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MUITA ÁGUA NO INTERIOR: Barragem Umari, em Upanema, acumula 82,69% da sua capacidade total; veja situação dos principais reservatórios do RN

FOTO ILUSTRATIVA: Prefeitura de Upanema

O Governo do Estado do Rio Grande do Norte, por meio do Instituto de Gestão das Águas do RN (Igarn), monitora os 47 reservatórios, com capacidade superior a 5 milhões de metros cúbicos, responsáveis pelo abastecimento das cidades potiguares. Segundo o Relatório do Volume dos Principais Reservatórios Estaduais, atualizado nesta segunda-feira (18), a barragem de Umari, localizada em Upanema, com capacidade para 292.813.650 m³, acumula 242.131.839 m³, correspondentes a 82,69%. No mesmo período de 2019, o reservatório estava com 122.053.354 m³, percentualmente, 41,68% do seu volume total.

As reservas hídricas superficiais totais do Estado atualmente acumulam 2.223.779.352 m³, que correspondem a 50,81% da capacidade total do RN, que é de 4.376.444.842 m³. No mesmo período do ano passado os reservatórios monitorados pelo Igarn represavam juntos 1.454.203.705 m³, percentualmente, 33,22%da capacidade total do RN.

A barragem Armando Ribeiro Gonçalves, maior reservatório do RN, com capacidade para 2,37 bilhões de metros cúbicos, acumula atualmente 1.357.909.162 m³, percentualmente, 57,22% do seu volume total. No mesmo período do mês de maio do ano passado o manancial estava com 822.632.000 m³, que representavam 34,28% da sua capacidade total.

Segunda maior represa do RN, Santa Cruz do Apodi acumula atualmente 216.129.330 m³, percentualmente, 36,04% da sua capacidade total que é de 599.712.000 m³. No mesmo período do ano passado o manancial estava com 152.933.733 m³, correspondentes a 25,50% do seu volume máximo.

Os reservatórios que permanecem com 100% da sua capacidade são: Riacho da Cruz II, localizado em Riacho da Cruz; Apanha Peixe, em Caraúbas; Encanto, no município de Encanto; Mendubim, em Assu e Beldroega, localizado em Paraú.

Outros reservatórios já sangraram nesta quadra invernosa do interior e continuam com níveis acima dos 90% das suas capacidades, casos de: Santana, localizado em Rafael Fernandes, com 99,83%; Passagem, em Rodolfo Fernandes, com 98,6%; Morcego, em Campo Grande, com 98,74%; Santo Antônio de Caraúbas, com 98,5%; Pataxó, em Ipanguaçu, com 99,39% e Dourado, em Currais Novos, com 98,78%.

Outros reservatórios já acumulam mais de 70% das suas capacidades, casos de: Marcelino Vieira, localizado no município de Marcelino Vieira, com 72,95% e Rodeador, em Umarizal, com 80,6% do seu volume máximo.

A barragem de Pau dos Ferros acumula atualmente 18.472.403 m³, correspondentes a 33,68% da sua capacidade total que é de 54.846.000 m³. No mesmo período de maio do ano passado o reservatório represava 785.996 m³, equivalentes a 1,43% da sua capacidade total.

O reservatório Marechal Dutra, também conhecido como Gargalheiras, em Acari, acumula atualmente 13.876.482 m³, equivalentes a 31,24% da sua capacidade total que é de 44.421.480 m³. No mesmo período do ano passado o manancial estava com 269.918 m³, percentualmente, 0,61% do seu volume total.

O açude Tourão, localizado em Patu, acumula atualmente 2.804.543 m³, que correspondem a 35,12% da sua capacidade total que é de 7.985.249 m³. No mesmo período do ano passado o manancial estava com 2.452.696 m³, percentualmente, 30,72% do seu volume máximo.

O açude Lucrécia, localizado no município de Lucrécia, acumula atualmente 9.768.328 m³, correspondentes a 39,46% da sua capacidade total que é de 24.754.574 m³. Em maio do ano passado o reservatório represava 3.421.961 m³, percentualmente, 13,82% do seu volume máximo.

Dos 47 reservatórios monitorados pelo Igarn, apenas 2 estão com níveis inferiores a 10% da sua capacidade, sendo, portanto, considerados em nível de alerta. São eles: Passagem das Traíras, que está em reforma e não pode acumular grande volume hídrico, com 1,23% do seu volume máximo e Esguicho, em Ouro Branco, com 1,8% da sua capacidade. Percentualmente o número representa 4,25% dos reservatórios monitorados.

Já os mananciais completamente secos também são 2, Inharé, localizado em Santa Cruz e Trairi, localizado em Tangará. Em termos percentuais o número representa 4,25% dos reservatórios monitorados.

Situação das lagoas

A Lagoa de Extremoz, responsável pelo abastecimento de parte da zona norte da capital está atualmente com 100% da sua capacidade que é de 11.019.525 m³.

A Lagoa do Bonfim, localizada em Nísia Floresta, está com 43.241.920 m³, correspondentes a 51,31% da sua capacidade total de acumulação que é de 84.268.200 m³.

A Lagoa do Boqueirão, localizada em Touros, também está com o seu volume máximo que é de 11.074.800 m³.

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FOTOS E VÍDEO: Barragem Umari, uma das três maiores em volume de água no RN, em Upanema, apresenta trincas preocupantes

(Fotos 1, 2 e 3 , além de vídeo – cedidos)

Barragem Umari, em Upanema, é a terceira do Rio Grande do Norte em volume de água — Foto: Renato Medeiros

Barragem Umari, no município de Upanema, na região Oeste potiguar, apresenta trincas significativas e moradores demonstram preocupação, principalmente, com possibilidade do aumento de seu volume, e uma consequente pressão.

Opinião dos leitores

  1. Trabalho em açudagem: levantamento, projetos e execução a bastante tempo. Estou alinhando com que foi frisado anteriormente por alguns. Foco no cuidado que devem ter com relação as aberturas surgidas nos maciços, alguém pode por medo tentar concretar as fissuras e elas serem exatamente as juntas de dilataçoes que sendo fechadas , podem depois arrebentar tudo, pois a folga deixa de existir para o momento da expansão quando aquece e quando esfria…

  2. Apesar de não ser um especialista em estrutura de barragens, até porque minha formação não é de engenheiro civil, minha experiência na SEMARH me faz "colocar as barbas de molho" sempre que aparece uma avaliação "ad hoc" (rsrs) sobre as nossas barragens.
    A imagem publicada no Blog é muito fechada e, por meio dela, não dá para perceber onde de fato essa fissura está. Se for na junta de dilatação, é comum que elas "dilatem" (nunca é demais dizer rs) já que o nível da barragem está baixo e a temperatura da estrutura está mais alta que o normal.
    De qualquer forma, falei com um amigo que trabalhou na obra durante a construção da barragem e ele me informou que, após verificar "in loco", não viu nada que possa causar maior preocupação, porque não há percolação, ou seja, a água da barragem não está entrando na estrutura do paredão pelas fissuras retratadas. Mas é bom lembrar o fato de que essa barragem foi construída em 2002 e nunca houve manutenção adequada.
    Como em todas as barragens do Estado, o que nos preocupa mais do que as fissuras em juntas de dilatação, é a manutenção dos drenos (pequenos canais que ajudam na condução da água dentro da barragem, reduzindo riscos de acidentes), quando eles não cumprem seu papel adequadamente aí sim, poderá haver de fato algum tipo de risco.
    Em minha atuação como secretário da SEMARH, todos os servidores são testemunha disso, busquei incansavelmente recursos para a operação, manutenção e recuperação de nossas barragens, infelizmente, a crise financeira não nos possibilitou. Essa é, na verdade, uma realidade em todo o país, construímos nossas estruturas e as abandonamos, mais importante que o serviço prestado pelo equipamento é a festa de inauguração e a afixação da placa. No final o que nos resta é confiar na qualidade da construção e aguardar que haja uma política REAL de segurança de barragens. O que há hoje é uma lei (número 12.334/2010) e sua regulamentação que estabelece as responsabilidade em casos de acidentes, mas não criou um fundo ou qualquer linha financeira que venha a cobrir os custos para a recuperação de nossas barragens. Essa responsabilidade é do agente que lei chama de "empreendedor", mas até mesmo esse conceito ainda gera controvérsias. O problema é que quando o empreendedor da barragem é um ente público (DNOCS, governo de estado ou municípios) não há dinheiro… fazer o que, né? esperar o sinistro?
    Quanto à barragem de Umari e suas "trincas", a palavra agora está com a SEMARH. Na minha opinião, eles devem encaminhar um técnico para averiguar essas fissuras e tranquilizar a população.
    Enquanto estava na SEMARH, fizemos isso inúmeras vezes na barragem Passagem das Trairas, pelo menos 5 vezes, encaminhamos técnicos especialistas em barragens para verificar a segurança da mesma. Ao final da nossa gestão deixamos concluída a licitação para a realização de estudos e de um projeto de recuperação dessa Barragem do Seridó (entre os municípios de São José do Seridó, Jardim do Seridó e Caicó), a empresa vencedora já estava contratada desde o ano passado, porém, por causa de uma orientação da SEPLAN, suspendemos o contrato com a mesma, já não haveria como pagar as medições antes do final do mandato.
    Abraços

  3. Fissuras, rachaduras, trincas?
    Ora, no RN o buraco é sempre mais embaixo.
    Só não passa a mão quem não quer.

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