Política

Lira indica apoio a voto impresso e fala em ‘auditagem mais transparente’

Foto: Michel Jesus/Câmara dos Deputados

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta quarta-feira, 4, não existir “nenhum fato relevante” que aponte fraude nas urnas eletrônicas. Mesmo assim não deixou de apoiar a bandeira do presidente Jair Bolsonaro, que defende o voto impresso nas próximas eleições. Lira falou em criar formas de auditagem “mais transparente”, que evite a contestação das eleições, e jogou a decisão final sobre o tema para o Senado.

“Neste sistema, foram seis eleições. Eu não tenho nenhum fato relevante que eu possa falar que houve fraude nas urnas eletrônicas, eu não posso desconfiar de um sistema que eu fui eleito. Mas a discussão é, se não há falha, se não há problema, por que ficar discutindo essa versão? Por que essa versão cresce? O Brasil é feito com problemas de versão”, afirmou nesta manhã em entrevista ao Jornal Gente da Bandeirantes.

Mas completou: “Se não há problema, não há porque nós não chegarmos numa situação de termos uma auditagem seja lá de que maneira for, de forma mais transparente, para que não se tenha uma eleição, independente do que seja eleito, contestada”.

Lira disse que esse debate está “muito polarizado” e pediu calma e paciência para o Congresso decidir sobre o tema. “Nós estamos perdendo tempo, energia, muitas vezes gerando atritos entre instituições democráticas que são necessárias para o equilíbrio do Brasil de maneira que não trará benefício nenhum, então nós temos que ter nesse momento calma”.

Lira afirmou que já existe desde 2015 no Senado uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) sobre o tema aprovada pela Câmara, e jogou a decisão para os senadores. “Nós temos que ter paciência e esperar que as casas legislativas se pronunciem. Se a Câmara vai ter que votar as duas (propostas) para que fique as duas paradas no Senado, ou se o foco teria que ser: Senado, decida se vota ou não uma PEC que está aí há seis anos, porque se não votar uma PEC que está lá em 2015, não vai votar uma que vai aprovar em 2021”, afirmou, em referência à PEC apresentada este ano, de autoria da deputada Bia Kicis (PSL-DF) e que prevê a impressão da cédulas, conforme quer Bolsonaro.

O voto impresso virou uma das principais bandeiras do presidente Jair Bolsonaro e tem gerado conflito entre os Poderes, já que Bolsonaro tem atacado a democracia, instituições e autoridades e colocado em suspeição a realização das eleições no ano que vem caso a medida não seja implementada no Brasil.

TSE investiga Bolsonaro por fake news

Jair Bolsonaro encaminhou respostas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre as acusações de possibilidade de fraude das urnas eletrônicas do País e manipulação dos resultados das eleições de 2014 e 2018, na qual saiu vencedor.

O corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro Luis Felipe Salomão, tinha determinado que Bolsonaro apresentasse até segunda-feira, 2, os indícios de fraude que o presidente dizia possuir, a fim de esclarecer o teor das acusações reiteradas que partem do Palácio do Planalto contra o sistema de votação eletrônico. Bolsonaro, porém, entregou as respostas ao TSE um dia depois de o prazo ter expirado. O presidente teve 15 dias para encaminhar o documento.

“A busca de informações detalhadas e documentadas sobre os fatos narrados tem como objetivo principal subsidiar estratégias de aprimoramento dos recursos de segurança que envolvem as atividades voltadas à realização das eleições, em especial as relativas ao pleito que se avizinha”, escreveu Salomão ao pedir as respostas a Bolsonaro.

Na segunda-feira, 2, os ministros do TSE aprovaram por unanimidade a abertura de inquérito administrativo para apurar se, ao promover uma série de ataques infundados às urnas eletrônicas, Bolsonaro praticou “abuso do poder econômico e político, uso indevido dos meios de comunicação, corrupção, fraude, condutas vedadas a agentes públicos e propaganda extemporânea”.

Estadão

Opinião dos leitores

  1. Lira foi mais “liso” do que um sabonete, kkkkkkkk. Homi, isso é um Pelezão profissional by CENTRÃO, kkkkk.

  2. Por que não dar mais transparência e segurança às eleições? Por que a insistência em “contar os votos” numa “caixa preta”, longe das vistas dos eleitores e não permitindo que o resultado do pleito possa ser auditado? Querem esconder o que?

  3. Isso Lira, a gente já entendeu que o Ciro Nogueira estando na casa civil foi mais uma forma de comprar o apoio do centrão corrupto de sempre … Converse mais pra que o MINTO aumente o “tratoraço” e as verbas espúrias para vocês… Assim como o governo de Lulaladrão fazia né!? Mas qual a diferença mesmo dos dois governos? NENHUMA!

    1. Mané, as eleições de 2018 foram só 2 po 1. À moda Luís Gonzaga e anseime. Um pa eu, um pa tu e um pa eu. O homem teve voto demais. Por isso venceu. Depois manda chico100 inventar outra piada.

    1. As eleições foram “sujas” desde quando? Quando o MINTO das rachadinhas foi eleito ou quando ele começou a bostejar o tempo todo? Se as eleições não foram limpas, temos logo que anular a eleição do MINTO e fazer outra né!?

    2. É impressionante como esse Mané passa o dia todo por aqui, postando asneiras. Quem está custeando esses “jagunços digitais”?

    3. Esse cara ainda não entendeu que o ladrão tá solto.

    4. Esse Manoel Fulero é muito deslocado e burro, o que se quer é transparencia e possibilidade de AUDITORIA (conhece esse termo?), segurança para todos, quer que escreva? Qual o motivo de tanto medo? Outra, quem deve decidir isso é o legislativo, qualquer cidadão poderia querer essa possibilidade, entra na lei e pronto.

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