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Banco do Brasil prepara novo plano de demissão voluntária

16287334Foto: Marcos Elias de Oliveira Júnior/Wikimedia Commons

O Banco do Brasil pretende lançar um novo plano de demissão voluntária em breve. As bases do programa ainda não estão fechadas, mas a expectativa inicial é que ele possa atrair até 10 mil empregados, segundo apurou a Folha. Oficialmente, o BB não comenta.

Se for bem-sucedido, o plano trará um corte de 9% no quadro atual de funcionários da instituição. A ideia é que as regras de adesão sejam divulgadas aos funcionários ainda neste ano —ou, no mais tardar, no início de 2017.

Com mais de 109 mil empregados e um grupo de quase 5.000 estagiários, o BB tem um quadro de funcionários “inchado” em relação aos seus concorrentes da iniciativa privada —Itaú, Bradesco e Santander. O número, porém, já foi bem maior. Em dezembro de 2012, por exemplo, eram mais de 114 mil empregados e 7.600 estagiários.

Executivos do banco têm tratado do assunto com extrema cautela e, mesmo sob a condição de anonimato, reforçam que não se trata de planejar a demissão de funcionários, mas de um incentivo à aposentadoria.

Convencer servidores a se aposentar tem sido o recurso usado pelo BB nos últimos anos para forçar a redução do número de funcionários. Desde 2007, foram três programas do tipo, batizados de “Plano de Aposentadoria Incentivada”. O último, encerrado em agosto de 2016, teve adesão de 4.992 pessoas e custou R$ 372,5 milhões.

Apesar de contar com um número “expressivo” de empregados aptos a se aposentar, segundo um executivo, o banco sabe que, diante da adesão recente a um programa similar, será preciso aumentar as vantagens oferecidas aos funcionários —e consequentemente, os custos imediatos para a instituição.

A avaliação é que, mesmo assim, a iniciativa é positiva. O BB precisa aumentar a rentabilidade e, para isso, diminuir as despesas com pessoal é visto como essencial. Isso porque, mesmo com o incentivo à saída de quase 5.000 pessoas no ano passado, o custo com a folha de pagamentos
segue alto. No segundo trimestre de 2015, foram gastos R$ 4,9 bilhões com pessoal. No mesmo período deste ano foram R$ 5 bilhões.

O novo comando do banco, presidido desde maio por Paulo Caffarelli, entende que será preciso ainda promover corte de custos em outras frentes, como em contratos com fornecedores.

O movimento de redução de despesas é reflexo da queda no resultado do banco estatal. Preocupa a instituição a redução no lucro apresentado nos últimos trimestres.

Até recentemente, conta um executivo, a direção se orgulhava de registrar resultado mensal em média acima do apresentado pelo Bradesco. Mas a situação mudou.

NOVA CÚPULA

Enquanto não define o novo programa de demissão voluntária, o BB inicia a reestruturação de sua cúpula. Nesta semana, foram feitas mudanças nas diretorias.

A expectativa é que as alterações nas vice-presidências não demorem a vir. A cúpula do banco ainda aguarda o aval do governo, que tradicionalmente indica dois dos nove vice-presidentes. O acordo era que a nova composição do banco fosse definida após o impeachment.

Banco do Brasil / 1º sem. 2016

Lucro Líquido R$ 4,8 bilhões
Carteira de crédito R$ 751,2 bilhões
Número de funcionários 109 mil
Número de agências 5.428
Principais concorrentes Caixa, Bradesco, Itaú, Santander

Folha de São Paulo

Opinião dos leitores

  1. Plano de demissao voluntaria do BB nunca serviu para reduzir o numero de funcionarios. Tanto é q ate recentemente concursos eram realizados regionalmente. Serve para substituir funcionarios em final de carreira por funcionarios novos mais baratos e com menos direitos. Somente isso.

  2. Aproveita a IDEIA GOVERNADOR e APOSENTE TODOS OS SERVIDORES do executivo que estão com tempo para aposentadoria. A folha vai cair em 10% imediatamente. Mais essa conta deve passar pelas MESMAS DIFICULDADES da possibilidade em REDUZIR em 50% os CARGOS COMISSIONADOS.
    Mistérios que a administração pública tem e prejudica quem quer trabalhar, favorecendo quem não tem compromisso com o Estado, mas possui a devida INDICAÇÃO POLÍTICA.
    QUEM QUER FAZ, por aqui ficam nas DESCULPAS e MEDIDAS ERRADAS tirando recursos de onde não deve, nem poderia. O DESGASTE SERÁ MEDIDO NAS URNAS, pode acreditar. Quem avisa amigo é!

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