Segurança

Golpe em roteadores atinge milhares de casas no Brasil; quase metade das residências no país têm dispositivos vulneráveis

Casas com muitos aparelhos conectados à internet têm mais chances de estarem vulneráveis — Foto: Reprodução/Google Imagens

Um estudo da Avast divulgado nessa segunda-feira (18) aponta alto risco para residências que contam com algum tipo de dispositivo inteligente no Brasil. Segundo o relatório, 45% de todas as casas com muitos aparelhos conectados está vulnerável.

O perigo maior estaria em roteadores: dentre as mais de duas milhões de redes domésticas analisadas no país, 66% dos roteadores apresentam algum tipo de falha de segurança. Estão na lista também boxes multimídia, câmeras e impressoras conectadas à Internet. Entenda o problema e saiba os cuidados que se deve tomar.

Os dados fazem parte do Relatório sobre Casas Inteligentes 2019, realizado a partir de informações enviadas pelos próprios usuários por meio da ferramenta Avast WiFi Inspector, do antivírus Avast, em setembro de 2018. De acordo com a empresa, 45% das casas brasileiras têm mais de cinco aparelhos de uso doméstico conectado à rede e, desses, outros 45% têm pelo menos um dispositivo vulnerável.

Uma das principais razões da insegurança digital dentro de casa, segundo o levantamento, seria o uso de senhas fracas. Das residências analisadas pela Avast, 69% podiam expor dados do usuário por conta de credenciais fáceis demais de adivinhar ou da ausência de login em dois fatores. Smart TVs que rodam Android TV ou a Apple TV, que usa o tvOS, similar ao iOS, devem ter esse recurso ativado para afastar invasores.

Outro motivo relevante estaria relacionado à falta de atualizações constantes. Entre os lares avaliados, 31% estavam expostos a hackers por terem algum aparelho com software antigo que tem falhas conhecidas ainda sem a devida correção.

Os dispositivos residenciais inteligentes mais vulneráveis identificados pela Avast no Brasil são:

Dispositivo de rede (roteador, adaptadores de rede, modem ou hub): 40,6%

Câmera de segurança: 26,7%

Impressoras: 19,1%

Caixa de streaming de mídia (centrais multimídias, Chromecast e similares, gravadores de vídeo): 8,7%

TVs: 2,4%

Riscos e como se proteger

Aparelhos vulneráveis podem servir de porta de entrada para a invasão da rede por hackers. Criminosos podem aproveitar a brecha para aplicar uma série de golpes, que vão desde a alteração de páginas da web para capturar dados bancários, até a infecção de computadores com ransomware para pedir resgate em Bitcoin. Além disso, redes comprometidas facilitam o sequestro de dispositivos para uso em botnets, geralmente com o propósito de praticar algum tipo de invasão à infraestrutura de terceiros.

Para se proteger, usuários devem buscar atualizar o software do roteador (firmware) com frequência, assim que o fabricante disponibilizar. Também é importante usar senhas fortes em suas contas online – um gerenciador de senhas como o LastPass pode ajudar. Além disso, é importante ativar a autenticação em duas etapas de todos os serviços e sistemas operacionais que você utiliza.

Globo, via Avast e Techtudo

 

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Tecnologia

Golpe em roteadores atinge milhares de casas no Brasil

O Brasil lidera a lista de países com o maior número de roteadores MikroTik infectados ou expostos a ataques de mineração de criptomoedas. A ação foi batizada de JS:InfectedMikroTik e utiliza a vulnerabilidade do protocolo WinBox, descoberto no final de julho. Criminosos e hackers se aproveitam da falha para gerar moedas eletrônicas a partir do dispositivo do usuário. Na ocasião, mais de 280 mil roteadores tinham sido atacados.

A informação foi divulgada pela Avast, que identificou 85.230 dispositivos afetados no país e bloqueou conexões a URLs maliciosas mais de 22,4 milhões de vezes. De acordo com a companhia, 362.616 roteadores foram protegidos da vulnerabilidade. A lista de países infectados inclui, ainda, a Polônia (43.677 roteadores), Indonésia (27.102) e Argentina (24.255).

Roteadores da MikroTik dependem de atualização de segurança para escapar da vulnerabilidade — Foto: Divulgação/MikroTik

As chamadas campanhas de mineração de criptomoedas, como essa bloqueada pela Avast, envolvem malwares que invadem roteadores e outros equipamentos da rede. Eles forçam a navegação a passar por sites que rodem código de exploração de moedas virtuais no computador.

Embora, em geral, esse tipo de ataque não represente riscos de perda de dados e outros danos do tipo, os processos de mineração podem pesar bastante no sistema e provocar travamentos ou lentidão no computador. Na outra ponta, o criminoso apenas coleta o lucro, movimentando as moedas virtuais para sua carteira.

A vulnerabilidade WinBox incide diretamente sobre equipamentos de rede da MikroTik e pode ser de remoção complexa, já que o malware fica em ação dentro do roteador, e não do PC. Em alguns casos, a infecção pode, até mesmo, ter origem no provedor de Internet do usuário. Embora atualizações de segurança tenham sido liberadas desde julho pela fabricante, cabe ao usuário realizar o update para evitar que o roteador seja infectado e usado por criminosos.

No entanto, é essa resiliênica da campanha de mineração de moedas que vem surpreendendo os especialistas da Avast. De acordo com a empresa, após a divulgação desses casos, é normal que a ação do malware vá diminuindo, em virtude das correções de segurança aplicadas pelos fabricantes e pela atenção do público, o que não aconteceu.

A companhia acredita que a baixa quantidade de equipamentos atualizados no país esteja ajudando a dar sobrevida ao ataque. No Brasil, apenas 4,89% dos 314 mil roteadores da MikroTik presentes na base de usuários da Avast operam com sistema atualizado. Por isso, a melhor forma de garantir que seu equipamento a proteção do seu equipamento é mantê-lo atualizado.

Globo, via Techtudo

 

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Segurança

Golpe no roteador no país já atinge milhares de casas; saiba evitar

Um ataque de grandes proporções que atinge roteadores da MikroTik para minerar criptomoedas não para de crescer. Um novo levantamento aponta que o número de aparelhos afetados já chega a 280 mil em todo o mundo, com o Brasil no topo da lista de países com mais vítimas. A quantidade é cerca de 64% maior desde que o problema foi identificado, em agosto.

De acordo com o especialista em segurança Troy Mursch, 3,7 mil dispositivos foram infectados apenas nos últimos dois dias. O golpe envolve o sequestro do poder de processamento dos computadores e da energia elétrica da residência da vítima para minerar a Monero, moeda que garante maior anonimato nas transações que o Bitcoin, por exemplo. Não há relatos sobre roubo de dados de usuários.

Criminosos atacam mais de 280 mil roteadores para minerar criptomoedas (Foto: Divulgação/MikroTik)

Assim como há um mês, o ataque aproveita uma falha antiga presente em roteadores da MikroTik para instalar um código conhecido como CoinHive. Ao ser transmitido do roteador para o PC, a chave força o navegador do usuário a integrar uma rede de bots (botnet) responsável por minerar a criptomoeda. Ao contrário de ataques com ransomware, infecções com criptomineradores podem passar despercebidos no PC por muito tempo.

Dessa forma, os criminosos podem ter ganhos por um longo prazo sem precisar gastar com energia elétrica ou investir em infraestrutura. Segundo o site The Next Web, estima-se que o CoinHive renda cerca de US$ 250 mil (R$ 1,02 milhão) por mês, somados todos os PCs afetados. Uma fatia desconhecida desse valor é, portanto, gerada por roteadores infectados.

Usuários de dispositivos Wi-Fi da MikroTik devem atualizar o sistema do aparelho o mais rápido possível. Para isso, é preciso baixar o pacote manualmente no site da fabricante. Após a atualização, o dispositivo fica protegido do ataque e não apresenta mais riscos ao usuário.

Globo via Techtudo Bad Packets Report e The Next Web

 

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