para acompanhar esses estudantes. Nosso objetivo é diminuir ao mínimo possível qualquer tipo de prejuízo causado pela pandemia. A gente quer que os alunos da Maple Bear Natal aprendam com qualidade, sem atropelos, logo estamos dando mais dias de aula”, explicou Julyana Freitas, diretora da unidade do ensino infantil.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Educação

IDE e educador português debatem a transformação da escola em comunidade de aprendizagem

Foto: Divulgação

O Instituto de Desenvolvimento da Educação (IDE) põe em discussão a necessidade de transformar a escola enquanto resposta à falta de motivação de crianças e jovens para se manterem engajados com os estudos. “É cada vez mais comum as queixas das escolas quanto à dispersão dos estudantes que influencia nos resultados de aprendizagem e é preciso identificarmos os motivos e as soluções”, destaca Cláudia Santa Rosa, diretora executiva do IDE.

Constata-se que a escola predominante no Século XXI ainda é a mesma que foi estruturada há 200 anos. A crença é de que a aprendizagem só acontece por meio de lições repassadas pelo professor, num modelo de aula padronizado, com forte apelo às longas exposições. Consequentemente, a escola se mantém fechada nela própria, reduzida aos limites de um prédio, muitas vezes sem dispor das condições apropriadas ao desenvolvimento integral de quem aprende.

Para discutir uma pauta urgente, o IDE vem realizando uma agenda semanal de debates sobre importantes temas que afetam a escola, especialmente em tempo de pandemia. O projeto “Diálogos em Defesa da Educação” receberá o educador português, José Pacheco, idealizador da revolucionária Escola da Ponte, localizada no norte de Portugal, que vai discutir a necessidade de a escola ser repensada para sobreviver na atualidade. O encontro acontecerá nessa terça-feira (14), às 19h30, pelo Instagram @ClaudiaStaRosa.

O caminho para fortalecer a educação formal, que José Pacheco defende, é o da inovação, por meio da transformação da escola em comunidade de aprendizagem, um conceito que reconhece os círculos de vizinhança como potencialidades para ampliar os espaços de aprendizagens para além do prédio escolar.

“Pacheco é incansável na luta por uma educação libertadora. O que ele fez na Escola da Ponte já foi extraordinário, mostrou que a utopia pedagógica é realizável. Agora ele dá um passo adiante com a proposta de espalharmos comunidades de aprendizagens por todos os lugares”, comenta Santa Rosa, que, em 2008, defendeu tese de doutorado em educação a partir de uma profunda pesquisa realizada na Escola da Ponte.

A professora Santa Rosa vem implementando projetos em escolas de Natal, baseados em sua tese de doutorado, sempre com enorme sucesso, basta dizer que a escola com o IDEB mais alto do RN (7.1), foi a primeira que ela implantou a experiência: a Escola Estadual Hegésippo Reis, no bairro Nova Descoberta. Na Escola Estadual de Tempo Integral Dr. Manoel Dantas o trabalho começou em 2015. A instituição tinha medido IDEB 2.5 em 2013 e subiu para 5.8 em 2017. “Com essa Live queremos inspirar professores para inovar e o momento de retorno das escolas às atividades presenciais será muito oportuno”, destaca Cláudia.

Serviço

LIVE no Instagram: @ClaudiaStaRosa

Data: 14/07/2029

Hora: 19h30

Tema: Comunidades de aprendizagem – um novo jeito de fazer educação no retorno às escolas.

Debatedores: José Pacheco e Cláudia Santa Rosa

Opinião dos leitores

  1. Nos anos 70's quando andei ligado ao ensino, numa altura agitada (pós – revolução) aqui por Portugal, e quando se implemantaram inúmeras reformas do ensino, recordo-me de um mestre Rui Grácio que publicou um trabalho, que guardo, "Os Professores e a reforma do Ensino" pertence à Biblioteca do Educador Profissional. Neste trabalho lê-se: "…nada na vida individual e colectiva dos homens é alheio à política, banalidade que só a ignorância ou má fé se atrevem a impugnar."

    Vale a pena ler!

  2. Como pré-candidato a prefeito de Sao Vicente RN, Pedagogo com especialidades em Gestão de Negócios, MBA em Gestão de Pessoss (RH) e uma vida dedicada a Gestão na Petrobras, sonho com minha cidade transformada numa cidade voltada para a aprendizagem libertadora, numa comunidade de aprendizagem – um novo jeito de fazer educação.
    Identiquei-me na hora com o projeto, vou além, incluiria o item a parte, a escola com uma área especificas para preparação para concursos de acesso as melhores escolas ou empregos no Pais.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Comportamento

Baixo desempenho de aluno pode ser reflexo da falta de afeto

Antes de rotular um estudante como um aluno-problema, educadores devem investigar as razões do baixo desempenho, que, muita vezes, se torna empecilho para o avanço da turma e do seu próprio desenvolvimento social e intelectual. Alunos que apresentam problemas de rendimento e socialização devem ser acompanhados por orientadores educacionais e terem seu histórico escolar investigado para que haja um conhecimento mais aprofundado sobre seu perfil enquanto estudante.

Para a orientadora educacional da escola Pastor Dohms de Porto Alegre (RS), Vera Arlete Pereira, independentemente da idade do aluno, é necessário que haja um atendimento diferenciado. “Em caso de hiperatividade, é necessário que o aluno seja ocupado com mais atividades que o instiguem. No caso de um aluno com déficit de aprendizado, o professor deve se adequar às necessidades, não o excluindo da turma”, recomenda. Na visão de Vera, é essencial que esse estudante se sinta integrado. “Esse aluno não deve ser afastado. Uma opção é que ele seja escolhido como ajudante do professor, por exemplo. O aluno deve se sentir parte ao grupo”, destaca.

Em casos de grandes desvios de aprendizado ou conduta é necessária a intervenção dos pais. Segundo Vera, é importante que haja um diálogo aberto entre pais e escola. “A questão dos limites deve ser trabalhada. A sintonia entre escola e família ajuda o aluno a assimilar a conduta correta, tornando o processo mais natural”, diz.

Vera ressalta ainda que não existem casos perdidos. Mas que o apoio da família é essencial. Orientador educacional e ex-Coordenador de Programas para Juventude do Governo do Estado de São Paulo, Maurício Sampaio observa que tanto pais quanto educadores devem evitar rotular uma criança. Taxá-la como “problemática” pode acabar por influenciá-la e, assim, afetar sua autoestima e consequentemente levá-la a perder o interesse. Por fim, o aluno pode apresentar mais problemas de aprendizado e sociabilidade.

“A ‘criança-problema’ é o aluno com desvios comportamentais, dificuldades de foco e aprendizado, mas isso não significa que ela tenha uma anomalia. Pode ser apenas desinteresse pela matéria ou professor”, destaca. Contudo, acrescenta Sampaio, problemas sociais e familiares também devem ser levados em conta. “A falta de afeto influi nesse quadro. Atenção e carinho são essenciais. Uma criança com problemas de aprendizado pode se rebelar, apresentando problemas para chamar a atenção. Problemas de sociabilidade e de aprendizado muitas vezes andam juntos. Para isso, feedback de pais e educadores é importante no processo para minimizar os problemas”, afirma Sampaio.

Bem como Vera, Sampaio aponta o diálogo como passo inicial para uma ajuda ao aluno. “Traçar metas e objetivos junto a ela é importante para que a criança veja suas melhorias”, explica. Porém, se todos esses cuidados não surtirem efeitos, Sampaio destaca a necessidade de um acompanhamento profissional. “Caso nenhuma das medidas ajude a criança, é necessária a procura de profissionais capacitados, como psicólogos, que podem diagnosticar problemas psicológicos e, por meio de acompanhamento ou medicação, ajudarem na melhora dessa criança”, frisa.

 

Fonte: Terra

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *