Com o aumento no número de casos de coronavírus no Brasil, alguns moradores de cidades mais quentes podem sofrer com alguns desdobramentos desagradáveis. Aplicativos de transporte têm notificado os motoristas para cumprir uma série de requisitos para evitar a propagação da doença. A cartilha recomenda que os condutores evitem ligar o ar-condicionado e viajem de janelas abertas. Outro pedido envolve evitar contato físico com os passageiros — como cumprimentos ao início ou fim das viagens —, higienizar as mãos e limpar partes do veículo, como o volante, câmbio e maçanetas. As empresas também sugerem que os motoristas mantenham desinfetantes, como álcool em gel, disponíveis nos carros para os clientes.
No rol de sugestões, está a indicação de que os motoristas cubram tosses ou espirros com lenços ou, na impossibilidade disso, usem o antebraço, além da ressalva de que se evite tocar olhos ou nariz. A maioria das orientações é parte da cartilha da própria Organização Mundial da Saúde (OMS).
Contudo, andar com o ar condicionado desligado evita, de fato, a propagação do vírus?
Algumas cidades brasileiras poderão sofrer com as altas temperaturas registradas durante o fim do verão. Em cidades como o Rio de Janeiro, com temperaturas acima dos 30 graus, é recomendável o uso do ar-condicionado — além, é claro, das questões de segurança que implicam no andar de vidros abertos. Especialistas, porém, dizem que, apesar de uma boa ventilação sempre ser uma boa medida, o ar-condicionado não é um fator determinante para a propagação do vírus. “Não há subsídio científico nenhum para isso. Se fosse assim, todos os aparelhos, de casas ou escritórios, deveriam ser desligados”, diz Elie Fliss, pneumologista e pesquisador sênior do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.
A principal medida, segundo Fliss, é evitar o contato físico com as pessoas. “A grande recomendação continua sendo lavar bem as mãos e manter álcool em gel nos carros, além de que os motoristas evitem cumprimentar os passageiros com as mãos”, encerra.
Estrutura destruída pelo fogo no CT do Flamengo — Foto: Ricardo Moraes/Reuters
Peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli, que estão no alojamento do Centro de Treinamento do Flamengo que pegou fogo no fim da madrugada desta sexta-feira (8) dizem que foi identificado um curto-circuito no ar-condicionado, segundo informações do comentarista de segurança do RJ1, Fernando Veloso. Dez jogadores das categorias de base morreram no incêndio.
A perícia ainda está em andamento e não há uma avaliação final das causas da tragédia. Ao todo, 10 pessoas morreram e outros três atletas ficaram feridos, um deles em estado grave.
A Prefeitura do Rio afirmou que o dormitório que pegou fogo no Ninho do Urubu não tem licença municipal. “A área de alojamento atingida pelo incêndio não consta do último projeto aprovado pela área de licenciamento, no dia 5 de abril de 2018, como edificada”, diz em nota. “No projeto protocolado, a área está descrita como um estacionamento”, frisa a prefeitura.
O município informou que a atual licença do CT tem validade até 8 de março deste ano e que “não há registros de novo pedido de licenciamento da área para uso como dormitórios”.
“Por determinação da legislação em vigor, a coordenação de licenciamento informa que só há inspeção neste tipo de edificação em casos de denúncia”, acrescenta. A Prefeitura vai determinar a abertura de um processo de investigação para apurar as responsabilidades.
Resumo
O incêndio no Ninho do Urubu começou às 5h17 em um dos contêineres adaptados como dormitórios. O fogo foi debelado às 6h30;
Três jovens saíram feridos, e um deles está em estado grave, com queimaduras;
Dez pessoas morreram;
Nove dos mortos já foram identificados: são atletas da base do Flamengo;
O presidente Rodolfo Landim disse tratar-se da pior tragédia da história do clube;
O governador Wilson Witzel e o prefeito Marcelo Crivella decretaram luto oficial de três dias.
Samuel, um dos atletas do Flamengo que sobreviveram, disse que havia muito fogo no local onde as vítimas estavam.
“A maioria não conseguiu porque a quantidade de fogo era muita. E aconteceu que o ar condicionado pegou fogo, daí foi gerando um curto-circuito em todos os ares-condicionados. Foi pegando em tudo. E foi muito rápido. Não deu pra conseguir chamar quase ninguém”, contou Samuel.
Sem documentação definitiva
Segundo a assessoria do Corpo de Bombeiros o CT, conhecido como Ninho do Urubu, ainda não possuía documentação definitiva dos bombeiros. De acordo com a assessoria de comunicação da corporação, o local está em processo de regularização de documentos junto ao órgão, o que significa que ainda não possui o Certificado de Aprovação (CA).
O certificado de aprovação atesta a existência e o funcionamento dos dispositivos contra incêndio previstos pela legislação vigente. A documentação não tem relação com o alvará de funcionamento (estabelecimentos comerciais) ou habite-se (imóveis residenciais), documentos que são emitidos pela prefeitura.
Em nota, o Corpo de Bombeiros informou que “a não existência do CA não significa, por si só, que o local não possuía os dispositivos, e sim que não era aprovado pelo Cbmerj”.
A Coordenação de Licenciamento da Prefeitura informou que o local tem licença para funcionar até o dia 8 de março deste ano, mas reforçou que no documento consta que o local onde ocorreu a tragédia seria um estacionamento, que não havia previsão de área edificada e não havia pedidos para construção de dormitórios.
‘Portas não estavam trancadas’, diz perícia
A perícia feita no local após o incêndio indicou que as portas não estavam trancadas no momento do incêndio e que as fechaduras foram encontradas abertas.
Uma força-tarefa foi montada no Instituto Médico Legal (IML) do Rio para a identificação dos corpos, já que todos estão carbonizados.
As chamas atingiram as instalações onde dormiam jogadores entre 14 e 17 anos, a maioria que não residia no Rio. Os bombeiros chegaram a dizer que todos eram adolescentes, mas não há informações oficiais.
Às 9h50, a polícia chegou ao Ninho do Urubu para fazer a perícia. Um inquérito foi instaurado na 42ª DP (Recreio dos Bandeirantes) para apurar as causas do desastre.
A película, ainda sem nome, é feita de polímeros transparentes, microfibras de vidro e revestimento de prata (Science/Divulgação)
Pesquisadores da Universidade do Colorado e da Universidade de Wyoming, nos Estados Unidos, desenvolveram um material que pode ser uma alternativa ao ar-condicionado e a outros sistemas de refrigeração tradicionais. Em artigo publicado pela Science, nesta quinta (09), os cientistas apresentaram uma película composta, sobretudo, por microfibras de vidro, capaz de dissipar energia térmica solar e, assim, provocar o efeito de resfriamento.
Em entrevista ao site de VEJA, o pesquisador Xiaobo Yin, um dos responsáveis pelo projeto, explicou que, ao contrário dos sistemas comuns, que demandam recursos energéticos e consomem muita energia para realizar o resfriamento, a novidade se trata de um método alternativo e sustentável de manter os objetos e ambientes refrigerados. “Opera 24 horas por dia sem consumir eletricidade ou água. Mas, é claro, tem o porém de que é necessário construir um sistema térmico, com o material, ao redor do ambiente para oferecer o resfriamento quando precisarmos”, explicou ele.
De acordo com o pesquisador, o novo dispositivo é promissor e pode satisfazer às necessidades de aplicações residenciais e comerciais. Uma das aplicações possíveis é utilizar a película para produzir um aparelho de ar-condicionado doméstico de teto, que não necessitaria de eletricidade para funcionar. Uma instalação de 20 metros quadrados da nova película (que ainda não ganhou nome) habilitaria uma refrigeração boa o suficiente para uma casa com aproximadamente 180 m². Mas as aplicações em larga escala também são viáveis, segundo Yin: “Podemos imaginar um sistema maior construído, por exemplo, em uma usina termoelétrica para diminuir o calor de seus motores, sem o uso de água. Vale lembrar que as usinas de energia são responsáveis por 1/3 do consumo total de água nos EUA”.
Alguns materiais existentes já obtiveram êxito nesse tipo de resfriamento natural e passivo, porém todos os casos de sucesso foram realizados durante a noite. O resfriamento diurno apresentava um desafio diferente, pois a absorção de energia térmica solar durante o dia excedia a potência de resfriamento do material, o que resultava no aumento da temperatura superficial. A novidade é que os cientistas conseguiram utilizar tal método durante o dia, e os experimentos apresentaram resultados positivos mesmo sob a intensidade do calor dos raios solares.
O material é leve e, segundo os pesquisadores, sua produção em larga escala é relativamente fácil. Os cientistas esperam que o sistema esteja disponível em breve no mercado, já que os custos de produção são baixos. “Demonstramos a rentabilidade de produção das películas. Nossas análises evidenciam que o metro quadrado do equipamento custa cerca de R$ 1,50 para ser produzido e, esse preço, inclui material, equipamento e mão de obra”, esclareceu Yin.
A criação do novo material é inspirada no modelo de refrigeração natural da Terra. Diariamente, a superfície terrestre absorve parte da energia térmica emitida pelo Sol e, o restante, retorna ao espaço por meio de um processo natural. Na tentativa de reproduzir esse método, o material de refrigeração foi desenvolvido em laboratório.
Para tal, os pesquisadores fabricaram uma fina película constituída por polímeros transparentes, com microfibras de vidro distribuídas aleatoriamente, e revestida por uma camada de prata. A combinação de materiais é capaz de refletir 96% da irradiação solar em condições ambientais similares ao de um meio-dia ensolarado. Assim, replica-se o efeito de um ar-condicionado.
A direção do Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel (HMWG) informa que o problema ocasionado pela falha no ar condicionado da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) Geral será sanado até o final da tarde desta quarta-feira (25). Técnicos da empresa de refrigeração responsável pela manutenção dos aparelhos de ar condicionado do hospital constataram que o defeito foi ocasionado por uma falha no sensor de proteção da unidade externa. Devido à dificuldade de encontrar a peça no mercado, o reparo só pode ser iniciado hoje.
A direção também informa que já esta finalizada a compra de novos aparelhos com potencia de 30 a 60 mil BTUs. A empresa vencedora da licitação tem sete dias para entregar os equipamentos.
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