Judiciário

Moraes vê indícios de associação criminosa em “gabinete do ódio”

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse no despacho sobre a operação desta quarta-feira (27) contra fake news e ameaças à Corte que as provas apontam para “real possibilidade” de associação criminosa envolvendo o chamado gabinete do ódio. Moraes é o relator do caso.

A operação cumpriu 29 mandados de busca e apreensão. Entre os alvos estão aliados do presidente Jair Bolsonaro, como o ex-deputado federal e presidente do PTB, Roberto Jefferson, e o dono da Havan, Luciano Hang, além de blogueiros.

No despacho, Moraes explicou que gabinete do ódio foi o nome dado, por parlamentares ouvidos no inquérito, ao grupo que espalha informações falsas e difamações na internet.

“As provas colhidas e os laudos técnicos apresentados no inquérito apontaram para a existência de uma associação criminosa dedicada à disseminação de notícias falsas, ataques ofensivos a diversas pessoas, às autoridades e às Instituições, dentre elas o Supremo Tribunal Federal, com flagrante conteúdo de ódio, subversão da ordem e incentivo à quebra da normalidade institucional e democrática”, escreveu o ministro.

Ainda de acordo com Moraes, a atuação dos integrantes do gabinete do ódio, que “atinge um público diário de milhões de pessoas”, é um risco para a independência dos poderes e para o Estado de Direito.

“Como se vê de tudo até então apresentado, recaem sobre os indivíduos aqui identificados sérias suspeitas de que integrariam esse complexo esquema de disseminação de notícias falsas por intermédio de publicações em redes sociais, atingindo um público diário de milhões de pessoas, expondo a perigo de lesão, com suas notícias ofensivas e fraudulentas, a independência dos poderes e o Estado de Direito”, afirmou Moraes.

Segundo as apurações citadas pelo ministro, “as postagens são inúmeras e reiteradas quase que diariamente”. “Há ainda indícios que essas postagens sejam disseminadas por intermédio de robôs para que atinjam números expressivos de leitores”, afirmou.

Os perfis investigados usavam hashtags criadas por seguidores como #STFVergonhaNacional, #ImpeachmentGilmarMendes, #STFEscritoriodocrime, #hienasdetoga, #forastf, #lavatoga, e outros, especialmente no período entre 7 e 19 de novembro de 2019.

Grupo de empresários

Moraes escreveu também que, segundo informações levantadas no inquérito, os empresários alvo de busca e apreensão nesta quarta integram o grupo Brasil 200, que reúne apoiadores do governo Bolsonaro.

“Também há informações de que os empresários aqui investigados integrariam um grupo autodenominado de ‘Brasil 200 Empresarial’, em que os participantes colaboram entre si para impulsionar vídeos e materiais contendo ofensas e notícias falsas com o objetivo de desestabilizar as instituições democráticas e a independência dos poderes”, disse o ministro.

Ele disse ainda que os empresários atuam de “maneira velada fornecendo recursos (das mais variadas formas), para os integrantes dessa organização”.

G1

Opinião dos leitores

  1. Este "ministro" não é aquele que alguns intitulam "advogado do PCC" e que foi indicado pelo indiciado és presidente Temer? Ah tá! Muito honesto. Rsrs!

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Polícia

PF indicia por associação criminosa todos os presos por ataque hacker contra autoridades

Foto: Reprodução/Internet

A PF indiciou por associação criminosa todas as seis pessoas presas pela invasão de celulares de autoridades, informa Mateus Coutinho na Crusoé.

Walter Delgatti Neto, Thiago Eliezer Martins, o DJ Gustavo Elias Santos e o motorista de Uber Danilo Cristiano Marques também irão responder por invasão de dispositivos telemáticos e interceptações, acusação que não foi feita a Suelen Priscila de Oliveira e Luiz Henrique Molição.

 

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Judiciário

MP denuncia Albert Dickson por peculato, falsificação de documento e associação criminosa

Foto: Divulgação/ALRN

O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) denunciou o ex-vereador de Natal Albert Dickson de Lima por peculato, falsificação de documento público e associação criminosa. Os crimes teriam sido cometidos entre janeiro de 2009 e dezembro de 2011 e renderam, em quantia atualizada, R$ 2.146.239,56.

A Justiça potiguar já acatou a denúncia do MPRN e tornou réus o ex-vereador, um assessor parlamentar dele, uma contadora, um advogado e dois empresários.

Confira matéria completa aqui no Justiça Potiguar.

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Judiciário

TJ: Desembargadores negam liberdade para advogado acusado de associação criminosa em Alcaçuz

Foto: Reprodução

Os desembargadores que integram a Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do RN negaram mais um Habeas Corpus movido pela defesa do advogado Floripes de Melo Neto, apontado como um dos envolvidos na “Operação Emissários”, deflagrada pelo Ministério Público Estadual por um suposto envolvimento dele e de duas advogadas com uma organização criminosa.

Os três advogados foram denunciados pela suposta prática de crime de organização criminosa (artigo 2º da Lei n.º 12.850/2013), após a captação de mensagens no âmbito da Penitenciária Estadual de Alcaçuz.

Veja detalhes aqui no portal Justiça Potiguar.

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Polícia

Deicor prende suspeito que arrombava caixas eletrônicos

Deicor prende suspeito que arrombava caixas eletrônicos

Homem faz parte de uma família de criminosos que tem ligação com o antigo grupo de Valdetário Carneiro

A Divisão Especializada de Combate ao Crime Organizado (Deicor) prendeu Diogenes Pereira da Costa (33 anos), suspeito de integrar uma associação criminosa que realizava arrombamentos a caixas eletrônicos, na manhã desta quarta-feira (02). Ele foi detido em cumprimento a um mandado de prisão temporária, que foi expedido em 29 de outubro deste ano, durante as investigações da Operação Explosion.

“No mês de outubro, nós conseguimos prender sete integrantes do grupo e estávamos desde então, em busca de efetuar a prisão de Diogenes, que foi detido quando estava no bairro da Cidade da Esperança. De acordo com a nossa investigação, ele era responsável pela logística do grupo”, revelou a delegada titular da Deicor, Sheila Freitas.

Diogenes Pereira da Costa, que saiu da prisão em junho, é integrante de uma família composta por pessoas que atuam no crime, há muitos anos no Rio Grande do Norte. “Tanto o pai, como a mãe e irmãos de Diogenes já respondem por vários crimes como o roubo aos bancos de Macau, que aconteceu em 2002. Na época do crime, o delegado de Polícia Civil Róbson Luiz de Medeiros Lira foi morto pelo grupo de José Valdetário Benevides”, detalhou a delegada Sheila Freitas.

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Polícia

FOTOS: Polícia Civil no RN desarticula associação criminosa que fraudava empréstimos consignados; golpe dado pelo grupo pode chegar a R$500 mil

IMG-20151110-WA0009 IMG-20151110-WA0010 IMG-20151110-WA0011A Delegacia de Polícia Civil de São Paulo do Potengi deflagrou a “Operação 171”, na manhã desta terça-feira (10), para prender suspeitos que estavam praticando o crime de estelionato na cidade. Na “171” foram presas três mulheres e um homem que conseguiam fazer empréstimos consignados fazendo uso de documentos falsos. A investigação revelou que o grupo pode ter conseguido sacar até R$ 500 mil.

A Operação que teve apoio das delegacias de Tangará e São José do Campestre cumpriu os mandados de prisão temporária em Parnamirim, Tangará e em São Paulo do Potengi. No bairro de Emaús, em Parnamirim, a Polícia prendeu a mãe Janeilma Malveira Xavier (53 anos) e o filho dela Alexandre Cesar Malveira Xavier (18 anos). Na casa deles foram apreendidas máquinas que são utilizadas para produzir documentos falsos, celulares e cédulas de identidades originais (de possíveis vítimas futuras). Em Tangará foram presas as irmãs Emanuele Raiane Xavier da Silva (21 anos) e Josefa Adna Daiane da Silva (28 anos).

Para conseguir os empréstimos fraudulentos, a associação criminosa ia até a residência de pessoas interessadas no tipo de transação e diziam que tinha como fazer o empréstimo de forma rápida e conseguir bons valores. As vítimas entregavam os documentos originais e o grupo de estelionatários falsificava os documentos. Os suspeitos procuravam homens e mulheres que tivessem idades similares às vítimas e conseguiam realizar os empréstimos e sacar os valores. A investigação revelou que a associação criminosa vinha aplicando este golpe na região, há aproximadamente quatro anos.

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Polícia

Polícia Civil desarticula associação criminosa que agia na região do Trairi; 15 suspeitos presos e adolescente apreendido

A Operação “Anjos Caídos”, coordenada pela Delegacia Especializada de Narcóticos (Denarc) de Natal, desarticulou uma associação criminosa que agia no tráfico de drogas, assaltos e homicídios em cidades como Santa Cruz e Tangará, na manhã desta quinta-feira (30). Foram presos, em cumprimento a mandados de prisão, três mulheres, 12 homens e apreendido um adolescente. Também foram cumpridos 15 mandados de prisão contra criminosos do grupo que já estão detidos em unidades prisionais e cumpridos mandados de busca e apreensão nos locais onde estavam os suspeitos.

A ação da Polícia Civil também contou com o trabalho de policiais civis de várias delegacias da capital e do interior do Estado, do Centro de Inteligência da Secretaria de Segurança e Defesa Social (Seded). A Operação teve o apoio do helicóptero Potiguar 1 da Sesed e da Delegacia Móvel. Durante a Operação, a Polícia Civil conseguiu apreender seis armas, dois quilos de droga (sendo 1,5 kg de maconha e porções de crack e cocaína).

As investigações revelaram que integrantes da associação criminosa, que já estavam presos, mandavam ordens de dentro do presídio para a execução de crimes que vinham acontecendo nas cidades da região do Trairi. O grupo praticou nos últimos meses crimes como assaltos a comércios e homicídios. “Acreditamos que com a desarticulação desta organização criminosa e a prisão destes integrantes na data de hoje, nós iremos elucidar a autoria de vários assassinatos que vinham acontecendo na região”, destacou o delegado da Denarc, Cláudio Henrique.

Foram presos durante a Operação:

1. Alexandre Rodrigues da Silva,27 anos

2.Anderson do Nascimento Ferreira, 28 anos

3.Angelica Patricia de Lima, 20 anos

4.Carlos Vlademir dos Santos, 19 anos

5.Daivid Raul dos Santos Pontes, 23 anos

6.Daniel Rodrigues de Freitas, 22 anos

7.Elisonara Rafael de Oliveira

8.Jamele Tavares de Souza, 19 anos

9.João Paulo de Lima Bezerra, 26 anos

10.Jorge Luiz de Souza Araujo

11. José Ferreira,22 anos

12.Leonardo da Silva , 34 anos

13.Robenilson de Medeiros Rodrigues, 18 anos

14. Viviane Ferreira Bezerra da Silva, 21 anos

15.Vitor Rocha da Costa,19 anos

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Judiciário

OPERAÇÃO ALCATRAZ: MPRN denuncia 97 por associação criminosa

5585-mossoro--promotores-finalizam-2.178-processos-no-mutirao-carcerarioO Ministério Público Estadual protocolou na manhã de hoje (09/12) um total de 16 denúncias contra 97 integrantes de organizações criminosas que atuam dentro e fora dos presídios do Rio Grande do Norte. De acordo com as investigações os presos se associaram para cometer crimes como tráfico ilícito de entorpecentes e assaltos. Outras denúncias ainda serão oferecidas, dentro do prazo legal.

As denúncias lembram em sua parte introdutória que a existência de organizações criminosas dentro do sistema penitenciário estadual já era mencionada desde o ano de 2003, quando diversas fontes relataram a existência de uma organização com atuação na Penitenciária João Chaves chamada de “Primeiro Comando de Natal (PCN)”.

As investigações atuais se aprofundaram com as provas obtidas por diversos meios, inclusive apreensões de documentos nas unidades prisionais, e indicam concretamente que os integrantes das organizações criminosas que atuam no Estado planejam e comandam crimes a partir dos presídios, compartilhando expertises, além de buscarem construir dois tipos de monopólio.

O primeiro é o monopólio de oportunidades no sistema carcerário, que diz respeito às oportunidades de comércio informal/ilegal que vicejam no universo carcerário, dando por meio da força, prioridade ou exclusividade aos que integram a organização criminosa. O segundo é o monopólio do poder político, com obediência não necessariamente consentida, às normas e às formas de conduta instituídas pela organização, assim como a definição de transgressão, acusação dos transgressores e a correspondente punição.

Essas hegemonias visam criar uma estrutura paralela ao Estado, ocupando o vácuo da débil ação estatal da porta para dentro do sistema e permitem uma expansão de poder dos grupos para além das prisões, gerando o controle de territórios, os quais são essenciais para o controle do comércio extremamente lucrativo das drogas ilícitas, eliminando aqueles que se opõe a este poder.

A relação entre o tráfico de drogas e os roubos se expressa na investigação, quando o tráfico é a atividade que arrecada receita corrente e os assaltos constituem espécie de receita de capital, uma atividade financiando a outra, intensificando-se assaltos por exemplo quando há grandes apreensões e, portanto, prejuízos à fonte de receita corrente.

Foi identificada a conta bancária de uma das facções, que teve sigilo quebrado por ordem judicial, da qual se observa expressiva movimentação, inclusive, vários créditos de R$ 400,00 referentes a contribuição mensal dos associados, apelidada de “cebola”.

No transcorrer da investigação ficou evidente a formação de diversas células com autonomia para diversos tipos de ação, embora o poder de decisão final sobre assuntos sensíveis às organizações criminosas ainda esteja concentrado em algumas lideranças.

Para que as lideranças de uma das organizações criminosas não percam o contato e o controle sobre as células que a compõem, foram criadas em uma das organizações as denominadas “sintonias”, dentre as quais merecem destaque:

a) a “Sintonia Geral do Estado”, responsável pela expansão e difusão da ideologia e métodos de outros Estados da Federação;

b) a “Sintonia Geral do Sistema”, responsável pelo controle e coordenação dos membros presos, pela resolução de conflitos dentro dos estabelecimentos prisionais e pela coordenação do tráfico de drogas dentro do sistema prisional, engloba, também, a “Sintonia do Salve”, responsável por difundir entre os presos os “salves” ordens e mensagens emanados pelas sintonias superiores;

c) a “Sintonia Geral da Rua ou Disciplina”, responsável pelo controle e coordenação dos membros que estão em liberdade e das ações executadas fora do sistema prisional;

d) a “Sintonia Geral dos Gravatas”, responsável pela interação e contatos com os advogados que prestam serviços regulares na defesa dos integrantes;

e) a “Sintonia Geral do Bicho Papão ou do Progresso”, responsável pelo gerenciamento do tráfico de drogas dentro e fora dos presídios, bem como por ações importantes ao fortalecimento da facção (fugas, grandes assaltos etc);

f) a “Sintonia Geral da Rifa”, responsável por coordenar a realização de rifas periódicas e obter prêmios, visando a fortalecer o “caixa” da facção. O sorteio é baseado na Loteria Federal e os integrantes da organização criminosa são obrigados a comprar e vender a rifa, tendo ciência dessa obrigação por ocasião do batismo;

g) a “Sintonia Geral do Livro ou do Cadastro”, responsável pelo registro dos “batismos” de novos membros, das exclusões de membros que incorreram em falta e dos “retornos” de membros que se reabilitaram.

As provas coletadas no decorrer da investigação identificam os detentos que cumprem essas funções e revelam toda a estrutura das organizações criminosas investigadas, sendo estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, com objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 4 (quatro) anos, havendo similitude de métodos, semântica, rituais e princípios nas duas organizações atualmente operantes no Rio Grande do Norte.

MPRN

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Polícia

FOTO: Polícia Civil de Assú desarticula associação criminosa

2014.11Uma operação realizada pela equipe da Polícia Civil de Assú, desarticulou um grupo de criminosos que atuava no comércio ilegal de peças para veículos, nas cidades de Itajá e São Rafael.

A ação, que aconteceu na última quarta-feira (19), conseguiu prender três homens e apreender um adolescente que vinham furtando motocicletas, desmanchando veículos, suprimindo e alterando sinais de identificação, além de vender peças e motos adulteradas.

A equipe policial, comandada pelo Delegado Carlos Brandão, prendeu Francisco Franciélio da Cunha, vulgo “Galego”, Emerson Ronan de Macedo Santos e Marcos Antônio Freire. No momento da prisão, os acusados foram encontrados com diversas peças de motocicletas roubadas, muitas destas enterradas e com adulteração do chassi.

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