Acidente

Número de mortes em acidentes aéreos atinge maior nível em quatro anos

AVIÃO PREPARA-SE PARA POUSAR EM AEROPORTO DE GUARULHOS, EM SÃO PAULO (FOTO: PAULO WHITAKER/REUTERS)

Em 2018, 523 pessoas morreram em consequência de acidentes aéreos em todo o planeta – o maior número registrado desde 2014, segundo a International Air Transport Association (IATA). O ano de 2019 segue a mesma trilha, com dois acidentes graves já registrados, com o Ethiopian Airlines Flight 302 e o Aeroflot Flight 1492.

Por que os aviões estão caindo tanto? A pergunta serviu de tema para muitos debates durante o encontro anual da IATA, no último fim de semana, em Seul, na Coreia do Sul. Um dos motivos pode ser o crescimento da demanda por viagens aéreas, que dificulta a vida das companhias, dos fabricantes de aviões e das agências reguladoras. Ao mesmo tempo, a intensa competições com empresas lowcost obriga as empresas a manterem os preços baixos.

Garantir a sobrevivência dos passageiros custa caro – e é aí que mora o problema, dizem os especialistas. “Para reduzir as despesas, as companhias estão seguindo o padrão mínimo de segurança exigido pela regulamentação”, disse Geoffrey Dell, da Central Queensland University, na Austrália, a Bloomberg.

É bom lembrar que voar ainda é bastante seguro: 4,3 bilhões de pessoas viajaram sem problemas em 2018, e a chance de um acidente é pouco mais de uma em um milhão.
Mas os problemas tendem a piorar. O número crescente de voos significa que serão necessários 340 mil novos técnicos de manutenção e o mesmo número de pilotos em 2037, segundo projeções da Boeing. E esses profissionais terão que ser treinados: erros humanos foram responsáveis por um terço dos 339 acidentes aéreos entre 2013 e 2017, segundo a IATA.

Investir na capacitação dos pilotos deveria ser prioritário. No entanto, o custo para realizar simulações é alto, o que levou companhias aéreas a pararem de realizarem os testes, segundo a Universidade Central de Queensland. O argumento para a melhoria do treinamento é forte: especialistas dizem que uma comunicação melhor com os pilotos poderia ter impedido os dois acidentes com o Boeing 737 Max, em outubro de 2018 e março de 2019, que mataram 346 pessoas.

De acordo com Ian Thomas, consultor sênior de aviação da Consultoria CAPA, em Sydney, companhias como a Boeing e a Airbus estão sendo pressionadas a desenvolver aeronaves em um curto período de tempo, para atender tendências de mercado. A Qantas Airways, por exemplo, pediu para que as duas empresas criem um avião que consiga realizar um voo direto de 20 horas entre Sidney e Londres. “Segurança e qualidade são importantes, mas o preço continua a ser o principal impulsionador”, afirma Thomas.

Época Negócios

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Economia

Confiança da Indústria atinge maior nível desde agosto

Foto: Arquivo Agência Brasil

O Índice de Confiança da Indústria, medido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), subiu 0,8 ponto de janeiro para fevereiro deste ano e chegou a 99 pontos, em uma escala de zero a 200 pontos. Esse é o maior nível do indicador desde agosto do ano passado.

Segundo a FGV, essa segunda alta do ano da confiança do empresário da indústria mostra que o índice se aproxima dos 100 pontos e indica que o setor começa a se afastar do fraco desempenho do segundo semestre de 2018.

A confiança subiu em 12 dos 19 segmentos industriais pesquisados. O Índice da Situação Atual, que mede a confiança do empresário no momento presente, avançou 1,8 ponto, para 98,8 pontos. A avaliação sobre o nível atual dos estoques subiu 4,7 pontos.

Já o Índice de Expectativas (IE) recuou 0,3 ponto, para 99,2 pontos. A expectativa dos empresários em relação à evolução da situação dos negócios nos seis meses seguintes recuou 2,4 pontos.

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada subiu 0,4 ponto percentual em fevereiro, para 74,7%, a primeira alta desde setembro de 2018.

Agência Brasil

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Economia

Intenção de consumo das famílias atinge maior nível em 3 anos, diz CNC

Foto: kleber.sampaio

A Intenção de Consumo das Famílias (ICF), medida pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), atingiu este mês 91,2 pontos. É o maior patamar do indicador desde junho de 2015 (91,7 pontos).

A ICF de dezembro é 4,2% maior que a do mês anterior (87,6 pontos), a maior taxa desde 2010. O número também é superior (11,7%) ao de dezembro do ano passado.

Apesar disso, o indicador se mantém abaixo dos 100 pontos e, portanto, ainda é verificada uma insatisfação dos consumidores. A última vez que a ICF ficou acima de 100 pontos foi em abril de 2015 (102,9 pontos).

A alta da taxa de novembro para dezembro foi provocada por crescimentos nos sete componentes do indicador, com destaque para a avaliação de que o momento é bom para a compra de bens duráveis (11,2%) e para a perspectiva de consumo (7,2%).

Para a CNC, os juros em queda, com inflação em baixa, formam o cenário que dá suporte a uma maior disposição das famílias para o consumo de eletrodomésticos, cuja característica é o crédito.

Já na comparação com dezembro de 2017, os componentes com maiores altas foram o nível de consumo atual (24,3%) e a perspectiva de consumo (16,4%).

Agência Brasil

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Diversos

Pessimismo dos consumidores atinge maior nível desde 2001

As perspectivas de queda na renda e de maior endividamento elevaram o pessimismo do consumidor ao maior nível em 14 anos. O Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec), elaborado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), caiu 2,5% em junho na comparação com maio e registrou o menor nível desde junho de 2001.

Quanto menor o índice, maior o pessimismo dos consumidores. Na comparação com junho do ano passado, o índice caiu 9,5%. De acordo com a CNI, a deterioração na confiança em relação à economia é preocupante porque os efeitos ultrapassam o consumo e levam ao adiamento dos investimentos das empresas, dificultando a recuperação da economia.

A maior queda foi registrada no índice de renda pessoal, que recuou 12,2% de um mês para outro. O indicador de estimativa sobre a situação financeira caiu 9,8% na mesma comparação. O índice de endividamento caiu 3,8%; e o de inflação, 0,6%. Em todos os casos, a retração no indicador demonstra piora nas expectativas.

Elaborado em parceria com o Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope), o Inec deste mês ouviu 2.002 pessoas em 141 municípios, entre 18 e 21 de junho.

Agência Brasil

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Diversos

Número de cheques sem fundos atinge maior nível para meses de abril desde 1991

chequeCom a desaceleração da economia e a inflação mais alta, o trabalhador cada vez mais está com a renda pressionada. Segundo a Serasa Experian, o percentual de devoluções de cheques pela segunda vez por insuficiência de fundos foi de 2,26% no mês passado, o pior índice para meses de abril de toda a série histórica, iniciada em 1991.

Em março, o percentual de cheques devolvidos foi de 2,32% e, em abril do ano passado, de 2,13%. Segundo os economistas da Serasa Experian, o recorde de inadimplência com cheques para um mês de abril pode ser explicado pela queda real (acima da inflação) da renda dos consumidores.

“Desemprego e inflação em alta afetam a capacidade de pagamento dos consumidores produzindo elevação de inadimplência em diversas modalidades, inclusive nos cheques”, diz a Serasa, que presta seviço de informações de proteção ao crédito.

No Rio, a devolução de cheques foi de 1,79% do total de cheques compensados, menor que a devolução de 1,82% registrada em março de 15. Em abril de 2014, a devolução de cheques pela segunda vez por falta de fundos no Rio havia sido de 1,58% do total de cheques compensados.

Entre as regiões, a Norte foi a que liderou o ranking, com 6,98% de cheques devolvidos, enquanto a região Sudeste foi a que apresentou o menor percentual, com 1,33%, de acordo com a Serasa.

O Globo

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