Judiciário

PGR abre apuração preliminar solicitada pela deputada Natália Bonavides (PT-RN) sobre suposto uso da estrutura do Planalto nos interesses da defesa de Flávio Bolsonaro

Foto: Pablo Jacob / Agência O Globo

A Procuradoria-Geral da República (PGR) abriu uma investigação preliminar para verificar se há indícios da existência de crimes na utilização da estrutura do Palácio do Planalto nos interesses da defesa do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ).

No mês passado, a revista “Época” mostrou que as advogadas de Flávio se reuniram no Planalto com o presidente Jair Bolsonaro, o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno e o diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Alexandre Ramagem para pedir que apurassem eventuais desvios da Receita Federal na investigação patrimonial feita contra o filho do presidente, durante a investigação do caso da “rachadinha”.

A apuração preliminar foi aberta após solicitação da deputada federal Natália Bonavides (PT-RN), que apontou a ocorrência dos crimes de advocacia administrativa e tráfico de influência.

O procurador-geral da República Augusto Aras enviou manifestação ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira, na qual avisou ter aberto apuração preliminar sobre o assunto.

“A presente notícia-crime deu ensejo à instauração de Notícia de Fato no âmbito desta Procuradoria-Geral da República, a fim de viabilizar a apuração preliminar dos fatos narrados e suas circunstâncias, em tese, na esfera penal. Caso, eventualmente, surjam indícios razoáveis de possível(is) prática(s) delitiva(s) por parte dos noticiados, será requerida a instauração de inquérito nesse Supremo Tribunal Federal”, escreveu Aras.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Será que a esquerdopata aí já pediu também apuração preliminar sobre o desvio dos 5.000 milhões destinados à covid?
    #EsquerdaBandida

  2. Vocês que falam tanto desses 5 milhões, porque o TC, TJ, AL, MP estaduais, bem como as contrapartes federais nunca soltaram alguma nota? Será que os comentadores desse blog tem mais informações do que todos esses órgãos?
    Exerçam sua cidadania e acione algum órgão de controle ou fale com seu parlamentar.

  3. Já sabemos que a culpa de tudo é de Lula, de Fátima e do PT. Tudo o que a familícia faz não tem nada demais. Não é mesmo????

  4. Parabéns a deputada. É importante esse posicionamento ativo a corrupção. Sugiro também como forma de melhoria, que averigue os companheiros de partidos que são suspeitos de rachadinha.

  5. Por falar em safadeza, ela sabe onde está R$ 5.000.000,00 que o governo de Fatinha PT mandou para esse malgrado conluio, que parece que a sede e na baixa da égua.

    1. Vou pegar esses R$ 5.000.0000,00 e comprar de feno, farelo e sal par melhorar a alimentação de vocês.

    2. Já que ela é do ramo de dedurar os outros, por que não faz isso pelo estado? Cadê o dinheiro dos respiradores? Esquerda é igual a macaco. Simplesmente, não olha pra o rabo!

    3. E, as ambulância contrato super faturado. E o aumento para classes de auto salários e outras ñ. Dois de PT, congelando os SALÁRIOS dos PELAGAS E APOSENTADOS E PENSIONISTAS, REFORMA DA PREVIDÊNCIA, foi uma das piores do NORDESTE que praticou "DESIGUALDADE SOCIAL E INJUSTIÇA SOCIAL ".

    4. Não sei se sabe, mas talvez a gente descubra de onde saiu o dinheiro pra Flávio comprar 37 imóveis…e a origem dos R$89.000,00 na conta de Micheque…

    5. O cara veio defender bolsonaro mesmo sendo pego com as calças na mão!?!?!

    6. Valeu deputada , isso é que é atividade parlamentar. Parabéns !

    7. Ela não tem nada haver com os R$ 5.000.000,00 não, tem que perguntar a Fatão. Se um parente seu matar você vai ter que responder pelo crime? É cada papangu que aparece.

  6. Não sei dos dois qual é o que vai ter mais votos na próxima eleição. O trabalho dessa mulher só é esse?

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Judiciário

PGR arquiva apuração preliminar sobre Bolsonaro e filhos aberto após Facebook remover perfis ligados a gabinetes da família

Foto: Marcos Corrêa/PR

Procuradoria-Geral da República (PGR) arquivou uma apuração preliminar relacionada ao presidente Jair Bolsonaro e a dois de seus filhos, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) e o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).

O arquivamento foi comunicado ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira (28).

O caso envolve as investigações do Facebook que resultaram na remoção de contas ligadas ao PSL e a gabinetes da família Bolsonaro nas redes sociais da empresa. A representação contra a família Bolsonaro foi feita ao Supremo pela deputada federal Perpétua Almeida (PCdoB-AC) e gerou a abertura da apuração preliminar pela PGR.

Após a deputada acionar o STF, o ministro Alexandre de Moraes pediu que a PGR se manifestasse sobre a notícia-crime. O procedimento adotado por Moraes é praxe nesse tipo de ação.

Em parecer ao Supremo, o vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques de Medeiros, afirmou não haver elementos que justifiquem o início formal de uma investigação contra Bolsonaro e seus filhos por estes fatos.

“A ausência de fatos concretos que possam ser efetivamente atribuídos aos noticiados [Bolsonaro, Flávio e Eduardo] inviabiliza, portanto, a instauração de procedimento próprio. Destaque-se que nem mesmo o Facebook adotou qualquer medida em face deles, como seria o caso, por exemplo, da retirada das respectivas contas oficiais. E isso se deu, naturalmente, por inexistirem quaisquer elementos que vinculem-nos minimamente às acusações formalizadas por meio desta notícia-crime”, escreveu.

Facebook

Ao todo, o Facebook retirou do ar 35 contas, 14 páginas e 1 grupo no Facebook, além de 38 contas no Instagram. O Facebook, empresa responsável pelas duas redes sociais, afirmou ter identificado perfis falsos e com “comportamento inautêntico” — quando um grupo de páginas e pessoas atuam em conjunto para enganar outros usuários sobre quem são e o que estão fazendo.

Mesmo com os responsáveis tentando ocultar suas identidades, as investigações da rede social encontraram ligações de pessoas associadas ao PSL e a alguns dos funcionários nos gabinetes de Eduardo, no de Flávio, no do presidente da República, e também nos de Anderson Moraes e Alana Passos, ambos deputados estaduais pelo PSL no Rio de Janeiro.

Entre as páginas investigadas pelo Facebook está o perfil “Bolsonaro News.” O e-mail usado para registrar o perfil era de Tercio Tomaz, que já foi assessor de Carlos Bolsonaro, filho do presidente, na Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro. Hoje, Tercio é assessor especial do presidente, com gabinete no Palácio do Planalto, salário de quase R$ 14 mil por mês e apartamento funcional.

Publicações da página de Tercio atacam adversários políticos de Bolsonaro, como o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, e até ex-ministros do governo, como Luiz Henrique Mandetta e Sergio Moro.

Inquérito fake news

Ao STF, a deputada Perpétua Almeida afirmou haver fortes indícios da prática de inúmeras ações delitivas supostamente praticadas pela família Bolsonaro e aliados, utilizando-se da rede mundial de computadores, para a prática de crimes como calúnia, difamação, injúria e ameaça “contra o Supremo Tribunal Federal e seus ministros, além de agressões e ameaças contra o Poder Legislativo da União e os presidentes da Câmara [Rodrigo Maia] e do Senado [Davi Alcolumbre]”.

A parlamentar pediu que a notícia-crime seja incluída no inquérito das fake news, que investiga a disseminação de notícias falsas e ataques a ministros do STF.

Segundo a PGR, no dia 9 de julho, o material produzido pelo Facebook foi juntado ao inquérito que apura ataques ao STF e a disseminação de notícias falsas.

O vice-procurador-geral afirmou ao STF que a investigação do Facebook não tem elementos concretos contra Bolsonaro e seus filhos.

“Cumpre assinalar que os fatos retratados nesta notícia-crime não guardam relação com a investigação em curso no inquérito 4781 [fake news]. Neste, são apuradas notícias fraudulentas, falsas comunicações de crimes, denunciações caluniosas e ameaças associadas à honorabilidade e à segurança do Supremo, de seus membros e de familiares destes, desde que haja vinculação com a dignidades dos ministros. A apuração efetivada pelo Atlantic Council Facebook], por outro lado, não traz elementos concretos de envolvimento dos noticiados propriamente ditos com aquelas práticas”, afirmou.

G1

Opinião dos leitores

  1. Se hoje se admite e até se elogia esse tipo de procedimento e atitude, amanhã não poderá reclamar quando acontecer a mesma coisa e as mesmas atitudes se repetirem, se nomeando pessoas de fora das listas para colocar apadrinhados e gente do "esquema" para aparelhar as instituições.
    Quando invertemos e desconstruímos as regras que criamos para que isso não acontecesse, logo poderemos ser vítimas dos mesmos mecanismos e não teremos a quem reclamar, porque só achamos bom quando nos serve e nos é favorável.
    Pobre povo inculto, ignorante e sem noção do que estão fazendo ao destruir o que levamos centenas de anos para construir.

  2. CORRETÍSSIMO, seria um absurdo abrir um processo por causa de uma simples exclusão de uma rede social.
    Seria dizer que o Facebook ou outra rede social teria poderes para determinar aberturas de processos judiciais com a simples exclusão de uma conta, mesmo que nenhum delito tivesse ocorrido.
    PARABÉNS PROCURADOR.

    1. Esse comentário, Ricardo, é tão batido. Arranje argumentos mais convincentes. Seja inteligente

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