Foto: Reprodução/CNN Brasil
A Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia abriu nesta terça-feira (18) sua terceira semana de depoimentos. Os senadores aprovaram rapidamente uma série de requerimentos de informações e de convocação para a CPI e discutiram algumas questões de ordem.
Agora, a CPI ouve o ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo, convocado por requerimentos apresentados pelos senadores Marcos do Val (Podemos-ES) e Alessandro Vieira (Cidadania-SE).
Proximidade com Trump não afetou negociações com Biden
Araújo negou que a proximidade da política externa de sua gestão com a implementada durante o governo norte-americano do ex-presidente Donald Trump tenha dificultado contatos e negociações com a atual gestão, de Joe Biden.
“Acredito que de nenhuma maneira nos prejudicou. Eu dizia na época que nossa aproximação, os acordos que negociávamos eram com os EUA e não com o presidente Trump, embora, claro, a boa relação entre os dois presidentes facilitasse o avanço desses entendimentos – e não havia porque não explorá-lo”, explicou à CPI.
“Mas com a mudança de governo nos EUA houve uma mudança de ênfase por parte do governo americano. Ainda na minha gestão já estávamos em contato muito estreito, fluído e frutífero com o novo governo americano para, digamos, rearmar a relação a partir dessas novas prioridades do governo americano”, completou.
Araújo nega que tenha entrado em atrito com a China
‘Não promovi atrito com a China’Em determinado momento, Calheiros afirmou que durante a pandemia foram testemunhados atritos com a China e perguntou se isso teria impactado na negociação de imunizantes contra a Covid-19.
“Acho que a descrição de aspectos de nossa política externa é uma visão que não corresponde à realidade do que foi implementado. Não houve um alinhamento com os EUA, mas uma aproximação. Mas seja com EUA ou qualquer outro país, só entramos em iniciativas do interesse brasileiro e que correspondessem aos nossos interesses de política externa”, disse Araújo.
“Jamais provi nenhum atrito com a China, seja antes ou durante a pandemia. De modo que os resultados que obtivemos durante a pandemia decorrem de uma política externa que foi implementada de acordo com os nossos objetivos, mas não era uma política de alinhamento automático com os EUA nem anti-multilateral e nem de enfrentamento com a China.”
Trechos:
Araújo: Não vejo hostilidade com a China. Nosso comércio com a China aumentou durante esse governo. […] Não se pode ver no comércio nenhum indício da piora da relação.
Presidente da CPI alerta que Araújo está sob juramento de falar a verdade e lembra artigo em que ex-chanceler fala em “comunavírus”: “Vossa Excelência está faltando com a verdade […] Nega aquilo que escreveu”.
Ernesto Araújo afirma que nada que tenha feito pode ser correlacionado com “percalços no recebimento de insumos”.
Orientações para o Itamaraty vieram do Ministério da Saúde
Questionado sobre a existência de diretrizes para a atuação internacional do governo em questões relativas à pandemia, Araújo afirmou que não existia um documento único, mas sim orientações de acordo com diferentes momentos e situações.
Ele disse ainda que sua pasta atuou, principalmente, sob orientações que partiram do Ministério da Saúde – comandado durante a maior parte do período da pandemia pelo general Eduardo Pazuello.
“Quase sempre, as recomendações que o Itamaraty recebeu vieram a partir do Ministério da Saúde, de acordo com o requisito do momento. Mas não tenho conhecimento de um plano único da dimensão internacional do enfrentamento à pandemia”, disse o ex-chanceler.
“Houve orientações, imagino que passadas ao Ministério da Saúde, mas não tenho conhecimento [das passadas à Saúde]. O Itamaraty, praticamente em todos momentos, atuou por coordenação com o Ministério da Saúde”, reforçou.
Araújo defende política externa diferente da anterior
Em sua fala de abertura, antes dos questionamentos do relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL), Araújo fez um resumo de seu período à frente do Itamaraty.
Ele afirmou que pautou sua atuação em 4 dimensões: comércio Internacional e a inserção econômica, segurança e o combate ao crime organizado, o trabalho nos organismos internacionais e os relacionamentos bilaterais.
“O Itamaraty faz parte de um governo e a política externa deve fazer parte de um projeto escolhido nas urnas. É natural que um governo eleito com um projeto de mudanças profundas tivesse uma política externa diferente das anteriores, que correspondiam a outros projetos políticos”, disse Araújo.
Ele disse que, sob orientação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) o objetivo da sua política externa era o de “contribuir para um Brasil grande, livre, consolidado como uma das grandes democracias do mundo, com uma economia de mercado mundialmente competitiva”.
Aprovação de requerimentos de convocação
A sessão da CPI foi aberta com a aprovação, de forma unânime, de dois requerimentos de convocação para a comissão: de Antônio Elcio Franco Filho, ex-Secretário Executivo do Ministério da Saúde, e de Hélio Angotti Netto, Secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde.
Também foram aprovados 12 requerimentos de pedidos de informação. Eles são direcionados ao Ministério das Comunicações, ao Itamaraty, ao Ministério da Saúde, à Casa Civil, ao CONITEC e à Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência.
Um desses requerimentos também requer a gravação da entrevista do ex-secretário de Comunicação da Presidência Fabio Wajngarten à Revista Veja.
Justificativas para a convocação
Marcos do Val e Alessandro Vieira buscam explicações sobre a condução da diplomacia brasileira durante a crise sanitária provocada pela pandemia de Covid-19.
De acordo com a Agência Senado, o requerimento de Marcos do Val aponta que Araújo “executou na política externa o negacionismo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na pandemia, o que teria feito o Brasil perder um tempo precioso nas negociações por vacinas e insumos para o combate à doença”.
Já o senador Alessandro Vieira quer obter informações sobre a atuação da pasta em relação à aquisição vacinas e insumos pelo Brasil.
Na sexta-feira (14), o Ministério das Relações Exteriores enviou uma série de documentos e ofícios à CPI da Pandemia sobre como a pasta participou dos esforços do Brasil para adquirir vacinas, insumos e equipamentos para enfrentamento da Covid-19. A informação é do analista da CNN, Leandro Resende.
Com CNN Brasil e G1
“E agora tem essa conversinha de segunda onda”
“Chega de frescura, de mimimi! Vão ficar chorando até quando?”
“Tudo agora é pandemia. Tem que acabar com esse negócio. Lamento os mortos, todos nós vamos morrer um dia. Não adianta fugir disso, fugir da realidade, tem que deixar de ser um país de maricas.”
CPI da Cleptocracia, comandada por notórios corruptos, na qual chegou-se ao cúmulo de confessar que não tem por objetivo investigar desvios de verbas federais, como chegou a dizer a senadora Simone Tebet. Vagabundo inquirir gente decente é um absurdo com o qual apenas concordam os igualmente sem caráter.
Esse aí é a cara do bolsonarista encurralado: hipócrita covarde!
Essa CPI é totalmente desmoralizada, a começar pelos senadores que formam a mesa, todos tem processos a serem julgado no STF. O senador do PT é o recordista, são centenas de processos nas gavetas do STF. Renan Calheiros é conhecido nacionalmente por sua postura que não é exemplo nem para cachorro desorientado. O senador da Amazônia, responde a processo por corrupção na saúde, desvio de verba da saúde e está investigando verba da saúde. É uma vergonha geral essa CPI, uma palhaçada para criar versão da esquerda com mais e mais mentiras. Mas os idólatras dos corruptos deliram, batem palmas, ficam me êxtase com toda essa ilegalidade, imoralidade que expõe o Brasil a ser ridicularizado na europa quando falam dessa CPI.
Onde foi que o mito arranjou esse ministro. O cara não sabe nem falar. É um gaguejado danado. Até Lula, semi-analfabeto e cachaceiro, fala com mais entendimento que esses ex-ministro.
O terraplanista mente desde as 10 da manhã.
Nas hostes Bolsonaristas existe até quem dissemine que se tomar a vacina, o vacinado ficaria feito um robô comandado pela china. Pelo andar dessa cpi, estou vendo a hora bolsonaro fazer um Lockdown nacional, usar máscara, deixar de aglomerar evitando o risco de contágio, além de publicar vídeo contra o uso de cloroquina e ivermectina no tratamento do covid. Ou será se nessa cpi, os Bolsonaristas tem obrigação de negar tudo que eles recomendam e defendem? Ou será crime propagar as teses Bolsonaristas? Não tô entendendo nada. Rsrsrs
A private de que ele está mentindo, ele mesmo dá, quando afirma que não tinha relação com o Trump e sim, com EUA, como então, afirma que essa relação mudou quando mudou o presidente? Essa é uma prova que a politica externa seguia os rumos ditados por Trump.