Polêmica

Governador do Piauí anuncia ‘lei seca’, proibição da venda de bebida alcoólica, e medidas mais rígidas de combate à Covid-19

Wellington Dias — Foto: TV Clube

O governador do Piauí, Wellington Dias (PT), anunciou no começo da tarde desta quarta-feira (13), em entrevista à TV Clube, novas medidas, mais rígidas, de combate ao coronavírus.

Entre elas, a ‘lei seca’ a partir desta sexta-feira (15), às 0h, proibindo a venda de bebidas alcoólicas em todo o estado. A comercialização fica restrita até o domingo (17).

Além da ‘lei seca’, Wellington Dias citou outras medidas mais rígidas que começam a valer a partir de sexta-feira, dia 15 de maio, e valem até o domingo, dia 17. São elas:

Suspensão do transporte intermunicipal

Novos horários de funcionamento para postos de combustível (ainda não anunciado)

Serviços de borracharias com regras de higiene e funcionamento

Bancos e lotéricas fechados

Obras de construção civil, exceto emergenciais, paradas

Barreiras nas divisas com regra de quarentena. Quem vier de outro estado ao Piauí, terá que ficar em isolamento, acompanhando por órgãos de saúde, e fazer testes de Covid-19.

Wellington explicou que o Piauí não terá, “nesse instante”, o lockdown, o bloqueio total de circulação de pessoas, uma medida mais rígida que o isolamento social. “Queremos uma oportunidade para uma alternativa intermediária, antes de uma medida como essa, do para tudo. Estamos dialogando com os prefeitos”, explicou Dias.

As novas medidas anunciadas nesta quarta, segundo o governador, devem frear o crescimento de Covid-19 no estado. São mais de 1.600 casos confirmados, com uma estimativa de 17 mil infectados, segundo uma pesquisa por amostragem, e 57 mortes.

“O objetivo é que estamos um crescimento do coronavírus, tivemos um isolamento que caiu 10 pontos (percentuais), são 180 mil pessoas a mais transitando. Queremos reduzir, ter menos 200 mil pessoas transitando, e elevar o Piauí para mais de 50% de isolamento social”, comentou Wellington, ao detalhar as novas medidas.

“Isso para ter menos propagação do coronavírus, menos pessoas adoecendo que demandam os hospitais. Chegamos nessa semana a 47% da nossa capacidade ocupada de UTI, acendeu a luz amarela. Não queremos entrar em colapso”, continuou.

Lei seca

Wellington explicou que a venda de bebida no Piauí deve reduzir a quantidade de acidentes, que têm lotado as UTIs dos hospitais. “Bares que vendem (bebida alcoólica), pessoas que se aglomeram, que estavam transitando bêbadas, entupindo as UTIs de saúde. Nesse caso, será tratado como crime. Isso nós vamos coibir”, argumentou o governador, sobre os motivos de decretar a lei seca no período.

Transporte intermunicipal suspenso

Além disso, Wellington também anunciou a suspensão do transporte intermunicipal. O transporte intermunicipal também está proibido a partir de sexta, dia 15 de maio.

“Sexta, sábado e domingo não haverá ônibus saindo de qualquer lugar do Piauí de uma cidade para outra, vamos fazer essa interdição. Somente as ambulâncias, transportes de abastecimento de carga serão permitidos”, explicou Wellington Dias.

Serviços essenciais

Wellington afirmou que na sexta, sábado e domingo haverá uma restrição dos serviços essenciais. “Farmácias, panificadores, supermercados funcionam. Postos de gasolina nós vamos restringir os horários. Borracharias vamos fazer regramento quanto à higienização. Outros serviços param: bancos, loterias e áreas da construção civil, exceto obras emergenciais”, disse.

Há também um estudo sobre a possibilidade de rodízio em algumas cidades de acordo com a placa do veículo. Na terça, quinta e sábado, apenas placas com o final ímpar. Na segunda, quarta e sexta, apenas placas com o final par podem circular.

Decretos determinam distanciamento social

Para evitar a contaminação pelo vírus, o isolamento social e medidas emergenciais foram determinadas por meio de decretos do governo do estado e das prefeituras, como na capital piauiense, para que a população fique em casa e evite ao máximo ir às ruas.

Policiais fazem abordagens nas fronteiras do estado a ônibus e veículos particulares. Escolas, universidades e a maior parte do comércio, assim como serviços públicos, suspenderam as atividades. Os decretos preveem que quem descumprir as regras pode ser penalizado com multa ou até prisão.

Com G1

Opinião dos leitores

  1. Absurdo. O Governador do Piaui agora vai legislar sobre matéria penal, usurpando matéria reservada a União? E ainda, como a quantidade de acidentes está aumentando com o isolamento social de quase 50%? As justificativas para o decreto são pífias. O judiciário precisa ser provocado para assegurar o exercício das liberdades individuais. Caso contrário, não demora para que seja regulado até o que se vai comer e beber.

  2. Senhor Francisco, é isto mesmo que a esquerda quer: restringir a liberdade dos cidadãos,inclusive a liberdade de pensar. Estes "princípios" estão bem claros nos "ensinamentos" de Marx, Lênin, Stalin, Gramsci et caterva.

  3. Vcs não terão mais direitos, só permissões.
    Prometeram que iam botar só Têca, vão acordar com Nenhuma.

  4. A Constituição Federal foi para o esgoto. Não tarda vão tentar proibir o cidadão de pensar.

    1. O argumento do "eu queria que fossse com alguém da sua família" serve para: a) censurar; b) prender; c) tirar o seu ganha-pão; d) tirar os bens que vc adquiriu; e) lhe privar de tomar decisões de caráter familiar. Tudo o que os autoritários querem (sim, e de quebra, tirar uma boa grana de isso tudo).

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Diversos

OMS recomenda que governos limitem a venda de bebidas alcoólicas durante quarentena

Foto: Pixabay

Governos deveriam limitar a venda de bebidas alcoólicas durante as quarentenas, recomendou a OMS (Organização Mundial de Saúde). Segundo a entidade, o álcool reduz a imunidade, e seu consumo excessivo pode prejudicar a saúde física e mental e elevar o risco de violência doméstica durante confinamentos.

A seção europeia da OMS também afirmou que as bebidas não protegem contra o novo coronavírus, uma resposta a declarações do presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, que numa entrevista ao jornal britânico The Times recomendou vodka contra a doença.

“Medo e desinformação geraram um mito perigoso de que bebidas com alto teor alcoólico podem matar o coronavírus. Não matam”, afirma o comunicado da OMS.

Segundo a entidade, além de qualquer bebida alcoólica ter potencial de danificar a saúde, as mais fortes podem até matar.

O produto é responsável por 3 milhões de mortes por ano no mundo, um terço delas na Europa.

A OMS também afirma que as bebidas, ao reduzirem a imunidade, podem elevar os riscos de doenças em geral. “Por isso, as pessoas devem minimizar o consumo de álcool particularmente durante a pandemia.”

Outro efeito adverso é o estímulo a comportamentos de risco, ou a reduzir as precauções necessárias contra a transmissão do coronavírus.

“Pessoas com tendência ao consumo abusivo estão especialmente vulneráveis, principalmente em autoisolamento”, diz o comunicado.

Segundo a OMS, regulações já existentes, como idade mínima e proibição de publicidade, deveriam ser elevadas e reforçadas durante a pandemia.

O órgão também recomenda aos governos que fortaleçam os serviços ligados ao abuso de álcool e drogas e reforcem campanhas de informação sobre os riscos.

Folha de São Paulo

Opinião dos leitores

  1. OS COMUNISTAS TÃO QUERENDO COMER PELAS BEIRADAS. PAÍS COMUNISTA É QUE DITA REGRAS PARA, BEBER SAIR PARA COMPRAS E O PIOR A QUANTIDADE QUE VOCÊ PODE COMPRAR? OU É PURA COINCIDÊNCIA

  2. Deve também limitar o álcool gel e de limpeza, garfos e facas, devido ao risco de possíveis homicídios e feminicídios… Piada!

  3. OMS Poderia se preocupar com vermes que infecta o cérebro dos esquerdistas!! OMS – Omissão Mundial do Sistema.

  4. OMS eu posso peidar na quarentena ou o governo tem que limitar minha flatulência? Kkk… A OMS , depois que acordou tardiamente pra realidade, está se achando dona do mundo!

    1. No dia 18 de Janeiro, aqui na Alemanha ja recebíamos orientações de comprar alcool gel, produtos de limpeza e fazer reserva de alimentos, enquanto isso o governo ja tinha orientado os laboratorios a fabricar teste de detecçao da covid. Então cara, quem não fez o trabalho de casa bem feito (Trump e jaja o teu Mito – e ambos ganham muito bem para isso) sabem que sao incopetentes, mas também sabem que é facil enganar um povo que não tem raciocinio desenvolvido e arranjar logo um laranja pra por a culpa! Em pleno o mês de Abril, EUA e BRASIL querer culpar alguem, culpem seus governos e nao aceiter qualquer desculpa nao. Vamos raciocionar minha gente. Cabeça né so pra pendurar boné nao!

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Diversos

Coca-Cola lança bebida alcoólica no Brasil pela primeira vez

Schweppes com álcool: Coca-Cola informou que o objetivo não é concorrer com cervejas (Coca-Cola/Reprodução)

Nem só de refrigerante viverá a fabricante de bebidas Coca-Cola em 2020. Icônica por fabricar bebidas não-alcoólicas desde 1886, a empresa vai lançar sua primeira versão de bebida com álcool no Brasil, conforme anunciou em evento na semana passada.

As bebidas estarão dentro do guarda-chuva da marca de refrigerantes Schweppes, que é de propriedade da Coca-Cola em mais de 100 países, incluindo na América Latina.

São três sabores na nova linha, batizada de “Schweppes Premium Drinks”: Vodca & Citrus, Striptz e Gin Tônica. O rótulo das bebidas é parecido, com apenas mudanças no sabor. Todas são do tipo bebida mista gaseificada, com 5% de álcool (a título de comparação, algumas cervejas podem ter teor alcoólico entre 5% e 10% e destilados como vodca e tequila podem passar de 20%).

A Schweppes está vendendo as bebidas em garrafas de 250 ml e prontas para beber. Cada garrafa custa 7,99 reais no site oficial da Coca-Cola. O produto também começou a ser vendido na Grande São Paulo em algumas lojas da rede AMPM, do Posto Ipiranga, por 9,90 reais a garrafa. A empresa não está vendendo, por ora, garrafas maiores do produto.

Segundo a Coca-Cola, a bebida foi desenvolvida no centro de inovação da empresa, aberto no ano passado no Rio de Janeiro, e passou por testes de campo com os consumidores.

A depender do público que buscar, os drinks da Schweppes concorrerão, no mesmo segmento, com drinks como as garrafinhas de Smirnoff Ice (da fabricante de bebidas Diageo), 51 Ice ou Askov Ice, que custam entre três e sete reais em supermercados.

No Brasil, o lançamento vem no início das festividades que marcam o começo do verão e os preparativos para o Carnaval. Mas a Coca-Cola afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que o objetivo não é concorrer com cervejas ou vender o drink em bloquinhos de Carnaval.

Renato Shiratsu, diretor de inovação da Coca-Cola Brasil, disse na nota de lançamento do produto que a marca Schweppes é “mundialmente reconhecida em coquetelaria”, isto é, com os refrigerantes sendo misturados a bebidas alcoólicas para elaboração de drinks. “Vemos a nova linha como uma extensão natural da marca no Brasil”, disse.

Diversificação

Em julho deste ano, a Coca-Cola já havia lançado no Japão a primeira uma bebida alcoólica de sua história, batizada de Lemon-do. A bebida é um frisante à base de um fermentado de grãos com sabor limão.

A Coca-Cola vem buscando uma maior diversificação para brigar contra a queda no consumo de refrigerantes. Neste ano, a empresa anunciou que sua previsão de lucro seria de alta de 5% em 2019 justamente pelos bons resultados da Coca-Cola Zero e da Coca-Cola Plus Café Expresso, versão com mais cafeína, que ajudaram as vendas. Segmentos como água, chás e cafés também vêm crescendo dentro da Coca-Cola.

No Brasil, a empresa fez nos últimos meses uma grande campanha publicitária com o mote “Vai no gás” para alavancar a Coca-Cola Plus Café em situações do dia-dia, como trabalho e estudos. Na fórmula vendida no país, o produto tem 40% a mais de cafeína do que a Coca-Cola original, mas 50% menos açúcar.

De 2013 para 2018, o mercado brasileiro de refrigerantes encolheu 21% em volume, segundo a Euromonitor International.

Tal qual no caso da Lemon-do no Japão, o lançamento da Schweppes com álcool é exclusivo para o Brasil. A ver se novos lançamentos do tipo vão acontecer em 2020.

Exame

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Polícia

FOTOS: Polícia Civil apreende material usado para adulteração e venda de bebida alcoólica no Vale do Assú

Policiais civis da Divisão Especializada em Investigação e Combate ao Crime Organizado (DEICOR), com apoio da equipe da Delegacia Municipal de Assú, cumpriram dois mandados de busca e apreensão nas cidades de Assú e Fernando Pedrosa, nesta quinta-feira (10), com o objetivo de desarticular uma organização criminosa que está estabelecida na região do Vale do Assú. Durante a ação, foram apreendidos materiais usados para adulteração e venda de bebida alcoólica.

Um mandado de busca foi cumprido na cidade de Fernando Pedrosa, na residência de Jean Alesson Souza de Lima, onde foram encontradas munições e uma balaclava. Ele recebeu voz de prisão pelo crime de posse de munições. O segundo mandado foi cumprido na cidade de Assú, na residência de Francisco de Assis de Souza, que não estava no local. Na casa foram encontrados adesivos de rótulos de Whisky, bem como várias cópias de selos que atestam a importação de bebidas alcoólicas e outras de falso importador.

De acordo com a Polícia Civil, o material é utilizado para adulteração e venda de bebidas. Apesar de Francisco de Assis não estar na residência, ele será indiciado em inquérito policial que tramitará na DEICOR. Durante a ação desta quinta-feira (10), os policiais também apreenderam uma identidade falsa em nome de Antônio de Assis de Sousa Neto e inúmeros cheques de diversos valores.

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