Diversos

Ilson Mateus, o garimpeiro sem sorte que se tornou bilionário e agora chega à Bolsa

Foto: Divulgação

Dono de uma gigante do varejo que faturou R$ 10 bilhões no ano passado, o empresário Ilson Mateus Rodrigues, de 57 anos, traz sempre consigo uma memória palpável de suas origens. É a carteirinha de garimpeiro em Serra Pelada, cuja validade expirou em 1985, mas que o mais novo integrante da lista de bilionários da Forbes carrega no bolso como prova de sua trajetória.

O empresário tinha 21 anos quando chegou a Serra Pelada. Como milhares de homens de todas as partes do Brasil, esperava ficar rico. E, como a maioria dos garimpeiros, não “bamburrou” – expressão usada para definir quem achava uma pepita de ouro e ficava rico da noite para o dia. O sonho do garimpo se revelou quimera: sem condições de seguir tentando “enricar”, Ilson desistiu. Fortuna fácil não era seu destino.

Foi de carona em um caminhão, com o gosto do fracasso na boca, que ele deixou o garimpo sem dinheiro sequer para comer. Do jeito que conseguiu, voltou para Imperatriz, no Maranhão, de onde havia saído. Assim que chegou, inventou um novo negócio: coletar e comprar garrafas de vidro – ou “cascos”, como se dizia na época – para revender.

Foi atrás de vidro que ele acabou conhecendo um rincão pouco explorado do interior maranhense: Balsas, que fica a quase 400 km de Imperatriz e a 800 km de São Luís. Na época, o caminho era de estradas de terra quase intransitáveis. Não era raro o caminhãozinho de Ilson quebrar. Mas a Balsas ele chegou. E percebeu que ali deveria ficar.

Início

Instintivamente, o empresário entendeu o potencial daquele mercado. Era a confluência perfeita. Havia demanda – de agricultores vindos do Sul, pioneiros no desenvolvimento da cultura da soja no Maranhão – e quase nenhuma oferta. Em 1986, Ilson montou uma mercearia. Mas percebeu um potencial maior: a distribuição de produtos em cidades menores e ainda mais carentes de mantimentos.

Não demorou para se tornar um empresário próspero. Em pouco mais de um ano, a mercearia foi ampliada e, logo depois, se transformou em supermercado. Mas o “pulo do gato” foi outro. Ele comprava alimentos e produtos de limpeza nas distribuidoras de Imperatriz e revendia, com ajuda de funcionários, em todo o Sul do Maranhão. O negócio cresceu tanto que Ilson passou a trazer mercadorias de São Paulo.

O empresário Isael Pinto, dono da marca popular Camp, foi um dos primeiros fabricantes de alimentos a vender diretamente para Ilson. Na época, Isael comandava a QRefresco. Após um distribuidor se recusar a vender para o dono do mercadinho Mateus por causa do volume reduzido da compra, Isael decidiu enviar uma carga a Balsas na base da confiança. “Dei 90 dias para ele pagar. Em 30 dias, o Ilson ligou. Já tinha vendido tudo.”

Foi a senha para Isael tomar um avião para conhecer o rapazinho – que, na época, tinha 25 anos – que desbravara o sul maranhense sozinho. “Peguei um avião e depois um carro da Localiza, que havia acabado de inaugurar uma loja em Imperatriz. Finalmente, cheguei a Balsas”, lembra o empresário. “E jantei na casa do seu Ilson Mateus – a esposa dele, na época, preparou um arroz com suã de porco”, lembra.

Iniciou-se, então, uma parceria informal. Nas feiras do setor supermercadista, em São Paulo, Ilson usava os estandes de Isael para fazer contatos com multinacionais como Nestlé e Colgate-Palmolive, que passou a distribuir diretamente. Os dois viraram amigos. E hoje é Isael quem pega carona no jato Phenom 300, da Embraer, do dono do Grupo Mateus, que tem piloto e copiloto à disposição.

O avião é muito mais uma praticidade do que um luxo, segundo Isael: “O negócio dele é trabalho. Para o Ilson, não tem domingo, feriado ou dia santo. Ele anda de carro popular, quase sempre um Gol. Tem o avião para ganhar tempo.”

O Estadão conversou com fontes do mercado financeiro e de consultorias que atuaram no Grupo Mateus. “O Ilson é um cara simples”, definiu uma delas. “Ele prefere comer um pastel e tomar um caldo de cana a um restaurante chique.” Por estar em período de silêncio por causa da chegada à Bolsa, o empresário não deu entrevista à reportagem.

Gigante

Após anos de expansão acelerada, o grupo faturou R$ 9,9 bilhões em 2019. Hoje, tem 137 lojas, entre atacarejos, supermercados, revendas de eletrodomésticos e padarias. Muito antes de pensar na abertura de capital, prevista para outubro e que pode superar R$ 6 bilhões, Ilson foi buscar profissionalização. Contratou, por exemplo, a Falconi, uma das principais consultorias de negócios do País.

Com a ajuda da Falconi, ele buscou profissionalizar a gestão do grupo, mas sem perder a agilidade nas decisões. Simples e de fácil trato, Ilson é visto por parceiros de negócio como uma pessoa reservada, de poucas palavras e muito objetiva. E com olho para talento: uma executiva do time da Falconi foi contratada pelo grupo e hoje é peça-chave da área financeira da companhia.

A profissionalização anda lado a lado com a gestão familiar. Irmãos e filhos do fundador têm funções relevantes no grupo – Ilson Júnior, por exemplo, foi vital na concretização do IPO. A operação, que está tendo boa demanda, é liderada pela XP Investimentos, com participação de um “quem é quem” do mercado financeiro: Bradesco BBI, BTG Pactual, Itaú BBA, BB Investimentos, Santander e Safra.

Dinheiro novo

A maior parte do dinheiro arrecadado com a abertura de capital será usada na abertura de lojas nos Estados onde hoje o Grupo Mateus já é forte: Maranhão, Piauí, Pará e Tocantins – por enquanto, não há intenção de disputar outras regiões. Uma das prioridades serão os supermercados Camino. A visão do fundador é clara: é por meio dessa marca que ele pretende “cobrir” cidades de pequeno porte localizadas entre os polos regionais que já têm unidades de seu atacarejo.

Ao crescer, o Grupo Mateus não abandonou as boas ideias da origem. Parte de sua clientela ainda é atendida por vendedores que viajam tirando pedidos, que são entregues posteriormente pelos caminhões da rede. Mesmo com o IPO, a estratégia não deve ser abandonada. Embora muita coisa tenha mudado desde o início humilde em Balsas, algo permanece exatamente igual: Ilson Mateus não é homem de perder venda garantida.

Estadão

Opinião dos leitores

  1. Se vivesse em um país socialista ia morrer na miséria e não daria oportunidade para outras pessoas prosperar em materialmente. E nem poderia fugir, pois países comunistas erguem muros para impedir a fuga dos seus cidadãos, ou melhor, dos seus escravos.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Diversos

Bilionário fundador da Duty Free realiza sonho de doar toda fortuna em vida

FOTO: THE ATLANTIC PHILANTHROPIES/REPRODUÇÃO/FACEBOOK

O agora ex-bilionário Charles “Chuck” Feeney, de 89 anos, realizou um desejo inusitado: doou toda a sua fortuna enquanto vivo. O fundador da Duty Free assinou, na segunda-feira (14/9), juntamente com a esposa, Helga, os papéis para encerrar a empresa Atlantic Philantropies. As informações são da Revista Forbes.

De acordo com a publicação, o casal guardou dinheiro para sobreviver bem, mas já doou mais 8 bilhões de dólares para fundações, fundos de caridade e universidades nas últimas quatro décadas por meio da Atlantic Philanthropies. Todas as doações foram feitas de forma anônima.

A ideia dele é que seria melhor gastar a maior parte de sua fortuna em grandes apostas de caridades em vez de financiar uma fundação depois que ele morresse. Com isso, a esperança do empresário é conferir o resultado com seus próprios olhos, antes de morrer.

Uma cerimônia on-line foi realizada por Chuck e Helga, e incluiu mensagens de vídeo de Bill Gates e do ex-governador da Califórnia, Jerry Brown.

Vida simples

Feeney é o fundador, ao lado de Robert Miller, do Duty Free Shoppers, iniciativa de 1960 que deu ao empreendedor bilhões de dólares enquanto vivia de forma simples, como um monge. Como filantropo, ele foi o pioneiro da ação “Giving While Living”.

Segundo a Forbes, ele não possui hábitos tradicionais de bilionários. Enquanto a Duty Free arrecada uma fortuna vendendo artigos de luxo para turistas em todo o planeta, Feeney vive em um apartamento em São Francisco “que tem a austeridade de um dormitório de um universitário.”

Homem discreto, mas de impacto extraordinário, Chuck Feeney teve a carreira é marcada pela caridade. O perfil dele influenciou Bill Gates e Warren Buffett quando estes lançaram o Giving Pledge em 2010: uma campanha agressiva para convencer os mais ricos do mundo a doarem pelo menos metade de suas fortunas antes de morrer.

Metrópoles

Opinião dos leitores

  1. Oi meu senhor porque você não me doou parte tô precisando muito prá pagar a minha faculdade e ter minha casa própria que estou pedindo tanto que Deus me abençoe

  2. Bela atitude deste cidadão, Bill gares e Warren, não acumulando riquezas , visando um mundo melhor a quem precisa.
    Que atitudes como está se espalhem cada dia mais pelo mundo.

  3. Enquanto isso os que juram que vão pra o céu e o resto para o inferno, pregadores aqui do Brasil, lutam pra ficar cada vez mais ricos em detrimento dos pobres alienados.

    Se você lê a bíblia vai ver, com certeza, que poucos ou nenhum representa a igreja de Cristo.

  4. Disse-lhe o jovem: Tudo isso tenho guardado desde a minha mocidade; que me falta ainda?
    Disse-lhe Jesus: Se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, e segue-me.
    Mateus 19, 20-21.

  5. Nono Correia não era um personagem avarento interpretado por Ary Fontora?
    Não seria o próprio Nono, mais um filósofo de internet?

  6. No Brasil ocorre o contrário. Eles querem roubar o máximo. A direita e a esquerda.
    E não falta quem defenda.

    1. Como tem gente besta no mundo. A informação é sobre a decisão pessoal de uma EMPRESÁRIO. Aí vem um "cientista de whatsapp" e faz uma ligação completamente sem noção com política, esquerda e direita. Que tragédia!

    2. essa visão monocromática de "direita e esquerda" cega mesmo… pessoa não pode nem ler uma matéria de algum estrangeiro, e faz uma analogia pífia dessas… fala sério!

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Diversos

Documentos revelam que socialite e bilionário Jeffrey Epstein participavam de orgias com menores de idade em “Ilha da Pedofilia”

O bilionário  Jeffrey Epstein e a socialite Ghislaine Maxwell (Foto: Getty Images)

No processo em que acusa do príncipe inglês Andrew de abuso sexual, Virginia Roberts descreveu graficamente a participação em encontros com a herdeira milionária e socialite Ghislaine Maxwell – junto com outras meninas – em Nova York, Novo México, Flórida e França. Em testemunho de um processo de 2015 que foi revelado, Virginia também descreveu orgias com garotas e Maxwell em uma piscina e em chalés na ilha particular de Epstein no Caribe.

Ela alegou que Maxwell fazia sexo com meninas menores de idade “praticamente todos os dias” e estava com ela, descrevendo a socialite como tendo “seios naturais muito grandes”. Os documentos – parte do processo que foi tornada pública por ordem de um juiz de Nova York na semana passada- apontam que Virginia Giuffre testemunhou Maxwell se envolver em “contato sexual” com meninas de 15 anos.

Em 23 de julho, a juíza distrital dos EUA Loretta Preska ordenou a liberação de grandes seções de mais de 80 documentos de um processo de difamação civil contra Maxwell de 2015 por Giuffre, que acusou Epstein de tê-la mantido como “escrava sexual” com a assistência da socialite. Maxwell, de 58 anos, é acusada de ajudar Epstein – que foi encontrado enforcado em uma prisão de Manhattan em agosto passado – a recrutar e eventualmente abusar de três garotas entre 1994 e 1997, além de cometer perjúrio ao negar seu envolvimento sob juramento. A socialite se declarou inocente das acusações.

Em um depoimento dado em maio de 2016, documentos mostram que Giuffre foi convidada a descrever qualquer mulher que ela viu Maxwell ter “contato sexual com” seus “próprios olhos”. De acordo com os documentos, Giuffre respondeu: “Há tantos que eu não sei por onde você quer que eu comece” e foi solicitado a ela descrever as meninas. Giuffre respondeu: “Havia loiras, morenas, ruivas”, mostram documentos. “Eles eram todas garotas bonitas. Eu diria que as idades variam de 15 a 21 anos”.

A socialite e empresária Ghislaine Maxwell em um evento em Nova York (Foto: Getty Images)

Maxwell entrou com uma moção de emergência no tribunal federal de apelações em Manhattan na quinta-feira, procurando bloquear a liberação de dois documentos adicionais. Esses documentos incluíam um depoimento de abril de 2016 relacionado à sua vida sexual e um depoimento de um acusador não identificado de Epstein. Tornar público o depoimento, argumentaram os advogados de Maxwell, tornaria “difícil, senão impossível” encontrar um júri imparcial para seu julgamento. Dependendo de como o tribunal de apelações determinar, espera-se que dois depoimentos permaneçam em segredo até pelo menos segunda-feira.

Anexos aos materiais cobertos pelo pedido de 23 de julho da juíza Preska estão os registros de vôos dos jatos particulares de Epstein e os relatórios policiais de Palm Beach, Flórida, onde Epstein tinha uma casa. As interações por email entre Epstein e Maxwell também foram apresentadas nos documentos não lacrados na quinta-feira. De acordo com os documentos, um e-mail que Epstein escreveu em 25 de janeiro de 2015 para Maxwell dizia: “Você não fez nada errado e eu recomendaria que você começasse a agir dessa maneira. Saia para a rua, com a cabeça erguida, não como uma condenada. Vá a festas. Lide com isso”.

A conversa seguiu um pedido de Maxwell, que estava romanticamente ligada a Epstein, para dar um tempo no relacionamento e manter distância do bilionário. Os documentos mostram que Maxwell havia escrito no dia anterior: “Eu apreciaria se Shelley aparecesse e dissesse que ela era sua amiga – acho que ela foi do final de 99 a 2002″. Outro e-mail de Epstein para Maxwell, enviado dias antes em 21 de janeiro de 2015, parecia mostrar Epstein ensinando a socialite sobre como negar as alegações que envolviam seu nome”. Um e-mail escrito por Epstein, mas que parece ser uma declaração a ser feita por Maxwell, dizia: “Desde que JE [Jeffrey Epstein] foi acusado em 2007 por solicitação de uma prostituta, fui alvo de mentiras, insinuações, difamações, fofocas e assédio obscenos. Manchetes compostas por citações que nunca dei, declarações que nunca fiz, viagens com pessoas a lugares onde nunca estive, férias com pessoas que nunca conheci”.

O mensagem continua: “… falsas alegações de impropriedade e comportamento ofensivo que eu abomino e nunca participei, testemunha de eventos que nunca vi, vivendo de fundos fiduciários que nunca tive, participando de histórias que mudaram materialmente tanto no tempo quanto no evento, dependendo do papel que você lê e a lista continua”. “Eu nunca participei de nenhuma ação criminal relacionada a Jeffrey Epstein”, conclui o texto.

Globo, via Monet

Opinião dos leitores

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Diversos

Morre David Koch, um dos homens mais ricos do mundo, bilionário que impulsionou movimento conservador nos EUA

Foto: Brendan McDermid / REUTERS / 23-08-2012

O bilionário americano David Koch , que, junto com seu irmão Charles, ajudou a financiar o movimento conservador americano que fortaleceu a ala de ultradireita do Partido Republicano , morreu nesta sexta-feira, aos 79 anos.

“É com tristeza que eu anunciou o falecimento de meu irmão David”, Charles Koch escreveu em um comunicado. “Há 27 anos, David foi diagnosticado com câncer avançado na próstata e recebeu um prognóstico ruim. Ele gostava de dizer que um combinado de excelentes médicos, medicações de primeira linha e sua próprio insistência preveniram o avanço do câncer.”

O empresário era uma das pessoas mais ricas do mundo, com uma fortuna estimada em US$ 42,2 bilhões de dólares, além de ser dono de 42% das Indústrias Koch. Em uma disputa familiar, David e Charles compraram a participação de seus outros dois irmãos na empresa fundada por seu pai, transformando a companhia de refino e exploração de petróleo e de atividade pecuária em uma das maiores empresas do mundo.

Charles ainda comanda a empresa, mas David dedicava boa parte do tempo à agenda política, chegando a concorrer como vice-presidente dos EUA pelo Partido Libertário, em 1980, com uma plataforma fortemente oposta à intervenção do Estado na economia.

Seu dinheiro foi um grande fomentador do movimento libertário que ajudou na ascensão do Tea Party — algo que os irmãos rejeitam —, no fortalecimento da ala de extrema direita no Partido Republicano e na eleição de Donald Trump em 2016. Os grupos financiados pelo bilionário americano influenciaram até mesmo o pensamento de organizações conservadoras brasileiras, como o Movimento Brasil Livre (MBL) e o Instituto Mises. Membros do MBL chegaram a participar de seminários e atividades realizadas pelo Students For Liberty, instituição que recebe doações da família Koch.

Há anos, os irmãos enfrentam acusações de terem utilizado a causa conservadora para promoção de seus próprios interesses, mas insistem e, que aderiram a uma crença tradicional na liberdade do indivíduo e no livre comércio, nos mercados livres e em liberdade em relação ao que chamavam de “intrusões” do governo, como impostos, regulamentações comerciais, programas de assistência social e leis que criminalizam a homossexualidade e o uso de drogas.

Desde os anos 1970, os irmãos Koch já gastaram ao menos US$ 100 milhões — valor que, segundo algumas estimativas, pode ser bem maior — para catapultar o então pequeno movimento conservador radical americano. Eles foram pioneiros nas táticas de uso de “dark money”, mascarando a fonte de doações políticas e interesses por trás de movimentos aparentemente espontâneos. Suas contribuições ajudaram a mover os EUA para a direita, influenciando o resultado de eleições, acabando com limites para doações de campanha e promovendo candidatos, regras e centros de estudo conservadores.

Apesar de rejeitarem terem feito parte do impulsionamento do Tea Party, os irmãos reconheceram seu papel na fundação e no financiamento do Americans for Prosperity, que especialistas afirmam ter fornecido apoio logístico para o movimento de extrema direita e para outras organizações que promovem apoio a causas conservadoras. Causas como corte tributários, combate à imigração irregular, regras ambientais e trabalhistas mais frouxas, o apoio à indústria bélica e o questionamento das mudanças climáticas estão entre as causas defendidas por empresas financiadas pelos irmãos.

Morador de Nova York, Koch tornou-se um benfeitor das artes, apoiando companhias de balé e de ópera. Ele havia se afastado das Indústrias Koch por motivos de saúde no ano passado.

O Globo

 

Opinião dos leitores

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Diversos

Bilionário, criador de “Minecraft” reclama de solidão no Twitter

marcus-persson-o-notch-1441033153573_100x100O criador de “Minecraft”, Markus Persson, o “Notch”, cerca de um ano atrás ficou bilionário ao vender sua empresa, a Mojang, para a Microsoft, pela bagatela de US$ 2,5 bilhões. Porém, mesmo com tanto dinheiro, fama e sucesso, ele se sente sozinho – ao menos, é o que ele deixa transparecer em alguns tweets recentes.

“O problema de conseguir tudo é ficar sem razões para continuar tentando e a interação humana torna-se impossível devido ao desequilíbrio”, disse ele na rede social. Em outro post, Notch disse que “Estou curtindo Ibiza com um grupo de amigos e me divertindo com pessoas famosas, capazes de fazer o que quiser, e eu nunca me senti mais isolado”.

Persson continuou se queixando no Twitter sobre os rumos da Mojang, já que ele deixou de participar da empresa após a venda: “Na Suécia vou sentar e esperar os meus amigos com empregos e famílias para ter tempo de fazer nada, olhando meu reflexo no monitor”. “Quando vendemos a companhia, nosso maior esforço foi garantir que os empregados fossem mantidos, e agora todos me odeiam”.

“Gostaria de tentar salvar o mundo, mas isso só me expõe ao mesmo tipo de idiotas que me fizeram vender ‘Minecraft'”, desabafa. O produtor sueco conta até que levou um fora por conta de seu estilo de vida dizendo “Encontrei uma garota incrível, mas ela estava com medo de mim e do meu estilo de vida e acabou saindo com uma pessoa normal”.

Porém, depois de algum tempo ele voltou ao seu senso de humor e disse “As pessoas que fizeram sucesso rapidamente estão me dizendo que isso é normal e vai passar. É bom saber disso! Eu acho que vou tomar um banho então”. Ele terminou o assunto agradecendo às milhares de respostas de solidariedade. “Eu agradeço a todas as ofertas para sair e trocar ideias. Como sou introvertido, é difícil fazer novos amigos mesmo quando estamos bem, mas isso significa muito!”.

Veja abaixo os tweets sobre o assunto clicando aqui

UOL

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Bilionário, presidente do Shakhtar Donetsk ameaça atletas brasileiros que se recusam a voltar à Ucrânia

Homem mais rico do país, o presidente do Shakhtar Donetsk, Rinat Akhmetov, confirmou a ausência de cinco jogadores brasileiros e um argentino, mas cobrou o retorno deles ao clube ucraniano nesta segunda-feira (21).

Após um amistoso na França no sábado, Fred, Douglas Costa, Alex Teixeira, Dentinho e Ismaily e o argentino Facundo Ferreyra não quiseram retornar à Ucrânia, supostamente com medo da escalada de violência.

Quinta-feira (17) um avião da Malaysia Airlines, em voo civil, caiu no leste do país, sob suspeitas de ter sido derrubado por um míssil.

Atual pentacampeão nacional, o Shakhtar Donetsk é sediado na região oriental da Ucrânia, perto da fronteira com a Rússia, onde ocorrem confrontos de grupos separatistas.

“Não descarto que estes jogadores retornem à equipe rapidamente, e alguns deles já amanhã mesmo”, disse o Akhmetov em nota, na versão em língua portuguesa do site do clube.

O bilionário, dono do Shakhtar, advertiu que “os jogadores têm contratos que são obrigados a cumprir”. “Se eles não vierem, penso que eles mesmos serão os primeiros a sofrer as consequências”, afirmou.

“Cada um deles tem uma cláusula de rescisão de dezenas de milhões de euros. E se alguém quiser reduzir esse montante em um milhão que seja, então, estaremos no nosso direito de decidir como acharmos mais conveniente conforme a situação”, acrescentou Akhmetov, que era aliado do presidente da Ucrânia deposto em fevereiro, Viktor Yanukovich.

“Espero que o bom senso e o coração vençam o mal-entendido e os jogadores não sigam pelo caminho da tentação e do temor. Especialmente porque não há nada para temer. Estamos prontos para garantir segurança. Não vamos correr riscos e de modo algum vamos levar os jogadores para onde seja perigoso”, acrescentou o dirigente.

Ele admitiu que, devido aos riscos, as partidas do time não ocorrerão em casa. “Queríamos muito jogar em Donetsk, mas, infelizmente, atualmente isso não é possível. Vamos jogar apenas nos locais onde nos permitirem: preferíamos Kharkov, mas a decisão sobre os locais de realização do campeonato é decidida pela Federação de Futebol da Ucrânia”.

Além dos cinco atletas desertores, o Shakhtar conta com mais sete brasileiros: Bernard –que está em férias após defender a seleção na Copa do Mundo–, Wellington Nem, Fernando, Ilsinho, Luiz Adriano, Taison e o auxiliar técnico Antônio Carlos Zago. Eduardo da Silva, que defendeu a Croácia no Mundial, acaba de se transferir ao Flamengo.

Durante a crise política, em março, foram criados planos de fuga para profissionais de futebol e seus familiares deixarem a Ucrânia caso fosse necessário.

Folha Press

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *